domingo, 29 de março de 2020

Como acessar as minhas músicas divulgadas neste blog

São até agora 38 composições.
Então, digamos que se queira ver a de número 38.
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sexta-feira, 27 de março de 2020

Medidas políticas e econômicas de diversos países em resposta ao coronavirus


Governos de todo o mundo têm liberado volumes sem precedentes de estímulos fiscais e monetários para reduzir prejuízos

Por Agência Brasil

redacao@amanha.com.br
Governos de todo o mundo têm liberado volumes sem precedentes de estímulos fiscais e monetários para reduzir prejuízos
Governos e bancos centrais de todo o mundo têm liberado volumes sem precedentes de estímulos fiscais e monetários, além de outras medidas de apoio ao longo deste mês para as economias nacionais que sofrem com a pandemia de coronavírus. Confira, a seguir, um resumo dos principais passos das políticas até o momento.
Estados Unidos
Estímulo monetário -
O Federal Reserve (FED, banco central dos EUA) reduziu as taxas de juros em um total de 150 pontos-base em duas reuniões de emergência nos dias 3 de março (50 pontos-base) e 15 de março (100 pontos-base), levando as taxas de fundos federais ao intervalo entre 0-0,25%, juntamente com US$ 700 bilhões em compras de ativos, ou flexibilização quantitativa (QE, na sigla em inglês). O Fed também reduziu a janela de desconto, instrumento de política monetária, em 150 pontos-base. Em 23 de março, o Fed seguiu com a flexibilização quantitativa ilimitada e aberta e compras planejadas de títulos corporativos do governo municipal.
Operações e financiamento de liquidez - Trilhões de dólares em acordos de recompra inundaram os mercados com dinheiro; linhas de swaps com outros grandes bancos centrais para fornecer financiamento em dólares; programa de apoio a fundos do mercado monetário; várias flexibilizações de amortecedores de capital bancário; financiamento de suportes para empresas fornecerem empréstimos que se entendem até quatro anos; financiamento para auxiliar no fluxo de crédito nos mercados de títulos lastreados em ativos; também se planeja estender crédito para pequenas e médias empresas.
Estímulo fiscal (Federal) - O Congresso aprovou um estímulo de US$ 2 trilhões, incluindo um fundo de US$ 500 bilhões para ajudar indústrias afetadas com empréstimos e uma quantia comparável para pagamentos diretos de até US$ 3 mil a milhões de famílias norte-americanas.
Zona do Euro
Estímulo monetário -
Em 12 de março, o Banco Central Europeu (BCE) acrescentou 120 bilhões de euros a seu atual programa de compra de ativos de 20 bilhões de euros mensais, além de flexibilização quantitativa. Em 19 de março, o BCE adicionou outros 750 bilhões de euros em flexibilização quantitativa, elevando o total para cerca de 1,1 trilhão de euros neste ano e incluiu a Grécia na carteira de títulos que compraria.
Operações e financiamento de liquidez - O BCE cortou a taxa de juros em suas Operações de Refinanciamento de Longo Prazo (TLTROs, na sigla em inglês), empréstimos baratos para bancos, em 25 pontos-base, para -0,75% em 12 de março. Forneceu Operações de Refinanciamento adicionais para reduzir o financiamento bancário até junho e afrouxou as regras de capital.
Fiscal/outros - Suspensão dos limites dos empréstimos do governo da União Europeia (UE), considerando permitir uma linha de crédito de precaução no valor de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional do fundo de resgate do Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM, na sigla em inglês).
Alemanha
Estímulo fiscal -
Em 23 de março, acertou um pacote de até 750 bilhões de euros; 100 bilhões de euros para um fundo de estabilidade econômica que pode assumir participações diretas em empresas; 100 bilhões de euros em crédito ao banco público de desenvolvimento para empréstimos a empresas em dificuldades; o fundo de estabilidade oferecerá 400 bilhões de euros em garantias de empréstimos para garantir dívidas corporativas sob o risco de inadimplência.
Espanha
Estímulo fiscal -
Em 17 de março, um pacote de 200 bilhões de euros foi anunciado; metade das medidas de assistência econômica são garantias de crédito para empresas e o restante inclui empréstimos e auxílios a pessoas vulneráveis.
França
Estímulo fiscal -
Anunciou US$ 45 bilhões em euros em medidas de crise para auxiliar empresas e trabalhadores em 17 de março; garantia de até 300 bilhões de euros em empréstimos corporativos de bancos comerciais em 16 de março.
Itália
Estímulo fiscal -
Em 16 de março, decreto de emergência no valor de 25 bilhões de euros que suspende o pagamento de empréstimos e hipotecas para empresas e famílias e amplia os fundos para auxiliar empresas a pagarem trabalhadores demitidos temporariamente.
Reino Unido
Estímulo monetário -
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) reduziu as taxas de juros em um total de 65 pontos-base em duas reuniões de emergência, nos dias 11 de março (50 pontos-base) e 19 de março (15 pontos-base), levando os juros bancários a um nível recorde de 0,10%; anúncio de compras de títulos de 200 bilhões de libras.
Operações e financiamento de liquidez - O BoE também introduziu um novo programa de crédito barato e reduziu um amortecedor de capital para ajudar os bancos a emprestarem. Um mecanismo de financiamento corporativo do BoE comprará papéis comerciais com prazo de vencimento em até 12 meses de empresas com classificação de risco em grau de investimento ou semelhante no período pré-crise.
Estímulo fiscal - Em 11 de março, um plano de estímulo de 30 bilhões de libras; 330 bilhões de libras em garantias de empréstimos para empresas; ofereceu pagar até 80% das despesas com salários se os funcionários forem colocados em licença, até um máximo de 2.500 libras (2.930 dólares) cada por mês --se as empresas os mantiverem. As empresas também têm permissão para reter temporariamente 30 bilhões de libras (US$ 35 bilhões) de imposto sobre valor agregado (IVA).
Canadá
Estímulo monetário -
O Banco do Canadá cortou as taxas em 100 pontos-base em duas reuniões de emergência, nos dias 4 de março (50 pontos-base) e 13 de março (50 pontos base), levando a taxa de juros overnight ao patamar de 0,75%.
Operações e financiamento de liquidez - expansão das garantias elegíveis para operações compromissadas a prazo; programa de compra de hipotecas seguradas em 50 bilhões de dólares canadenses (US$ 34,6 bilhões); programa de suporte a crédito de 10 bilhões de dólares canadenses para empresas.
Estímulo fiscal - 55 bilhões de dólares canadenses em diferimentos de impostos para empresas e famílias; Pacote de ajuda de 27 bilhões de dólares canadenses para trabalhadores e famílias de baixa renda.
Japão
Política monetária -
O Banco do Japão afrouxou a política monetária, aumentando as compras de fundos negociados em bolsa (ETFs, na sigla em inglês) e outros ativos de risco, incluindo títulos corporativos. O banco central também decidiu criar um novo programa para conceder empréstimos a taxa zero por um ano a instituições financeiras.
Política fiscal - O governo anunciou gastos extras de 430,8 bilhões de ienes (US$ 4,1 bilhões), destinados principalmente a auxiliar as pequenas e médias empresas afetadas. O governo também financiará melhorias em instalações médicas e subsidiará os pais que são forçados a sair de licença por causa das escolas fechadas.
Nenhum plano de estímulo fiscal foi anunciado, mas é esperado algo para abril, o que pode incluir pagamentos em dinheiro. As medidas poderiam contabilizar mais de 30 trilhões de ienes (US$ 270 bilhões).
Austrália
Estímulo monetário -
O Banco Central da Austrália reduziu as taxas em 50 pontos-base em duas decisões (25 pontos-base na reunião de 3 de março e outros 25 pontos-base na reunião de emergência de 19 de março), levando o nível dos juros para 0,25%; introduziu o primeiro uso da flexibilização quantitativa, estabelecendo uma meta de cerca de 0,25% para o rendimento dos títulos.
Operações e financiamento de liquidez - Um mecanismo de financiamento de 90 bilhões de dólares australianos (US$ 53,3 bilhões) para bancos a uma taxa fixa de 0,25%; um programa de compra de 15 bilhões de dólares australianos em títulos garantidos por hipotecas residenciais e outros garantidos por ativos; um programa de suporte, de 715 milhões dólares australianos, para companhias aéreas.
Estímulo fiscal - 66,1 bilhões de dólares australianos em assistência a empresas e pagamentos adicionais de assistência social; um pacote de 17,6 bilhões de dólares australianos em subsídios para aprendizes, pequenas empresas, pensionistas e outros.
China
Estímulo monetário -
O Banco Popular da China reduziu sua taxa de empréstimo de um ano, introduzida pela primeira vez em agosto, em 10 pontos-base, para 4,05% em 20 de fevereiro, após várias injeções de liquidez e outras flexibilidades políticas. Em 13 de março, o banco cortou o caixa que os bancos devem manter como reservas pela segunda vez este ano, liberando 550 bilhões de iuanes (US$ 79 bilhões).
Liquidez e financiamento - A China ofereceu financiamento mais fácil para empresas de pequeno e médio porte, aumentando em 500 bilhões de iuanes as cotas de reempréstimos e redesconto de iuan em 25 de fevereiro. Também aumentou a cota de empréstimos dos bancos políticos em 350 bilhões de iuanes para fazerem empréstimos direcionados a esses negócios.
Estímulo fiscal - A China deve liberar trilhões de iuanes em estímulo fiscal. Os gastos ampliados terão como objetivo estimular o investimento em infraestrutura, apoiado em 2,8 trilhões de iuanes (US$ 394 bilhões) em títulos especiais do governo local, segundo fontes, em 19 de março. O déficit orçamentário nacional pode subir para níveis recordes, acrescentaram fontes.
Várias pequenas medidas e despesas fiscais, como incentivos fiscais, tarifas reduzidas de energia e redução de taxas.
Coreia do Sul
Estímulo monetário -
O Banco da Coreia reduziu as taxas de juros em 50 pontos-base, para 0,75%, em 16 de março.
Estímulo fiscal - Orçamento suplementar de 11,7 trilhões de won; 50 trilhões de won em financiamento de emergência para pequenas empresas; maior afrouxamento às principais regras de fluxo de capital temporariamente para incentivar as instituições financeiras locais a fornecerem mais dólares.

