domingo, 31 de maio de 2020

Como tornar o auxílio emergencial um programa permanente

Ampliação do auxílio criado durante epidemia do coronavírus pode ajudar a combater pobreza no Brasil, movimentar a economia e elevar a arrecadação de impostos, o que reduziria parte de seus custos.
Pessoas buscam informações sobre auxílio emergencial em agência da Caixa em São Paulo Pessoas buscam informações sobre auxílio emergencial em agência da Caixa em São Paulo
Cerca de 59 milhões de brasileiros estão recebendo a renda básica emergencial, criada para minimizar os efeitos econômicos da pandemia da covid-19. O benefício, programado para acabar em junho, se mostrou eficaz para evitar uma tragédia social ainda maior no país e instalou um debate sobre mantê-lo por mais tempo ou mesmo torná-lo permanente.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse considerar manter o benefício por mais dois meses, a R$ 200 por mês. O Congresso também analisa propostas para prorrogar a renda básica por mais tempo. E pesquisadores de diversas universidades estão fazendo as contas e propondo cenários para alongar o benefício ou fazer dele um programa sem prazo para acabar.
O auxílio emergencial paga R$ 600 por adulto que não esteja empregado, não receba seguro-desemprego ou aposentadoria e tenha renda familiar de até 3 salários mínimos. Em lares nos quais a mãe sustenta a casa sozinha, o auxílio é de R$ 1,2 mil. Nesse formato, o benefício custa cerca de R$ 150 bilhões por trimestre. Mantido por um ano, teria um custo anual de R$ 600 bilhões, próximo ao que o governo federal gasta com a Previdência Social.
No Bolsa Família, que hoje atende cerca de 13 milhões de famílias pobres ou extremamente pobres, o auxílio médio é de cerca de R$ 200 por família, e o custo total é de R$ 30 bilhões por ano.
Devido ao custo do auxílio emergencial, transformá-lo em um programa permanente, com as mesmas regras em vigor, enfrentaria sérias restrições fiscais. As alternativas em análise se aproximam da criação de um novo programa de transferência de renda, com valor superior ao do Bolsa Família, mas inferior ao da renda básica emergencial, e com critérios mais restritos, com o objetivo de reduzir a pobreza no país.
A extensão do auxílio emergencial
Um dos pesquisadores que vêm analisando os efeitos da renda básica emergencial e pensando em formas de estendê-la é o economista Naercio Menezes Filho, do Centro de Gestão e Políticas Públicas do Insper. Ele defende que o programa siga em vigor pelo menos até o fim dos efeitos econômicos da pandemia, mas que idealmente deveria se tornar permanente.
Para torná-lo viável a longo prazo, Menezes Filho propõe que o benefício seja reduzido a R$ 600 por família e restrito aos núcleos familiares nos quais não haja nenhum trabalhador com carteira assinada, nenhum aposentado ou nenhum funcionário público.
O programa seria acompanhado de uma modernização na forma como o governo mantém o cadastro das famílias. Hoje, a principal listagem usada para programas sociais é o Cadastro Único, realizado por meio do Sistema Único de Assistência Social , que acabou sendo parcialmente sobreposto pelo cadastro feito pela Caixa para o auxílio emergencial.
Para o pesquisador do Insper, o governo deveria desenvolver um cadastro no qual as famílias possam atualizá-lo de forma remota, pela internet, sem a necessidade de ir até um Centro de Referência de Assistência Social (Cras), conjugado a um mecanismo de fiscalização. "Precisamos usar mais as novas tecnologias para isso, e o cadastro teria que ser atualizado frequentemente. Assim que uma família entrasse na pobreza, ela automaticamente estaria incluída no programa", diz. Seria um Bolsa Família aprimorado, com um valor maior e cadastro eletrônico, resume.
Outra pesquisadora que tem se debruçado sobre o tema é a professora de economia Debora Freire, do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional (Cedeplar) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ela e seus colegas estimaram o efeito que o auxílio emergencial terá na arrecadação do governo, já que a renda transferida para as famílias acaba sendo utilizada na compra de bens e serviços, movimenta a economia e gera arrecadação de impostos.
O Cedeplar calculou que a renda básica emergencial por três meses tem um impacto de 0,45% no PIB no trimestre em que for aplicado, em relação ao cenário base. Isso significa que, em um cenário de retração do PIB de 1% no trimestre, com o auxílio emergencial a retração seria de 0,55%.
Segundo o estudo, a arrecadação tributária extra em três meses, proporcionada pelo auxílio, cobre 24% do custo do programa no período. Se o auxílio emergencial fosse estendido até o fim do ano, com as mesmas regras, como defende Freire, a arrecadação tributária extra cobriria 45% do custo do programa no período. "A extensão do benefício melhora e expectativa das empresas e dá mais tempo de elas se ajustarem a essa perspectiva de demanda", diz.
