Apontada como
essencial para o desenvolvimento de tecnologias inovadoras, a interação entre o
poder público, a iniciativa privada e as instituições de ensino e pesquisa
ganha impulso no Rio Grande do Sul. Em algumas das maiores universidades
gaúchas, espaços físicos são constituídos para aproximar pesquisadores,
empresas consolidadas e novos negócios - são os chamados parques tecnológicos.
Quase sempre associadas aos parques estão as incubadoras, voltadas ao
desenvolvimento de startups das mais diversas áreas. Também junto às
universidades, o governo estadual mantém programas de incentivo a projetos
focados nas questões específicas de cada região, de acordo com as áreas dos
Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes). A muitos desses conselhos
corresponde um polo tecnológico, com atuação direcionada às características da
economia local. As universidades, nesse contexto, têm papel primordial - com ou
sem parques tecnológicos instalados. "Os polos tecnológicos trabalham
basicamente com projetos de pesquisa, realizados dentro das universidades,
visando o desenvolvimento de produtos e processos que solucionem gargalos das
economias regionais. Nem todos os polos tecnológicos do Estado têm parques
tecnológicos", explica a diretora do Departamento de Ciência e Tecnologia
da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sdect),
Suzana Sperry. Além da ação localizada, a proposta dos polos também é espalhar
o conhecimento gerado em cada projeto. "Não adianta pesquisar para
solucionar um problema da cultura de cítricos, por exemplo, se a propriedade
vizinha não abraçar (a solução) também. Trabalhamos para que as soluções sejam
disseminadas, gerando benefícios", observa Suzana. Em dezembro, 26 novos
projetos foram aprovados pela Sdect, em um total de R$ 15,4 milhões, envolvendo
polos tecnológicos, parques e incubadoras. Desde 2011, a fonte dos recursos é o
Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), em convênio
previsto para terminar na metade deste ano. "Estamos buscando maneiras de
garantir a continuidade dos programas. Os projetos assinados em dezembro devem
seguir por três anos, e há ainda outros em andamento", diz Suzana. JC JC
Atuação dos polos tecnológicos Área dos Coredes Alto Jacuí Campanha Central
Campos de Cima da Serra Centro Sul Fronteira Oeste Fronteira Noroeste Litoral
Norte Médio Alto Uruguai Missões Nordeste Noroeste Colonial Norte Paranhana
Produção Serra Sul Pesqueiro Sul Alimentos Sul Industrial Vale do Taquari Vale
do Rio Pardo Vale do Rio dos Sinos Vale do Caí Vale do Jaguari Alto da Serra do
Botucaraí Rio da Várzea Metropolitano Delta do Jacuí Iniciativas impulsionam
inovação e tecnologia na Região Metropolitana Tartaruga diz que momento é de
renovação de infraestrutura Tartaruga diz que momento é de renovação de
infraestrutura FREDY VIEIRA/JC Pelo menos dois novos projetos envolvendo
incentivo público, iniciativa privada e saber acadêmico devem impulsionar ainda
mais a indústria de tecnologia na Região Metropolitana de Porto Alegre. Um
deles é a parceria firmada em abril entre a Ufrgs, a Pucrs e a Unisinos na
criação da Aliança para a Inovação. A proposta, segundo as reitorias das três
instituições, é desenvolver estratégias para estimular propostas de inovação e
gerar novos empreendimentos de base tecnológica e startups, inclusive com a
chance de atrair investimentos. Outra iniciativa é a criação do Parque Canoas
de Inovação, que deve entrar em operação no segundo semestre, no bairro
Guajuviras, em Canoas. Surgido a partir de uma articulação entre um grupo de
indústrias da área tecnológica e a administração do município, o ecossistema
também deverá envolver cooperações com instituições como Ulbra, UniRitter e
Unilasalle, mesmo sem estar fisicamente localizado dentro de uma universidade.