quinta-feira, 26 de março de 2020

Sarney: "sem a vida humana não se compra nem se vende"

***ARQUIVO***BRASÍLIA, DF, 01.10.2019: O ex-presidente José Sarney. (Foto: Pedro Ladeira/Folhapress)
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - O ex-presidente José Sarney postou uma nota em seu site em que critica o presidente Jair Bolsonaro pela postura que tem adotado diante da crise do coronavírus.
"Sem a vida humana nada se compra nem se vende", diz Sarney.
Nos últimos dias, Bolsonaro tem repetido que a pandemia está sendo tratada com "histeria" no Brasil e insistido na volta das pessoas à vida normal para preservar a economia.
Sarney afirma que a Covid-19 está no rol das ameaças ao futuro da humanidade já que é uma das doenças desconhecidas. "A visão dos cientistas é unanime de que foram elas as responsáveis pelo desaparecimento de muitas espécies", diz ele.
"Ela não ameaça apenas nações, mas a espécie humana, assim como o Ebola e a Aids, sempre sob cerco e severa vigilância", diz ainda o ex-presidente.
"É difícil e impossível compreender que o Presidente da República, tão bem assessorado, ignore essa verdade científica. É hora de harmonizar a nação, evitar conflitos e buscar a paz social. Para essa tarefa é insubstituível o Presidente da República. A discórdia e a dissensão em nada ajudam o País", finaliza.

Leia abaixo a íntegra da nota de Sarney:
"No rol das ameaças ao futuro da humanidade estão as doenças desconhecidas. A visão dos cientistas é unanime de que foram elas as responsáveis pelo desaparecimento de muitas espécies.
A COVID-19, causado pelo vírus SARS-CoV-2, é considerada uma das doenças que constitui ameaça dessa ordem. Daí a linha vermelha que acendeu, por ser a primeira grande pandemia na era da comunicação, do tempo real, da velocidade e da globalização. Ela não ameaça apenas nações, mas a espécie humana, assim como o Ebola e a Aids, sempre sob cerco e severa vigilância.
É difícil e impossível compreender que o Presidente da República, tão bem assessorado, ignore essa verdade científica. É hora de harmonizar a nação, evitar conflitos e buscar a paz social. Para essa tarefa é insubstituível o Presidente da República. A discórdia e a dissensão em nada ajudam o País."

quarta-feira, 25 de março de 2020

Bilionários dos EUA defendem que empregados voltem ao trabalho

Max Abelson e Donald Moore
(Bloomberg) -- O bilionário Tom Golisano fumava um charuto Padron em seu pátio na Flórida na terça-feira à tarde. Estava preocupado.
“Os danos de manter a economia fechada podem ser piores do que perder mais algumas pessoas”, disse Golisano, fundador e presidente do conselho da processadora de pagamentos Paychex Inc.
O presidente dos EUA, Donald Trump, diz que não quer que a cura para a pandemia de Covid-19 “seja pior do que o problema”, e alguns dos executivos mais ricos dos EUA ecoam seu grito de guerra. Querem impulsionar uma economia que possa enfrentar a pior retração trimestral de todos os tempos, mesmo que isso signifique recuar em relação às medidas de distanciamento social que, segundo as autoridades de saúde pública, podem ajudar a conter o coronavírus. Esses investidores não estão colocando os lucros acima da vida, dizem, estão apenas dispostos a correr alguns riscos para evitar outros.
“Você está escolhendo o melhor dos dois males”, disse Golisano, que quer que as pessoas voltem para seus escritórios em estados que foram relativamente poupados pelo coronavírus, mas permanecem em casa em pontos críticos. “Você tem que pesar os prós e contras.”
Em Nova York, onde os hospitais estão em estado crítico e saturados com pacientes, o governador Andrew Cuomo diz que a economia não deve ser reiniciada “à custa da vida humana” e que está elaborando um plano que “permita aos mais jovens retornar ao trabalho”.
A questão é quando isso deve acontecer.

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©2020 Bloomberg L.P.

sábado, 21 de março de 2020

Nove perguntas que você deveria fazer ao psicólogo antes de começar uma terapia

Esse teste é a melhor maneira para garantir que você vai contar sua vida ao profissional adequado

Faz semanas, talvez meses, que qualquer coisa te altera. Quando você não estoura por bobagem, começa a chorar sem motivo. Os amigos tentam te animar, mas você sabe que precisa de outra ajuda, então põe mãos à obra para marcar uma consulta com um psicólogo ou terapeuta. Você intui que essa é a solução, mas como saber se está escolhendo a pessoa adequada? A melhor maneira de descobrir é não deixar que o profissional seja o único a fazer as perguntas.

Antes de lhe contar sua vida, pergunte sobre sua carreira

Entre os psicólogos, como em todas as carreiras, há profissionais e profissionais. Alguns são adequados para realizar certos projetos e outros se encaixam à perfeição no manejo de situações completamente diferentes. Saber qual lhe convém fica mais fácil se você conseguir que respondam às seguintes perguntas:

Qual é sua especialidade?

No Brasil, essa pergunta é importante porque a psicoterapia não é uma atividade privativa de psicólogos, podendo ser praticada por outros profissionais, como psicanalistas —desde que não utilizem o título de psicólogo.

Que tipo de terapia faremos?