Para este ano, a professora da UFMG afirma que o custo de manter o auxílio emergencial até dezembro deveria ser bancado pelo Orçamento de Guerra, que prevê gastos extraordinários para lidar com a pandemia. A partir de 2021, ela defende que o programa se torne permanente, mas com um valor menor e mais focalizado nos mais pobres, e financiado por alterações no sistema tributário.
Uma proposta mais radical
Outra ideia apresentada nesta semana que aproveita o debate sobre o auxílio emergencial para criar um novo programa de transferência de renda vem do economista Daniel Duque, pesquisador da FGV-IBRE.
Ele propõe a extinção de quatro programas federais hoje em vigor — Bolsa Família, do Benefício de Prestação Continuada, o Abono Salarial e o Seguro Defeso — e a substituição por uma renda básica da cidadania.
O novo benefício seria pago a todos que recebem menos de um salário mínimo mensal, não importa se como trabalhador registrado, como micro-empreendedor individual, como funcionário público ou aposentado. O montante seria variável com a idade. Em valores de 2018, os que tiverem até 18 anos ou pelo menos 65 anos receberiam R$ 421 por mês. Os demais, R$ 142. Para os jovens de 18 a 23 anos, haveria uma redução gradual do benefício, do maior patamar para o menor.
Segundo a simulação de Duque, com esse programa seria possível zerar a pobreza extrema no Brasil  –hoje há 13,8 milhões de pessoas nessa situação – e reduzir o percentual de pobres dos atuais 24,5% para 8,7% da população. Também haveria uma melhora na distribuição de renda, o que melhoraria o índice de Gini dos atuais 0,55 para 0,48.
Já descontada a economia com a extinção dos quatro programas sociais existentes e a estimativa de alta na arrecadação de tributos provocada pelo uso da renda pelas famílias beneficiadas, ele calcula que seriam necessários R$ 270 bilhões extras para financiar a renda básica de cidadania.
Como financiar uma renda básica de forma permanente
Uma questão paralela à discussão sobre que tipo de transferência de renda o Brasil deve manter para reduzir a pobreza é como financiar esse programa. Em todos os cenários, surge a necessidade de uma reforma tributária .
Freire afirma que o sistema tributário brasileiro é altamente ineficiente e altamente injusto, e que os dois problemas precisariam ser resolvidos simultaneamente. Para tornar o sistema mais justo, ela defende ampliar a tributação sobre renda e patrimônio, acabando com a isenção do imposto de renda (IR) sobre a distribuição de lucros e dividendos e aumentando a tributação sobre heranças. Além disso, ela propõe criar uma alíquota maior do IR para o 1% mais rico da população, para tirar dos ombros da classe média o financiamento dos programas de combate à pobreza.
"Quem sustenta o Imposto de Renda é hoje a classe média, com uma alíquota de 12,5%, enquanto no topo, no 1% dos contribuintes, a alíquota é de cerca de 6%. Seria injusto usar o IR para custear um programa desse tipo, pois quem arcaria com o custo seriam principalmente as classes médias. Seria o mesmo processo que aconteceu ao longo dos anos 2000, e observamos que isso gera instabilidade política e insatisfação sobre o custeio do programa", afirma Freire.
Menezes Filho também defende a necessidade de elevar a carga tributária dos mais ricos para financiar sua proposta, ainda em elaboração, de um novo programa de transferência de renda que tenha valor superior ao do Bolsa Família.
Além da tributação sobre lucros e dividendos e uma alíquota nova de 35% de imposto de renda para os mais ricos, ele menciona tributar juros sobre capital próprio e estabelecer que indivíduos que recebem por micro e pequena empresas sejam tributados conforme a tabela do imposto de renda.
A necessidade de fazer uma reforma tributária também aparece na proposta de Duque. Ele menciona como fontes extras, além de novas alíquotas de imposto de renda e imposto sobre grandes fortunas, o fim das deduções de educação e saúde do IR, o fim da isenção de impostos da cesta básica e o fim de diversos subsídios tributários hoje concedidos à iniciativa privada.
É hora de discutir renda básica universal?
Aproveitando esse contexto, o senador José Serra (PSDB-SP) apresentou neste mês de maio um projeto de lei para criar uma renda básica universal, que seria paga a todos os brasileiros, inspirado em proposta do ex-senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Criar um benefício mensal independente da renda, porém, é ainda mais controverso do que estabelecer uma renda mínima aos mais pobres. Para Menezes Filho, não faria sentido o país "dar dinheiro para quem não precisa". Ele prefere focalizar o programa na base da pirâmide para tirar famlias da pobreza.
Freire, da UFMG, considera a renda básica universal uma discussão relevante, tendo em vista as mudanças no mercado de trabalho, mas diz que o país tem outra prioridade no momento. "Para os próximos anos, no Brasil é mais viável pensar numa renda básica com alguma focalização [nos mais pobres]", afirma.
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
App | Instagram |