"Nesse cluster, as empresas poderão até compartilhar equipamentos, se for
o caso", diz Régis Haubert, diretor superintendente da Exatron, uma das
empresas que irá se estabelecer no parque. Novidades como essas devem
contribuir para a recuperação do nível de empregos na área tecnológica no
Estado. Segundo o pesquisador Iván Tartaruga, da Fundação de Economia e
Estatística (FEE), 64% dos empregos em Tecnologia de Informação do mercado
gaúcho se concentram em cidades como Porto Alegre, São Leopoldo, Novo Hamburgo
e Caxias do Sul. O especialista ressalta que, conforme dados da Relação Anual
de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, o número de
profissionais e técnicos de informática empregados formalmente no Rio Grande do
Sul caiu de 28,7 mil em 2015 para 24,8 mil em 2016. Um ligeiro crescimento foi
verificado no ano passado, de acordo com dados preliminares da Rais. "O
momento atual é de renovação de infraestrutura, e isso explica esse aumento, e
não necessariamente a recuperação da economia", diz Tartaruga. Tecnologia
mira na sociedade Chips e circuitos não são os únicos assuntos nos parques
tecnológicos gaúchos. Visando gerar benefícios à sociedade, as pesquisas também
passam temas como saúde e agronegócio À primeira vista, falar em polos e parques
tecnológicos sugere projetos e empreendimentos essencialmente relacionados com
a Informática e a Tecnologia da Informação. Mas muitas outras áreas estão
contempladas nas iniciativas desenvolvidas nas diferentes instituições e
empresas voltadas ao ramo. Agropecuária, indústria de alimentos, saúde,
educação e energias alternativas, por exemplo, são outros campos beneficiados
pelas pesquisas e pelos produtos desenvolvidos no ecossistema gaúcho de fomento
à inovação. Alimentos e ambiente são, por exemplo, os focos principais do
Parque Científico e Tecnológico do Vale do Taquari (Tecnovates), vinculado à
Univates, de Lajeado. Nos laboratórios do complexo, pesquisas de química,
microbiologia e biotecnologia estão diretamente relacionadas à produção de
alimentos, ao lado de outras áreas, como botânica, energias renováveis e
indústria criativa. Ao todo, o parque envolve 26 negócios incubados e
pré-incubados, e mais 16 empresas residentes. "No Sul do País, somos o
parque com a maior concentração de equipamentos de ponta nas áreas de alimentos
e ambiental", afirma a coordenadora administrativa do Tecnovates, Cíntia
Agostini. Essa ênfase está relacionada, segundo ela, com o papel da
universidade no contexto local. "No Vale do Taquari, 80% da economia depende,
direta e indiretamente, do agronegócio e da produção de alimentos",
observa Cíntia. A saúde também tem destaque em muitos dos parques tecnológicos.
Instalada no Tecnopuc, em Porto Alegre, a Toth Lifecare pesquisa e desenvolve
equipamentos médicos e hospitalares, unindo tecnologia e eficiência. Um exemplo
é o desfibrilador Lifeshock, produzido e distribuído em parceria com a Lifemed,
que é destaque internacional pelo uso da tecnologia touchscreen. Outra inovação
é um cateter de pressão intracraniana, equipado com chip eletrônico. Os dois
produtos foram desenvolvidos com participação da Pucrs. A presença em um parque
tecnológico foi decisiva também para que essas inovações chegassem à sociedade.
"Concorremos com marcas grandes, como Siemens e Philips. Fizemos uma aliança
com um grande fabricante nacional (a LifeMed, que também está no Tecnopuc).
Sozinhos não teríamos condições de competir", descreve o CEO da Toth,
Eduardo Marckmann. Polos tecnológicos, parques e incubadoras gaúchas JC Parques
Tecnológicos Tecnopuc - PUCRS (Porto Alegre e Viamão) Zenit - UFRGS (Porto
Alegre - parque virtual) Ulbratech - Ulbra (Canoas) Tecnosinos - Unisinos (São
Leopoldo) Feevale Techpark - Feevale (Campo Bom e Novo Hamburgo) TecnoUCS - UCS
(Caxias do Sul) Tecnovates - Univates (Lajeado) UPF Parque - UPF (Passo Fundo)
TecnoURI Missões - URI (Santo ngelo) PampaTec - Unipampa (Alegrete) Santa Maria
Tecnoparque - UFSM/Unifra/Ulbra/outros (Santa Maria) TecnoUnisc - Unisc (Santa
Cruz do Sul) OceanTec - Furg (Rio Grande) Pelotas Parque Tecnológico -
UCPel/UFPel/outros (Pelotas) Incubadoras IECBiot - UFRGS (Porto Alegre) Hestia
- UFRGS (Porto Alegre) ITCP - UFRGS (Porto Alegre) CEI - UFRGS (Porto Alegre)
ITACA - UFRGS (Porto Alegre) Raiar - PUCRS (Porto Alegre) iLAB - ESPM (Porto
Alegre) Ulbratech - Ulbra (Canoas) Ieitec - Simecam (Canoas) Incubatec -
UniLaSalle (Canoas) Tecnosocial - UniLaSalle (Canoas) ITCientec - Cientec
(Cachoeirinha) Unitec - Unisinos (São Leopoldo) Feevale Techpark - Feevale
(Campo Bom e Novo Hamburgo) Itel - Fundação Liberato (Novo Hamburgo) Inovates -
Univates (Lajeado) Itunisc - Unisc (Santa Cruz do Sul) Itec - UCS (Caxias do
Sul) ITDesign - UCS (Caxias do Sul) INCMóvel - Senai (Bento Gonçalves)
PoloSul.org - UPF (Passo Fundo) Incubatec - IMED (Passo Fundo) ITSM - UFSM (Santa
Maria) Itec - Unifra (Santa Maria) URInova - URI (Santo ngelo) Criatec - Unijuí
(Ijuí e Santa Rosa) Innovatio - Furg (Rio Grande) Ciemsul - UCPel (Pelotas)
Conectar - UFPel (Pelotas) Fontes: Secretaria do Desenvolvimento Econômico,
Ciência e Tecnologia (Sdect) e Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp)
Pesquisa e indústria articulam avanços Altus, no Tecnosinos, produz sistemas e
equipamentos de automação Altus, no Tecnosinos, produz sistemas e equipamentos
de automação FREDY VIEIRA/JC A existência de parques tecnológicos em diferentes
regiões do Rio Grande do Sul contribui para que o Estado seja um dos principais
ecossistemas de inovação do País. Entre parques já consolidados e projetos em
implantação, são mais de 10 iniciativas, todas voltadas à aproximação entre o
conhecimento gerado dentro das universidades e as necessidades das empresas
privadas e da sociedade, gerando aproximadamente 15 mil empregos diretos,
segundo dados da Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp). "Depois de
áreas como São Paulo e Florianópolis (SC), o Rio Grande do Sul está ao lado do
Rio de Janeiro, de Recife (PE) e da Bahia como uma das regiões mais importantes
quanto à busca de inovação", explica o presidente da Reginp, Carlos
Eduardo Aranha, também gerente da Unitec, incubadora tecnológica da Unisinos,
localizada no parque Tecnosinos, em São Leopoldo. O Tecnosinos é um dos três
principais parques gaúchos, ao lado do Tecnopuc (Pucrs) e do Feevale Techpark
(Feevale). Grandes empresas de tecnologia, como SAP, SKA, Hewlett Packard e
Dell, por exemplo, têm unidades nos parques da Unisinos e da Pucrs, ao lado de
empreendimentos de diferentes portes e modelos de negócio. Nos parques, a
cooperação entre indústrias e instituições de ensino se dá em diferentes
formatos - desde convênios para estágios dos estudantes dentro das empresas
como uso dos laboratórios acadêmicos para desenvolvimento de novos projetos.
