Redação do Diário da Saúde
Outros pesquisadores testaram a relação entre sucesso e fracasso levando em conta o aspecto religioso.
[Imagem: Manuel Dohmen/Wikimedia]
[Imagem: Manuel Dohmen/Wikimedia]
Aprendendo com sucessos e fracassos
Os psicólogos e cientistas ainda não chegaram a um acordo sobre a conexão entre os sucessos e fracassos de uma pessoa.
Há poucos dias, uma equipe demonstrou uma relação causal entre um fracasso inicial e um sucesso futuro nas carreiras científicas.
Agora, Ayelet Fishbach e seus colegas da Universidade de Chicago
(EUA) garantem que, ao contrário das crenças comuns sobre aprender com o
fracasso, você aprende mais com os seus sucessos.
"Somos ensinados a aprender com o fracasso, a celebrar o fracasso. Os
discursos de formatura costumam falar sobre o quanto você deve ousar
falhar e aprender com seus fracassos. E os gerentes falam sobre as
lições que eles tiveram pessoalmente dos fracassos. Se você apenas ouvir
o público falando, você pensaria que estamos bem ajustados para falhar.
No entanto, não é esse o caso," disse a professora Fishbach.
Para chegar a essa conclusão, ela e seus alunos realizaram uma série
de experimentos em que "o fracasso fez o oposto: minou o aprendizado".
Esquecemos dos fracassos
Os pesquisadores realizaram cinco experimentos em que cada um dos
mais de 1.600 participantes respondeu a uma série de perguntas de
escolha binária. Como havia apenas duas respostas possíveis, assim que
os voluntários recebiam feedback sobre suas respostas, eles deveriam
saber a resposta correta - quer tenham marcado corretamente ou não.
Em seguida, os pesquisadores testaram novamente os participantes
sobre o conteúdo das perguntas iniciais para verificar se haviam
aprendido com o feedback.
De forma consistente, os participantes aprenderam menos com os erros
do que com os acertos - mesmo quando os pesquisadores reprojetaram o
experimento para tornar o aprendizado com erros menos exigente em termos
cognitivos, e mesmo quando o aprendizado era incentivado. Aqueles que
receberam feedback sobre erros também se lembraram menos de suas opções
de resposta.
"Com mais experimentos, o que pudemos ver é realmente uma questão de
autoestima," diz Fishbach. "Não é bom fracassar, então as pessoas se
desligam do fracasso."
Melhorar o aprendizado
Os resultados têm implicações em como otimizar o aprendizado, dizem os pesquisadores.
"Na medida em que as falhas estão sendo ignoradas, na medida em que
realmente desligamos em vez de nos conectarmos, não há aprendizado algum
com as falhas," disse Fishbach. "E, quando não há aprendizado com as
falhas, isso contrasta com a impressão geral de que as falhas foram
momentos de aprendizado em nossa vida. Na maioria das vezes, quando
falhamos, simplesmente não damos atenção".
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