Economia
Negócio deve levar até 15 meses para ser concluído,
originando grupo com receita de quase 170 bilhões de euros e produção de
8,7 milhões de carros por ano. Acerto visa gerar economia anual de 3,7
bilhões de euros.
Os conselhos de administração do grupo francês PSA, proprietário das
marcas Peugeot, Citroën e Opel, e da montadora ítalo-americana Fiat
Chrysler Automobiles (FCA) assinaram nesta quarta-feira (18/12) um
acordo vinculativo para a fusão que deve criar a quarta maior montadora
do mundo.
As empresas afirmaram, em comunicado conjunto, que o
novo grupo, a ser sediado na Holanda, será liderado pelo português
Carlos Tavares, diretor executivo do grupo PSA, tendo como presidente o
atual chefe da Fiat Chrysler, o ítalo-americano John Elkann.
O negócio foi anunciado em outubro como
uma fusão em que os acionistas de ambos os grupos passam a deter,
respectivamente, 50% do capital da nova entidade, dividindo igualmente
os lucros. Entretanto a PSA tem um assento extra no conselho de
administração e Tavares na liderança, dando à montadora francesa o
domínio na gestão.
Os executivos disseram esperar que a fusão
leve de 12 a 15 meses para ser concluída, originando um grupo com
receita de quase 170 bilhões de euros e produção de 8,7 milhões de
carros por ano – logo atrás da Toyota, Volkswagen e da aliança
Renault-Nissan.
As ações da Fiat Chrylser subiram quase 2% em
Milão, enquanto as da Peugeot dispararam 4,2% em Paris. Espera-se que a
fusão possibilite uma economia anual de 3,7 bilhões de euros, a serem
investidos na "nova era da mobilidade sustentável'' e no atendimento aos
novos e mais severos regulamentos sobre emissões, particularmente na
Europa.
A nova empresa começará com uma base sólida na Europa,
onde a PSA é a segunda maior montadora, enquanto a Fiat obtém a maior
parte de seus lucros na América do Norte e tem uma forte presença na
América Latina. A nova montadora tentará fortalecer sua posição na
China, onde nem a PSA nem a FCA apresentam bons números. "Isso faz parte
das oportunidades", declarou Tavares. "Não estamos feliz com o nosso
desempenho lá. Achamos que deveríamos estar melhor na China.''
O
novo gigante automotivo deve enfrentar desafios difíceis. Uma das
primeiras tarefas deverá ser a redução de excesso de capacidade. De
acordo com a consultoria LMC Automotive, as fábricas de ambas as
montadoras têm capacidade para a produção de 14 milhões de veículos
anualmente, cerca de 60% a mais do que conseguem efetivamente vender.
Especialistas também veem potencial de cortes na variedade de marcas e
plataformas. A fusão pode tornar supérfluos milhares de postos de
trabalho.
MD/ap/rtr
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Comentários deste blogueiro ==>> Fatos: 1) alavancagem produtiva, na medida em que 60% da capacidade instalada está ociosa e apenas 40% é produtiva; 2) previsão de "milhares de postos de trabalho" eliminados (infelizmente, a reportagem não traduziu isso em cifras); 3) previsão de economia de 3,7 bilhões de euros. Nossa análise, agora: A) infelizmente, a reportagem não aborda a questão relevante de sugerir TODAS as medidas necessárias para resolver o problema do excesso de capacidade de produção - principalmente do lado da demanda (aumento do poder aquisitivo dos consumidores). Do ponto de vista da produção, temos uma redução de custos produtivos e administrativos da ordem 3,7 bilhões de euros. Então, supondo-se que os trabalhadores demitidos representem uma perda de consumo da mesma ordem da redução de custos, o que temos em termos líquidos? Nenhum ganho para a nova empresa. Mais ainda: aumento da concentração oligopolista e MENOR CONCORRÊNCIA na economia mundial. Infelizmente, este parece ser o ganho (sic) de operações artificiais de concentração empresarial. E, só para finalizar, reiteremos que ALAVANCAGEM produtiva quer dizer o mesmo que CRISE DE SUPERPRODUÇÃO - a qual, tem como causa ou origem, a MÁ DISTRIBUIÇÃO DE RENDA (economia restritiva, ao invés de uma economia pujante ou máxima... EQUILIBRADA!!!.... oferta = demanda).
Comentários deste blogueiro ==>> Fatos: 1) alavancagem produtiva, na medida em que 60% da capacidade instalada está ociosa e apenas 40% é produtiva; 2) previsão de "milhares de postos de trabalho" eliminados (infelizmente, a reportagem não traduziu isso em cifras); 3) previsão de economia de 3,7 bilhões de euros. Nossa análise, agora: A) infelizmente, a reportagem não aborda a questão relevante de sugerir TODAS as medidas necessárias para resolver o problema do excesso de capacidade de produção - principalmente do lado da demanda (aumento do poder aquisitivo dos consumidores). Do ponto de vista da produção, temos uma redução de custos produtivos e administrativos da ordem 3,7 bilhões de euros. Então, supondo-se que os trabalhadores demitidos representem uma perda de consumo da mesma ordem da redução de custos, o que temos em termos líquidos? Nenhum ganho para a nova empresa. Mais ainda: aumento da concentração oligopolista e MENOR CONCORRÊNCIA na economia mundial. Infelizmente, este parece ser o ganho (sic) de operações artificiais de concentração empresarial. E, só para finalizar, reiteremos que ALAVANCAGEM produtiva quer dizer o mesmo que CRISE DE SUPERPRODUÇÃO - a qual, tem como causa ou origem, a MÁ DISTRIBUIÇÃO DE RENDA (economia restritiva, ao invés de uma economia pujante ou máxima... EQUILIBRADA!!!.... oferta = demanda).
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