segunda-feira, 30 de novembro de 2020

O crédito tem crédito?

O que queremos investigar aqui é: o crédito é ruim, regular ou bom para a economia? Pois bem, parece-nos que num primeiro momento ele é bom (antecipação máxima de consumo); já num segundo momento ele é regular (antecipação regular de consumo); e já num terceiro momento ele é ruim (retardamento do consumo).

Assim, é como inicialmente andarmos com uma Ferrari turbinada e depois chegarmos com um fusquinha aspirado. Finalmente, queremos mostrar que dívida é boa no início e ruim mais à frente (na hora de se pagar a conta). E, concluindo, temos que talvez prevaleça a neutralidade. Ou, em outras palavras, apresente um lado bom e um lado ruim.

Observação: estamos aqui analisando um consumidor isoladamente, e não um conjunto de consumidores.


 

Política fiscal na pendemia

Programas criados com base no orçamento de guerra fizeram com que a renda das famílias crescesse quase 4% em termos reais em plena pandemia.

Claudio Adilson Gonçalez, O Estado de S.Paulo

30 de novembro de 2020 | 05h00

O PIB brasileiro, em 2020, deverá registrar contração de cerca de 4,5% em relação ao ano passado, muito menos do que se esperava quando da eclosão da covid-19, mas nem por isso pouco expressiva. Estimo, também, que haverá queda real (descontada a inflação) de 7,3% na massa de rendimentos do trabalho, incluídos trabalhadores formais e informais. No entanto, quando se examina o que ocorreu com a massa ampliada de rendimentos das famílias, conceito que inclui, além dos proventos do trabalho, os benefícios da previdência, privada e pública, e todos os programas governamentais de transferência direta de renda, os antigos e os criados em razão da pandemia, chega-se a um número impressionante. Segundo estimativas da MCM Consultores, o rendimento total das famílias deverá registrar elevação real de 3,9%, em relação a 2019.

É importante atentar bem para o que esses números significam. Apesar da contração recorde do PIB, os rendimentos das famílias subirão, neste ano, quase 4% acima da inflação, o que não acontecia há muito tempo. Ou seja, os programas criados com base no orçamento de guerra fizeram com que a renda das famílias crescesse em plena pandemia.

Nada contra o crescimento de renda da população, obviamente. Mas isso acontecer por causa de uma pandemia, que provocou grande baque na atividade econômica, evidencia que a resposta fiscal foi superdimensionada e mal focada. O próprio governo reconheceu que muitos beneficiários do auxílio emergencial não estavam entre os mais vulneráveis, além de terem sido apuradas várias fraudes.

Vejamos outra parte da resposta fiscal à pandemia: o socorro da União a Estados e municípios para compensar a perda de receita, principalmente a decorrente das medidas de isolamento social, e o provável aumento extraordinário de despesas. O projeto aprovado inicialmente pela Câmara previa transferências limitadas à efetiva perda de arrecadação em relação a 2019. A medida, com apoio do governo, foi modificada no Senado, claramente por razões políticas, optando-se por um valor fixo, de R$ 60 bilhões. Ao descolar o socorro federal da real deterioração das finanças estaduais e municipais, corria-se o risco de a União ser excessivamente generosa – o que de fato ocorreu. Além disso, houve várias suspensões de cobranças de dívidas desses entes federativos.

Para os municípios, excelente trabalho do economista Marcos Mendes, do Insper, mostrou que até agosto os altos níveis de socorro federal superaram, em cerca de R$ 24 bilhões, os custos com a pandemia, computadas quedas de receitas (na média, quase nulas) e aumento de despesas. Como a atividade econômica ganhou expressivo impulso a partir do 3.º trimestre, tudo indica que essa situação será mantida para o ano como um todo.

Claro, esses excessos de bondades também concorreram para elevar a dívida pública federal.

Muitos economistas, inclusive alguns que se rotulam ortodoxos, vêm defendendo a criação de algum programa de transferência de renda, em 2021, para substituir o fim do auxílio emergencial ou, até mesmo, a prorrogação deste último. Poucos indicam como isso será financiado e o teto de gastos, respeitado.