É importante saber em que consiste o percurso planejado pelo profissional, já que eles podem ser muito diferentes, e é importante estar disposto a se submeter a esse plano. Cada terapeuta tem suas preferências. “A cognitiva-comportamental trata a forma como o indivíduo interpreta as situações, como reage a elas e as emoções que lhe geram; a psicanálise procura a origem de nossos problemas em vivências passadas (geralmente na infância); o enfoque sistêmico trabalha da posição que determinadas posições ocupam na sua vida…”, diz a doutora em psicologia Silvia Álava. A abordagem escolhida pelo especialista dependerá da escola de que provenha e do tipo de problema que lhe apresentarmos. “Embora ele não tenha completamente claro o que acontece, depois de uma primeira sessão o profissional desenvolverá uma hipótese de trabalho em que escolherá o tipo de terapia”, continua a especialista.

Como sei se dará certo?

Pedir que tenha resultados garantidos é demais, mas com esta pergunta é possível obter informações relevantes. “É preciso perguntar e pesquisar se a metodologia do especialista é respaldada por evidências empíricas e se ficou demonstrada sua eficácia em casos como o que lhe apresentamos”, esclarece Álava. Para descobrir isso, podemos nos dirigir diretamente ao terapeuta ou a qualquer conselho de psicologia. Se uma metodologia tiver aval científico em casos como o nosso, é provável que funcione, mas isso não é garantido: também é importante nos sentirmos à vontade com o método. “A química entre o psicólogo e o paciente é fundamental. Quando não existe, podemos nos sentir pouco à vontade numa terceira ou quarta sessão, e largar sem ter conseguido nada”, aponta Dapra. Álava concorda: “É preciso criar um vínculo e uma aliança terapêutica. A pessoa que temos diante de nós deve nos passar credibilidade, e devemos confiar nas emoções que nos transmite”.

É hora do que interessa

Você recebeu a recomendação de um profissional que parece competente, e se dependesse de você começaria a terapia hoje mesmo. Mas tenha paciência. Há mais coisas que convém ter claras antes de contratar seus serviços:

Quanto vai custar?

Perguntar sobre o preço é de mau gosto? Nada disso. Na verdade, você faria mal em evitar esta questão. Para Dapra, porém, pagar menos nem sempre é um bom sinal: “Quem cobra pouco é porque não tem pacientes e usa o preço como chamariz ou porque se valoriza pouco profissionalmente”. Também há profissionais que oferecem a primeira sessão gratuita, mas “é uma forma de atrair clientes”, acrescenta. E se você não puder pagar? “Há centros que trabalham com fundações ou estão integrados a mestrados, que são mais baratos”, diz Álava.

Quanto tempo durará o tratamento?

Não hesite em fazer esta pergunta, mas leve em conta que respondê-la é difícil até para o profissional mais preparado. “Depende de muitas variáveis”, diz Álava. A principal é que estejamos envolvidos na terapia. O psicólogo dará as ferramentas, técnicas e estratégias com as quais resolver o problema, mas é o paciente que deve fazer o trabalho. “Também depende do tipo de diagnóstico, não é o mesmo um transtorno de ansiedade, que tem um tratamento mais curto [entre três e seis meses, em média, segundo Dapra], que um da personalidade, que exige ferramentas para toda a vida”, esclarece Álava. Mais clara está a duração das sessões: “Entre 40 minutos e uma hora”, diz Dapra.

E se eu precisar de medicação?

“O habitual é que a psicoterapia baste”, diz a especialista, mas certas pessoas que podem precisar de fármacos. Nesses casos, o especialista recomendará a visita a um psiquiatra. “O psicólogo não pode receitar remédios, e nunca deve fazê-lo”, observa a especialista. Não pode nem sequer nos propor remédios próprios da homeopatia. “Se fizer isso, desconfie”, afirma Álava.

Melhor perguntar agora do que lamentar mais tarde

Uma vez começado o tratamento, é normal que continuem surgindo perguntas. Qualquer fase da terapia é oportuna para fazê-las, mas o melhor é se antecipar. Estas são as perguntas que podem aparecer durante o tratamento:

Como saberei se o tratamento está funcionando?

“O melhor indicador é como você se sente, mas há registros e medidas tomadas durante a terapia”, esclarece Álava. O profissional pode mencioná-los de antemão. A especialista se refere, por exemplo, a questionários que o psicólogo aplica ou a diários em que o processo vai sendo anotado. Assim poderemos comparar se continuamos tendo a mesma quantidade de crises do que quando começamos a terapia, se nos sentimos tão mal quanto… Também permitem medir nossa melhora com as capacidades de linguagem emocional que vamos adquirindo ao longo das sessões: “No princípio, você se sente ‘médio’, ‘mal’ ou ‘bem’, mas essas não são emoções. Passadas umas três ou quatro sessões, você é capaz de se expressar mais”, esclarece Dapra.

O que devo fazer se não notar uma melhora?

Aqui entra em jogo a confiança entre terapeuta e paciente. “Se você travar, deve ser sincero e claro com o psicólogo”, afirma Álava. Só assim ele poderá avaliar se é preciso mudar o enfoque, procurar outras variáveis que não estejam sendo tratadas, ou saber se você está pondo o foco unicamente no negativo. “Há pessoas que vão ao psicólogo com expectativas de estarem sempre bem, mas isso é impossível na vida. Não se trata de estar todo o dia em cima de uma nuvem cor de rosa, e sim de saber gerir as situações ruins, e o psicólogo é quem nos dará as ferramentas para isso”, esclarece a especialista.

E se recair ao terminar a terapia?

“Uma parte muito importante das sessões é trabalhar a prevenção para que isto não ocorra, mas se acontecer não é preciso se preocupar. Podemos voltar a repassar as ferramentas e técnicas que aprendemos”, continua Álava. Nesse caso, é muito provável que o processo seja muito mais curto: “O habitual é que em poucas sessões se volte a conseguir”, conclui.

CHARGE

Charge O TEMPO 19/03/2020

quinta-feira, 19 de março de 2020

Coronavírus: 5 estratégias de países que estão conseguindo conter o contágio

Notícias

Lioman Lima - @liomanlima - Da BBC News Mundo

O novo coronavírus já infectou quase 200 mil pessoas e levou quase 8 mil delas à morte no mundo
O novo coronavírus está se espalhando por todo o mundo, gerando pânico generalizado diante dos milhares de novos casos e centenas de mortes registradas a cada dia, com cidades e países inteiros sendo fechados e vôos, eventos e festivais cancelados.
Apesar das más notícias em quase todos os lugares, alguns países asiáticos parecem ter conseguido reduzir substancialmente a propagação abrupta do vírus, que até 18 de março já havia infectado quase 200 mil pessoas e levado quase 8 mil delas à morte no mundo.
"Houve um grupo de nações que conseguiu tomar medidas para conter o surto, e acho que podemos aprender com eles", diz o epidemiologista Tolbert Nyenswah, professor da Escola de Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
"Não apenas na China, onde os casos diminuíram, foram adotadas medidas muito agressivas que podem não ser fáceis de replicar em outras nações democráticas, mas países que propuseram variantes diferentes e agressivas de respostas obtiveram resultados."
País vizinho da China e com uma população de 26 milhões de habitantes, Taiwan havia registrado até segunda-feira apenas 67 casos e uma morte em mais de dois meses de luta contra o novo coronavírus.
A província chinesa de Hong Kong, onde vivem 7,5 milhões de pessoas, até compartilha uma fronteira terrestre com o resto da China, mas só teve 155 casos confirmados e 4 mortes.
No Japão, com uma população de 120 milhões, os casos mal excederam 800, enquanto na Coréia do Sul, embora haja mais de 8 mil pacientes, novas infecções foram abruptamente reduzidas nas últimas semanas. 

O Japão conseguiu reduzir o número de infecções em meio a pressões devido à proximidade dos Jogos Olímpicos
Segundo Nyenswah, os resultados nesses países estão relacionaos a políticas inovadoras, sua prontidão e a resposta rápida à pandemia.
Entenda a seguir quais foram estas medidas e sua eficácia.

