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Descobrir
uma gravidez é, certamente, um momento indescritível e de muita emoção.
O fato de estar gerando uma nova vida faz com que muitas mulheres mudem
de atitude, colocando a saúde em primeiro lugar e repensando sobre
hábitos da rotina que podem ou não afetar o desenvolvimento do bebê.
Na hora de iniciar as consultas médicas do pré-natal, vale a pena perguntar aos profissionais o que grávida não pode fazer.
Enquanto algumas mulheres terão que deixar alguns hábitos comuns de
lado, outras poderão aproveitar os nove meses sem fazer muitas
alterações na rotina.
Para as mamães mais preocupadas, separamos uma lista com 19 coisas
que devem ser evitadas na gestação. Confira nosso post e descubra como
cuidar de você e do seu bebê nessa fase tão especial!
1. Automedicar-se
A automedicação é perigosa para qualquer pessoa, seja uma mulher
grávida ou não. Mesmo os remédios que não exigem receita médica podem
causar efeitos colaterais graves e reações alérgicas. Para as grávidas,
há medicações que contêm substâncias que podem ser prejudiciais para a
formação do feto.
Na dúvida, não deixe de consultar o seu médico para saber quais tipos
de analgésicos é possível tomar durante esse período, no caso de uma
dor de cabeça, por exemplo. Peça uma lista dos principais remédios que
devem ser evitados e fique atenta aos possíveis efeitos colaterais e
contraindicações.
2. Utilizar roupas apertadas
Embora a barriga demore alguns meses para aparecer e para causar
desconforto, alguns sintomas, como dores nas costas, já podem ser
sentidos desde os primeiros meses. Usar calças apertadas e
desconfortáveis pode prejudicar o bebê e também trazer problemas na
locomoção diária.
Desde o início da gravidez,
acostume-se a utilizar roupas mais confortáveis, como calças que se
ajustam no corpo e blusas que não apertem a barriga. Se escolher bem o
vestuário, é possível vestir roupas elegantes e confortáveis ao mesmo
tempo.
3. Deixar de ter um plano de saúde
O que a grávida não pode fazer é ficar desprotegida, ou seja, sem um plano de saúde.
O serviço se torna indispensável na gestação, pois é a melhor forma de
fazer o pré-natal com tranquilidade. Além disso, os planos permitem
cadastrar o bebê gratuitamente, fornecendo os mesmos benefícios da mãe.
Ele deve ser incluído no convênio da mãe no período de 30 dias após o
nascimento. No caso da mulher não ter um plano de saúde, é possível
também cadastrar a criança no seguro do pai. O bebê recebe os mesmos
benefícios sem custo extra e não precisa passar por tempo de carência, a
menos que o titular ainda não tenha cumprido.
4. Deixar de relatar sintomas para o médico
Muitas mulheres acabam não relatando ao médico tudo o que passam ou
sentem por julgar que são sintomas comuns da gravidez. Por mais que
pareça óbvio, não deixe de falar ao médico em que partes do corpo você
sente dor, quais as dificuldades diárias e que tipos de sintomas
apareceram nos últimos dias.
Esse tipo de informação ajuda a ter um controle melhor dos efeitos da
gestação. Além disso, você poderá receber um bom aconselhamento ou a
indicação de remédios adequados para aliviar alguns dos sintomas
rotineiros.
5. Fazer química no cabelo
Para as mulheres que costumam pintar as madeixas com frequência, o
melhor é evitar essa prática na gravidez. Embora não haja pesquisas que
provem que a tintura de cabelo é realmente prejudicial para o feto, o
organismo acaba absorvendo um pouco da química através do couro
cabeludo.
Alguns médicos recomendam que as mulheres não pintem o cabelo nos três primeiros meses de gestação,
por ser um período mais delicado. No entanto, a recomendação de outros
especialistas é não fazer a tintura nesse período, para evitar possíveis
riscos para o bebê, mesmo que não haja evidências concretas.
Outros tratamentos, como escova progressiva, alisamentos e permanentes, não devem ser feitos nos nove meses de gestação.
6. Ingerir alimentos crus ou malpassados
Na gravidez, o desempenho do sistema imunológico não é tão bom, o que
faz com que seja preciso tomar alguns cuidados maiores com a alimentação. Evite ingerir carne crua, pois há chances de o alimento conter a bactéria da salmonela e causar uma intoxicação alimentar.
