Audiência relâmpago
Os que
ficaram sabendo à época jamais esqueceram. E fazem questão de lembrar no
cafezinho da Câmara dos Deputados ou nos corredores do Senado sempre
que o assunto das conversas gira em torno do ministro Abraham Weintraub,
da Educação.
Passado algum tempo desde
sua posse, ele recebeu em audiência a diretora do Escritório da UNESCO
em Brasília e Representante da UNESCO no Brasil, Marlova Jovchelovitch
Noleto, nomeada para o cargo em julho do ano passado.
Marlova é mestre em
Serviço Social pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul. Foi bolsista da Fundação Kellog e da Eisenhower Exchange, tendo
participado de um programa acadêmico de intercâmbio profissional nos
Estados Unidos.
Aprofundou seus estudos
sobre o Estado de bem-estar social na Suécia, como bolsista da Federação
Sueca de Assistentes Sociais, e completou o treinamento executivo em
Administração Pública no Instituto de Administração Pública de Nova
York.
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– Ministro, estou aqui
para me apresentar e me pôr à sua disposição. É um prazer conhecê-lo –
disse Marlova ao ser admitida no gabinete de Weintraub. Que respondeu
de bate pronto:
– Sei quem é a senhora. É uma comunista. Não tenho prazer em conhecê-la.
– Não, não sou comunista – retrucou Marlova.
– É, é sim – insistiu o ministro.
Então a diretora da UNESCO deu-lhe as costas e saiu.
Foi a audiência mais curta da administração de Weintraub até agora.
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