Bons conselhos que podemos receber

O Editor: Laura Dias
 
Muitos de nós estamos neste mundo já há algum tempo e ainda assim ainda aparecem situações em que pensamos: O que fazer agora? Nessas horas, tudo o que precisamos é de orientação e bons conselhos. Há conselhos que sempre ouvimos ao decorrer da vida, mas que acabamos esquecendo. Por isso, aqui estão 15 conselhos de vida para você. Que eles possam ajudá-lo de alguma forma e também melhorar seu dia.
 

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Belos jardins na primavera

O Editor: Anna Davidson

Todos os anos em maio, a Sociedade Real de Horticultura do Reino Unido recebe o RHS Chelsea Flower Show, que leva o título oficial de Grande Mostra de Primavera. Esta bela e popular exibição de flores e jardins paisagísticos impressionantes está entre as mostras de jardins mais famosss do mundo. É realizada todos os anos nas dependências do Royal Hospital Chelsea, em Londres. A competição permite que as pessoas projetem e exibam uma variedade de diferentes jardins florais, bem como pequenos jardins urbanos e artesanais. Essas fotos lançam um breve olhar aos projetos espetaculares de jardins selecionados como vencedores da Medalha de Ouro do Chelsea Flower Show 2019.

 

I. Categoria: Mostra de Jardins 

1. O Melhor da Mostra- O Jardim M&G de Andy Sturgeon

 

 

2. Escolha Popular - Jardim Bem-Vindo a Yorkshire, de Mark Gregory

 

3. O Jardim Morgan Stanley, de Chris Beardshaw, projetado para deixar uma pegada ambiental leve

 

4. O Jardim da Resiliência, de Sarah Eberle, comemorando o aniversário de 100 anos da Comissão Florestal​

 

II. Categoria: Jardins Artesanais

5. Jardim Green Switch, de Kazuyuki Ishihara, patrocinado por G-Lion 

 

6. Jardim Family Monsters, de Alistair Bayford, para o leilão de caridade Family

 

7. O Jardim de Alta Manutenção para a Associação de Doenças Neurológicas Motoras, de Sue Hayward​

 

