Redação do Diário da Saúde
Seu filho merece sua atenção e cuidado também nos dias de semana.
[Imagem: CC0 Public Domain/Pixabay]
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Dedicar tempo valioso
Aqui estão duas perguntas que os pais de crianças pequenas devem
fazer a si mesmos: "Quais atividades são melhores para me relacionar com
meu filho?" e "Quando devo levar adiante essas atividades?
Psicólogos da Universidade da Geórgia (EUA) descobriram que tanto o
tipo de envolvimento - cuidados versus brincadeiras - quanto o tempo -
dia de trabalho versus dia de folga - têm um impacto na qualidade do
relacionamento entre pai e filho.
Os pais que escolhem passar um tempo com seus filhos nos dias de
folga estão desenvolvendo um relacionamento mais forte com eles, e as
atividades de brincadeiras parecem particularmente importantes, mesmo
depois de levar em conta a qualidade da paternidade - o nível de
envolvimento do pai com o filho.
Só que os efeitos das mesmas atividades nos dias de trabalho são mais fortes.
"Pais que fazem a escolha de dedicar seu tempo em dias não úteis a se
relacionar diretamente com seus filhos parecem estar desenvolvendo os
melhores relacionamentos. E, naqueles dias, que não são de trabalho,
buscar atividades centradas na criança, ou divertidas para a criança,
parece ser o melhor preditor de um bom relacionamento pai-filho,"
resumiu o professor Geoffrey Brown, coordenador do estudo publicado no Journal of Family Psychology.
E não acaba por aí: Os pais que gastam mais tempo ajudando com
tarefas relacionadas aos cuidados infantis nos dias de trabalho estão
desenvolvendo relações ainda melhores com seus filhos.
"É uma história complicada, mas acho que isso reflete diferenças
nesses contextos de tempo de interação familiar em dias úteis versus
dias não úteis," disse Brown. "A coisa mais importante em um dia de
trabalho, da perspectiva de construir um bom relacionamento com seus
filhos, parece ser ajudar a cuidar deles."
Relacionamentos mãe-filho e pai-filho
Décadas de pesquisas têm-se concentrado no relacionamento mãe-filho,
com muito menos pesquisas sobre o relacionamento pai-filho e como um
relacionamento de apego seguro é formado entre ambos.
Para tentar cobrir essa lacuna, Brown e seus colegas trabalharam com
80 pares de pai-filho quando os filhos tinham cerca de 3 anos de idade. A
equipe conduziu entrevistas e observou a interação pai-filho em casa,
filmando um vídeo que foi avaliado fora do local e atribuída uma
pontuação indicando a segurança da conexão pai-filho.
"Estamos tentando entender a conexão entre vida profissional e vida
familiar e como os pais constroem seu papel. É claro que existem
diferentes contextos de tempo para a família," disse Brown. "Confiar
demais em brincadeiras durante os dias de trabalho, quando o seu filho e
parceiro precisam de você para ajudar com os cuidados, pode ser
problemático. Mas brincar parece mais importante quando há mais tempo e
menos pressão.
"Em última análise, os pais que se engajam em uma variedade de
comportamentos parentais e ajustam suas práticas parentais para atender
às demandas e circunstâncias de cada dia individual provavelmente têm
mais chances de desenvolver relacionamentos seguros com seus filhos,"
concluiu a equipe.
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