MEIO AMBIENTE
Pelo menos um terço dos corais do maior recife do planeta já pereceu, alertam cientistas. Aumento da temperatura nos oceanos causado pelas mudanças climáticas é o responsável pelo fenômeno conhecido como branqueamento.
O fenômeno conhecido como branqueamento, causado pelas mudanças climáticas, e a acidificação do oceano já matou 35% dos corais que formam a Grande Barreira australiana, anunciaram cientistas nesta segunda-feira (30/05).
"A recuperação da cobertura de corais deve levar uma década ou mais. Para resgatar os corais maiores e mais velhos que morreram com certeza vai demorar muito mais", diz um comunicado do Centro de Excelência de Estudos de Corais, do Conselho de Pesquisa Australiano (ARC).
O branqueamento do coral significa a morte de organismos como anêmonas e algas dentro dos corais. Ele pode ser causado por alterações na temperatura do oceano. Com a morte da matéria orgânica, resta apenas o esqueleto calcário do coral, de coloração branca.
Uma pesquisa feita pelos cientistas em abril mostrou que o fenômeno atinge 93% da Grande Barreira de Corais, principalmente nas regiões norte e central. Segundo Mia Hoogenboom, pesquisadora do ARC, 95% dos corais na seção sul conseguiram sobreviver. "Esperamos que estes corais clareados levemente consigam recuperar sua cor normal nos próximos meses", afirmou.
Impacto no turismo
Esta é a terceira vez em 18 meses que a estrutura oceânica é afetada pelo branqueamento. Segundo o diretor do ARC, Terry Hughes, o evento atual "é muito mais extremo" do que os anteriores.
O Departamento Australiano do Meio Ambiente confirmou que omitiu sua contribuição ao relatório sobre o impacto das mudanças climáticas das Nações Unidas para evitar consequências negativas sobre o turismo.
A Grande Barreira de Corais, que está na lista dos patrimônios da humanidade da Unesco, é uma das principais atrações turísticas da Austrália e gera 3,9 bilhões de dólares ao ano.
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