segunda-feira, 22 de novembro de 2021

EUA correm para tirar 'enorme vantagem' da China na África

NYT destaca como Washington 'perdeu terreno' no Congo; Guancha sublinha defesa de Pequim pela Nigéria


O chinês Guancha noticiou a breve turnê africana do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, enfatizando uma reação do ministro do exterior da Nigéria, Geoffrey Onyeama (com a imagem abaixo). Ao ser questionado pela imprensa americana sobre as "críticas a seu governo por depender dos empréstimos chineses", ele falou:

"Bem, não pegamos emprestado à toa e buscamos ser extremamente prudentes. Na realidade, nossa relação dívida-PIB é muito boa e ficamos de olho nisso. A realidade também é que o governo percebeu que para se industrializar tinha que colocar a infraestrutura em pé, e vimos uma grande oportunidade com os chineses."

A viagem passou ainda pelo Quênia e terminou no Senegal. E é no Senegal que acontece na semana que vem, sublinhou o Guancha, o Fórum para a Cooperação Sino-Africana, que reunirá ministros da China e de quase todas as nações do continente.

Em sua cobertura de Blinken, o New York Times destacou como ele acabou vendo obras chinesas "gigantes" por todo o caminho. E em seguida o jornal publicou, na manchete e por extensas reportagens, "Como EUA perderam terreno para China na corrida" pelo cobalto do Congo, usado para "energia limpa".

Pequim abriu "enorme vantagem na corrida para dominar a eletrificação da indústria automobilística" após os EUA "essencialmente entregaram os recursos" congoleses, nos governos Obama e Trump. Em texto à parte, "Como a empresa de Hunter Biden [filho de Joe] ajudou a assegurar o cobalto para os chineses".

Mas nem tudo está perdido, diz o NYT. "Congoleses estão revisando contratos de mineração com ajuda do governo americano, num esforço de combate à corrupção.

 

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