"O fato de estar no mesmo ponto contribui muito. Podem-se fazer coisas
remotamente, mas a convivência ajuda", explica Fabiano Favaro, CEO da
Altus, uma das principais empresas do Tecnosinos, voltada à automação
industrial. Com mais de 140 projetos de pesquisa e desenvolvimento em
andamento, a Altus tem atuado em nichos como operação de plataformas de
petróleo - a Petrobras é a principal cliente - e de processos do agronegócio. A
presença no Tecnosinos serve de impulso tanto para a indústria como para a
instituição de ensino. "Para a universidade, ter a teoria aplicada e ver
as coisas acontecendo pode ser um fator para atrair novos alunos", observa
Favaro. Os parques e as incubadoras também incentivam novos negócios. A
Engeltec, por exemplo, que cria soluções de automação para estacionamentos,
ficou três anos dentro da incubadora Raiar, da Pucrs, e hoje está instalada no
Tecnopuc, com clientes em todo o Brasil. "Quando entramos no parque,
estávamos concorrendo com muitas outras empresas. Nosso plano de negócio foi
avaliado por uma banca, já foi uma vitória. E estar dentro de um parque que é
uma grife aumenta a confiança do cliente", diz o diretor de Pesquisa e
Desenvolvimento da empresa, Giovani Forner. Parceria proporciona lançamentos A
entrega recente de um lote de 250 desfibriladores para o Ministério da Saúde
foi um dos negócios recentes da Toth. "Houve investimento público para o
desenvolvimento do produto, e agora estamos equipando os hospitais. O
ministério compra com benefícios", explica Eduardo Marckmann. O CEO da
empresa acrescenta que a Toth deverá lançar pelo menos dois novos produtos no
segundo semestre: um monitor com conectividade, capaz de enviar dados
diretamente para o sistema dos hospitais, e um termômetro vestível (wearable)
para crianças até quatro anos. - Jornal do Comércio
(https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2018/05/cadernos/empresas_e_negocios/626137-solucoes-unem-estado-empresas-e-universidades.html)
Soluções unem Estado,
empresas e universidades
Luís Bissigo/Especial JC
Apontada como essencial para o desenvolvimento de tecnologias
inovadoras, a interação entre o poder público, a iniciativa privada e as
instituições de ensino e pesquisa ganha impulso no Rio Grande do Sul.
Em algumas das maiores universidades gaúchas, espaços físicos são
constituídos para aproximar pesquisadores, empresas consolidadas e novos
negócios - são os chamados parques tecnológicos. Quase sempre
associadas aos parques estão as incubadoras, voltadas ao desenvolvimento
de startups das mais diversas áreas. Também junto às universidades, o
governo estadual mantém programas de incentivo a projetos focados nas
questões específicas de cada região, de acordo com as áreas dos
Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes).
A muitos desses conselhos corresponde um polo tecnológico, com atuação
direcionada às características da economia local. As universidades,
nesse contexto, têm papel primordial - com ou sem parques tecnológicos
instalados. "Os polos tecnológicos trabalham basicamente com projetos de
pesquisa, realizados dentro das universidades, visando o
desenvolvimento de produtos e processos que solucionem gargalos das
economias regionais. Nem todos os polos tecnológicos do Estado têm
parques tecnológicos", explica a diretora do Departamento de Ciência e
Tecnologia da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e
Tecnologia (Sdect), Suzana Sperry.
Além da ação localizada, a proposta dos polos também é espalhar o
conhecimento gerado em cada projeto. "Não adianta pesquisar para
solucionar um problema da cultura de cítricos, por exemplo, se a
propriedade vizinha não abraçar (a solução) também. Trabalhamos para que
as soluções sejam disseminadas, gerando benefícios", observa Suzana.
