O meu blog é HOLÍSTICO, ou seja, está aberto a todo tipo de publicação (desde que seja interessante, útil para os leitores). Além disso, trata de divulgar meu trabalho como economista, escritor e compositor. Assim, tem postagens sobre saúde, religião, psicologia, ecologia, astronomia, filosofia, política, sexualidade, economia, música (tanto minhas composições quanto um player que toca músicas de primeira qualidade), comportamento, educação, nutrição, esportes: bom p/ redação Enem
A maioria dos brasileiros rejeita as ideias do presidente Jair Bolsonaro
(PL) sobre armas no país. Segundo pesquisa Datafolha, 7 a cada 10
entrevistados, em média, se contrapõem a políticas que favoreçam o
armamento da população, ao entendimento de que mais pessoas armadas
tornam a sociedade mais segura e também a uma frase do presidente: "O povo armado jamais ser escravizado".
Segundo o levantamento, 72% discordam da frase "a sociedade seria
mais segura se as pessoas andassem armadas para se proteger da
violência". O percentual de discordância é maior entre mulheres (78%),
entre pessoas que se autodeclaram pretas (78%) e entre que tem menor
faixa de renda, de até dois salários mínimos (75%).
Entre os grupos que concordam com essa relação entre porte de armas
de fogo e maior proteção contra a violência estão brasileiros do sexo
masculino (32%), da região Norte (33%) e com renda familiar de mais de
dez salários mínimos (37%).
A pesquisa ouviu 2.556 pessoas de 181 municípios do país nos dias 25 e
26 de maio. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou
para menos.
Também 7 a cada 10 entrevistados (71%) dizem discordar da ideia
de que "é preciso facilitar o acesso de pessoas às armas". Essa
proporção é maior entre mulheres (77%) e pessoas que se autodeclaram
pretas (78%), mais uma vez, e entre jovens de 16 a 24 anos (75%).
Os grupos que mais concordam com a facilitação do acesso a armas são,
novamente, homens (35%), pessoas da região Norte (34%) e aqueles com
renda superior a dez salários mínimos (37%).
Já a rejeição à frase proferida pelo atual presidente da República
desde 2020 —"o povo armado jamais será escravizado"— é da ordem de 69%
dos brasileiros entrevistados na pesquisa. Ela é maior entre mulheres
(73%), no Sudeste (73%) e entre pessoas autodeclaradas pretas (73%).
Por outro lado, estão de acordo com a declaração 28% dos brasileiros,
percentual que é maior na região Norte (40%), entre pessoas com renda
superior a dez salários mínimos (41%) e entre empresários (52%).
Em 2020, o Datafolha fez a mesma pergunta sobre a frase do
presidente em levantamento feito por telefone por causa da pandemia: 72%
discordavam e 24% concordavam com ela.
Segundo Melina Risso, diretora de pesquisa do Instituto Igarapé, "os
resultados apontam que a população brasileira é contra a flexibilização
no acesso a armas e não acredita que elas funcionem como instrumento de
defesa nem de segurança, o que é consistente com achados anteriores".
"A população brasileira não é pró-armas, apesar da intencionalidade da mais alta liderança do país, que faz as vezes de um garoto-propaganda de armas no Brasil",
afirma ela, para quem a relação entre armas e liberdade, presente na
fala do presidente sobre um povo escravizado, não faz sentido por aqui.
"Essa lenda de que o debate não é sobre armas, mas sobre liberdade,
não pegou. É uma discussão de nicho, fechada num grupo muito
específico."
Para o delegado Gustavo Mesquita, presidente da Associação dos
Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, ainda que 7 a cada 10
brasileiros sejam contrários ao armamento, "esses 3 a cada 10 que são
favoráveis precisam ter seu direito individual respeitado".
"O armamento civil não pode substituir o dever do Estado de prestar a
segurança pública. Mas, diante da incapacidade de governantes em
fornecer ao cidadão uma segurança eficaz, se reforça o direito desse
cidadão de poder ter uma arma de fogo, caso entenda adequado e diante do
preenchimento dos requisitos técnicos, legais e psicológicos",
defende.
Para o sociólogo Claudio Beato, coordenador do Centro de Estudos em
Criminalidade e Segurança Pública da UFMG (Universidade Federal de Minas
Gerais), essa noção é muito presente nos Estados Unidos, com trágicas
consequências. "Lá, todo mundo tem direito a comprar armas, e é impressionante o número de mortes por tiroteios em massa, como o que aconteceu recentemente numa escola infantil do Texas."
