(Bloomberg) -- O Japão exigirá que as empresas divulguem a diferença salarial entre homens e mulheres, disse o Nikkei, como parte dos esforços para reduzir uma das maiores disparidades salariais de gênero entre os países ricos.
A medida, parte da plataforma de “novo capitalismo” do primeiro-ministro Fumio Kishida, pode entrar em vigor já este ano, segundo o jornal. A regra será aplicada a empresas com mais de 300 funcionários, independentemente de estarem listadas.
As mulheres japonesas ganham apenas 77,5% do que os homens recebem, muito abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico de 88,4%. Os apelos do governo para que mais mulheres ocupem cargos de liderança corporativa e política não têm mostrado efeito.
A regra sobre a divulgação da diferença salarial deve ser discutida por um painel do Ministério do Trabalho, disse o Nikkei. Os empregadores não terão que dizer quanto seus trabalhadores ganham, apenas a diferença entre homens e mulheres. Espera-se que mais de 10.000 empresas não listadas sejam obrigadas a fornecer os dados.
As empresas que afirmam existir uma razão válida para diferenças salariais precisarão expor a explicação em seu site ou por outros meios.
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