15/05/201
Um estudo divulgado em 2017 pelo Centro de Referência e Especialização em Sexologia (CRESex), realizado em parceria da Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo com o Hospital Pérola Byington, apontou que 48% das mulheres que buscaram ajuda médica por notarem algum tipo de disfunção sexual apresentaram falta de libido, dor durante o ato sexual ou resistência para atingir o orgasmo.
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A pesquisa entrevistou 455 mulheres que vivem no estado paulista e apresentou conclusões inesperadas. Do total dos casos, somente 13% eram provocados por causas fisiológicas. Ou seja, do próprio organismo feminino. Entram para essa lista motivos como alterações hormonais bruscas devido ao uso de anticoncepcional, processos naturais que acarretam mudanças bruscas como o parto, a amamentação, a menopausa. No entanto, o uso de antidepressivos e o aparecimento de disfunções hormonais das mais variadas ordens também se enquadram nessas ocorrências.
Leia mais: 6 dicas para fazer sexo oral em mulheres
Portanto, podemos concluir que as causas que dizem respeito diretamente ao funcionamento do organismo feminino são minoria. Então, o que causa, de fato, a redução de libido? Não há estudos capazes de comprovar o quão simbólica e impactante a socialização feminina – como as mulheres são criadas e educadas no meio social – seja nesse aspecto, mas ela tem sua parcela de responsabilidade.
Veja também: 4 dicas práticas de como apimentar sua relação
Isso porque ao passo em que os meninos se tocam sem nenhum grande problema – alguns pais, inclusive incentivam que eles se masturbem, por exemplo –, elas não têm conhecimento sobre o próprio corpo, bem como sobre as zonas erógenas, responsáveis pelo sentimento de prazer. A descoberta da sexualidade feminina deixa lacunas, ao passo em que a masculina é preenchida de noções, posições e valores próprios da indústria pornográfica, que acabam por deixar a vontade e o tesão da mulher em segundo plano.
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