Para Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz
(ISP), o feminicídio é uma das chaves para a compreensão da discrepância
entre homens e mulheres sobre o tema armas, apontada pelo Datafolha.
Melina Risso, do Igarapé, vê motivos semelhantes para a maior
discordância de pessoas pobres e pretas das afirmações pró-armas. "Os
recortes de raça e de renda podem indicar, quanto maior a proximidade do
problema da violência, mais as pessoas compreendem que a arma não traz
segurança", diz. "Quem está sofrendo as consequências da violência na pele tende a refutar as armas como solução."
Já a maior concordância com políticas pró-armas entre pessoas com
renda acima de dez salários mínimos, avaliam os especialistas, pode
derivar tanto do preço dos armamentos, o que os restringe a um público
de classe alta, como das dinâmicas de medo, que, numa sociedade tão
desigual como a brasileira, tende a ser maior entre os mais ricos.
Para o delegado Mesquita, o porte de armas é "uma decisão que envolve
um bônus e um ônus". "O bônus é se proteger diante da situação
concreta, caso assim entenda necessário. O ônus é o treinamento
constante, a responsabilidade e a maior chance de ser agredido caso
resolva atuar numa situação concreta", afirma.
"Defendo que a reprimenda do Estado diante do mau uso de uma arma de fogo seja proporcional ao direito do cidadão."
Diagrama mostra o funcionamento do exame, baseado na inibição do citocromo P450. [Imagem: Kobe University]
Citocromo P450
Pesquisadores das universidades de Kobe e Hiroshima (Japão) identificaram substâncias no corpo humano que permitirão que a doença de Parkinson seja diagnosticada de forma rápida e barata a partir de amostras de soro sanguíneo.
Analisando essas substâncias, eles desenvolveram um exame que
detectou a doença de Parkinson com uma taxa de precisão de quase 90%.
Atualmente, não há como diagnosticar diretamente ou curar de forma
definitiva a doença de Parkinson. Portanto, a detecção precoce é vital
para interromper sua progressão.
O Dr. Kohei Ihara e seus colegas acreditam que a capacidade de
diagnosticar a doença mais rapidamente também ajude nas pesquisas para o
desenvolvimento de novos métodos de tratamento.
A descoberta envolve o citocromo P450, uma hemeproteína que
desempenha um papel importante em muitos processos pela oxidação de um
grande número de substâncias, incluindo metabolizar vários medicamentos e
sintetizar hormônios - nos humanos, são conhecidas 57 espécies
moleculares de P450. Essa enzima é expressa principalmente no fígado, mas também pode ser expressa em outras partes do corpo, como pulmões, trato gastrointestinal e cérebro.
A equipe do Dr. Ihara já havia desenvolvido um ensaio de inibição do
P450 para detectar facilmente alterações na qualidade e na quantidade de
metabólitos relacionados a esse citocromo provocadas pelo início de
várias doenças. Desta vez, eles se tornaram os primeiros no mundo a
aplicar com sucesso esse método no diagnóstico da doença de Parkinson.
Exame para diagnosticar Parkinson
No novo ensaio, 12 P450s humanos diferentes são misturados com uma
amostra de soro e um substrato fluorescente para causar uma reação.
Existem diferenças na quantidade e na qualidade dos metabólitos
relacionados ao P450 nos soros sanguíneos de indivíduos saudáveis e
pacientes. Esses metabólitos séricos inibem a oxidação mediada pelo P450
do substrato fluorescente. Ao observar a taxa de inibição relacionada
às alterações mediadas pelo início da doença, é possível discriminar
amostras de soro de um indivíduo com uma doença específica e um
indivíduo saudável.
A seguir, a equipe aplicou o ensaio em ratos modelo da doença de Parkinson e em pacientes humanos com a doença.
Os resultados revelaram que indivíduos saudáveis e os indivíduos com
doença de Parkinson podem ser classificados com uma taxa de precisão
entre 85 e 88%, tanto para os animais de laboratórios quanto para os
seres humanos.
A seguir, os pesquisadores realizarão avaliações de desempenho
clínico em maior escala, com o objetivo de trabalhar para a
implementação desse método de teste de Parkinson em ambiente clínico.
A
Transformação Digital vem afetando todos os segmentos, fazendo com que
empresas privadas, governos e pessoas repensem a sua relação com a
tecnologia. Dentro desse novo cenário, a Internet das Coisas ganhou um
amplo espaço, se mostrando uma ótima aliada em muitas áreas.
Chegou
a hora de ficar por dentro do assunto e entender como a Internet das
Coisas vem mudando a realidade ao redor das pessoas. Boa leitura!
O que é Internet das Coisas?