As políticas públicas não devem fechar os olhos à nossa enorme desigualdade de renda e ao elevado número de pobres e vulneráveis existente no Brasil. No entanto, não se pode cuidar disso de forma açodada. O Orçamento de 2021, ainda não aprovado, já prevê R$ 170 bilhões (2% do PIB) para programas sociais. É preciso avaliar os custos e benefícios desses programas e focá-los melhor, além de desenvolver outras ações, não redistributivas, que igualem as oportunidades de progresso econômico de toda a população. Mas jamais se pode abandonar a responsabilidade fiscal.

Fora desse caminho, o que sobra é populismo e demagogia.

Economista, diretor-presidente da MCM Consultores, foi consultor do Banco Mundial, subsecretário do Tesouro Nacional e chefe da assessoria econômica do Ministério da Fazenda

 

Comentário deste blogueiro: Em primeiro lugar, a péssima distribuição da renda dos brasileiros decorre principalmente ou originalmente do fato de não se ter feito planejamento familiar de longa data nesse país (o que só se resolveria no médio ou longo prazos).

Em segundo lugar, medidas de transferência de renda para os mais pobres não são apenas ideológicas na medida em que, concretamente, azeitam as rodas da produção e do emprego. Entretanto, ainda resta uma questão importante: qual a fonte de uma medida redistributiva como a renda básica universal? Ora, tirando-se de quem tem muito. E, o que isto significa? Urgência na confecção de uma reforma tributária  PROGRESSIVA.

 

 

Um primeiro balanço da economia global

 Colunista

Uma primeira observação é notar o sucesso relativo de várias regiões em lidar com a pandemia; dentro do espaço econômico, porém, a assimetria de situações e ampliação das desigualdades foram a marca universal

José Roberto Mendonça de Barros*, O Estado de S.Paulo

29 de novembro de 2020 | 

A covid-19 dominou totalmente 2020: pela surpresa com que apareceu e velocidade com que se espalhou pelo mundo, por sua durabilidade e pelos catastróficos efeitos sobre as pessoas, as sociedades e o desempenho econômico. O único alívio é a certeza de que teremos vacinas disponíveis já no primeiro trimestre do próximo ano. 

Vai levar muito tempo para que análises mais consistentes possam ser feitas quanto aos impactos do vírus. Entretanto, é útil fazermos um primeiro balanço. Uma primeira observação é notar o sucesso relativo de várias regiões em lidar com a pandemia, pois o ano foi mostrando resultados bastante diversos. Dentro do espaço econômico, porém, a assimetria de situações e a ampliação das desigualdades entre pessoas, regiões e empresas foram a marca universal. 

Não há nenhuma dúvida de que a Ásia sai ganhadora do enorme desafio de voltar à normalidade. Isso porque a maior parte dos países do continente – a grande exceção é a Índia – acabou por lidar bastante bem com a pandemia. A estratégia bem-sucedida foi similar: quarentena e testagem da população em larga escala. Após um eventual teste positivo, as autoridades sanitárias isolavam todos os contatos do paciente, o que terminou por conter rapidamente a contaminação. Como o vírus apareceu no primeiro trimestre de 2020, já a partir de abril a maior parte dos asiáticos foi voltando ao trabalho. Com isso, alguns países, como a China, apresentarão crescimento do PIB já neste ano. E todos vão crescer com robustez em 2021. Além disso, no dia 15 de outubro, 15 dos países da região assinaram um acordo comercial denominado Parceria Econômica Regional Abrangente, que certamente acentuará a já avançada integração das cadeias produtivas asiáticas, reforçando o crescimento. 

Eis aí mais um custo da gestão Trump, que em uma de suas primeiras medidas retirou os Estados Unidos de outro acordo longamente negociado no governo Obama, o Acordo Transpacífico. Essa negociação buscava reforçar a posição dos parceiros americanos na Ásia de sorte a conter a expansão chinesa. A decisão de Trump criou a oportunidade para a China, que dela alegremente se aproveitou. O crescimento de boa parte dos países da Ásia entre 2020 e 2021 será significativo, especialmente na China, cujo PIB expandirá 10%, segundo as últimas projeções do FMI. 

