THIAGO COPETTI/ESPECIAL/JC Uma nova e impressionante
cidade está sendo construída a cerca de 100 km de distância de Pequim. O termo
"nova" não se refere apenas ao fato de ser uma cidade realmente
criada do zero. Já em obras, e celebrada desde agora como a cidade do milênio,
a Nova Área de Xiongan é, de acordo com governos de diferentes países, a mais
perfeita visão do que devem ser as cidades do futuro. Além de recursos de
dezenas de empresas e do governo Xi Jinping, participam do projeto investidores,
profissionais e governos do Reino Unidos, Itália e Singapura, entre outros. As
obras não se destinam a erguer, entre Pequim e Tianjin, uma simples e pequena
cidade ou uma vila futurística na província de Hebei. A cidade inteligente e
sustentável é de um tamanho surpreendente: terá, entre áreas construídas e
naturais, 1,7 mil quilômetros quadrados (maior do que a cidade de São Paulo,
com cerca de 1,5 mil quilômetros quadrados). E antes que digam que o projeto é
visionário demais e que não sairá do papel, vale ressaltar que Xi Jinping não
está sozinho nesta empreitada. Definitivamente, não é nenhum delírio futurista
- tanto que foi atestado como maior projeto atualmente em construção no mundo
pela embaixadora do Reino Unido na China, Barbara Woodward, em evento na semana
passada, em Pequim. E as obras já começaram. "Não é por nada que esta
cidade inteligente está recendo bilhões em recursos de investidores de Canary
Wharf (centro financeiro de Londres). Será, com certeza, um exemplo e piloto
para projetos futuros de smart cities em diferentes nações", elogiou a
diplomata britânica. E por que a cidade é chamada de inteligente e sustentável?
Vamos começar por algumas das informações mais simbólicas. Primeiro porque será
abastecida com 100% de energia renovável e nenhum carro que consuma
combustíveis fósseis poderá circular por ali. O segundo dado que revela a
"inteligência" da cidade é que toda ela está sendo construída com um
planejamento em círculos de interesse/necessidades. Por exemplo: os moradores
terão acesso a tudo que for prioridade a uma distância máxima percorrida a pé
de até 15 minutos, o que inclui escolas, serviços de saúde e centros
comerciais. Com isso, se evitará grandes deslocamentos. Neste trajeto máximo de
15 minutos também haverá parques e grandes áreas de lazer. O verde, por sinal,
predominará na cidade. Dos 1,7 mil quilômetros quadrados de área total, 70%
será de áreas verdes e água (leia-se Lago Bayiangdian, um dos maiores da
China). E, apesar da presença do grande lago, para preservá-lo, a cidade toda
terá sistemas de captação de água da chuva (das ruas aos prédios). A cidade
também terá conexão de internet de altíssima velocidade e um sistema de
"Big Data", grande conjunto de dados armazenados, que irá gerenciar
automaticamente toda a área urbana, como energia, transporte e segurança
pública. A nova cidade é parte fundamental de recente plano urbanístico
aprovado pelo governo, que determinou que a capital chinesa, hoje com cerca de
21,5 milhões de habitantes, não ultrapasse 23 milhões. Mesmo com elevado número
de habitantes, porém, vale ressaltar que o trânsito em Pequim flui muito melhor
do que em cidades com São Paulo e até mesmo Porto Alegre. A meta de controle é
justamente manter a qualidade. De acordo com o ministro das Relações Exteriores
da China, Wang Yi, serão deslocados para lá serviços que não são essenciais
para a administração pública, como parte do setor financeiro, universidades,
centros de pesquisa empresariais e outros. Para isso, Pequim terá uma conexão
(física) de alta velocidade com a cidade da nova Era, com é chamado o projeto.
"Teremos um trem que alcançará 150 quilômetros por hora, ligando Pequim à
Nova Área de Xiongan em 20 minutos", ressaltou Wang Yi. Quando tudo isso
estará pronto? Em um futuro não muito distante: a meta é ter boa parte
concluída até 2025 e praticamente tudo pronto em 2035. Na metade do século 21 a
cidade que marcará este século já será uma realidade plena, assegurou Wang Yi.
Como tudo isso será possível? Com recursos pesados do governo da China, de
empresas e de outros países. A estimativa extraoficial, feita pelo banco Morgan
Stanley, é que a Nova Área de Xiongan mobilize até US$ 379 bilhões em suas
primeiras etapas. Veja mais detalhes do projeto e assista abaixo ao vídeo que
apresentou o projeto à comunidade internacional. Tecnologia, urbanismo e
sustentabilidade em 1,7 mil quilômetros quadrados A meta é ter uma cidade com
interação humana-ambiental harmoniosa. Uma das prioridades é a proteção
ecológica. Dos 1,7 mil quilômetros quadrados, a área total de terreno de
construção será de aproximadamente 530 quilômetros quadrados. Cerca de 10% das
terras da nova área estarão sob proteção permanente e densidade populacional
não será superior a 10 mil pessoas por quilômetro quadrado. A ideia é ter um novo
padrão para o desenvolvimento urbano-rural. O governo ressalta que o trabalho
de restauração ecológica será iniciado no lago Baiyangdian, incluindo a
recuperação da área do lago em 360 quilômetros quadrados. A atual poluição será
tratada e a taxa de cobertura florestal aumentará de 11% para 40% (o projeto
prevê 8 milhões de árvores na cidade). A nova área também terá como foco o
desenvolvimento coordenado da economia real, inovação tecnológica, finanças e
recursos humanos. Entre as indústrias que para lá estão migrando há empresas de
inteligência artificial, biotecnologia, desenvolvimento de novos materiais e
agricultura ecológica. - Jornal do Comércio
(https://www.jornaldocomercio.com/_conteudo/2018/06/colunas/conexao_china/630811-a-cidade-do-futuro-ja-esta-em-construcao.html)
O meu blog é HOLÍSTICO, ou seja, está aberto a todo tipo de publicação (desde que seja interessante, útil para os leitores). Além disso, trata de divulgar meu trabalho como economista, escritor e compositor. Assim, tem postagens sobre saúde, religião, psicologia, ecologia, astronomia, filosofia, política, sexualidade, economia, música (tanto minhas composições quanto um player que toca músicas de primeira qualidade), comportamento, educação, nutrição, esportes: bom p/ redação Enem
terça-feira, 24 de julho de 2018
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