Comer ovo pode ser uma alternativa econômica para evitar o desenvolvimento tardio em crianças e bebês
13 jul 2018
15h21
O ovo é conhecido por diversos benefícios: Ele ajuda a emagrecer, faz
bem para o cérebro e é bom para as gestantes. E segundo um estudo
publicado pelo periódico Pediatrics, crianças que o comem diariamente
nos dois primeiros anos de vida podem ser privilegiadas com crescimento e
força em maior quantidade.
A pesquisa foi realizada no Equador por seis meses, e concluiu que
comer um por dia já é o suficiente para reduzir em 74% as chances dos
pequenos de ficarem abaixo do peso. A forma em que o ovo é preparado não
faz diferença: Pode ser cozido, frito, mexido ou preparado de diversas
outras maneiras.
Uma má alimentação é a principal responsável pelo desenvolvimento
tardio, e segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), esse problema
afeta 155 milhões de crianças abaixo de cinco anos de idade. A maioria
delas vive em países subdesenvolvidos, e especialistas procuram formas
eficazes de combater o problema.
Importante
Bebês menores de quatro meses não podem consumir ovos. É
recomendável que os pequenos iniciem o consumo desse alimento a partir
dos seis meses de idade, e o ovo deve estar dentro de uma dieta
alimentar variada.
Os ovos devem ser bem cozinhados para evitar que o bebê contraia qualquer tipo de infecção.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as mães alimentem os
filhos exclusivamente por amamentação até os seis meses de idade. A
fundação de nutrição britânica recomenda a introdução de grãos, peixes,
carnes, legumes e vegetais na dieta do bebê, para que ele se acostume
com uma grande variedade de sabores e texturas.
Como o estudo foi feito
Levando em consideração que os principais casos de desnutrição e
desenvolvimento tardio ocorrem em zonas pobres, os pesquisadores
realizaram testes alimentares em áreas rurais do Equador, que são
regiões com altos níveis de pobreza.
Então, eles deram ovos para que bebês de seis a nove meses pudessem se
alimentar, com a finalidade de descobrir se isso poderia solucionar o
problema da desnutrição e suas consequências.
Em um total de 160 bebês, metade deles consumiram um ovo por dia, e os
outros foram monitorados para futuras comparações. Os estudiosos
monitoraram as famílias semanalmente para saber se todos estavam
seguindo o experimento corretamente.
Além disso, o acompanhamento também serviu para verificar se nenhuma das crianças teria alergia aos ovos.
Resultados
As crianças do estudo que comeram um ovo por dia tiveram os níveis de
desnutrição reduzidos em 47% quando comparados ao grupo que não consumiu
o alimento. "O lado bom disso é que ovos são mais acessíveis para
populações carentes. Além disso, o alimento é bom para os pequenos,
porque eles têm o estômago pequeno", conclui a autora do estudo.
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