Em dezembro, 26 novos projetos foram aprovados pela Sdect, em um total
de R$ 15,4 milhões, envolvendo polos tecnológicos, parques e
incubadoras. Desde 2011, a fonte dos recursos é o Banco Internacional
para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), em convênio previsto para
terminar na metade deste ano. "Estamos buscando maneiras de garantir a
continuidade dos programas. Os projetos assinados em dezembro devem
seguir por três anos, e há ainda outros em andamento", diz Suzana.
JC
JC
Atuação dos polos tecnológicos
Área dos Coredes
Alto Jacuí
Campanha
Central
Campos de Cima da Serra
Centro Sul
Fronteira Oeste
Fronteira Noroeste
Litoral Norte
Médio Alto Uruguai
Missões
Nordeste
Noroeste Colonial
Norte
Paranhana
Produção
Serra
Sul Pesqueiro
Sul Alimentos
Sul Industrial
Vale do Taquari
Vale do Rio Pardo
Vale do Rio dos Sinos
Vale do Caí
Vale do Jaguari
Alto da Serra do Botucaraí
Rio da Várzea
Metropolitano Delta do Jacuí
Iniciativas impulsionam inovação e tecnologia na Região Metropolitana
Tartaruga diz que momento é de renovação de infraestrutura
Tartaruga diz que momento é de renovação de infraestrutura
FREDY VIEIRA/JC
Pelo menos dois novos projetos envolvendo incentivo público, iniciativa
privada e saber acadêmico devem impulsionar ainda mais a indústria de
tecnologia na Região Metropolitana de Porto Alegre. Um deles é a
parceria firmada em abril entre a Ufrgs, a Pucrs e a Unisinos na criação
da Aliança para a Inovação. A proposta, segundo as reitorias das três
instituições, é desenvolver estratégias para estimular propostas de
inovação e gerar novos empreendimentos de base tecnológica e startups,
inclusive com a chance de atrair investimentos.
Outra iniciativa é a criação do Parque Canoas de Inovação, que deve
entrar em operação no segundo semestre, no bairro Guajuviras, em Canoas.
Surgido a partir de uma articulação entre um grupo de indústrias da
área tecnológica e a administração do município, o ecossistema também
deverá envolver cooperações com instituições como Ulbra, UniRitter e
Unilasalle, mesmo sem estar fisicamente localizado dentro de uma
universidade. "Nesse cluster, as empresas poderão até compartilhar
equipamentos, se for o caso", diz Régis Haubert, diretor superintendente
da Exatron, uma das empresas que irá se estabelecer no parque.
Novidades como essas devem contribuir para a recuperação do nível de
empregos na área tecnológica no Estado. Segundo o pesquisador Iván
Tartaruga, da Fundação de Economia e Estatística (FEE), 64% dos empregos
em Tecnologia de Informação do mercado gaúcho se concentram em cidades
como Porto Alegre, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Caxias do Sul.
O especialista ressalta que, conforme dados da Relação Anual de
Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, o número de
profissionais e técnicos de informática empregados formalmente no Rio
Grande do Sul caiu de 28,7 mil em 2015 para 24,8 mil em 2016. Um ligeiro
crescimento foi verificado no ano passado, de acordo com dados
preliminares da Rais. "O momento atual é de renovação de infraestrutura,
e isso explica esse aumento, e não necessariamente a recuperação da
economia", diz Tartaruga.
Tecnologia mira na sociedade
Chips e circuitos não são os únicos assuntos nos parques tecnológicos
gaúchos. Visando gerar benefícios à sociedade, as pesquisas também
passam temas como saúde e agronegócio
À primeira vista, falar em polos e parques tecnológicos sugere projetos e
empreendimentos essencialmente relacionados com a Informática e a
Tecnologia da Informação. Mas muitas outras áreas estão contempladas nas
iniciativas desenvolvidas nas diferentes instituições e empresas
voltadas ao ramo. Agropecuária, indústria de alimentos, saúde, educação e
energias alternativas, por exemplo, são outros campos beneficiados
pelas pesquisas e pelos produtos desenvolvidos no ecossistema gaúcho de
fomento à inovação.
Alimentos e ambiente são, por exemplo, os focos principais do Parque
Científico e Tecnológico do Vale do Taquari (Tecnovates), vinculado à
Univates, de Lajeado. Nos laboratórios do complexo, pesquisas de
química, microbiologia e biotecnologia estão diretamente relacionadas à
produção de alimentos, ao lado de outras áreas, como botânica, energias
renováveis e indústria criativa. Ao todo, o parque envolve 26 negócios
incubados e pré-incubados, e mais 16 empresas residentes. "No Sul do
País, somos o parque com a maior concentração de equipamentos de ponta
nas áreas de alimentos e ambiental", afirma a coordenadora
administrativa do Tecnovates, Cíntia Agostini. Essa ênfase está
relacionada, segundo ela, com o papel da universidade no contexto local.
"No Vale do Taquari, 80% da economia depende, direta e indiretamente,
do agronegócio e da produção de alimentos", observa Cíntia.
A saúde também tem destaque em muitos dos parques tecnológicos.
Instalada no Tecnopuc, em Porto Alegre, a Toth Lifecare pesquisa e
desenvolve equipamentos médicos e hospitalares, unindo tecnologia e
eficiência. Um exemplo é o desfibrilador Lifeshock, produzido e
distribuído em parceria com a Lifemed, que é destaque internacional pelo
uso da tecnologia touchscreen. Outra inovação é um cateter de pressão
intracraniana, equipado com chip eletrônico. Os dois produtos foram
desenvolvidos com participação da Pucrs.