Cuidado também com carnes malpassadas e ovo com gema mole. Durante os
nove meses de espera pelo bebê, o ideal mesmo é só comer preparações
cozidas.
Mesmo para as amantes da culinária japonesa, é importante evitar
comer o peixe cru. O alimento pode ter sido manuseado por pessoas que
não higienizaram corretamente às mãos ou não ter sido conservado na
temperatura adequada, podendo estar contaminado com bactérias.
Embora os cuidados básicos de higiene devam ser tomados em qualquer
fase da vida, a gestação é um período em que a alimentação fica ainda
mais sensível. Então, lave bem as mãos antes das refeições e antes de
cozinhar, e higienize bem verduras e legumes. Além disso, evite comer
qualquer comida sem saber as condições de preparo.
7. Utilizar sapatos altos
Com o crescimento da barriga, o desequilíbrio se torna maior e as
chances de queda também. Quanto mais difícil se tornar a locomoção da
mulher, o melhor é tomar atitudes que facilitem o deslocamento seguro e
reduzam o risco de quedas que podem gerar um problema sério nessa fase.
Evite sapatos de salto alto para caminhar com mais facilidade e
firmeza. Evite também subir escadas, principalmente em locais estreitos
ou que possam ter degraus suspensos. No último trimestre, o melhor mesmo
é andar sempre acompanhada por alguém e utilizar mais os elevadores.
8. Fumar
Embora pareça óbvio que é proibido fumar nesses nove meses, essa
regra não é facilmente obedecida pelas mulheres que estão acostumadas
com o cigarro. Passar esse tempo longe do vício pode ser um grande
desafio a ser vencido.
A dica — mesmo para as não fumantes — é evitar o contato próximo com
pessoas que estejam fumando. Isso porque as substâncias contidas no
cigarro podem provocar o parto prematuro ou nascimento com baixo peso.
9. Consumir bebida alcoólica
Há mulheres que pensam que não há problema em consumir bebidas
alcoólicas moderadamente nessa fase, mas é importante destacar que isso
pode ser bem perigoso.
Então, o que a grávida não pode fazer é tomar esse tipo de bebida, mesmo que seja só um golinho. Isso porque o álcool
pode acarretar danos graves ao bebê. Estamos falando da Síndrome
Alcoólica Fetal, um problema sério que pode levar ao retardo mental e
malformações. Não dá para arriscar, não é mesmo?
10. Fazer atividade física sem orientação
Atividade física na gestação é importante, pois pode facilitar o
deslocamento, reduzir sintomas e permitir que a futura mamãe se sinta
mais à vontade com o peso da barriga. No entanto, há mulheres que não
podem se exercitar por uma série de motivos.
Os exercícios físicos regulares
exigem atenção com o tipo de atividade escolhida, principalmente para
aquelas que não tinham o hábito de se exercitar antes de engravidar.
Consulte o seu médico sobre essa possibilidade e receba indicações de
atividades que possam ser feitas de forma moderada. A dica é dar
preferência para opções como caminhadas, pilates, hidroginástica, dança e
yoga.
É importante ainda que a mãe esteja atenta a qualquer mal-estar durante essa prática e relate imediatamente ao médico.
11. Carregar peso
A mesma orientação sobre atividade física também vale para exercícios
com pesos. Talvez mulheres atletas possam carregar mais peso na
gravidez, contudo, é fundamental que haja orientação médica. Se você não
está acostumada, evite esse tipo de exercício na gestação.
No dia a dia, evite também carregar caixas ou sacolas mais pesadas,
principalmente se já estiver no último trimestre. Pergunte ao médico o
que pode ou não ser carregado e não faça atividades domésticas mais
intensas e cansativas.
12. Fazer exame de raio-X
Ao realizar uma radiografia, seja odontológica ou por orientação do
médico, o corpo fica exposto a uma quantidade de radiação que pode ser
muito prejudicial ao desenvolvimento do bebê. Assim, apenas em casos de
extrema urgência, deve-se realizar o exame.
Dependendo do procedimento, algumas radiografias trabalham com níveis
leves de radiação, não colocando o bebê em risco. Mas, por via das
dúvidas, o ideal é conversar com o obstetra e adiar o exame para depois
do parto.
