'O medo de inovar está nos deixando presos ao passado'
blogs
10 Maio 2018 | 09h44
10 Maio 2018 | 09h44
*Por Marco Ornellas
É quase inevitável. Quando ouvimos a palavra ‘inovação’, automaticamente,
nosso cérebro remete a algo altamente tecnológico, feito nos maiores
laboratórios do mundo com o auxílio dos maiores gênios da atualidade.
Essa mistificação da palavra talvez seja o motivo para que tenhamos
tanto medo de inovar. Mas inovação não se limita a alta tecnologia.
Inovar é algo que precisa se tornar hábito em nossas vidas,
principalmente no ambiente de trabalho.
Desafio
Não é necessário realizar uma ampla pesquisa
para saber que nosso cenário atual é desafiador e só sobreviverão
aqueles que estiverem prontos para mudar. Os modelos tradicionais de
negócios estão em cheque e não temos escolha a não ser desenhar novas
estruturas organizacionais e processos que façam mais sentido em um novo
mundo.
Quando olho minha trajetória de atuação nas
empresas com o objetivo de melhorar as práticas internas, percebo algo
bastante comum em todos os lugares; o medo do novo. É comum. Faz parte
do ser humano se acomodar com práticas antigas, que, aparentemente,
funcionam, e ignorar a necessidade de mudança pelo período máximo de
tempo possível. Como resultado, temos processos enferrujados, práticas
que não fazem sentido no mundo em que vivemos e uma dificuldade cada vez
maior de se manter competitivos no mercado.
Mercado
O medo de inovar está nos deixando presos ao
passado. E o maior problema disso é que seremos ultrapassados por
aqueles que abraçam a inovação e, assim, corremos o risco de nos
tornarmos irrelevantes para o mercado.
A inovação é uma prática diária e começa nas
pequenas coisas. Você já deve ter inovado seus próprios processos de
trabalho para melhorar seu fluxo de tarefas e, provavelmente nem
percebeu. E, quando falo que inovação é uma prática diária, o que quero
dizer é que precisamos nos acostumar com essa ação, pois, se todos
começam a praticar a inovação, aos poucos, ela vai perdendo seu
misticismo e se tornando algo habitual entre nós.
Soluções
O Design Thinking é um método que pode
ajudar nesse processo e muitas organizações já constataram sua eficácia.
Essa prática, basicamente, tem como objetivo propor soluções com a
colaboração de diversas áreas de uma empresa para encontrar soluções
para destravar uma etapa do processo produtivo, de onde partir para
criar um novo produto ou serviço, solucionar a dor de um cliente etc.
Usar o Design Thinking como parte da
elaboração ou reformulação dos modelos de negócios é para os fortes, ou
melhor, para quem está disposto a mudanças. É o momento para colocar a
mão na massa, testar suposições e ideias, encarar fracassos, voltar à
estaca zero. É um processo que requer paciência, pois nem sempre uma só
aplicação do Design thinking vai resultar em um plano de ação. Mas é um
excelente ponto de partida e pode ajudar as pessoas a quebrarem as
barreiras criativas e testes diversas ideias para surgir novas soluções.
Não seremos inovadores se olhamos,
percebemos, pensamos e agimos do mesmo jeito, da mesma forma. Só
conseguiremos ser mais inovadores quanto mais diversos formos. Por isso,
o uso do Design Thinking tem se tornado cada vez mais popular, pois
estimula o compartilhamento de ideias e a construção de novas soluções
em conjunto, ouvindo ideias de todos os envolvidos e colocando em
prática essas ideias mesmo sem a certeza que irão funcionar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário