sexta-feira, 12 de outubro de 2018

ABORTO: DITADURAS

Agora, abordaremos a questão da descriminalização ou não do aborto... analisada sob a ótica das duas ditaduras possíveis: à da mãe e a do bebê. Quanto à ditadura da mãe, temos que ela consiste no fato de caber exclusivamente à mãe decidir pela continuidade da vida de um nascituro que... ou pode apresentar algum impedimento de ordem clínica para a continuidade da gestação ou, do mesmo modo... simplesmente foi gerado fruto de um erro humano (camisinha estourou, por exemplo)... ou foi gerado num ambiente social amplamente desfavorável (já existência de número almejado de rebentos ou filhos, por exemplo; inexistência de condições sociais de se criar condignamente o bebê ou em igualdade de oportunidades com os filhos de ricos... tendo em vista que lançar ao mundo um bebê que terá uma existência marginalizada só agrega quantidade ao mundo mundo e serve justamente para abaixar ainda mais os salários dos pobres, desprotegendo-os ainda mais; etc.).
Quanto à ditadura do bebê, temos que ela consiste em levar a cabo obrigatoriamente uma gestação que, por qualquer motivo, não interessa mais à mãe (na condição de única gestora da criação de um bebê que simplesmente não possui a autonomia de criar-se sozinho... sem a ação materna... muitas vezes penosa - haja vista que demanda muitos cuidados rotineiros por parte de uma mãe) e a mesma não pode lançar mão de sua autonomia de optar pela genitoriedade ou não de um bebê impositivo ou ditatorial: que não dá chance de escolha. Então, conhecendo os dois lados, posicione-se... escolhendo um deles, ok? (Ah, antes de finalizar, percebeu que por trás de certos posicionamentos supostamente humanísticos de religiosos podem estar encastelados interesses dos ricos... como, por exemplo, abaixar salários? Abra seus olhos, desconfie de religiosos, ok?).

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