domingo, 21 de agosto de 2016

COMPOSIÇÃO 8

EU SOU UM RIO

Minha mãe me ensinou a ser bonzinho
Desde criança recebo de tudo
Recebo esgoto poluidinho
Recebo caladinho, mudo


Recebo muita hipocrisia
Recebo muita hipocrisia
Recebo muita safadeza
Recebo com muita tristeza
Que se transforma em lágrimas
Enchidas de impurezas
Transbordando minhas lástimas


Recebo falsos profetas
Falsas religiões
Recebo vaidades
Poucas verdades
E muitas mutretas e desilusões


Eu sou um rio que não rio
Minhas dores são dramáticas
Mas o meu vazio
É vítima das mudanças climáticas
               (refrão)

Recebo corrupção
Recebo violência
Recebo superpopulação
Recebo incoerência

Dou vida
Dou comida
Mas recebo destruição
Egoísmo e ingratidão
Ah! Não!

Recebo preconceitos
Recebo burrice
Recebo meiguice
De rejeitos


Recebo extinção
Recebo manipulação
Mas penam pelo meu perdão
Então, então

Eu sou um rio que não rio
Minhas dores são dramáticas
Mas o meu vazio
É vítima das mudanças climáticas
                        (refrão)

Recebo o que não mereço
Pago um preço
Pela ganância
Dilúvio de ignorância

Eu sou um rio
Mas estou vazio
Pelas secas
Causadas por homens de visões estreitas

Eu sou um rio
Que irrigo
Que dou banho gelado
Mas corro perigo
De ser abatido como gado
Mas não deixem rirem de mim
Dio, dio, dio, dio
Nos primórdios não era assim
Não era assim não
Então, então

Eu sou um rio que não rio
Minhas dores são dramáticas
Mas o meu vazio
É vítima das mudanças climáticas

Minha mãe me ensinou a ser bonzinho
Desde criança recebo de tudo
Recebo esgoto poluidinho
Recebo caladinho, mudo


Recebo muita hipocrisia
Recebo muita hipocrisia
Recebo muita safadeza
Recebo com muita tristeza
Que se transforma em lágrimas
Enchidas de impurezas
Transbordando minhas lástimas

Recebo falsos profetas
Falsas religiões
Recebo vaidades
Poucas verdades
E muitas mutretas e desilusões

Eu sou um rio que não rio
Minhas dores são dramáticas
Mas o meu vazio
É vítima das mudanças climáticas
               (refrão)

Recebo corrupção
Recebo violência
Recebo superpopulação
Recebo incoerência

Dou vida
Dou comida
Mas recebo destruição
Egoísmo e ingratidão
Ah! Não!

Recebo preconceitos
Recebo burrice
Recebo meiguice
De rejeitos

Recebo extinção
Recebo manipulação
Mas penam pelo meu perdão
Então, então

Eu sou um rio que não rio
Minhas dores são dramáticas
Mas o meu vazio
É vítima das mudanças climáticas
                        (refrão)

Recebo o que não mereço
Pago um preço
Pela ganância
Dilúvio de ignorância

Eu sou um rio
Mas estou vazio
Pelas secas
Causadas por homens de visões estreitas

Eu sou um rio
Que irrigo
Que dou banho gelado
Mas corro perigo
De ser abatido como gado
Mas não deixem rirem de mim
Dio, dio, dio, dio
Nos primórdios não era assim
Não era assim não
Então, então

Eu sou um rio que não rio
Minhas dores são dramáticas
Mas o meu vazio
É vítima das mudanças climáticas
Eu respondo
Não escondo
Eu respondo
Eu respondo
Eu respondo...
  (refrão final)

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