Redação do Diário da Saúde
Já se sabia que os meditadores têm melhor capacidade de ver os próprios erros, mas aqui o experimento foi feito com pessoas que nunca haviam meditado antes.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]
Meditação e erros
Com a multiplicação dos estudos científicos mostrando os benefícios da meditação,
o pesquisador Yanli Lin, da Universidade Estadual de Michigan (EUA),
decidiu verificar se um estilo de "meditação aberta" poderia ajudar as
pessoas a reconhecerem seus próprios erros.
Para ser mais objetivo ele usou medições da atividade cerebral para
checar o reconhecimento de erros, e se concentrou em erros cometidos
quando a pessoa está com pressa para decidir. E então comparou
resultados quando os voluntários faziam meditação ou não.
"O EEG pode medir a atividade cerebral no nível de milissegundos, por
isso temos medidas precisas da atividade neural logo após os erros,
comparadas às respostas corretas," disse Lin. "Um determinado sinal
neural ocorre cerca de meio segundo após um erro, chamado positividade
do erro, que está ligado ao reconhecimento consciente dos erros.
Descobrimos que a força desse sinal é aumentada nos meditadores em
relação aos controles".
Meditação de monitoramento aberto
A técnica utilizada é conhecida como "meditação de monitoramento
aberto", um tipo de meditação que concentra a consciência nos
sentimentos, pensamentos ou sensações à medida que eles se desdobram na
mente e no corpo.
"Algumas formas de meditação concentram-se em um único objeto,
geralmente sua respiração, mas a meditação aberta de monitoramento é um
pouco diferente," explicou o professor Jeff Lin. "Ela faz você se
sintonizar e prestar atenção a tudo o que acontece em sua mente e corpo.
O objetivo é sentar-se em silêncio e prestar muita atenção para onde a
mente viaja sem se deixar levar pela paisagem."
Os participantes, que nunca haviam meditado antes, foram submetidos a
um exercício de meditação de monitoramento aberto de 20 minutos,
enquanto os pesquisadores mediam sua atividade cerebral através da
eletroencefalografia. Depois, os voluntários participaram de um teste
computadorizado que avaliava seus erros, permitindo ou não sua correção.
Os resultados comprovaram que a meditação ajudou as pessoas a reconhecerem quando erravam.
"Estes resultados são uma forte demonstração do que apenas 20 minutos
de meditação podem fazer para melhorar a capacidade do cérebro de
detectar e prestar atenção aos erros. Isso nos faz sentir mais
confiantes no que a meditação da atenção plena pode realmente ser capaz
de fazer pelo desempenho e pelo funcionamento diário, exatamente no
momento em que ocorre," disse o professor Jason Moser, coordenador da
equipe.
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