segunda-feira, 9 de julho de 2018

COMPOSIÇÃO 38

CARTA A DEUS

A morte de um forte
Verdade ou trote?
Sul ou norte?
Norte ou sul?
Sol forte… sol azul?


De onde venha
Traz a injustiça
Traz a lenha
Não importa a cor
Mesmo mestiça
Pois o que falta é amor


Esta carta sofrida, a ser lida
Pelo Deus Supremo
Não pode ser interceptada pelo demo
É este o único veneno que temo


Morrer duplamente
Simplesmente
Deprimente
Literalmente
Erroneamente, erroneamente
(Refrão)


Diante disso
Ainda persiste o feitiço
Diante disso
Pede-se um armistício
Pois merece-se um benefício
Basta de sacrifício!


Óh, Deus, és um sádico?
És um melodramático?
O infinito pede-lhe clemência
Clemência, com urgência
Com urgência, com urgência, com urgência


Os desertos chovem curvas
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Os mares semeiam plásticos
Mas insistes, Deus, na segunda morte
O multiverso recita versos
Mas insistes, Deus, na segunda morte



Morrer duplamente
Simplesmente
Deprimente
Literalmente
Erroneamente, erroneamente
(Refrão)

Mensagens são criptografadas sem alcançar os horizontes
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Novelas emburrecem imensamente nossas TVs
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Videogames viciam multidões sem um norte
Mas insistes, Deus, na segunda morte


Espiritualidade é mais escassa que água
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Máquinas governam o mundo
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Mudanças climáticas castigam o mundo
Mas insistes, Deus, na segunda morte


Morrer duplamente
Simplesmente
Deprimente
Literalmente
Erroneamente, erroneamente
(Refrão)

O presente tem medo de sair à rua
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Simplesmente ruborizado de vergonha
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Vergonha de muitos erros
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Só restando ao amanhã chorar
Mas insistes, Deus, na segunda morte


Os espinhos decoram orelhas
Mas insistes, Deus, na segunda morte
A lua não brilha: é bem vermelha
Mas insistes, Deus, na segunda morte
A sauna tem como cliente a cordilheira
Mas insistes, Deus, na segunda morte


Morrer duplamente
Simplesmente
Deprimente
Literalmente
Erroneamente, erroneamente
(Refrão)


A morte de um forte
Verdade ou trote?
Sul ou norte?
Norte ou sul?
Sol forte… sol azul?


De onde venha
Traz a injustiça
Traz a lenha
Não importa a cor
Mesmo mestiça
Pois o que falta é amor


Esta carta sofrida, a ser lida
Pelo Deus Supremo
Não pode ser interceptada pelo demo
É este o único veneno que temo


Morrer duplamente
Simplesmente
Deprimente
Literalmente
Erroneamente, erroneamente
(Refrão)





Diante disso
Ainda persiste o feitiço
Diante disso
Pede-se um armistício
Pois merece-se um benefício
Basta de sacrifício!


Óh, Deus, és um sádico?
És um melodramático?
O infinito pede-lhe clemência
Clemência, com urgência
Com urgência, com urgência, com urgência.


Os desertos chovem curvas
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Os mares semeiam plásticos
Mas insistes, Deus, na segunda morte.
O multiverso recita versos
Mas insistes, Deus, na segunda morte.



Morrer duplamente
Simplesmente
Deprimente
Literalmente
Erroneamente, erroneamente
(Refrão)


Mensagens são criptografadas sem alcançar os horizontes
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Novelas emburrecem imensamente nossas TVs
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Videogames viciam multidões sem um norte
Mas insistes, Deus, na segunda morte


Espiritualidade é mais escassa que água
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Máquinas governam o mundo
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Mudanças climáticas castigam o mundo
Mas insistes, Deus, na segunda morte


Morrer duplamente
Simplesmente
Deprimente
Literalmente
Erroneamente, erroneamente
(Refrão)


O presente tem medo de sair à rua
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Simplesmente ruborizado de vergonha
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Vergonha de muitos erros
Mas insistes, Deus, na segunda morte
Só restando ao amanhã chorar
Mas insistes, Deus, na segunda morte


Os espinhos decoram orelhas
Mas insistes, Deus, na segunda morte
A lua não brilha: é bem vermelha
Mas insistes, Deus, na segunda morte
A sauna tem como cliente a cordilheira
Mas insistes, Deus, na segunda morte


Morrer duplamente
Simplesmente
Deprimente
Literalmente
Erroneamente, erroneamente
(Refrão)




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