1. Testes, testes e mais testes

A Organização Mundial da Saúde (OMS) e especialistas concordam que a detecção precoce de casos é um fator fundamental para conter a disseminação de um vírus. "Você não pode agir ou saber o real impacto do vírus sem saber quantas pessoas ele afetou", diz Nyenswah.
Krys Johnson, professor de epidemiologia da Universidade Temple, nos Estados Unidos, concorda que esse fator fez a diferença entre algumas nações que estão obtendo resultados melhores em sua batalha contra o vírus em relação a outras onde o número de casos está aumentando rapidamente.  

1.Testar a população é o primeiro passo para conter a pandemia
"A Coréia do Sul está testando cerca de 10 mil pessoas por dia, o que significa que eles testam mais pessoas em dois dias do que os Estados Unidos em mais de um mês", diz Johnson.
Em uma coletiva de imprensa realizada na segunda-feira, o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que fornecer os testes a qualquer pessoa com sintomas de infecção foi a "espinha dorsal para impedir a propagação" da pandemia.
No entanto, ele alertou que muitos governos continuam a fazer os exames apenas para os pacientes mais graves, o que não só pode gerar estatísticas que não correspondem à realidade, mas também faz com que as pessoas com sintomas mais leves continuem transmitindo o vírus.
2. Isole os infectados
Johnson observa que a realização de testes permite não apenas isolar os doentes e impedir que o vírus se espalhe entre mais pessoas, mas também cria a possibilidade de detectar infecções que ainda não desenvolveram sintomas. "A Coréia do Sul e a China fizeram um excelente trabalho em rastrear, testar e isolar seus cidadãos", diz ele.
Segundo o especialista, o governo chinês tem sido "hipervigilante" na detecção de possíveis novos casos, o que pode ser uma das causas da queda nas infecções relatada pelo país.
"Pessoas com febre são enviadas para clínicas e testadas para gripe ou covid-19. Quando apresentam resultado positivo para covid-19, ficam isoladas em 'hotéis de quarentena' para evitar que infectem suas famílias", diz Johnson.  

A China realiza vários controles para detectar a covid-19
Em Taiwan, Cingapura e Hong Kong, embora existam locais de quarentena estatais, a regra foi fazer com que as pessoas permanecessem em suas casas e fossem multadas — às vezes, em mais de US$ 3 mil (R$ 15 mil) — se descumprissem a medida.
Mas, de acordo com Nyenswah, rastrear possíveis infecções tem sido uma parte fundamental de sua estratégia.
A esse respeito, ele lembra que as autoridades de Taiwan e Cingapura desenvolveram ações abrangentes para localizar pessoas que estavam em contato com os doentes, desde a realização de entrevistas com os infectados até a revisão de câmeras de segurança ou registros de transporte, hotéis e exames.
"Por exemplo, em 12 de março, em Hong Kong, quando tinham 445 casos suspeitos, foram realizados 14,9 mil testes entre os contatos dessas pessoas para detectar possíveis infecções, e 19 foram positivos", diz ele.

3. Preparação e reação rápida

Nyenswah foi uma das pessoas responsáveis ​​pelo combate ao ebola na África Ocidental. Segundo ele, um dos elementos básicos para a contenção de um vírus é reagir rapidamente, antes que se espalhe entre toda a população.
"Países como Taiwan e Cingapura mostraram que ações rápidas para a detecção e isolamento de novos casos podem ser um fator decisivo para conter a disseminação", diz ele.
Um artigo publicado no Journal of American Medical Association sobre a resposta de Taiwan aponta que a contenção alcançada pela ilha se deve parcialmente à preparação que eles desenvolveram para eventuais eventos desse tipo, desde que criaram um comando central de controle de epidemias em 2003.
O órgão, que inclui várias agências governamentais, foi criado após a epidemia da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na sigla em inglês) e, desde então, realiza vários exercícios e investigações para obter respostas a possíveis surtos, como explicam em seu site.

Taiwan conseguiu conter as infecções pelo Sars-Cov-2
"A preparação e a ação rápida são essenciais nos estágios iniciais. Na Europa e nos Estados Unidos, vimos que não só houve falta de preparação, mas houve reação tardia", diz Nyenswah.
Antes de confirmar a transmissão local em meados de janeiro, Taiwan começou a rastrear todos os passageiros vindos de Wuhan, a cidade chinesa onde a atual pandemia começou.
Hong Kong começou a implementar estações de medição de temperatura em portos, aeroportos e fronteiras a partir de 3 de janeiro e, em seguida, implementou quarentenas de 14 dias para os turistas que chegavam.
Além disso, cada médico foi instruído a notificar se identificasse qualquer paciente com febre ou sintomas respiratórios agudos e histórico de viagens recentes a Wuhan. "Novamente, o tempo foi o fator decisivo", afirma Nyenswah.

4. Distanciamento social

Segundo o especialista, quando os primeiros contágios de um novo vírus são relatados em uma população, as medidas de contenção não fazem mais sentido e outras, como o distanciamento social, acabam sendo mais eficazes na prevenção de contágio.
"Uma vez que você já tem a doença em seu país, você precisa começar a tomar as medidas certas ou perde a chance de interromper efetivamente o surto", diz ele.
De acordo com Nyenswah, a velocidade em instituir normas de distanciamento social em países como Hong Kong e Taiwan foi essencial para reduzir o contágio. 

Quarentena e medidas de distanciamento social levaram a uma redução de vôos globalmente
Hong Kong orientou os adultos a trabalharem de casa desde o final de janeiro, fechou as escolas e cancelou todos os eventos sociais.
A mudança já foi replicada em muitos países, mas, segundo Johnson, uma das chaves para os resultados foi a velocidade com que a decisão foi tomada.
Por outro lado, Cingapura nunca cancelou as aulas por causa do potencial impacto econômico que teria sobre trabalhadores com filhos menores.
No entanto, de acordo com o jornal local The Straits Times, a estratégia tem sido testar e monitorar todos os alunos e funcionários todos os dias.

5. Promover medidas de higiene

Desde que os primeiros surtos de coronavírus começaram a ser notificados fora da China, a OMS insistiu que, além do distanciamento social, lavar regularmente as mãos e manter uma boa higiene ao notar qualquer sintoma são essenciais para evitar a transmissão do vírus.
"Muitos países asiáticos aprenderam com a experiência da Sars em 2003 e são países onde existe a consciência de praticar medidas de higiene não apenas para não adoecer, mas também para não infectar outras pessoas, algo essencial nesses casos", diz Nyenswah.

Em países como Cingapura, os dispensadores de gel antibacteriano são comuns nas ruas      
 Em países como Cingapura, os dispensadores de gel antibacteriano são comuns nas ruasEm países como Cingapura, Hong Kong e Taiwan, os dispensadores de gel antibacteriano nas ruas são comuns e o uso de máscaras estava difundido antes mesmo do novo coronavírus.As autoridades de Taiwan, por exemplo, promoveram pela internet campanhas de lavagem de mãos e reforçaram a limpeza de ruas e outros locais públicos."É um fator que geralmente é ignorado em meio às medidas drásticas que estão sendo tomadas, mas acho que essas medidas no nível do cidadão, como lavar as mãos, continuam sendo as mais eficazes", diz Nyenswah.Mais sobre o coronavírus
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15 necessidades de seu filho que você deve atender para que ele tenha uma boa saúde mental

Mostrar carinho, estabelecer limites claros e sintonizar no plano emocional são aspectos fundamentais  

getty
O ser humano tem enorme facilidade de transformar desejos (o que quero) em necessidades (o que preciso). Não é nada raro escutar comentários do tipo “preciso me casar para ser feliz”, “é imprescindível que eu consiga viajar à Índia” e “sem meu café da manhã não sou ninguém”. Mesmo que nos custe a acreditar, tudo isso são coisas das quais gozamos, mas não são necessárias à sobrevivência do ser humano. É por isso que é importante que entendamos a diferença entre necessidades e desejos.

