Projeto no Clima da Caatinga traz dados
importantes no dia Mundial do Meio
Ambiente
No Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de junho, o Projeto No Clima da Caatinga (NCC), realizado pela Associação Caatinga, ressalta a importância das restaurações florestais no sertão do semiárido nordestino.
Segundo o Ministério do Meio Ambiente, a Caatinga ocupa uma área de cerca de 844.453 quilômetros quadrados, o equivalente a 11% do território nacional. Ainda com base no MMA, o bioma, que é rico em biodiversidade, abriga 178 espécies de mamíferos, 591 de aves, 177 de répteis, 79 espécies de anfíbios, 241 de peixes e 221 abelhas. Cerca de 27 milhões de pessoas vivem na região e apesar da sua importância, tem sido desmatado de forma acelerada, o desmatamento já chega a 46% da área do bioma.
Com ações de restauração florestal, proteção de áreas e criação de unidades de conversação, que são de extrema importância para diminuir o processo de desmatamento em algumas regiões do semiárido, o projeto No Clima da Caatinga, realizou um diagnóstico participativo de cinco microbacias hidrográficas afluentes do rio Poti no entorno da Reserva Natural Serra das Almas, em Crateús (CE), abrangendo 20 comunidades. Em oito anos de projeto foram restaurados 61,9 hectares que são monitorados até hoje.
Apesar da atuação local, os benefícios vão além, manter a floresta em pé tem um papel essencial no ciclo da água e na regulação climática, desta forma, as ações reduzem o assoreamento dos riachos, rios e reservatórios aumentando a proteção do solo, a drenagem das áreas, além de evitar o processo de erosão.
Para Gilson Miranda, Coordenador de Conservação da Associação Caatinga, a restauração florestal também contribui para a manutenção do ecossistema. "A restauração é importante porque regulam o clima, além de contribuir para o ciclo da água, protegendo a biodiversidade local, reestabelecendo as funções ecológicas com retorno das espécies e aumentando os corredores ecológicos", destacou.
As ações do projeto No Clima da Caatinga atende a preocupação da ONU que declarou a próxima década (2021 e 2030) como a de restauração de ecossistemas degradados e destruídos como uma medida comprovada para combater a crise climática e melhorar a segurança alimentar, o fornecimento de água e a biodiversidade.
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