A presença em um parque tecnológico foi decisiva também para que essas
inovações chegassem à sociedade. "Concorremos com marcas grandes, como
Siemens e Philips. Fizemos uma aliança com um grande fabricante nacional
(a LifeMed, que também está no Tecnopuc). Sozinhos não teríamos
condições de competir", descreve o CEO da Toth, Eduardo Marckmann.
Polos tecnológicos, parques e incubadoras gaúchas
JC
Parques Tecnológicos
Tecnopuc - PUCRS (Porto Alegre e Viamão)
Zenit - UFRGS (Porto Alegre - parque virtual)
Ulbratech - Ulbra (Canoas)
Tecnosinos - Unisinos (São Leopoldo)
Feevale Techpark - Feevale (Campo Bom e Novo Hamburgo)
TecnoUCS - UCS (Caxias do Sul)
Tecnovates - Univates (Lajeado)
UPF Parque - UPF (Passo Fundo)
TecnoURI Missões - URI (Santo ngelo)
PampaTec - Unipampa (Alegrete)
Santa Maria Tecnoparque - UFSM/Unifra/Ulbra/outros (Santa Maria)
TecnoUnisc - Unisc (Santa Cruz do Sul)
OceanTec - Furg (Rio Grande)
Pelotas Parque Tecnológico - UCPel/UFPel/outros (Pelotas)
Incubadoras
IECBiot - UFRGS (Porto Alegre)
Hestia - UFRGS (Porto Alegre)
ITCP - UFRGS (Porto Alegre)
CEI - UFRGS (Porto Alegre)
ITACA - UFRGS (Porto Alegre)
Raiar - PUCRS (Porto Alegre)
iLAB - ESPM (Porto Alegre)
Ulbratech - Ulbra (Canoas)
Ieitec - Simecam (Canoas)
Incubatec - UniLaSalle (Canoas)
Tecnosocial - UniLaSalle (Canoas)
ITCientec - Cientec (Cachoeirinha)
Unitec - Unisinos (São Leopoldo)
Feevale Techpark - Feevale (Campo Bom e Novo Hamburgo)
Itel - Fundação Liberato (Novo Hamburgo)
Inovates - Univates (Lajeado)
Itunisc - Unisc (Santa Cruz do Sul)
Itec - UCS (Caxias do Sul)
ITDesign - UCS (Caxias do Sul)
INCMóvel - Senai (Bento Gonçalves)
PoloSul.org - UPF (Passo Fundo)
Incubatec - IMED (Passo Fundo)
ITSM - UFSM (Santa Maria)
Itec - Unifra (Santa Maria)
URInova - URI (Santo ngelo)
Criatec - Unijuí (Ijuí e Santa Rosa)
Innovatio - Furg (Rio Grande)
Ciemsul - UCPel (Pelotas)
Conectar - UFPel (Pelotas)
Fontes: Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia
(Sdect) e Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp)
Pesquisa e indústria articulam avanços
Altus, no Tecnosinos, produz sistemas e equipamentos de automação
Altus, no Tecnosinos, produz sistemas e equipamentos de automação
FREDY VIEIRA/JC
A existência de parques tecnológicos em diferentes regiões do Rio Grande
do Sul contribui para que o Estado seja um dos principais ecossistemas
de inovação do País. Entre parques já consolidados e projetos em
implantação, são mais de 10 iniciativas, todas voltadas à aproximação
entre o conhecimento gerado dentro das universidades e as necessidades
das empresas privadas e da sociedade, gerando aproximadamente 15 mil
empregos diretos, segundo dados da Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação
(Reginp). "Depois de áreas como São Paulo e Florianópolis (SC), o Rio
Grande do Sul está ao lado do Rio de Janeiro, de Recife (PE) e da Bahia
como uma das regiões mais importantes quanto à busca de inovação",
explica o presidente da Reginp, Carlos Eduardo Aranha, também gerente da
Unitec, incubadora tecnológica da Unisinos, localizada no parque
Tecnosinos, em São Leopoldo.
O Tecnosinos é um dos três principais parques gaúchos, ao lado do
Tecnopuc (Pucrs) e do Feevale Techpark (Feevale). Grandes empresas de
tecnologia, como SAP, SKA, Hewlett Packard e Dell, por exemplo, têm
unidades nos parques da Unisinos e da Pucrs, ao lado de empreendimentos
de diferentes portes e modelos de negócio. Nos parques, a cooperação
entre indústrias e instituições de ensino se dá em diferentes formatos -
desde convênios para estágios dos estudantes dentro das empresas como
uso dos laboratórios acadêmicos para desenvolvimento de novos projetos.
"O fato de estar no mesmo ponto contribui muito. Podem-se fazer coisas
remotamente, mas a convivência ajuda", explica Fabiano Favaro, CEO da
Altus, uma das principais empresas do Tecnosinos, voltada à automação
industrial. Com mais de 140 projetos de pesquisa e desenvolvimento em
andamento, a Altus tem atuado em nichos como operação de plataformas de
petróleo - a Petrobras é a principal cliente - e de processos do
agronegócio. A presença no Tecnosinos serve de impulso tanto para a
indústria como para a instituição de ensino. "Para a universidade, ter a
teoria aplicada e ver as coisas acontecendo pode ser um fator para
atrair novos alunos", observa Favaro.