Mais informações

Podemos dizer que as necessidades são básicas à sobrevivência de qualquer ser humano. As necessidades estão na base da famosa pirâmide descrita por Abraham Maslow, onde encontramos, além das necessidades fisiológicas como a alimentação, a hidratação e o descanso, as necessidades emocionais e afetivas. Desse tipo de necessidades falaremos com detalhes mais adiante. Por outro lado, os desejos não são necessários à nossa sobrevivência. Podem ser coisas que ansiamos e nos motivam, mas sua consecução não coloca nossa vida em risco. Vejamos um exemplo. Eu posso desejar fervorosamente ganhar a loteria. E mais, posso fantasiar e imaginar o que faria com esse dinheiro. Mas o fato de não ganhar a loteria não significa que minha sobrevivência esteja em risco.
Por outro lado, as necessidades que iremos detalhar a seguir são de fato imprescindíveis a uma boa saúde mental de nossos filhos. A seguir, iremos enumerar as 15 necessidades emocionais e afetivas de toda criança e adolescente (também podemos incluir os adultos, evidentemente). Quanto mais ações você realizar com seus filhos para satisfazê-las no dia a dia, melhor:

1) Demonstrar nosso carinho

Todos os dias devemos dizer a nossos filhos o quanto os amamos, como sentimos sua falta no trabalho e como estamos orgulhosos de como são. Isso é fundamental para uma boa autoestima. Não basta pensá-lo, devemos dizê-lo e agir em consequência disso. Se hoje você não disse a seu filho que o ama, tente fazer com que seja a primeira coisa a dizê-lo quando o vir.

2) Ensiná-los a regular suas emoções

A ideia de que as crianças precisam de tempo de qualidade com seus pais sem que a quantidade importe é falsa
Como uma pessoa se transformou em um grande cirurgião e desempenha tão bem sua profissão? A chave está em ter um grande professor e em muitas horas de dedicação. O mesmo acontece com a regulação emocional. As crianças precisam que seus pais lhes ensinem a identificar e gerir suas emoções. A partir daí tudo vai melhorando em função da experiência. O problema ocorre quando os pais não sabem regular suas próprias emoções. Se eles não sabem, como irão ensinar seus filhos. Dificilmente. Por isso, se você tem alguma dificuldade em gerir suas próprias emoções, procure ajuda antes de ensinar a seu filho. Se queremos que nossos filhos no futuro sejam capazes de autorregular suas emoções, é imprescindível que agora que são pequenos lhes heterorregulemos suas emoções, ou seja, que aprendam a regular suas emoções com nossa ajuda.

3) Tempo de qualidade e de quantidade

A ideia de que as crianças precisam de tempo de qualidade com seus pais sem que a quantidade importe é completamente falsa. Em minha opinião é uma ideia criada para aqueles pais que trabalham muitas horas e dedicam, consequentemente, pouco tempo aos seus filhos não se sintam muito mal por isso. Por isso é completamente falsa. As crianças precisam de muito tempo de convivência com seus pais (quantidade) e com dedicação máxima (qualidade). Não é estar somente no mesmo quarto e lugar que eles, mas com dedicação exclusiva (brincadeiras, tarefas divididas, lição de casa, passatempos, etc.).

4) Oferecer a eles contextos de segurança e proteção

As crianças precisam de uma estimulação suficiente e adequada. Passado esse mínimo de estimulação, não se conseguem maiores aprendizagens
Esse é o primeiro pilar se queremos fomentar um apego seguro em nossos filhos. Uma criança não pode se sentir segura se nunca foi protegida. A segurança é o contexto a partir do qual virão as próximas características do apego seguro. Proteger nossos filhos quando sentem medo, temor, raiva e tristeza é nossa função. Se alguma vez você não o fez, recomendo que a partir de agora ajude e acalme seu filho sempre que ele experimentar alguma emoção desagradável e que não saiba lidar por si só.

5) Sintonia emocional

É imprescindível que estejamos em sintonia emocional com nossos filhos, ou seja, que atendamos, legitimemos e conectemos com as emoções que estão experimentando. Assim, por exemplo, um pai estará em sintonia emocional com seu filho quando, diante de uma situação concreta, este lhe mostrar seu medo e raiva, e o pai compreender e atender o que se passa com seu filho. Consiste em estar receptivo diante das necessidades da criança. É como conectar por Wi-Fi nosso hemisfério direito, que é o emocional, com seu hemisfério direito. Se não o fez em um número importante de vezes, tente fazê-lo, pois não se conectar com suas emoções e afetos tem repercussões negativas.

6) Responsividade

Quando estabelecemos limites e os explicitamos a nossos filhos estamos dizendo a eles “eu te amo”
A responsividade é a parte que vem na sequência da conexão emocional. Para poder ser responsivo, para não dizer responsável, precisei me conectar emocionalmente com meu filho, se não seria impossível. A responsividade consiste em dar à criança o que ela precisa. Não consiste em realizar seus caprichos, mas em realizar e cobrir suas necessidades. Como dizíamos no começo, as necessidades não são negociadas uma vez que são imprescindíveis à sobrevivência. A mãe ou pai que é responsivo é aquele que dá à criança aquilo que ela realmente precisa. Se diante de uma briga de nosso filho com um amigo ele se mostra preocupado e nós lhe dizemos que não enrole mais e vá fazer a lição de casa que é o que importa, não estamos sendo responsivos porque não estamos atendendo sua necessidade. Costumamos ser responsivos habitualmente com nossos filhos? Dedique alguns segundos pensando sobre isso.

7) Assumir o papel que nos corresponde como pais

Os pais não são amigos de seus filhos. Também não somos seus criados, mas às vezes pode parecer. Somos seus pais, e devemos assumir o papel que isso significa. Estamos realmente exercendo o papel de pais ou às vezes nos comportamos como colegas de nossos filhos?

8) Estabelecer limites claros

Uma das obrigações dos pais é implantar uma série de normas e limites no contexto familiar. Nossos filhos precisam de regras. É algo tão necessário como saudável. Imaginam uma cidade sem semáforos e sem placas de trânsito? Não seria um verdadeiro caos? Acontece a mesma coisa com as crianças. Precisam saber até onde podem chegar e qual é seu perímetro de segurança. Quando estabelecemos limites e explicitamos aos nossos filhos estamos lhes dizendo “te amo”. Coloco limites porque te amo e me importo com você. Refletiram sobre a quantidade de limites que existem em sua família? São muitos, poucos ou inexistentes? É recomendável pensar sobre isso.

9) Respeitar, aceitar e valorizar

Quando respeitamos, aceitamos nossos filhos como são e os avaliamos positivamente, estamos olhando incondicionalmente para eles. Demonstramos que nosso amor para com eles é incondicional, ou seja, não depende de nada. Amamos os filhos por quem eles são e não pelo que fazem e deixam de fazer. Estamos olhando nossos filhos incondicionalmente ou nosso amor para com eles depende de algo (resultados acadêmicos, comportamento, atitude, etc.)?

10) Estimulação suficiente e adequada

Há alguns anos, ficou em moda a hiperestimulação das crianças. Levávamos os jovens de um lugar a outro para “espremê-los” ao máximo cognitivamente falando. Precisávamos aproveitar o tempo e a plasticidade cerebral antes que essas janelas se fechassem. Hoje em dia sabemos que as crianças precisam de uma estimulação suficiente e adequada. Passado esse mínimo de estimulação, não se conseguem maiores aprendizagens, mas exatamente o contrário: exigências, estresse e hiperestimulação. O slogan que diz que quanto antes e mais estimularmos nossos filhos, melhor, é falso. Os pais devem repensar como enfocar, por exemplo, as atividades extraescolares de nossos filhos? Certamente sim.

11) Favorecer sua autonomia

Dizíamos antes que a primeira característica do apego seguro era a proteção. Pois bem, a outra face da moeda da proteção e segurança consiste em favorecer a autonomia, o que é a mesma coisa, favorecer sua curiosidade e seu espírito aventureiro e explorador. Viemos a esse mundo com a emoção da curiosidade no kit de sobrevivência, o que nos faz ter muita vontade de aprender coisas novas. É de vital importância, não só que achemos bom que nossos filhos sejam curiosos, mas que os convidemos a fazê-lo.