III. Categoria: Jardins com Espaço para Crescer

8. O jardim Arte Viking, de Paul Hervey-Brooks 

 

9. Dar às meninas na África um espaço para crescer, de Jillayne Rickards, patrocinado pela Campanha pela Educação Feminina (CAMFED)

 

10. Kampo no Niwa, de  Kazuto Kashiwakura e Miki Sato celebrando Kampo, um sistema de herbalismo japonês 

 

11. O Jardim Infantil Centenário de Montessori, comemorando 100 anos de Montessori no Reino Unido

 

12. Facebook: Além da Tela, de Joe Perkins, patrocinado pelo Facebook

quinta-feira, 28 de maio de 2020

PRECÁRIO x IDEAL

Qual dos dois é melhor?
Qualquer um sabe que a prática IDEAL é o melhor caminho. Por exemplo, exemplifiquemos analisando a área sexual. Ora, a idealização ou prática perfeita redunda em orgasmos vigorosos, enquanto que a falta de capricho redunda em resultados pífios. Portanto, para colher, é preciso plantar... é preciso IDEALIZAR!!

segunda-feira, 25 de maio de 2020

CHARGE

CHARGE

10 maneiras de viver INTENSAMENTE


O Editor: Bruna Santos
 
Se você tivesse que perguntar a alguém que chegou à velhice, eles dirão que simplesmente viver e viver com significado são duas coisas distintas. Aproximar-se dos 50 anos é uma época em que as pessoas tendem a reavaliar suas prioridades e descobrirem o que um segundo ato pode ter. Eles geralmente escolhem levar uma existência mais motivada e significativa, e isso pode significar a diferença entre a felicidade futura e uma vida inteira de arrependimento. Além disso, ter significado em sua vida é o melhor remédio para o estresse crônico. A maioria das coisas na vida nos causa estresse, mas quando há significado no que fazemos, o estresse não prejudica a nossa saúde. Quando trabalhamos para algo que valorizamos, os momentos em que não nos sentimos felizes não nos atrapalham. A felicidade é um sentimento transitório e temos pouco controle sobre quando nos sentimos felizes ou quando não nos sentimos felizes.
Como resultado, as tentativas de sentir-se feliz geralmente causam o efeito contrário. Mas ter significado em nossas vidas está mais sob nosso controle. E a pesquisa mostra que ter significado em sua vida está associado a uma maior satisfação geral, com a saúde e bem-estar. Se você deseja mudar sua vida para melhor, siga estas dicas para dar mais significado à sua vida depois dos 50 anos de idade:
 
