Você possui poucos amigos? Essa pode ser uma boa notícia para sua inteligência. Um estudo realizado por psicólogos evolucionistas da
London School of Economics e da Universidade de Singapura descobriu que
quanto mais as pessoas inteligentes precisam socializar, menos
satisfeitas elas se mostram com a vida.
Em testes realizados com 15 mil pessoas com idade entre 18
e 29 anos, os pesquisadores entrevistaram os voluntários sobre a
felicidade. Eles também analisaram informações de densidade populacional
dos locais onde essas pessoas viviam e a frequência com que interagiam
com amigos.
Os resultados mostraram que pessoas com QI alto não se
sentem menos felizes quando moram em um local com densidade demográfica
baixa, e que para essas pessoas é mais satisfatório não socializar com
as pessoas. “O efeito da densidade populacional na satisfação com a vida
era mais de duas vezes maior para os indivíduos de baixo QI do que para
os indivíduos com QI mais alto. E indivíduos mais inteligentes eram, na
verdade, menos satisfeitos com a vida se socializavam com seus amigos
com mais frequência”, explicam os pesquisadores.
O estudo se baseou na tese da savana, proposta em 2004 por Satoshi
Kanazawa, um dos responsáveis pela nova pesquisa, que diz que os
ancestrais que viviam na savana africana eram obrigados a ser sociáveis
para sobreviver a um ambiente hostil e que, por herança ancestral, a
maior parte das pessoas se sente feliz quando vive em lugares com menor
densidade demográfica e convive mais com amigos e familiares.
Para Kanazawa e e
Norman Li, co-autor do trabalho, as pessoas que são consideradas gênios
possuem um cérebro mais evoluído, o que os ajuda a viver melhor e
enfrentar os desafios da vida atual. Por esse motivo, eles estão mais
propensos a sofrer conflitos entre buscar objetivos maiores e se
prenderem ao passado.
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