12) Sentido de pertencimento

Para o ser humano e para muitos outros mamíferos é de vital importância sentir-se parte de um grupo. Já viram nos documentários de quais são os lugares que os filhotes mais jovens ocupam? Geralmente costumam ir no centro, ou seja, no lugar de maior segurança e proteção. Daí vem a importância do grupo e da manada. O fato de nos sentir parte de um grupo ou de vários aumenta as probabilidades de sobrevivência. Uma das características que as crianças que sofrem assédio escolar costumam ter é não pertencer a nenhum grupo. É muito importante que nossos filhos pertençam, no mínimo, de um grupo, senão de mais. Estamos fazendo um bom trabalho como pais para favorecer o âmbito social de nossos filhos? Esse âmbito é tão importante quanto o acadêmico, não? Se concordamos, dou como certo que nunca castigamos os resultados acadêmicos ruins com não sair com os amigos e ir aos jogos de futebol, não?

13) Favorecer a capacidade reflexiva da criança

A capacidade reflexiva se refere a pensar sobre o que nos acontece, como estamos fazendo, como nos sentimos, nossa evolução e progressos, etc. É importante que ajudemos nossos filhos a aprender a pensar sobre as emoções que sentem, o que pensam, como se comportam, etc. Também é um trabalho muito interessante para nós como adultos.

14) Identidade

Ao longo dos primeiros meses e anos de vida, ocorre um processo de diferenciação entre o bebê/criança e a mãe, já que no começo o pequeno não o faz. Com o passar do tempo devemos favorecer nas crianças essa identidade própria que nos diferencia do restante das pessoas.

15) Magia

A magia é um dos mecanismos de defesa mais fortes que as crianças têm. Os adultos costumam chamar de autoengano. Tudo o que tem a ver com a magia, o oculto, o divino e o fantasioso é algo que cativa todas as crianças. O que um mistério significa é algo que “encanta” as crianças. Aprendemos a utilizar e a colocar do nosso lado a magia e a fantasia.
Não é minha intenção fazer com que algum pai ou mãe se sinta mal. Exatamente o contrário. Espero que essas 15 necessidades básicas sirvam para que vocês vejam o que nossos filhos realmente precisam. Espero que sirva para refletir sobre o ponto em que estamos e de que forma estamos assumindo o papel de pais. Com certeza estamos desempenhando-o bem, mas um pouco de reflexão não é má ideia.
Rafael Guerrero Tomás é diretor do Darwin Psicólogos, especialista em transtorno por Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), transtornos da aprendizagem e transtornos de conduta, e doutor em Educação.

terça-feira, 17 de março de 2020

Dicas para aumentar a imunidade

O sistema imunológico é um conjunto de estruturas responsáveis por garantir a defesa e por manter o corpo funcionando livre de doenças. Compreende todos os mecanismos pelos quais nosso organismo se defende de invasores internos como bactérias, vírus e parasitas.
O sistema imunológico também é responsável pela limpeza do organismo, ou seja, a retirada de células mortas, a renovação de determinadas estruturas, rejeição de enxertos, além de memória imunológica. Também é ativo contra células alteradas que diariamente surgem no nosso corpo como resultado de mitoses anormais: essas células, se não forem destruídas, podem dar origem a tumores.
Dicas para Aumentar a Imunidade

Como reforçar sua imunidade?

  • Alimentar-se bem. A melhor forma de reforçar o sistema imunológico do nosso organismo é através de uma alimentação correta e saudável.
  • Praticar exercícios físicos. Os exercícios físicos devem ser feitos pelo menos 3 vezes por semana de 30 a 40 minutos.
  • Manter as mãos sempre limpas.
  • Cultivar hábitos de higiene bucal, como escovar os dentes após as refeições e sempre usar fio dental.
  • Evitar colocar a mão na boca.
  • Manter os ambientes sempre limpos e arejados.

Alimentos para Imunidade

Dicas para Aumentar a Imunidade
Sua imunidade anda baixa? Ou, independente da resposta, você não quer dar chance para que nenhum mal afete a sua saúde? Aposte em um prato de comida bem equilibrado, principalmente com os ingredientes certos. Os alimentos verdadeiros são ricos em vitaminas, minerais e outras substâncias que auxiliam na manutenção do sistema imunológico. De acordo com nutricionistas, atingir a recomendação diária de consumo de frutas e vegetais já garante uma defesa melhor. O consumo sugerido é de cinco porções por dia: três frutas e dois vegetais. A seguir, confira a lista de campeões da blindagem e conheça os motivos que tornam esses alimentos poderosos aliados do organismo.
  • Alho e Cebola. Excelentes para o sistema imunológico. Contêm substâncias que estimulam enzimas e inibem o crescimento bacteriano.
  • Tomate. Rico em licopeno, o tomate é forte aliado para combater doenças cardiovasculares, removendo radicais livres do organismo.
  • Cenoura e Brócolis. Contêm vitamina A. A deficiência dessa vitamina provoca uma redução no número de linfócitos, aumentando a probabilidade de infecções bacterianas, virais ou parasitárias.
  • Laranja, manga, morango e pimentão. Ricos em vitamina C, aumentam a produção de leucócitos, células de defesa que estimulam a resistência.
  • Castanha do Pará, amêndoas, nozes, assim como folhas verdes. Contêm selênio, vitaminas e atuam como antioxidantes. Protegem as membranas celulares contra substâncias tóxicas, radiação e os temíveis radicais livres, que são liberados nas reações químicas naturais do organismo.
  • Carne, leite, peixes, aves, feijão e cereais integrais. Como esses alimentos contêm zinco e selênio, a deficiência pode causar diversas doenças imunológicas.
  • Ômega 3 (azeite e salmão). Auxilia as artérias a permanecerem longe de inflamações, ajudando a imunidade do corpo.
  • Chocolate meio-amargo, linhaça e vinho tinto. Contêm antioxidantes e propriedades que defendem o organismo.

Bebidas para Imunidade

Dicas para Aumentar a Imunidade
  • Água. Tome pelo menos um litro e meio de água por dia para manter o corpo hidratado e as vias aéreas úmidas.
  • Suco verde. Contém clorofila (rica em zinco, ferro e vitamina C).
  • Suco de frutas. Nutritivos e cheios de vitaminas.
  • Chá de gengibre. Fortalece o sistema de defesa do organismo e tem ação bactericida. Excelente no processo digestivo. Saiba mais sobre o gengibre.
  • Chá verde. Desintoxica e acelera o metabolismo, melhora a imunidade e combate os radicais livres.
  • Chá de Anis. O anis é excelente para melhorar a imunidade contra vírus, especialmente contra resfriados.
Dicas para Aumentar a Imunidade

Suplementos para Melhorar a Imunidade

Própolis

A própolis é uma substância produzida pelas abelhas usando a própria cera e resinas de diferentes plantas, e é utilizada para auxiliar na defesa da colmeia contra bactérias, vírus e fungos. Esta substância possui inúmeros benefícios à saúde, possuindo propriedades antissépticas e podendo ser usado no tratamento de feridas, no fortalecimento do sistema imunológico, no tratamento de doenças das vias respiratórias. O ideal é consumir a própolis do tipo verde, 20 gotas diariamente.

