sexta-feira, 12 de outubro de 2018

SUPERENDIVIDAMENTO: Perguntas oportunas

Vez por outra, vê-se um economista desavisado reclamando que política de austeridade posta por um determinado país (Grécia ou Portugal, por exemplo) é ineficaz por não promover o crescimento econômico (principalmente nos primeiros anos de implantação de tal política). Ora, quem está doente tem que se tratar - o que, dependendo do caso, é doloroso mesmo. Da mesma forma, se um consumidor está endividado até o pescoço, o que ele deve fazer? Simples: apertar os cintos, economizar por um tempo - até conseguir pagar sua dívida (muito provavelmente depois de renegociá-la em condições que caibam no seu bolso). Portanto, política de austeridade não é para adocicar a vida de ninguém, mas, justamente azedá-la provisoriamente. Além do mais, não devemos esquecer que no momento da contratação de tal dívida ela, sim, promoveu crescimento econômico às gerações passadas que promoveram tal farra "desenvolvimentista" (a ser paga pelas gerações futuras). Assim, enfim, devemos compreender de uma vez por todas que o caminho endividacionista keynesiano é ambíguo mesmo: dá com uma mão (no passado) e tira com a outra (no futuro). Resumindo: caro eventual economista desavisado, antes de endividar o Estado ou um país inteiro, lembre-se de que está se adquirindo não um filme de love story - mas um filme de terror... para ser assistido no futuro, ok? Ou, lembre-se de que o que o aguarda no futuro é um tapa na cara (a ser dado pelas gerações passadas)... e não um afago, um carinho... ok? Ou, lembre-se de que herança maldita existe, sim, infelizmente... ok?

Nenhum comentário:

Postar um comentário