domingo, 7 de julho de 2019

Saída para o crescente subconsumo capitalista

Marx já afirmou que "o verdadeiro obstáculo à produção capitalista é o próprio capital", ou seja, que o capitalismo já nasce com um DNA defeituoso: o DNA da crise, na medida em que a concentração da renda que lhe é subjacente provoca o distanciamento entre produção e consumo - vale dizer, gera as crises crescentes de superprodução.

Então, é de se perguntar: como resolver esta contradição máxima do capitalismo?  Marx, erroneamente,  apontou a tomada do poder pela força (armas) como saída mais apropriada. Assim, a saída seria a revolução armada. Entretanto, não há a necessidade desta medida traumática para resolver o problema - bastando apenas que os trabalhadores se protejam via planejamento familiar e ainda via a adoção de um projeto de renda mínima por parte dos Estados Nacionais.

Quanto ao planejamento familiar dos trabalhadores, ele, sim, é o que permite que os mesmos se tornem relativamente escassos e os salários sejam elevados até o seu nível ótimo. Entretanto, à medida que a produção torna-se cada vez mais mecanizada e automatizada, o número de desempregados cresce. Mas, mesmo com a automação crescente da produção, pode-se lançar mão de um corretivo ou equalizador da  relação dependente PRODUTIVIDADE (produção) e CONSUMO: a aplicação de um projeto de renda mínima (otimizado) para os trabalhadores desempregados e/ou carentes. Aqui, adotando-se estas medidas, consegue-se corrigir a falha do DNA do capitalismo.
Assim, ao se aplicar uma correção política e técnica, percebe-se que "É DANDO QUE SE RECEBE" ou, em outras palavras, é dando que se encontra a saída para a contradição máxima  do capitalismo. Enfim, Marx também enxergou isto, apesar da aposta na revolução errada (a das armas)... e não a da inteligência.

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