Do mesmo modo que uma represa fatalmente acabará se rompendo quando a
água ultrapassar determinado nível, o capitalismo (concentração de
renda) também entrará em crise quando a renda se concentrar além de um
certo nível.
O problema, entretanto, é que empregadores ultrapassados ou míopes
encaram os remédios REDISTRIBUTIVOS como algo a se evitar - simplesmente
pelo fato de considerá-los "comunistas", como se assim os mesmos
deixassem de ser um UM CORRETIVO TÉCNICO para o processo de produção e realização (venda) das mercadorias.
Em outras palavras, tais empregadores do período da pedra lascada
simplesmente desconhecem que o bom funcionamento do mercado requer a
existência de uma determinada PROPORÇÃO (otimizada) entre produção e
consumo. Assim,o primeiro remédio a se utilizar é o da renda, gerando
automaticamente a garantia de se preservar tal proporção otimizada -
restando ao remédio seguinte, o do juro, apenas calibrar ou otimizar o
nível da produção a um compatível com uma baixa inflação.
Concluindo, o problema que persiste em boa parte do mundo é que desde o
surgimento do capitalismo se utiliza demais o remédio do juro e pouco se
utiliza o remédio da renda - como se deixasse de ser um requisito
técnico para ser um requisito de classe social, autônoma ou não
dependente... desconhecendo que OS OPOSTOS SE PRECISAM... desconhecendo
de que não se trata de fazer um favor aos trabalhadores, mas de
equilibrar o sistema mercantil e garantir a reprodução ... otimizada...
do próprio capital: o que sai do mesmo capital acaba
voltando para ele (em função do aumento da demanda do consumidor, de mais vendas)!... O que se recusa a sair acaba DESNUTRINDO-O e
matando-o (a longo prazo): "Quem tudo quer, tudo perde!" (quando não tem como meta encontrar a boa dosagem ou o PONTO DE EQUILÍBRIO)... Quem faz isso é ignorante e
INCOMPETENTE!
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