Os Estados Unidos, por outro lado, ainda estão sofrendo muito com a disseminação do vírus. Na média móvel de sete dias terminada no dia 23, ocorreram quase 170 mil novos casos e mais de 1.500 mortes por dia, um número elevadíssimo. Isso é o resultado do negacionismo do governo americano – aliás, similar ao do brasileiro. A economia deve se contrair 4,3%, o que não será compensado pela projeção de um crescimento de 3,1% no próximo ano. No biênio, a economia americana, embora apresente dinamismo na área tecnológica e no mercado imobiliário, ainda andará de lado porque largas frações dos serviços e o mercado de trabalho continuarão sofrendo com a imposição do distanciamento social. O resultado da eleição mostrou um país muito dividido, que torna muito mais difícil implantar novas políticas públicas.

Com essas projeções, a distância entre a economia da China e a americana encolherá incríveis 10% em dois anos!

O terceiro bloco econômico relevante é o europeu. O impacto da segunda onda da covid no Velho Continente está sendo muito grande. O FMI projeta queda no PIB em torno de 10% na França e na Itália e de 13% na Espanha. O ponto positivo é que, em meio à tormenta, França e Alemanha se puseram de acordo quanto à política fiscal, decidindo pela emissão de € 750 bilhões em bônus para apoiar a retomada. Além disso, o grupo decidiu também estimular investimentos de uma agenda de futuro: descarbonização e novas energias, baterias e eletrificação da frota, inteligência artificial e outras. 

Finalmente, e lamentavelmente, as perdas na América Latina serão enormes, especialmente na Colômbia, no México, no Peru e na Argentina, com retração próxima ou superior a 10% no PIB. Mesmo no Chile, país exemplo da região, a economia deve recuar 6%. Em todos os países, exceto o Uruguai, vemos crises políticas significativas. O Brasil, com nossa projeção de queda de 4%, até que não se sai tão mal no meio desse banho de sangue.

* ECONOMISTA E SÓCIO DA MB ASSOCIADOS. ESCREVE QUINZENALMENTE

Quais os perigos com o Pix se seu celular for roubado?

 Divulgação/Banco Central

Divulgação/Banco Central
Redação Finanças

Muita gente está preocupada que com o Pix, novo meio de pagamento do Banco Central (BC), criminosos podem ter mais incentivo a roubarem celulares e poderão facilmente fazer transações com dados pessoais como chave Pix. Segundo o BC, que é dono da tecnologia, o medo é infundado. Mas é preciso ter cuidado com os dispositivos da mesma forma que se tem hoje com os aplicativos de bancos.

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O Pix é um meio de pagamento assim como boleto, TED, DOC, transferências entre contas de uma mesma instituição e cartões de pagamento (débito, crédito e pré-pago).

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A segurança desse sistema foi desenvolvida pelo próprio Banco Central, que garante que todas as transações ocorrerão por meio de mensagens assinadas digitalmente e que trafegam de forma criptografada, em uma rede protegida e apartada da Internet.

Segundo o BC, caso um criminoso tenha acesso a um celular não conseguirá fazer nem receber um Pix em nome da vítima. Isso porque, para fazer uma transação via Pix é preciso entrar no celular e logar no aplicativo da instituição que mantém a conta. Isso demanda ser capaz de desbloquear o celular, acertar a senha do aplicativo e acertar a senha da conta. O mesmo que já acontece com as transações tradicionais.

O BC também esclarece que a chave Pix só serve para receber dinheiro. Ou seja, com a posse da chave Pix de alguém só é possível dar dinheiro para pessoa, e não tirar. Por isso, compartilhá-la é seguro. E muitas informações já eram necessárias em outras transações financeiras tradicionais.

“Chave e senha são coisas diferentes. A chave está para o Pix como o CEP está para um endereço. A chave tão somente resume em um dado só aquele monte de informações para identificar a conta (agência, conta, nome do banco, nome do cliente, CPF/CNPJ)”, informou o regular em nota.

Se a preocupação for de compartilhar uma informação pessoal por outros motivos é possível usar uma chave aleatória. Mas a instituição ressalta que já é uma prática comum do varejo pedir dados como CPF, para restituição de imposto, por exemplo, ou e-mail e telefone para cadastro.

