Comportamentos violentos na educação tem consequências negativas para a formação de crianças e adolescentes, gerando adultos agressivos. Entenda
Apesar de algumas pessoas defenderem que adultos façam uso da palmada e de outros comportamentos agressivos para impor limites e educar as crianças, quem estuda o assunto a fundo sabe que esse não é o melhor caminho para uma educação saudável.
O assunto voltou à tona na segunda-feira (5), quando a Academia Americana de Pediatria (AAP) apresentou uma nova política chamada de “Effective Discipline to Raise Healthy Children” (“Disciplina Eficaz para Criação de Crianças Saudáveis”), na qual expõe estratégias para educar as crianças sem o uso de palmada ou outras formas de violência física.
A ideia é que o documento seja uma referência para pediatras, pais e educadores, sendo um guia para uma forma de educar saudável e que leve em conta as necessidades físicas e emocionais da criança, respeitando o tempo dela e garantindo seu desenvolvimento pleno.
A organização, que é uma das maiores autoridades de pediatria do mundo, comprova com base em estudos que o uso de violência na educação é algo extremamente ineficaz e que tem sérias consequências para o desenvolvimento cerebral, prejudicando a vida jovem e adulta.
As consequências da palmada
De acordo com um dos estudos apresentados na conferência da Academia Americana de Pediatria, as crianças que sofreram agressões mais de duas vezes por mês até os 3 anos de idade mostraram um comportamento mais agressivo aos 5 anos de idade. Aos 9 anos, estas mesmas crianças apresentaram comportamentos negativos.
Além desse estudo, outra pesquisa exposta no evento apontou de que maneira agressões às crianças interfere no desenvolvimento cerebral. De acordo com o material apresentado, bater, xingar e até mesmo gritar com as crianças pode fazer com que os hormônios do estresse aumentem, o que pode alterar a forma de cérebro. O abuso verbal também é relacionado com problemas mentais em pré-adolescentes e adolescentes.
Ou seja, a palmada e outros comportamentos agressivos devem estar cada vez mais distantes da realidade das famílias e da educação . “A boa notícia é que cada vez menos pais têm usado palmadas em relação ao passado. Podemos melhorar!”, diz Robert D. Sage, um dos autores da nova política da Academia Americana de Pediatria.
Link deste artigo: https://delas.ig.com.br/filhos/2018-11-07/palmada-estudos.html
Comentários deste blogueiro: o problema não está na carne (hardware), mas justamente no software (mente). Mude o software, explique por que algo é errado... e por que outro algo é o caminho a se trilhar. Argumentos! Conhecimentos! Somente mente vazia (de pai imaturo) recorre à matéria (violência física), tendo em vista que a sua mente não o municia de conhecimentos, de argumentos... simplesmente por não dispor deles, por não tê-los... enfim, por carência educacional ou cultural. E tem mais: Deve-se frisar que não é só a violência física que traumatiza os pequenos, mas também a violência verbal (por exemplo, jamais diga para seu filho: "você não está com nada!"... pois se estará programando a mente da vítima para ser um futuro medroso, pessimista... enfim... um fracassado! E não é isto que se deve deixar de herança ou desejar para nossos filhos, não é mesmo?).
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