Foto: /MARCO QUINTANA/JC
Para facilitar a vida de quem tem filhos
Conheça negócios criados especialmente para dar aquela mãozinha quando a família aumenta
A enfermeira neonatal Michele Ferreira, 37
anos, conheceu os slings - faixas de pano inteiro para carregar bebês -
em 2013, em um congresso de neonatologia, em Goiânia (MG). Achou genial,
pela mobilidade que proporciona, ao liberar os braços ao mesmo tempo em
que mantém a criança junto ao corpo.
A partir daí, começou a mandar fazer slings para dar de presente às
amigas gestantes. Um ano depois, a partir da demanda, estava
comercializando os próprios, sob a marca Sling Aconchego.
Com as vendas, vieram as descobertas. Portar o bebê no sling
possibilitou que, além de atividades do dia a dia, a mão incorporasse a
criança a práticas como yôga, dança e pilates, utilidades que Michele
nem imaginava para o produto. "A mãe consegue ficar com as mãos livres
e, ainda assim, de olho no bebê", ilustra.
Feito de malha 100% algodão, o sling confere conforto por conta da
customização das amarrações, que distribuem o peso do bebê,
diferentemente dos cangurus (mochilas frontais). Se pode acoplar o filho
junto ao peito, à lateral do corpo e, depois dos seis meses, nas
costas. "Até os seis meses, o bebê tem a necessidade do contato físico",
aponta. Quando nascem prematuros, por exemplo, o contato com o peito do
adulto ajuda a estabelecer a respiração, e o aquecimento do corpo faz
com que a criança ganhe peso mais rápido, explica Michele.
"Muitas mães autônomas, advogadas, trabalham em casa no computador e com o nenê no sling",
conta. Além de Porto Alegre, o Sling Aconchego tem revendedores em
Caxias do Sul, Erechim, Santa Maria, Novo Hamburgo e Salvador (BA). Os
modelos-padrão custam R$ 120,00, e os com bordado personalizado com o
nome do bebê ou estampa diferenciada, R$ 150,00 - ambos têm oito opções
de cores. Um vídeo explica as amarrações da peça, que suporta até 20kg e
pode ser lavada na máquina.
Há 18 anos na Enfermagem, o desejo de empreender na sua área era
antigo. Em decorrência disso, Michele desenvolveu uma gama de serviços
de assessoria a gestantes e famílias a partir da sua especialidade:
cuidar de recém-nascidos. Ela presta consultoria em amamentação, cursos
preparatórios para o parto e de como cuidar do bebê - que aborda desde o
trocar das fraldas, limpar o umbigo até lidar com engasgos -, prevenção
e primeiros socorros, entre outros. Um dos instrumentos de trabalho de
Michele é a boneca Socorro, que ajuda nos atendimentos a domicílio. "Se
tiverem dificuldade em amarrar o sling, podem me chamar que eu vou
ajudar", expõe, sorridente.
Concomitantemente ao seu negócio, Michele tem expediente
diariamente no Hospital Conceição. O conhecimento técnico, segundo ela,
dá segurança aos pais que recorrem aos serviços domiciliares. "Eles me
incentivam muito. Estou tendo resultados maiores do que esperava em
termos de satisfação", emenda
Nenhum comentário:
Postar um comentário