Como conseguir isso? Como encará-lo ou peitá-lo: por fora ou por dentro? Ora, se o fizermos por fora, atingiremos apenas a sua periferia, a sua carne. Aqui, conseguiremos apenas sangrar a carne, transformá-lo... SEM TRANSFORMÁ-LO. Conseguiremos apenas ensiná-lo a reproduzir a violência... que recebeu. Para transformá-lo, de fato, de uma vez por todas, temos que atingir o seu INTERIOR. Temos que jogar seus conflitos interiores uns contra os outros, a fim de apararmos as lanças pontiagudas de uma esfera - lanças essas que se choquem violentamente, até que desapareçam... de forma que tais esferas passem a se chocar SUAVEMENTE, sem se ferirem (já sem as lanças, que foram finalmente aparadas). E, isto se dá pelo sofrimento interior, pela reflexão incansável, pela depuração dolorosa que leva à libertação final - ao amansamento final do homem.
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