Os parques e as incubadoras também incentivam novos negócios. A
Engeltec, por exemplo, que cria soluções de automação para
estacionamentos, ficou três anos dentro da incubadora Raiar, da Pucrs, e
hoje está instalada no Tecnopuc, com clientes em todo o Brasil. "Quando
entramos no parque, estávamos concorrendo com muitas outras empresas.
Nosso plano de negócio foi avaliado por uma banca, já foi uma vitória. E
estar dentro de um parque que é uma grife aumenta a confiança do
cliente", diz o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa,
Giovani Forner.
Parceria proporciona lançamentos
A entrega recente de um lote de 250 desfibriladores para o Ministério da
Saúde foi um dos negócios recentes da Toth. "Houve investimento público
para o desenvolvimento do produto, e agora estamos equipando os
hospitais. O ministério compra com benefícios", explica Eduardo
Marckmann. O CEO da empresa acrescenta que a Toth deverá lançar pelo
menos dois novos produtos no segundo semestre: um monitor com
conectividade, capaz de enviar dados diretamente para o sistema dos
hospitais, e um termômetro vestível (wearable) para crianças até quatro
anos. - Jornal do Comércio
(https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2018/05/cadernos/empresas_e_negocios/626137-solucoes-unem-estado-empresas-e-universidades.html)
Soluções unem Estado,
empresas e universidades
Luís Bissigo/Especial JC
Apontada como essencial para o desenvolvimento de tecnologias
inovadoras, a interação entre o poder público, a iniciativa privada e as
instituições de ensino e pesquisa ganha impulso no Rio Grande do Sul.
Em algumas das maiores universidades gaúchas, espaços físicos são
constituídos para aproximar pesquisadores, empresas consolidadas e novos
negócios - são os chamados parques tecnológicos. Quase sempre
associadas aos parques estão as incubadoras, voltadas ao desenvolvimento
de startups das mais diversas áreas. Também junto às universidades, o
governo estadual mantém programas de incentivo a projetos focados nas
questões específicas de cada região, de acordo com as áreas dos
Conselhos Regionais de Desenvolvimento (Coredes).
A muitos desses conselhos corresponde um polo tecnológico, com atuação
direcionada às características da economia local. As universidades,
nesse contexto, têm papel primordial - com ou sem parques tecnológicos
instalados. "Os polos tecnológicos trabalham basicamente com projetos de
pesquisa, realizados dentro das universidades, visando o
desenvolvimento de produtos e processos que solucionem gargalos das
economias regionais. Nem todos os polos tecnológicos do Estado têm
parques tecnológicos", explica a diretora do Departamento de Ciência e
Tecnologia da Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e
Tecnologia (Sdect), Suzana Sperry.
Além da ação localizada, a proposta dos polos também é espalhar o
conhecimento gerado em cada projeto. "Não adianta pesquisar para
solucionar um problema da cultura de cítricos, por exemplo, se a
propriedade vizinha não abraçar (a solução) também. Trabalhamos para que
as soluções sejam disseminadas, gerando benefícios", observa Suzana.
Em dezembro, 26 novos projetos foram aprovados pela Sdect, em um total
de R$ 15,4 milhões, envolvendo polos tecnológicos, parques e
incubadoras. Desde 2011, a fonte dos recursos é o Banco Internacional
para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird), em convênio previsto para
terminar na metade deste ano. "Estamos buscando maneiras de garantir a
continuidade dos programas. Os projetos assinados em dezembro devem
seguir por três anos, e há ainda outros em andamento", diz Suzana.
JC
JC
Atuação dos polos tecnológicos
Área dos Coredes
Alto Jacuí
Campanha
Central
Campos de Cima da Serra
Centro Sul
Fronteira Oeste
Fronteira Noroeste
Litoral Norte
Médio Alto Uruguai
Missões
Nordeste
Noroeste Colonial
Norte
Paranhana
Produção
Serra
Sul Pesqueiro
Sul Alimentos
Sul Industrial
Vale do Taquari
Vale do Rio Pardo
Vale do Rio dos Sinos
Vale do Caí
Vale do Jaguari
Alto da Serra do Botucaraí
Rio da Várzea
Metropolitano Delta do Jacuí
Iniciativas impulsionam inovação e tecnologia na Região Metropolitana
Tartaruga diz que momento é de renovação de infraestrutura
Tartaruga diz que momento é de renovação de infraestrutura
FREDY VIEIRA/JC
Pelo menos dois novos projetos envolvendo incentivo público, iniciativa
privada e saber acadêmico devem impulsionar ainda mais a indústria de
tecnologia na Região Metropolitana de Porto Alegre. Um deles é a
parceria firmada em abril entre a Ufrgs, a Pucrs e a Unisinos na criação
da Aliança para a Inovação. A proposta, segundo as reitorias das três
instituições, é desenvolver estratégias para estimular propostas de
inovação e gerar novos empreendimentos de base tecnológica e startups,
inclusive com a chance de atrair investimentos.
