O mundo deve redobrar os esforços para deter o aquecimento global antes
que seja tarde demais, disse a chefe para o clima da ONU nesta
segunda-feira, quando cerca de 200 nações iniciaram negociações em Bonn.
"Nossa janela de tempo para combater as mudanças climáticas está se fechando muito rapidamente", disse Patricia Espinosa a jornalistas. "Precisamos aumentar dramaticamente nossa ambição".
As conversações técnicas de 12 dias se concentram em elaborar um "manual de operações" para o histórico pacto climático de Paris, que prevê limitar o aquecimento global "bem abaixo" de dois graus Celsius e, se possível, de 1,5ºC.
A temperatura média da superfície da Terra já subiu 1ºC desde meados do século XIX, o suficiente para elevar o nível dos mares e aumentar a gravidade dos ciclones, secas e ondas de calor mortais.
As promessas nacionais voluntárias de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, anexadas ao acordo de Paris, estão muito aquém da meta e renderiam um mundo 3ºC mais quente que, segundo cientistas, prejudicaria o tecido da civilização humana.
"Um aumento dessa magnitude seria extremamente desestabilizador", disse Espinosa em uma coletiva de imprensa, transmitida ao vivo pela Internet. "Não podemos permitir que isso aconteça".
O Acordo de Paris pede a revisão das promessas de corte de carbono das nações em 2023, mas, segundo as tendências atuais, essa data pode ser tarde demais, alertam especialistas.
Depois de permanecerem estáveis por três anos, as emissões globais de CO2 aumentaram 1,4% em 2017, frustrando as esperanças de que tivessem atingido seu ponto máximo.
O tratado de 197 países também promete US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020 para ajudar as nações em desenvolvimento a tornarem-se mais verdes e se prepararem para os impactos das mudanças climáticas.
"A comunidade internacional deve agir agora para garantir que nossas metas de Paris não fiquem fora de alcance", disse Gebru Jember Endalew, um diplomata da Etiópia que lidera o bloco negociador dos Países Menos Desenvolvidos (PMD) de quase 50 nações.
"Ainda existe uma grande lacuna entre o apoio necessário e o apoio recebido", disse em um comunicado.
Diplomatas em Bonn estão conscientes da necessidade de construir pontes entre o processo político e a economia global, que começou a se afastar dos combustíveis fósseis em direção a energias renováveis e de baixo carbono.
"O Acordo de Paris é importante porque tem um impacto enorme sobre o que o mercado faz", disse à AFP a ministra canadense do Meio Ambiente, Catherine McKenna, antes da reunião.
"Precisamos que o dinheiro flua, precisamos ir de bilhões para trilhões, a fim de avançar para um futuro de baixo carbono".
O encontro de Bonn é uma das dezenas de reuniões relacionadas ao clima que culminarão em uma cúpula climática da ONU em Katowice, na Polônia, em dezembro.
A questão também está na pauta da cúpula do G7, em Quebec, em junho, e no G20, em Buenos Aires, em novembro, bem como em meia dúzia de reuniões ministeriais.
O tratado entra em vigor em 2020.
mh/mlr/nla/db/mvv
"Nossa janela de tempo para combater as mudanças climáticas está se fechando muito rapidamente", disse Patricia Espinosa a jornalistas. "Precisamos aumentar dramaticamente nossa ambição".
As conversações técnicas de 12 dias se concentram em elaborar um "manual de operações" para o histórico pacto climático de Paris, que prevê limitar o aquecimento global "bem abaixo" de dois graus Celsius e, se possível, de 1,5ºC.
A temperatura média da superfície da Terra já subiu 1ºC desde meados do século XIX, o suficiente para elevar o nível dos mares e aumentar a gravidade dos ciclones, secas e ondas de calor mortais.
As promessas nacionais voluntárias de reduzir as emissões de gases do efeito estufa, anexadas ao acordo de Paris, estão muito aquém da meta e renderiam um mundo 3ºC mais quente que, segundo cientistas, prejudicaria o tecido da civilização humana.
"Um aumento dessa magnitude seria extremamente desestabilizador", disse Espinosa em uma coletiva de imprensa, transmitida ao vivo pela Internet. "Não podemos permitir que isso aconteça".
O Acordo de Paris pede a revisão das promessas de corte de carbono das nações em 2023, mas, segundo as tendências atuais, essa data pode ser tarde demais, alertam especialistas.
Depois de permanecerem estáveis por três anos, as emissões globais de CO2 aumentaram 1,4% em 2017, frustrando as esperanças de que tivessem atingido seu ponto máximo.
O tratado de 197 países também promete US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020 para ajudar as nações em desenvolvimento a tornarem-se mais verdes e se prepararem para os impactos das mudanças climáticas.
"A comunidade internacional deve agir agora para garantir que nossas metas de Paris não fiquem fora de alcance", disse Gebru Jember Endalew, um diplomata da Etiópia que lidera o bloco negociador dos Países Menos Desenvolvidos (PMD) de quase 50 nações.
"Ainda existe uma grande lacuna entre o apoio necessário e o apoio recebido", disse em um comunicado.
Diplomatas em Bonn estão conscientes da necessidade de construir pontes entre o processo político e a economia global, que começou a se afastar dos combustíveis fósseis em direção a energias renováveis e de baixo carbono.
"O Acordo de Paris é importante porque tem um impacto enorme sobre o que o mercado faz", disse à AFP a ministra canadense do Meio Ambiente, Catherine McKenna, antes da reunião.
"Precisamos que o dinheiro flua, precisamos ir de bilhões para trilhões, a fim de avançar para um futuro de baixo carbono".
O encontro de Bonn é uma das dezenas de reuniões relacionadas ao clima que culminarão em uma cúpula climática da ONU em Katowice, na Polônia, em dezembro.
A questão também está na pauta da cúpula do G7, em Quebec, em junho, e no G20, em Buenos Aires, em novembro, bem como em meia dúzia de reuniões ministeriais.
O tratado entra em vigor em 2020.
mh/mlr/nla/db/mvv
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