1. Adote um bichinho
vida com propósito e significado
Um animal de estimação é uma ótima maneira de adicionar mais significado à sua vida e irá fornecer-lhe uma riqueza de benefícios para a saúde, desde baixar o colesterol até melhorar o seu microbioma intestinal. Um estudo realizado na Universidade da Colúmbia Britânica descobriu que pode até reduzir seu estresse. O ato de cuidar, e os níveis de amor incondicional que seu animal de estimação lhe dará, o farão se sentir querido, necessário e criará um novo senso de propósito em sua vida.
2. Reavalie seu equilíbrio entre vida pessoal e profissional
Em qual categoria você se enquadra? Você vive para trabalhar ou trabalha para viver? Se a resposta é a primeira, você está perdendo muitos momentos potencialmente significativos que poderiam tornar sua vida ainda mais rica. Abandonar seu emprego pode não ser uma opção, mas reavalie quanto tempo você gasta no trabalho, em comparação a quanto tempo você tem para si mesmo, seus entes queridos e seus passatempos, o que pode fazer sua vida parecer instantaneamente mais satisfatória e proposital.
3. Viaje para algum lugar novo
vida com propósito e significado
Viajar nos dá mais do que apenas lembranças. Dá às nossas vidas significados importantes. Experimentar outras culturas pode torná-lo mais empático, ampliar seus horizontes e, de acordo com um estudo, pode até estimular sua criatividade. Se o seu orçamento não permitir que você viaje para lugares distantes, até mesmo viajar para uma nova cidade pode ajudar a promover uma maior apreciação pelo mundo ao seu redor, tornando-o mais satisfeito.
4. Medite
A meditação não apenas limpa sua mente, ela pode ajudá-lo a alcançar maior foco e compreensão sobre qual é o seu propósito neste mundo. Pesquisas conduzidas sobre o assunto sugerem que a meditação pode tornar as pessoas mais felizes, e o aumento da concentração que a meditação oferece pode ajudá-lo a se identificar com o que você realmente quer da vida.
5. Pare de se comparar com os outros
vida com propósito e significado
Comparar-se com os outros faz com que você se sinta mal e esqueça seus objetivos reais. Se você está procurando por um significado maior, faça um esforço consciente para desligar o autojulgamento. Em vez de se concentrar em como você se compara em relação aos outros, concentre-se em como você se sente, o que o faz feliz e como você pode continuar melhorando.
6. Defina metas profissionais
Embora você tenha que trabalhar para pagar as contas, é importante lembrar o que está tentando alcançar no processo. Definir metas profissionais pode lhe dar um senso renovado de propósito.
7. Faça do exercício uma prioridade diária
vida com propósito e significado
Embora possamos focar muito em como nossos corpos parecem do lado de fora, concentrar-se em sua saúde e bem-estar pode dar à sua vida um novo significado. Exercitar-se diariamente, seja indo à academia ou fazendo uma caminhada, pode mudar completamente a sua perspectiva sobre a sua vida e ajudá-lo a viver uma vida mais longa e saudável.
8. Converse com um profissional
Descobrir como criar significado em sua vida requer mais do que apenas um pensamento profundo. Tente conversar com um terapeuta ou um coach de vida para ajudá-lo a descobrir como obter mais tempo para experiências significativas e descobrir como identificar o que faz você se sentir realizado.
9. Aprenda um novo idioma
vida com propósito e significado
Enquanto viajar para o exterior é uma ótima maneira de abraçar outras culturas, aprender uma língua é outra ótima alternativa que também pode dar a sua vida um propósito renovado. A pesquisa também sugere que os poliglotas têm taxas mais lentas de envelhecimento cerebral.
10. Priorize a gentileza
Enquanto estar certo é divertido, ser gentil é gratificante. Se você quiser se sentir verdadeiramente satisfeito com sua vida regularmente, pare de pensar que toda conversa é um argumento que precisa ser vencido. Em vez disso, tente tornar a bondade o foco do seu comportamento, e você provavelmente se sentirá mais satisfeito com sua vida.

5 hábitos alimentares que podem causar CÂNCER

O Editor: Bruna Santos
 
Mais e mais novos estudos confirmam a relação entre uma alimentação pobre em nutrientes e o risco de desenvolver certos tipos de câncer. Na verdade, uma alimentação abaixo do normal aumenta seus riscos de desenvolver certos tipos de câncer tanto quanto o álcool e mais do que a falta de exercícios. A pesquisa mais recente sugere que, nos Estados Unidos, muitos casos de câncer poderiam ter sido evitados com apenas algumas mudanças na dieta. Mas os EUA não são o único país onde esses maus hábitos alimentares persistem e todos podem se beneficiar de uma dieta mais saudável. E mesmo se dividíssemos as pessoas em grupos que correm o maior risco de cânceres relacionados à dieta, o estudo sugere que essa divisão deve ser diferente. A pesquisa relatou que homens, pessoas de meia-idade e minorias raciais e étnicas têm uma incidência significativamente maior de cânceres relacionados à alimentação.
Quanto aos tipos de câncer mais afetados pela má alimentação, o estudo encontrou a ligação mais forte no sistema digestivo e reprodutivo, assim como o câncer renal e os cânceres de boca e da garganta.
Felizmente, mudar seus hábitos alimentares não é impossível, especialmente com alguma orientação. O estudo delineou 5 principais maus hábitos que podem potencialmente causar câncer, e evitar esses erros protege contra os riscos. Aqui estão esses eles:
 
