sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

A MEDITAÇÃO pode ajudar-nos a cometer menos erros


Redação do Diário da Saúde
A meditação pode ajudá-lo a cometer menos erros
Já se sabia que os meditadores têm melhor capacidade de ver os próprios erros, mas aqui o experimento foi feito com pessoas que nunca haviam meditado antes.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]
Meditação e erros
Com a multiplicação dos estudos científicos mostrando os benefícios da meditação, o pesquisador Yanli Lin, da Universidade Estadual de Michigan (EUA), decidiu verificar se um estilo de "meditação aberta" poderia ajudar as pessoas a reconhecerem seus próprios erros.
Para ser mais objetivo ele usou medições da atividade cerebral para checar o reconhecimento de erros, e se concentrou em erros cometidos quando a pessoa está com pressa para decidir. E então comparou resultados quando os voluntários faziam meditação ou não.
"O EEG pode medir a atividade cerebral no nível de milissegundos, por isso temos medidas precisas da atividade neural logo após os erros, comparadas às respostas corretas," disse Lin. "Um determinado sinal neural ocorre cerca de meio segundo após um erro, chamado positividade do erro, que está ligado ao reconhecimento consciente dos erros. Descobrimos que a força desse sinal é aumentada nos meditadores em relação aos controles".
Meditação de monitoramento aberto
A técnica utilizada é conhecida como "meditação de monitoramento aberto", um tipo de meditação que concentra a consciência nos sentimentos, pensamentos ou sensações à medida que eles se desdobram na mente e no corpo.
"Algumas formas de meditação concentram-se em um único objeto, geralmente sua respiração, mas a meditação aberta de monitoramento é um pouco diferente," explicou o professor Jeff Lin. "Ela faz você se sintonizar e prestar atenção a tudo o que acontece em sua mente e corpo. O objetivo é sentar-se em silêncio e prestar muita atenção para onde a mente viaja sem se deixar levar pela paisagem."
Os participantes, que nunca haviam meditado antes, foram submetidos a um exercício de meditação de monitoramento aberto de 20 minutos, enquanto os pesquisadores mediam sua atividade cerebral através da eletroencefalografia. Depois, os voluntários participaram de um teste computadorizado que avaliava seus erros, permitindo ou não sua correção.
Os resultados comprovaram que a meditação ajudou as pessoas a reconhecerem quando erravam.
"Estes resultados são uma forte demonstração do que apenas 20 minutos de meditação podem fazer para melhorar a capacidade do cérebro de detectar e prestar atenção aos erros. Isso nos faz sentir mais confiantes no que a meditação da atenção plena pode realmente ser capaz de fazer pelo desempenho e pelo funcionamento diário, exatamente no momento em que ocorre," disse o professor Jason Moser, coordenador da equipe.

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