Partido de Bolsonaro será o 38, como no calibre
O presidente Jair Bolsonaro realizou ontem a convenção de lançamento
de seu novo partido, a Aliança pelo Brasil. Ele presidirá a legenda e
seu filho mais velho, Flávio, será o primeiro vice-presidente. “Por
ocasião das eleições de 2020, acredito que podemos ter o partido
funcionando desde que a assinatura seja pela forma eletrônica”, disse ao
público presente. “Se for eletrônica, tenho certeza de que com o apoio
de vocês, em um mês, no máximo, a gente consegue as 500 mil assinaturas.”
Se o TSE não permitir assinaturas eletrônicas, o presidente calcula um
prazo de um ano a um ano e meio para criação formal da legenda. Mas o
número já foi escolhido: 38. Como no calibre de revólver. Uma obra com o
logo do partido feito com cartuchos de balas foi apresentada ao
público. (Folha)
Bolsonaro voltou a acusar o governador fluminense Wilson Witzel de manipular as investigações
policiais do caso Marielle Franco. “Ele botou na cabeça que quer ser
presidente da República”, afirmou Bolsonaro. “É um direito dele, mas
também botou na cabeça que tinha de destruir a reputação da família
Bolsonaro. A minha vida virou um inferno depois da eleição do senhor
Wilson Witzel. Tenta destruir a minha família a todo custo, usando a
Polícia Civil do Rio.” (Globo)
O ministro da Justiça, Sergio Moro, partiu para uma defesa incondicional
do presidente. “Essa questão do envolvimento do nome do presidente é um
total disparate”, afirmou. O vereador Carlos Bolsonaro é investigado
como suspeito de envolvimento no crime. Para Moro, a solução é tirar do
estado a investigação. “Vendo esse episódio em que se busca politizar a
investigação, minha avaliação é que o melhor caminho para ter uma
investigação exitosa é a federalização.” Caso passe à Polícia Federal,
Moro estaria no comando. (Folha)
O acordo era de que o Senado votaria na semana que vem o projeto de lei que estabelece início do cumprimento da pena a partir da prisão em segunda instância. Caiu.
Após uma reunião ontem na casa de Davi Alcolumbre, presidente da Casa, a
oposição reverteu o jogo. O que os senadores pretendiam fazer era
alterar o Código de Processo Penal. Seria suficiente, de acordo com a
atual leitura do Supremo, para que a segunda instância fosse seguida. A
Câmara dos Deputados, porém, tramita com mais lentidão um Projeto de
Emenda Constitucional, que fixaria de forma mais definitiva o conceito.
Os senadores argumentam que não adianta o Senado mudar a lei, depois
enviar para a Câmara, e a outra Casa não analisar o texto por estar
trabalhando com outra estratégia. (Congresso em Foco)
Meio em vídeo: É recente, na história
brasileira, o enriquecimento ilícito por parte de políticos. Mas ficou
comum e isto levanta um debate. Corrupção é o maior problema do Brasil? Assista.
Armínio Fraga: “Discordo radicalmente de uma linha
mais antiga, que é fazer o bolo crescer para depois distribuir. O bolo
não vai crescer, a situação do país é precária e altamente instável. A
desigualdade segue alta, o Estado não age adequadamente
no investimento em pessoas e infraestrutura. Além disso, o Estado
brasileiro é relativamente grande e pouco produtivo. Precisamos gastar
mais e melhor no social, mesmo que o retorno seja lento.” (Valor)
Aliás... A OCDE recomendou que os governos comecem a medidas de incentivo a investimento que tenha por objetivo crescimento.
Uma das sugestões é a de criar fundos de investimento nacionais.
Preocupada com o conflito entre EUA e China, a organização pede que os
países resolvam suas disputas comerciais pois estão custando ao mundo em
crescimento. A entidade afirma que o processo de digitalização da
economia, as mudanças climáticas e uma nova ordem geopolítica e
comercial que vem se estabelecendo com barreiras comerciais reforçadas,
em conjunto, são responsáveis pelo baixo crescimento do mundo. A OCDE
calcula que o Brasil crescerá 0,8% este ano e 1,7% em 2020. Em setembro,
apostava num crescimento de 2% em 2021. Reduziu para 1,8%. (Globo)
E por falar... Você sabe por que o 5G é muito
diferente do 4G? Por que esta tecnologia celular disparou uma sangrenta
guerra comercial entre EUA e China? É o tema do Meio de Sábado, a edição
que todos os assinantes premium recebem. Explicaremos o conflito, a
tecnologia, e o processo pelo qual a China passou para enfrentar de
igual para igual os EUA no digital. A assinatura sai pelo preço de um
chope. Só isso. E, na vida de uma startup, a diferença que faz cada uma é
imensa. Assine. Por nós. ;-)
Nenhum comentário:
Postar um comentário