Outra iniciativa é a criação do Parque Canoas de Inovação, que deve
entrar em operação no segundo semestre, no bairro Guajuviras, em Canoas.
Surgido a partir de uma articulação entre um grupo de indústrias da
área tecnológica e a administração do município, o ecossistema também
deverá envolver cooperações com instituições como Ulbra, UniRitter e
Unilasalle, mesmo sem estar fisicamente localizado dentro de uma
universidade. "Nesse cluster, as empresas poderão até compartilhar
equipamentos, se for o caso", diz Régis Haubert, diretor superintendente
da Exatron, uma das empresas que irá se estabelecer no parque.
Novidades como essas devem contribuir para a recuperação do nível de
empregos na área tecnológica no Estado. Segundo o pesquisador Iván
Tartaruga, da Fundação de Economia e Estatística (FEE), 64% dos empregos
em Tecnologia de Informação do mercado gaúcho se concentram em cidades
como Porto Alegre, São Leopoldo, Novo Hamburgo e Caxias do Sul.
O especialista ressalta que, conforme dados da Relação Anual de
Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, o número de
profissionais e técnicos de informática empregados formalmente no Rio
Grande do Sul caiu de 28,7 mil em 2015 para 24,8 mil em 2016. Um ligeiro
crescimento foi verificado no ano passado, de acordo com dados
preliminares da Rais. "O momento atual é de renovação de infraestrutura,
e isso explica esse aumento, e não necessariamente a recuperação da
economia", diz Tartaruga.
Tecnologia mira na sociedade
Chips e circuitos não são os únicos assuntos nos parques tecnológicos
gaúchos. Visando gerar benefícios à sociedade, as pesquisas também
passam temas como saúde e agronegócio
À primeira vista, falar em polos e parques tecnológicos sugere projetos e
empreendimentos essencialmente relacionados com a Informática e a
Tecnologia da Informação. Mas muitas outras áreas estão contempladas nas
iniciativas desenvolvidas nas diferentes instituições e empresas
voltadas ao ramo. Agropecuária, indústria de alimentos, saúde, educação e
energias alternativas, por exemplo, são outros campos beneficiados
pelas pesquisas e pelos produtos desenvolvidos no ecossistema gaúcho de
fomento à inovação.
Alimentos e ambiente são, por exemplo, os focos principais do Parque
Científico e Tecnológico do Vale do Taquari (Tecnovates), vinculado à
Univates, de Lajeado. Nos laboratórios do complexo, pesquisas de
química, microbiologia e biotecnologia estão diretamente relacionadas à
produção de alimentos, ao lado de outras áreas, como botânica, energias
renováveis e indústria criativa. Ao todo, o parque envolve 26 negócios
incubados e pré-incubados, e mais 16 empresas residentes. "No Sul do
País, somos o parque com a maior concentração de equipamentos de ponta
nas áreas de alimentos e ambiental", afirma a coordenadora
administrativa do Tecnovates, Cíntia Agostini. Essa ênfase está
relacionada, segundo ela, com o papel da universidade no contexto local.
"No Vale do Taquari, 80% da economia depende, direta e indiretamente,
do agronegócio e da produção de alimentos", observa Cíntia.
A saúde também tem destaque em muitos dos parques tecnológicos.
Instalada no Tecnopuc, em Porto Alegre, a Toth Lifecare pesquisa e
desenvolve equipamentos médicos e hospitalares, unindo tecnologia e
eficiência. Um exemplo é o desfibrilador Lifeshock, produzido e
distribuído em parceria com a Lifemed, que é destaque internacional pelo
uso da tecnologia touchscreen. Outra inovação é um cateter de pressão
intracraniana, equipado com chip eletrônico. Os dois produtos foram
desenvolvidos com participação da Pucrs.
A presença em um parque tecnológico foi decisiva também para que essas
inovações chegassem à sociedade. "Concorremos com marcas grandes, como
Siemens e Philips. Fizemos uma aliança com um grande fabricante nacional
(a LifeMed, que também está no Tecnopuc). Sozinhos não teríamos
condições de competir", descreve o CEO da Toth, Eduardo Marckmann.
