O meu blog é HOLÍSTICO, ou seja, está aberto a todo tipo de publicação (desde que seja interessante, útil para os leitores). Além disso, trata de divulgar meu trabalho como economista, escritor e compositor. Assim, tem postagens sobre saúde, religião, psicologia, ecologia, astronomia, filosofia, política, sexualidade, economia, música (tanto minhas composições quanto um player que toca músicas de primeira qualidade), comportamento, educação, nutrição, esportes: bom p/ redação Enem
quarta-feira, 13 de maio de 2020
Especialistas apontam 7 erros que levaram cidades do Brasil ao Lockdown
A esta altura, você provavelmente já ouviu falar de lockdown,
correto? De qualquer maneira, a gente explica: trata-se do isolamento
compulsório, com direito a restrição de transporte público e privado e
até o bloqueio total de entradas de cidades. É basicamente um "ninguém
entra, ninguém sai", que pode punir as pessoas que quebram o protocolo e
passam a circular — por meio de multas, por exemplo.
No último
dia 30, a Justiça do Maranhão decretou lockdown nas cidades de São Luís,
Raposa, Paço do Lumiar e São José de Ribamar. Posteriormente, o Pará
entrou no sistema (Belém, Vigia, Breves, Santo Antônio do Tauá,
Castanhal, Santa Bárbara do Pará, Santa Izabel do Pará, Marituba,
Benevides e Ananindeua), bem como o Ceará (Fortaleza) e o Rio de Janeiro
(Niterói e São Gonçalo), de forma que todas as atividades não
essenciais desses municípios ficaram proibidas de funcionar por um
período de dez dias. Em entrevista ao veículo BBC News
Brazil, especialistas trouxeram à tona erros que levaram o Brasil a
precisar adotar esse método.
O
primeiro motivo citado por especialistas é a adesão irregular ao
isolamento social: muitas pessoas não fizeram o isolamento social
proposto até agora ou simplesmente abandonaram a quarentena. Para
a epidemiologista Raquel Martins Lana, o isolamento começou a ser
afrouxado no momento mais crucial. Ela diz que a epidemia ficou um pouco
mais lenta no Brasil e houve um pequeno retardo no colapso do sistema
em alguns lugares, e que se tivéssemos continuado com o isolamento como
no início, provavelmente não precisaríamos agora de uma medida radical
como o isolamento obrigatório.
2. Quarentena, mas...
O
segundo erro teria sido o anúncio de uma futura flexibilização da
quarentena, considerando que em 20 de abril, João Doria, governador do
Estado de São Paulo, anunciou que a quarentena seria flexibilizada, caso
alguns critérios fossem cumpridos. O epidemiologista da USP, Paulo
Lotufo, observa que a população entendeu isso como se tudo estivesse
liberado. "O que estamos percebendo é que quando você sinaliza com uma
data, as pessoas já assumem a postura na hora". Os especialistas apontam
que os anúncios assim passam a impressão de que está "tudo bem".
Especialistas apontam erros que levaram o Brasil à necessidade de um isolamento social mais rigoroso, o lockdown
3. Feriados
A
falta de restrição de circulação durante feriados, segundo Lotufo,
acaba sendo outro erro desse isolamento, considerando muita gente vê nos
feriados uma oportunidade de viajar (como foi na Semana Santa e no dia
das Mães). O epidemiologista diz que deveria ter havido maior bloqueio e
restrição em estradas para dificultar a locomoção de pessoas, no caso.
4. Opinião do presidente
Os
especialistas também apontam o comportamento do presidente Jair
Bolsonaro como fator responsável por minimizar riscos e confundir a
população, sendo assim o quarto erro.
5. Ruídos na política
O
quinto erro fica com a dissonância entre presidente, governadores e
prefeitos, dificultando a elaboração de uma diretriz única. "Os
discursos não estão afinados, o que causa insegurança na população",
diz Raquel Stucchi, infectologista da Unicamp e consultora da Sociedade
Brasileira de Infectologia.
6. Troca de ministro
Outro
fator responsável pelo lockdown seria a troca do ministro da Saúde, que
dificultou a adesão da população, já que no dia 16 de abril, o
ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, foi demitido. "A troca de
gestão no ministério no meio da crise aconteceu quando a gente estava
conseguindo maior adesão da população. Perdemos muito tempo com isso",
aponta Raquel Martins Lana.
7. Fake news e charlatanismo
Já
o sétimo e último erro fica por conta de notícias falsas e promessas de
curas milagrosas, que desviam a atenção da necessidade de isolamento.
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