1. Ainda comemos muita carne vermelha e processada
alimentos que causam câncer
Comer muita carne vermelha e processada é uma das escolhas alimentares mais perigosas que se pode fazer. E apesar de, globalmente, as pessoas terem reduzido sua ingestão de carne vermelha durante a última década, a quantidade de carnes processadas permanece inalterada. Em média, os americanos comem cerca de 28 gramas de carne processada diariamente, e as estatísticas são semelhantes em muitos outros países.
Isso é o dobro do valor diário desse tipo de produto, que foi oficialmente chamado de carcinógeno em muitos países. De fato, o limite diário total de todas as carnes (com preferência para carnes com baixo teor de gordura), ovos, feijões secos e nozes não deve exceder 2 porções e um total de 170 gramas. A alta ingestão de carne vermelha e carne processada é a maior carga para o risco de câncer de estômago e colorretal.
2. Não consumimos laticínios o suficiente
alimentos que causam câncer
Surpreendentemente, uma baixa ingestão de produtos lácteos pode aumentar o risco de desenvolver câncer colorretal quase tanto quanto a falta de grãos na dieta. Em média, consumimos apenas metade das 3 porções diárias recomendadas de laticínios, e os pesquisadores sugerem que a falta de produtos lácteos ricos em cálcio e vitamina pode ser responsável pelas taxas crescentes de câncer colorretal.
3. Ainda não comemos frutas e legumes como deveríamos
alimentos que causam câncer
Sabemos que isso é uma notícia antiga, mas é um problema persistente. 4 porções (cerca de 2 xícaras, ou 150 g) de vegetais e 3 porções de frutas é o quanto devemos comer diariamente, e isso não inclui vegetais ricos em amido, como batatas e sucos de frutas.
Aqueles que não atendem a essas quantidades diárias foram mais propensos a sofrer de câncer de boca, garganta e pulmão. A baixa ingestão de frutas também estava ligada a cânceres de mama e de útero. Ao comer frutas e legumes suficientes, você reduz a probabilidade de desenvolver os tipos de câncer mencionados acima em 5 a 9%.
4. Persistimos em consumir quantidades excessivas de bebidas açucaradas
alimentos que causam câncer
Bebidas adoçadas, como refrigerante, café com leite ou chá doce são perigosas para o sistema reprodutivo, assim como para os rins e fígado, aumentando o risco de desenvolver tumores cancerígenos nesses órgãos. Opte por bebidas com cafeína sem açúcar e sem adoçantes, e tente excluir completamente o refrigerante da sua alimentação.
Bebidas gasosas, assim como quaisquer bebidas com adição de açúcar, podem afetar seu corpo de milhares de outras maneiras além de causar câncer. Aqui está como um refrigerante de cola pode afetar sua saúde.
5. Temos que comer mais grãos integrais
alimentos que causam câncer
A segunda principal causa de cânceres relacionados à dieta nos Estados Unidos é a falta de grãos integrais, como milho, aveia, arroz integral e muitos outros. Todo adulto deve comer cerca de 3 porções de grãos todos os dias, pois as fibras e nutrientes, como vitaminas e minerais, podem nos proteger do câncer, particularmente os cânceres dos sistemas digestivo e reprodutivo, bem como o câncer renal.
É importante optar por grãos integrais, pois eles são mais nutritivos e significativamente mais ricos em fibras e, no entanto, apenas 20% dos grãos que os americanos consomem são grãos integrais.
Em resumo, para reduzir o risco de cânceres relacionados à alimentação, é preciso incluir muitos grãos integrais, produtos lácteos, frutas e vegetais em sua dieta, além de evitar ou reduzir significativamente o consumo de bebidas açucaradas, carnes processadas, e carne vermelha. Como você pode ver, essas mudanças são poucas e não impossíveis de realizar, e os resultados valem muito a pena.