Polos tecnológicos, parques e incubadoras gaúchas
JC
Parques Tecnológicos
Tecnopuc - PUCRS (Porto Alegre e Viamão)
Zenit - UFRGS (Porto Alegre - parque virtual)
Ulbratech - Ulbra (Canoas)
Tecnosinos - Unisinos (São Leopoldo)
Feevale Techpark - Feevale (Campo Bom e Novo Hamburgo)
TecnoUCS - UCS (Caxias do Sul)
Tecnovates - Univates (Lajeado)
UPF Parque - UPF (Passo Fundo)
TecnoURI Missões - URI (Santo ngelo)
PampaTec - Unipampa (Alegrete)
Santa Maria Tecnoparque - UFSM/Unifra/Ulbra/outros (Santa Maria)
TecnoUnisc - Unisc (Santa Cruz do Sul)
OceanTec - Furg (Rio Grande)
Pelotas Parque Tecnológico - UCPel/UFPel/outros (Pelotas)
Incubadoras
IECBiot - UFRGS (Porto Alegre)
Hestia - UFRGS (Porto Alegre)
ITCP - UFRGS (Porto Alegre)
CEI - UFRGS (Porto Alegre)
ITACA - UFRGS (Porto Alegre)
Raiar - PUCRS (Porto Alegre)
iLAB - ESPM (Porto Alegre)
Ulbratech - Ulbra (Canoas)
Ieitec - Simecam (Canoas)
Incubatec - UniLaSalle (Canoas)
Tecnosocial - UniLaSalle (Canoas)
ITCientec - Cientec (Cachoeirinha)
Unitec - Unisinos (São Leopoldo)
Feevale Techpark - Feevale (Campo Bom e Novo Hamburgo)
Itel - Fundação Liberato (Novo Hamburgo)
Inovates - Univates (Lajeado)
Itunisc - Unisc (Santa Cruz do Sul)
Itec - UCS (Caxias do Sul)
ITDesign - UCS (Caxias do Sul)
INCMóvel - Senai (Bento Gonçalves)
PoloSul.org - UPF (Passo Fundo)
Incubatec - IMED (Passo Fundo)
ITSM - UFSM (Santa Maria)
Itec - Unifra (Santa Maria)
URInova - URI (Santo ngelo)
Criatec - Unijuí (Ijuí e Santa Rosa)
Innovatio - Furg (Rio Grande)
Ciemsul - UCPel (Pelotas)
Conectar - UFPel (Pelotas)
Fontes: Secretaria do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia
(Sdect) e Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp)
Pesquisa e indústria articulam avanços
Altus, no Tecnosinos, produz sistemas e equipamentos de automação
Altus, no Tecnosinos, produz sistemas e equipamentos de automação
FREDY VIEIRA/JC
A existência de parques tecnológicos em diferentes regiões do Rio Grande
do Sul contribui para que o Estado seja um dos principais ecossistemas
de inovação do País. Entre parques já consolidados e projetos em
implantação, são mais de 10 iniciativas, todas voltadas à aproximação
entre o conhecimento gerado dentro das universidades e as necessidades
das empresas privadas e da sociedade, gerando aproximadamente 15 mil
empregos diretos, segundo dados da Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação
(Reginp). "Depois de áreas como São Paulo e Florianópolis (SC), o Rio
Grande do Sul está ao lado do Rio de Janeiro, de Recife (PE) e da Bahia
como uma das regiões mais importantes quanto à busca de inovação",
explica o presidente da Reginp, Carlos Eduardo Aranha, também gerente da
Unitec, incubadora tecnológica da Unisinos, localizada no parque
Tecnosinos, em São Leopoldo.
O Tecnosinos é um dos três principais parques gaúchos, ao lado do
Tecnopuc (Pucrs) e do Feevale Techpark (Feevale). Grandes empresas de
tecnologia, como SAP, SKA, Hewlett Packard e Dell, por exemplo, têm
unidades nos parques da Unisinos e da Pucrs, ao lado de empreendimentos
de diferentes portes e modelos de negócio. Nos parques, a cooperação
entre indústrias e instituições de ensino se dá em diferentes formatos -
desde convênios para estágios dos estudantes dentro das empresas como
uso dos laboratórios acadêmicos para desenvolvimento de novos projetos.
"O fato de estar no mesmo ponto contribui muito. Podem-se fazer coisas
remotamente, mas a convivência ajuda", explica Fabiano Favaro, CEO da
Altus, uma das principais empresas do Tecnosinos, voltada à automação
industrial. Com mais de 140 projetos de pesquisa e desenvolvimento em
andamento, a Altus tem atuado em nichos como operação de plataformas de
petróleo - a Petrobras é a principal cliente - e de processos do
agronegócio. A presença no Tecnosinos serve de impulso tanto para a
indústria como para a instituição de ensino. "Para a universidade, ter a
teoria aplicada e ver as coisas acontecendo pode ser um fator para
atrair novos alunos", observa Favaro.
Os parques e as incubadoras também incentivam novos negócios. A
Engeltec, por exemplo, que cria soluções de automação para
estacionamentos, ficou três anos dentro da incubadora Raiar, da Pucrs, e
hoje está instalada no Tecnopuc, com clientes em todo o Brasil. "Quando
entramos no parque, estávamos concorrendo com muitas outras empresas.
Nosso plano de negócio foi avaliado por uma banca, já foi uma vitória. E
estar dentro de um parque que é uma grife aumenta a confiança do
cliente", diz o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa,
Giovani Forner.
Parceria proporciona lançamentos
A entrega recente de um lote de 250 desfibriladores para o Ministério da
Saúde foi um dos negócios recentes da Toth. "Houve investimento público
para o desenvolvimento do produto, e agora estamos equipando os
hospitais. O ministério compra com benefícios", explica Eduardo
Marckmann. O CEO da empresa acrescenta que a Toth deverá lançar pelo
menos dois novos produtos no segundo semestre: um monitor com
conectividade, capaz de enviar dados diretamente para o sistema dos
hospitais, e um termômetro vestível (wearable) para crianças até quatro
anos. - Jornal do Comércio
(https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2018/05/cadernos/empresas_e_negocios/626137-solucoes-unem-estado-empresas-e-universidades.html)
Nenhum comentário:
Postar um comentário