CHARGE


sábado, 28 de novembro de 2020

Fim do Sistema Solar: como a Via Láctea vai nos destruir em 1 trilhão de anos

Daniele Cavalcante

Os cientistas sabem que tudo no universo tem fim, inclusive as estrelas, como o nosso Sol. Também já é possível prever o que acontecerá com os planetas internos do Sistema Solar — Mércurio, Vênus, Terra e Marte — depois que o Sol se tornar uma gigante vermelha. Mas o que acontece em seguida? Como será o fim dos demais planetas?

Não é uma pergunta muito simples de resolver, porque será necessário muito tempo até que tudo se acabe em nosso bairro cósmico — estamos falando de alguns bilhões de anos. Nessa escala de tempo, é difícil saber o que vai acontecer com as órbitas dos planetas e das estrelas vizinhas. Mas é possível criar simulações e encontrar as possibilidades mais prováveis por meio de estatística, e foi isso o que uma equipe fez em seu novo artigo científico.

Bem, vamos voltar um pouco para entender como o Sol vai aniquilar os planetas internos. Depois que o combustível nuclear da nossa estrela acabar, ele se transformará em uma gigante vermelha, o que significa que vai inchar. Bastante. Nesse processo, vai engolir Mercúrio, Vênus e a Terra, explodir suas camadas externas e, em seguida, virar em uma anã branca. Nisso, ele perde massa, o que fará com que os planetas restantes se afastem.

Ilustração do Sol como uma gigante vermelha prestes a engolir a Terra (Imagem: Reprodução/Wikimedia commons/fsgregs)
Ilustração do Sol como uma gigante vermelha prestes a engolir a Terra (Imagem: Reprodução/Wikimedia commons/fsgregs)

A partir daí, as coisas ficam complicadas. Mesmo que os astrônomos saibam prever os movimentos dos planetas ao redor do Sol para o futuro próximo, é muito difícil fazer isso para os próximos bilhões de anos. Veja bem, nossa estrela ainda tem aproximadamente 5 bilhões de anos antes de se tornar uma gigante vermelha, e depois disso as probabilidades matemáticas são muitas. Para resolver esse problema, os pesquisadores executaram várias simulações, alterando um pouco os valores incertos em cada uma delas.

O resultado é uma coleção de possibilidades que podem ficar muito diferentes entre si, mas é possível analisá-las estatisticamente. Foi essa a estratégia usada no estudo, e algumas coisas podem ser consideradas muito prováveis de acontecer. Por exemplo, a equipe incluiu o Sol perdendo massa à medida que se transformava em uma gigante vermelha, o que resultou na sua gravidade ficando mais fraca. Com isso, os planetas se afastaram — de Marte a Netuno, as órbitas aumentam por um fator de cerca de 1,85 enquanto o Sol perde cerca de metade de sua massa no próximos 7 bilhões de anos.

Mas o destino do Sistema Solar não se limita a isso. Há boas chances de que estrelas vizinhas do Sol se aproximem o suficiente para bagunçar a harmonia das órbitas dos planetas ao redor do Sol. A estrela mais próxima está a 4,3 anos-luz de distância, e vai demorar muito para que ela se aproxime, mas parece algo inevitável. Se uma estrela passar perto de nós quando o Sol ainda tiver sua massa atual, nada de excepcional deve acontecer. Mas se o Sol já for uma anã branca, com gravidade fraca, e os planetas estiverem mais distantes, as chances de outras estrelas bagunçarem o Sistema Solar são altas.

Ilustração de um planeta ao redor de uma anã branca. Marte pode sobreviver à fase de anã vermelha e permanecer no Sistema Solar por mais tempo que os demais planetas (Imagem: Reprodução/NASA/ESA/G. Bacon)
Ilustração de um planeta ao redor de uma anã branca. Marte pode sobreviver à fase de anã vermelha e permanecer no Sistema Solar por mais tempo que os demais planetas (Imagem: Reprodução/NASA/ESA/G. Bacon)

Então, os pesquisadores rodaram algumas simulações desse cenário e descobriram que uma estrela provavelmente passará a cerca de 75 bilhões de km (apenas 0,0079 anos-luz) a cada 10 bilhões de anos ou mais. Isso é perto o suficiente para ter algum efeito gravitacional sobre planetas como Netuno, por exemplo. Quanto mais encontros como este acontecerem, mas as coisas podem ficar alteradas no Sistema Solar. Em algumas simulações, todos os planetas externos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) foram desestabilizados após cerca de 45 bilhões de anos e foram ejetados do Sistema Solar após no máximo um trilhão de anos.