Probióticos

Os produtos probióticos contêm bactérias que atuam de forma benéfica no organismo e que normalmente habitam o intestino. Mais de 70% do sistema imunológico é controlado pelo sistema gastrointestinal, onde estas bactérias são fundamentais para melhorar a digestão e também proteger o organismo contra micro-organismos patógenos.
Dicas para Aumentar a Imunidade

Vitaminas e Minerais

Vitamina C: A vitamina C é um suplemento chave para o sistema imunológico devido à proteção que promove nas células , mantendo-as saudáveis. Ela facilita a absorção de ferro ajudando a prevenir a anemia ferropriva (falta de ferro). Previne resfriados por estimular o sistema imunológico e distúrbios da coagulação sanguínea e lesões hepáticas. O ideal é uma dose de 500 mg ao dia.
Zinco: Ajuda a fortalecer o sistema imunológico e tem um papel importante no metabolismo dos macronutrientes. O zinco pode contribuir para a manutenção de pele, cabelo e unhas saudáveis. Durante e depois de exercícios intensos, ela favorece a função imune e a reduzir os danos oxidativos celulares causados pelos radicais livres. O ideal é uma dose de 30 mg por dia.
Vitamina D: A vitamina D tem a habilidade de aumentar a resposta imunitária do nosso corpo.
Tem a capacidade de assegurar que todos os nossos órgãos vitais estão a trabalhar de forma eficaz e eficiente, e por isto é altamente eficaz na prevenção de uma simples constipação. Além dos benefícios ligados ao sistema imunitário, a vitamina D também ajuda na mineralização óssea e é benéfica no funcionamento do nosso sistema circulatório. Pesquisas mostram que níveis saudáveis de vitamina D no organismo podem auxiliar na prevenção de toda e qualquer infecção. Uma dose de 30.000 UI por semana já ajuda a reduzir o risco de gripes e resfriados.

Astragalus

Esta erva chinesa é famosa por suas propriedades de estimular o sistema imunológico. Recomenda-se o consumo de 1000 mg ou mais por dia para estimular as células brancas do sangue, tanto para prevenir quanto para lutar contra infecções. Algumas pesquisas indicam que os resultados começam a aparecer depois de 6 a 8 semanas de uso. Então, não é um suplemento de uso imediato e pontual. Faz mais sentido o uso contínuo como estratégia de fortalecimento da imunidade geral.
Dicas para Aumentar a Imunidade

Cúrcuma

A cúrcuma ou açafrão-da-terra, planta cujo pó é geralmente usado como tempero, e também é considerada um super alimento. A planta é rica em antioxidantes e possui fortes propriedades anti-inflamatórias. Inclusive, alguns estudos sugerem que essas qualidades fazem da cúrcuma uma forte defesa contra gripes, resfriados e congestão nasal. Além de ajudar na imunidade, ativa o metabolismo.

Whey Protein

É uma suplementação repleta de nutrientes, principalmente a proteína. A Whey protein também influencia na produção de anticorpos, em especial das imunoglobulinas. Há estudos desde os anos 80 que demonstram a grande influência das proteínas do soro do leite no sistema imunológico e como esse alimento pode fornecer substrato para as defesas do organismo.

segunda-feira, 16 de março de 2020

PENSAMENTOS LIMPOS são bem-vindos

Pensamentos limpos são um tesouro invendável, na medida em que só nós podemos criá-los e o bem-estar que os mesmos nos causam são indescritíveis: tudo funciona melhor.
Ao contrário, quando temos pensamentos maus, nosso cérebro recebe bloqueios e ai ficamos com o prejuízo.

CHARGE

Charge Super FC 14/3/2020

terça-feira, 10 de março de 2020

Nozes retardam declínio cognitivo em idosos com risco de demência


Redação do Diário da Saúde
Nozes retardam declínio cognitivo em idosos com risco de demência
Recentemente se descobriu que as nozes melhoram a saúde atuando sobre as bactérias benéficas no intestino.
[Imagem: California Walnut Commission]
Idosos em situação de risco
Comer nozes pode ajudar a diminuir o declínio cognitivo em grupos de risco da população idosa.
Apesar dos ótimos resultados recentes sobre efeitos das nozes sobre o coração e sobre a pressão arterial, Aleix Sala-Vila e seus colegas da Universidade Loma Linda (EUA) descobriram que o consumo de nozes por adultos e idosos saudáveis teve pouco efeito sobre a função cognitiva ao longo de dois anos.
Mas benefícios significativos apareceram em idosos que fumavam e apresentavam escores basais mais baixos nos testes neuropsicológicos, justamente uma população de risco para os problemas cognitivos e demências.
Foram examinados quase 640 idosos na Califórnia (EUA) e em Barcelona (Espanha). Por dois anos, o grupo incluiu nozes em sua dieta diária, enquanto um grupo de controle se absteve de comer nozes.
"Embora este seja um resultado pequeno, ele pode levar a melhores resultados quando realizado por períodos mais longos," disse a professora Joan Sabaté. "É definitivamente necessário fazer uma investigação mais aprofundada com base em nossos resultados, especialmente para populações desfavorecidas, que podem ter mais a ganhar com a incorporação de nozes e outras castanhas em sua dieta".
Interesses
Joan Sabaté e sua equipe de pesquisa foram os primeiros a descobrir o efeito redutor do colesterol no consumo de castanhas, especificamente das nozes - as descobertas foram publicadas pela primeira vez no New England Journal of Medicine em 1993.
Posteriormente, várias pesquisas têm associado o consumo de nozes ao menor risco de doenças cardiovasculares.
As nozes contêm ácidos graxos ômega-3 e polifenóis, que combatem o estresse oxidativo e a inflamação.
Este novo estudo foi financiado por uma bolsa da California Walnut Commission, que difunde o consumo das nozes, embora os pesquisadores afirmem que a entidade não teve nenhuma contribuição no projeto do estudo, na coleta de dados, em suas análises ou na redação e envio do artigo científico.

segunda-feira, 9 de março de 2020

Quase metade da energia da Dinamarcca já é eólica

País atinge recorde e obtém dos ventos 47% de toda a energia gerada em 2019. Dinamarqueses começaram a investir pesado no setor na década de 1970.
Parque eólico no Mar Báltico Parque eólico no Mar Báltico
A Dinamarca obteve quase metade de seu consumo de eletricidade de usinas eólicas no ano passado, um novo recorde impulsionado por significativas reduções de custos e melhorias na tecnologia para parques offshore (instalados no mar).
Os parques eólicos representaram 47% do consumo de energia na Dinamarca em 2019, afirmou nesta quinta-feira (02/01) a Energinet, a operadora da rede elétrica do país. A cifra representa uma alta frente aos 41% de 2018 e aos 43% de 2017.
Os países europeus são líderes globais no uso de energia eólica, mas a Dinamarca está bem à frente de sua rival mais próxima, a Irlanda, que obteve 28% de sua energia através do vento, de acordo com o dados do grupo WindEurope.
Em toda a União Europeia, as turbinas eólicas representaram 14% da eletricidade consumida no ano passado, segundo o grupo.
O aumento na participação da energia eólica na Dinamarca no ano passado se deve, em parte, ao início das operações do parque eólico offshore Horns Ver 3, da Vattenfall, no Mar do Norte, em agosto.
As turbinas eólicas no mar foram responsáveis por 18% da energia no ano passado, ante 14% em 2018. Já as turbinas eólicas onshore (localizadas em terra) representaram 29% da energia consumida no ano passado.
A Agência Internacional de Energia (AIE) afirmou em outubro que a energia gerada a partir de turbinas eólicas no mar representa apenas 0,3% da geração global de eletricidade atual, mas a capacidade deve aumentar 15 vezes nas próximas duas décadas.
A Dinamarca pretende reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 70% em 2030, com uma nova lei climática aprovada no final do ano passado visando o aumento da parcela de eletricidade proveniente de fontes renováveis de energia para 100%.
A Dinamarca – terra natal da Vestas, gigante fornecedora de turbinas eólicas, e da Orsted, líder global no desenvolvimento de projetos eólicos offshore – possui condições favoráveis de vento e começou a investir pesadamente em energia eólica na década de 1970.
FC/rtr
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Receitas para levar na marmita

Tiago Queiroz|Estadão

15 ideias de receitas para você fazer hoje e levar amanhã para o trabalho, de almoço ou lanche da tarde e começar o ano já comendo melhor

