Por Luciana Spacca
Greenwashing é a expressão utilizada para descrever as empresas que se autointitulam eco-friendly — amigas do meio ambiente —, mas na prática isso não acontece.
A companhia que pratica o greenwashing promove discursos e campanhas afirmando ser ecologicamente correta com o objetivo de conectar a organização com a defesa do meio ambiente e conquistar o público, cada vez mais preocupado com o futuro do planeta.
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É um tipo de propaganda enganosa em que a empresa manipula o consumidor com uma falsa aparência de ser sustentável, mas não faz nada em prol do ecossistema. É apenas uma tática para ludibriar o público.
Por exemplo, uma companhia diz se preocupar com temas como reciclagem. Ao comprar o serviço ou produto, o consumidor acredita que está ajudando a causa. Na prática, a organização não contribui em benefício ao meio ambiente.
Casos famosos de greenwashing
Um caso famoso de greenwashing aconteceu em 2008, no Canadá. A Nestlé fez um anúncio com o slogan “água em garrafa é o produto mais ambientalmente responsável do mundo”.
De imediato, grupos de proteção ao meio ambiente entraram com pedidos para a remoção da propaganda, alegando que a água engarrafada era um dos maiores poluentes dos oceanos. A empresa teve que se retratar após a denúncia
A mesma Nestlé foi criticada pelo Greenpeace e acusada de greenwashing no anúncio de que todas as suas embalagens plásticas seriam totalmente recicladas até 2025. o grupo ambiental criticou a falta de transparência na medida, que não anunciava metas até a data em questão.
Os ativistas também apontaram que grandes empresas precisam agir na poluição que já está em mares e oceanos, não apenas incluir novos plásticos neste ciclo.
Outro episódio conhecido envolveu o Walmart, nos Estados Unidos. Em 2017, a rede de supermercados foi multada em 1 milhão de dólares por vender produtos com informações incorretas sobre o plástico na composição das mercadorias.
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