Aliás, depois que o primeiro planeta é ejetado, todo o sistema é desestabilizado o suficiente para que os próximos dois o sigam dentro de 5 bilhões de anos. Os últimos planetas tendem a demorar mais 50 bilhões de anos porque são mais internos e mais pesados. Marte, entretanto, ficou de fora das simulações. É que o Planeta Vermelho sobreviverá à expansão do Sol em sua fase de gigante vermelha, e também resistirá à atração de outras estrelas que se aproximarão.

Isso significa que Marte pode ser o último planeta a sobreviver, uma vez que está mais próximo do Sol em relação aos gigantes gasosos e seria necessário um encontro interestelar muito próximo para arremessá-lo longe. Parece que o quarto planeta está na posição mais privilegiada do Sistema Solar.

O resultado não é conclusivo, muitas outras simulações devem ser executadas antes de se tirar uma boa conclusão sobre o assunto. Mas já há boas pistas no estudo sobre o que acontecerá, e essas informações são úteis para entender as dinâmicas da evolução de sistemas estelares nas galáxias.

Fonte: Canaltech

 

Mindfulness: como praticar a "atenção plena" no dia a dia

Desenvolvimento Pessoal

Thiago Sievers

3 minuto de leitura

Thiago Sievers Head de Vídeos

Você já ouviu falar em mindfulness? Quero começar este texto com uma informação que, provavelmente, deixará você chocado. Quando estamos acordados, passamos quase metade do tempo com o pensamento vagando por aí. Em vez de focar no aqui e agora, ficamos presos ao passado, futuro ou qualquer outra coisa que esteja acontecendo longe de nós.

Surpreendente, né? A universidade de Harvard realizou um estudo que introduziu o tema da seguinte forma:

Diferentemente de qualquer outro animal, os seres humanos gastam muito tempo pensando em coisas que não estão acontecendo ao seu redor, contemplando eventos que aconteceram no passado, talvez aconteçam no futuro, ou que nunca irão acontecer. De fato, uma mente vaga parece ser o modo padrão de operação do cérebro humano.

Eles concluíram que a nossa mente fica vagando em 46,9% do tempo em que estamos acordados. Deu para entender? Se você fica 16 horas acordado, vai passar aproximadamente 7h30 pensando em algo diferente daquilo que você está de fato fazendo.

Se você está lavando louça, fica pensando em outra coisa. Se está arrumando a cama, fica pensando em outra coisa. Se está dirigindo, fica pensando em outra coisa. Se está trabalhando, fica pensando em outra coisa.

OS PERIGOS DO MULTITASK

Você já deve ter reparado a grande dificuldade que temos em conseguir manter o foco total numa atividade. Por mais que você esteja fazendo aquilo, sua cabeça fica girando em outros assuntos. E se não estiver, essa concentração plena provavelmente durará poucos minutos.

Podemos jogar boa parte da culpa dessa realidade nos tempos modernos, em que a comunicação acontece numa dinâmica absurda e os estímulos externos são exagerados. É o tal do multitask. Como se tivéssemos necessidade de sempre estarmos conectados, produzindo algo, conversando com pessoas. Acontece que essa mentalidade multitarefa gera estresse e ansiedade em nós.

MINDFULNESS, MUITO PRAZER

Apesar de divagar em relação ao presente nos possibilitar reflexões importantes — como filosofar, planejar coisas, solucionar problemas, etc — isso pode ter um alto custo emocional se você não tomar cuidado com a dose. O intento da pesquisa de Harvard era descobrir qual a relação entre uma mente vaga e a felicidade.

E adivinha só o que eles descobriram? O chamado mindfulness, um estado de consciência focado em prestar atenção no aqui e agora, ajuda a aliviar o estresse, a ansiedade e melhora o bem-estar geral (incluindo físico e emocional) das pessoas.