13. Tomar alguns tipos de vacina
Existem muitas vacinas
e nem todas são necessariamente prejudiciais ao bebê — como a de febre
amarela, hepatite, coqueluche, HPV, poliomielite, dentre outras. Mas, ao
passo que algumas são recomendadas, também existem as contraindicadas.
Vacinas de BCG, tríplice viral, caxumba e sarampo são proibidas para
gestantes.
O motivo é que essas vacinas têm, em sua composição, o vírus vivo,
que pode levar à má formação do feto ou, em casos mais graves, ao
aborto. Desse modo, é necessário que as dúvidas sobre vacinas sejam
esclarecidas com um médico.
14. Exagerar no consumo de cafeína
Não é necessário que se pare por completo de ingerir alimentos com
cafeína. É preciso apenas maior atenção e moderação no consumo. Afinal,
um café para se manter acordada ou até mesmo um chocolate com sobremesa
de vez em quando não faz mal. O recomendado é não ultrapassar os 200 mg
por dia, ou seja, cerca de três cafés expressos.
O consumo excessivo de cafeína aumenta os riscos de aborto espontâneo ou de o bebê nascer com peso inferior ao normal. Atenção aos medicamentos que também têm cafeína em sua composição.
15. Doar sangue
Doar sangue durante a gestação é algo que não deve ser cogitado de
nenhuma maneira. Nesse período, algumas mudanças que ocorrem no sangue
da mulher propiciam uma anemia fisiológica. Isso ocorre porque os
nutrientes da mãe devem ser enviados também para o bebê.
A doação de sangue pode acarretar numa anemia mais grave e na falta
de nutrientes tanto para ela quanto para o bebê. Portanto, para fazer o
bem e doar sangue, basta esperar o período após o parto e a amamentação.
16. Fazer tatuagem
Não é indicado que se faça tatuagens na gestação por dois motivos: a
imunidade está mais baixa na gravidez e, além disso, a pele vai esticar
bastante, correndo o risco de a tatuagem se deformar após o parto,
quando a pele voltar ao natural.
Mas, além desses dois motivos, existem vários elementos que compõem a
tinta da tatuagem e que podem ser prejudiciais para a mãe e para o
feto. Com tantas mudanças ocorrendo no corpo da mulher, a dica é não se
arriscar.
17. Limpar a caixa de areia de gatos
Os gatos podem transmitir toxoplasmose por meio de suas fezes, por
isso, o que grávida não pode fazer é justamente a limpeza da caixa de
areia do bichinho. O ideal é pedir para outra pessoa da casa assumir
essa tarefa. Isso porque essa infecção pode levar a um aborto espontâneo
e acarretar uma série de problemas ao feto, como malformações.
Outra recomendação é evitar contato com gatos de rua, que podem
transmitir a doença. Sempre que a gestante brincar ou encostar em algum
gato, o ideal é lavar as mãos logo em seguida.
No pré-natal, o obstetra pode pedir um exame para saber se a futura mamãe está imune ou não à toxoplasmose. Aquelas que não estão precisam ficar bem atentas.
18. Não ter cuidado ao usar produtos de limpeza
Se você quer saber o que a grávida não pode fazer, saiba que uma das
recomendações têm relação com o uso de produtos de limpeza de casa.
Muitos deles contêm substâncias fortes e, dessa forma, não são indicados
para o uso de quem está esperando um bebê. A dica é sempre ler o
rótulo, principalmente em relação aos alertas de segurança.
19. Frequentar saunas
Por fim, a gestante
não deve frequentar saunas ou tomar banhos muito quentes — com
temperatura acima de 30 graus — em banheiras ou ofurôs, por exemplo.
Apesar de parecer uma situação sem riscos, as altas temperaturas podem
provocar mal-estar, enjoos, queda da pressão arterial e desmaios. Além
disso, o superaquecimento corporal pode trazer danos para o
desenvolvimento do bebê.
Para que o pré-natal seja saudável e um período de muita
tranquilidade, é importante saber o que a grávida não deve fazer. Dessa
forma, ela passa a modificar alguns hábitos no dia a dia a fim de se
cuidar melhor e também para que nada de errado ocorra com o bebê.
Para garantir que todas as dúvidas sejam tiradas e que a gestação
seja sem nenhum risco, é essencial que se contrate já um plano de saúde
que atenda todas as suas exigências. Afinal, os cuidados com o bebê já começam quando ele está na barriga!
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