Cá-dê a resposta sobre o Absoluto?
Lá-mento, mas tens que esperar.
Ciência e religião dizem que ele há de retornar.
Por caminhos diversos, espera-se o momento do seu usufruto.
Ele nos livrou do nada, do ausente…
Desde sempre existiu.
Assim, nada se interpõe ao poderio…
Da Natureza transformante.
Como Absoluto, esbanjava inteligência.
Mas, era latente, incoberta.
Como Relativo, ganha a consciência…
E se torna sublime: se vê, se reconhece, se expressa… se desperta!
De (ih! Mortal!) a imortal…
A Natureza se reveza,
Comunicando-se pela via transcendental,
E revelando toda sua beleza.
Revelando, através do Tempo,
A engenhosidade da polarização,
A engenhosidade da compensação.
Enfim, a engenhosidade do Movimento.
A engenhosidade do Movimento,
Com toda sua rica simbologia,
Constitui, no nosso dia a dia,
O instrumento do nosso benfazejo descanso.
Mas, a existência precisa de revezamento.
Não só de descanso. Mas de recomeço.
Precisa de suor, de sofrimento…
Da revelação evolutiva, que tem um preço.
Precisa, temporariamente, de dor e ardor.
Precisa de dependência.
Precisa de fé no futuro, de paciência, de persistência…
Dos atributos do amor.
Para o desfecho, precisa de momento.
Mas, não é tudo: precisa de muitos esforços.
Pois, algumas vezes, para o nosso lamento,
O desfecho se dá por caminhos tortos.
Em função da existência de tortas direções…
Há a necessidade não somente da obra,
Mas também do bom interpretador.
Por este caminho o futuro se desdobra…
E se torna revelador,
Iluminando os nossos destinos, confortando os nossos corações.
A fim de iluminar os nossos destinos,
De superar as nossas limitações, os nossos lutos,
Temos de ser humildes, pequeninos.
E, assim, com toda a emoção,
Entrar em sintonia com os mistérios do Absoluto…
E atingir picos de perfeição.
Aqui, o homem evolui, se renova.
Prepara o caminho da justiça, da dignidade.
Por este caminho, dá uma prova…
De que se pode conquistar a felicidade.
Mesmo assim, a felicidade não é ininterrupta.
Apesar de se superar a força bruta,
A força oculta, animal,
Não se perde o caráter cíclico da manifestação universal.
Assim, de perfeição em imperfeição,
O Ser trilha o caminho da existência,
Pagando o preço da consciência,
Pagando o preço da Incompletude, da relatividade.
Mas, em compensação…
Perpetuando-se por toda a eternidade
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