ATENÇÃO PLENA

Pode-se dizer que o mindfulness é uma espécie de meditação ativa, na qual você dedica o seu foco à atividade que está fazendo, sem deixar divagações sobre o passado, futuro ou coisas ao seu redor perturbarem sua mente. Este estado mental, que muitas pessoas chamam de atenção plena, tem origem na milenar meditação budista e, nos últimos anos, virou uma febre mundial entre pessoas que buscam uma melhor qualidade de vida para si.

Uma boa notícia é você pode praticar o mindfulness em qualquer lugar ou ocasião. Dirigindo o carro. Trabalhando no computador. Preparando o jantar. Tanto faz. A chave é voltar 100% da sua consciência à atividade que está desempenhando naquele momento, sem juízos de valor ou observações mentais.

Nada de pensar “que saco lavar essa louça, quero terminar logo para assistir Netflix“. Deixe as reflexões para outro momento. Nesta hora você deve simplesmente sentir a temperatura da água batendo na sua mão, observar as texturas da porcelana, reparar na espuma se formando…

COMO PRATICAR O MINDFULNESS

O mindfulness não é algo que se domina da noite para o dia. É preciso paciência até desenvolver a disciplina necessária para obter o controle da própria mente. Esse é aquele tipo de habilidade simples e, ao mesmo tempo, complexa. Você leva um minuto para aprender e a vida inteira para dominar.

Mas começar é fácil. Basta você se esforçar para manter o foco em toda atividade que fizer e, quando um pensamento avulso te distrair, você deve gentilmente deixá-lo ir embora da mesma maneira repentina que chegou. Você não precisa brigar com ele, porque isso vai te trazer ainda mais ansiedade. Relaxa. Pense que o seu cérebro é um quarto. Basta abrir a janela e deixar o vento levar o pensamento intruso embora, da maneira mais suave e natural possível.

Com o tempo isso vai virar um hábito. E aquela aceleração toda de abrir o WhatsApp a cada 5 minutos, suar frio por causa da reunião de amanhã, sofrer por algo que aconteceu ontem, em breve, farão parte do passada para você.

 

Fonte: El Hombre (site IG)

 

Bolo de fubá com erva-doce e calda de canela

BOLOS

 


Este bolo é a opção ideal para o café da manhã. E o melhor: é muito fácil de fazer!

Por Guia de Cozinha | Guia da Cozinha | 28/11/2020 09:05 - Atualizada às 28/11/2020 12:14

Guia da Cozinha

Bolo de fubá com erva-doce e calda de canela

Bolo de fubá é uma delícia, não é mesmo? Que tal incrementar a receita tradicional com alguns ingredientes para torná-la ainda mais especial? Este bolo de fubá com erva-doce e calda de canela fará sucesso entre familiares e amigos. Veja o passo a passo e faça hoje mesmo!

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Tempo: 50min
Rendimento: 10 porções
Dificuldade: fácil

Ingredientes do Bolo de fubá com erva-doce e calda de canela

·         1 xícara (chá) de leite

·         1 xícara (chá) de óleo

·         2 xícaras (chá) de açúcar

·         3 ovos

·         2 xícaras (chá) de fubá

·         1 xícara (chá) de farinha de trigo

·         1 colher (sopa) de erva-doce

·         1 colher (sopa) de fermento em pó

·         Margarina e farinha de trigo para untar e enfarinhar

Calda

·         1/2 xícara (chá) de açúcar

·         1/2 xícara (chá) de água

·         1 colher (café) de canela em pó

Modo de preparo

No liquidificador, bata o leite, o óleo, o açúcar e os ovos até ficar homogêneo. Transfira para uma tigela e misture o fubá, a farinha, a erva-doce e o fermento com uma colher.

Despeje em uma fôrma de 25cm x 35cm untada e enfarinhada, e leve ao forno médio, preaquecido, por 30 minutos ou até assar e dourar. Retire e deixe amornar.

Para a calda, em uma panela, leve o açúcar, a água e a canela ao fogo médio, sem mexer, até formar uma calda rala. Regue o bolo e sirva.

COLABORAÇÃO: Adriana Rocha

Fonte: undefined - iG @ https://receitas.ig.com.br/guiadacozinha/2020-11-28/bolo-de-fuba-com-erva-doce-e-calda-de-canela.html