06 de janeiro de 2020 | 06:01 por Redação Paladar, O Estado de S.Paulo
Uma receita boa para levar na marmita para o trabalho/escola atende alguns requisitos: pode ser transportada com facilidade (não vai endurecer ou despedaçar ou perder a crocância ou vazar por todos os lados), dura alguns dias na geladeira, aguenta a viagem sem refrigeração, pode ser consumida em temperatura ambiente e, claro, é deliciosa. 
Se entre as suas metas de ano novo está cozinhar mais, comer de forma mais saudável e gastar menos, confira algumas ideias de receitas para levar para o almoço e o lanche da tarde, além de dicas de como montar a marmita perfeita
Ah! Antes de tudo, vale comentar: você não precisa de nenhum utensílio específico para fazer e transportar sua marmita, basta procurar um recipiente bem vedado e uma bolsa térmica. Mas, se quiser investir em potes (especialmente os que têm divisões planejadas).  
Agora, aos pratos: 

Macarrão asiático com legumes ao curry

Prefira alimentos em temperatura ambiente, eles se conservam melhor e dispensam o trabalho de aquecimento. Saladas de massa curta e massas asiáticas funcionam bem, como esse bifum, macarrão de massa de arroz. Faça com seus legumes preferidos e capriche no tempero
 
  Foto: Tiago Queiroz|Estadão

Cuscuz marroquino

Invista nos grãos, muito além do arroz. Lentilha, grão-de-bico, quinoa, feijão-branco, cevadinha podem ser misturados com hortaliças ou legumes grelhados. É o caso desse cuscuz verde, que leva diversas ervas, cebola caramelizada, rúcula e queijo feta. O cuscuz de estilo paulista funciona também e pode ser feito com diversos sabores. 
Cuscuz verde. 
Cuscuz verde.  Foto: Alex Silva/Estadão

Frango assado com arroz vermelho e brócolis 

Escolha proteínas que podem ser consumidas em temperatura ambiente e de preferência já cortadas. Boas dicas são frango cozido desfiado ou frango assado em pedaços, que funcionam bem ao natural e não perdem a textura se reaquecidos. Aqui, o frango é combinado com arroz vermelho e brócolis no vapor
 
  Foto: Alex Silva|Estadão

Rosbife com mostarda e salada de batata-doce

Se quiser apostar em carnes, uma outra ótima sacada para a marmita é o rosbife, além de poder ser consumido frio, pode ser preparado com antecedência e fatiado conforme o consumo. Essa receita com mostarda Ancienne é feita com bombom de alcatra, mas outra opção é fazer com filé mignon, e cortar em fatias mais grossas. Outra boa ideia é vitello tonnato, carne fria muito popular na Itália, que só melhora de sabor conforme passa os dias dentro da geladeira (dura até uma semana protegida por filme plástico). 
 
  Foto: Tiago Queiroz|Estadão

Legumes assados

Se não quiser cozinhar uma carne, fatias de presunto cru, salmão defumado e pedaços de queijo ocupam bem o “lugar da proteína” em uma marmita rápida de fazer e leve para comer. Para acompanhar, experimente fazer legumes assados com azeitonas ou essa tian provençal com anchovas da foto
Receita de vegetais assados da Patrícia Ferraz
Receita de vegetais assados da Patrícia Ferraz Foto: Luciana Cristhovam|Estadão

Salada de arroz, vegetais da horta e queijo

Essa salada é uma refeição completa (e nada monótona): leva três tipos de arroz, sete vegetais, folhas, queijos e diversos temperos. Além de viajar bem e poder ser consumida em qualquer temperatura, ela pode ser feita com o que você tiver na geladeira. Só vantagens. Confira a receita.  
Salada de arroz, vegetais da horta e queijo coalho.
Salada de arroz, vegetais da horta e queijo coalho. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Nhoque com legumes e manteiga de limão

Sim, é possível levar massas tradicionais na marmita. Só escolha uma receita que não vá perder sabor ou mudar de textura durante a viagem/reaquecimento. E, por favor, evite preparos com creme de leite, iogurte e maionese. Esse nhoque (você pode comprar a massa pronta) é fácil de fazer e delicioso. Outra opção é penne com tomate cereja e atum
 
  Foto: Alex Silva|Estadão

Tortas salgadas 

Eis a preferência da equipe do Paladar: trazer tortas ou quiches para o trabalho. Elas viajam bem, ficam gostosas em qualquer temperatura, funcionam como almoço ou como lanche da tarde. Duas queridinhas são a de cogumelos (da foto) e a de cebolas, fácil de fazer. 
Torta de cogumelos.
Torta de cogumelos. Foto: Fernando Sciarra/Estadão

Rolinho vietnamita

O rolinho feito de papel de arroz também é curinga na marmita, já que as variações de recheios são incontáveis. Uma dica é deixá-lo coberto com um guardanapo de papel úmido para não ressecar até a hora do consumo. Confira a receita
 
  Foto: Tiago Queiroz|Estadão

Salada de lentilha

Coloque a lentilha no seu repertório cotidiano de receitas. Ela vai bem com arroz e cebola caramelizada; em salada com arroz selvagem, romã e brotos; com molho de tahini e brócolis cozidos; em tabule com quinoa, damasco e rabanete; em um pilaf de grãos com cogumelos; e nessa bela e simples salada com cebola-roxa, gengibre e molho de ervas. Todas as opções viajam super bem. 
 
  Foto: Felipe Rau| Estadão

Dicas extras

Além de todas as indicações dadas acima, fique atento a duas coisas: 
1. Não feche a marmita com a comida ainda quente, ela continua cozinhando e vai murchar.  
2. Monte a marmita pensando em como as texturas vão se comportar. Evite frituras, que perdem a crocância. Leve molho e folhas separados, para elas não murcharem. Tomates também merecem ser estocados à parte, porque eles soltam água - boa saída é levar tomatinhos cereja inteiros.
 

LANCHINHOS 

Bateu aquela fome à tarde? Sanduíches, frutas, iogurtes, biscoitos de polvilho e cookies são boas opções. Outra sugestão é colocar na bolsa um potinho com homus e alguns vegetais em palito. Mas se você quiser sair um pouco da rotina, confira as receitas a seguir:  

Grão-de-bico picante 

Um aperitivo viciante, fácil de fazer, e que se pode comer à vontade. Você pode temperar de várias maneiras, comece experimentando essa aqui  – é só uma fórmula, para dar uma ideia das quantidades e especiarias que combinam. Ela leva canela, pimenta, especiarias e óleo de coco. Depois, vá fazendo suas adaptações.
 
  Foto: Gabriela Biló|Estadão

Bolo salgado de presunto, queijo e azeitonas

Fácil e delicioso, bem melhor do que qualquer salgado da lanchonete, garantimos. Pode ser feito na forma de bolo ou em forminhas individuais. Quer uma dica? Distribua a massa em forminhas pequenas e congele. No dia, é só assar de manhã e levar para o trabalho, fresquinho. Veja a receita.  
Cake jambon, gruyère e olives.
Cake jambon, gruyère e olives. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Bolo salgado de abobrinha

Segue a mesma ideia da receita anterior, com a vantagem de ser uma boa opção também para o almoço. Tão fácil e tão rápida que a gente até desconfia. Mas você vai se surpreender com o resultado: um misto de pão recheado e bolo salgado, macio, perfumado e cheio de sabor. Confira a receita
Bolo salgado de abobrinha.
Bolo salgado de abobrinha. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Forminhas de ricota e espinafre

Essa receita é bem fácil e requer apenas dois cuidados: não bata muito a massa, para não murchar, e não deixe passar do ponto no forno, para não ressecar. Aprenda como fazer
Receita de forminhas de ricota e espinafre
Receita de forminhas de ricota e espinafre Foto: Luciana Cristhovam|Estadão

Barra de granola e damasco

Amêndoas, damascos, granola, mel e pasta de castanhas (como manteiga de amêndoas): uma das vantagens de fazer as barrinhas em casa é saber exatamente quais ingredientes você está consumindo. Essa é uma receita para fazer em um dia de folga e guardar para a semana inteira. Confira como fazer.  
Receita de barra de granola e damasco
Receita de barra de granola e damasco Foto: Evan Sung|NYT