A
Internet das Coisas é algo que está mudando a maneira como as pessoas
vivem, se relacionam, trabalham e se deslocam. Apesar de muitas pessoas
não terem conhecimento sobre a vastidão do seu alcance, grande parte já
teve contato com informações sobre soluções vindas desse conceito, sejam
casas e eletrodomésticos mais inteligentes, fábricas mais produtivas ou
uma mobilidade fundamentalmente nova.
A Internet das Coisas —
ou simplesmente IoT, como é conhecida — não é uma tecnologia unificada,
mas todo um conceito que integra o mundo real ao virtual. Para isso, ela
reúne e faz uso de um conjunto de diferentes recursos tecnológicos,
desde sensores até softwares inteligentes. Ela permite a comunicação
entre pessoas, pessoas e coisas e a interação entre as coisas,
integrando o mundo real e o virtual.
Pensar em IoT é pensar na
utilização de dados que geram informações relevantes e conectam
sistemas, produtos e usuários. Portanto, é impossível falar nesse
conceito sem associá-lo ao futuro da análise e processamento de dados. O
seu uso é o que permite planejar e colocar em prática projetos
interconectados, sejam casas, eletrodomésticos, indústrias, carros,
cidades ou o que for.
Como ela surgiu?
A
Internet das Coisas surgiu nos anos 90, no Reino Unido, quando os
varejistas começaram a adotar cartões de fidelidade que continham um
chip; esse pequeno dispositivo era habilitado para funcionar via rádio.
Trata-se do Radio Frequency Identification (RFID), que servia
basicamente para transmitir algumas poucas informações, sem necessitar
de fios ou leitores.
Esse recurso foi apresentado a Kevin
Ashton, que na época era funcionário da Procter & Gamble (P&G).
Ashton tentava descobrir uma maneira de controlar o estoque de
mercadorias que era feito nas lojas com os produtos da marca e, ao
conhecer o RFID, teve a ideia de adotá-lo para indicar se os itens
tinham ou não sido vendidos. Foi assim que os microchips passaram a
fazer parte da IoT, dando o pontapé inicial para um sistema de sensores
que conectaria o mundo físico à internet.
Bosch e Internet das Coisas
Para
a Bosch, a Internet das Coisas aliada à Inteligência Artificial (AIoT)
se tornou imprescindível para o desenvolvimento de soluções que prometem
transformar o modo como as pessoas interagem com diferentes segmentos,
seja a indústria, a logística, o agronegócio, a mobilidade ou a sua
própria casa.
AIoT na indústria
Conexão
e interatividade entre homem, máquina e processos são objetivos da
Indústria 4.0, que visa tornar o setor mais inteligente, eficiente e
preparado para atuar em mercados altamente dinâmicos. Para contribuir
com isso, a Bosch desenvolveu, por exemplo:
• Nexeed — software
de gestão de desempenho para as linhas de produção que oferece soluções
de monitoramento, rastreabilidade e controle de processos em tempo real;
•
Data Collector — sistema desenvolvido para analisar dados e implementar
melhorias na manufatura, corrigindo ocorrências nas linhas de montagem
com base no método de medição de tempo;
• ActiveCockpit —
plataforma de comunicação interativa que apresenta dados em tempo real
para análise e identificação de problemas na linha de produção.
AIoT na logística
Um
dos fatores que influenciam muito a qualidade de produtos sensíveis ou
perecíveis é a temperature e umidade durante o transporte da carga.
A
Bosch desenvolveu para a indústria o monitoramento inteligente da
cadeia fria: uma solução de AIoT que permite a visibilidade completa das
condições da carga durante todas as etapas da cadeia logística,
assegurando a qualidade do produto até a ponta e fazendo com que as
empresas cumpram importantes marcos regulatórios.
A central de
monitoramento e controle operacional atua 24 horas por dia, 7 dias por
semana. Dessa forma, os agentes estão sempre atentos ao processo,
permitindo que decisões assertivas sejam tomadas de forma rápida frente
aos indícios de eventos irregulares, como excursões de temperatura e
umidade, a fim de assegurar a qualidade do produto até a ponta.
AIoT na mobilidade
A
mobilidade também está entre os focos da Bosch, que desenvolve soluções
que vão desde avisos simples de que está na hora de realizar a
manutenção preventiva do veículo (com opção de agendamento ao apertar de
um botão) até estacionamentos conectados.
Com o Connected Repair,
é possível conectar as oficinas mecânicas ao histórico de manutenção do
veículo e às principais informações do fabricante. Além disso, todos os
equipamentos Bosch disponíveis na oficina ficam conectados, coletando
dados para sistemas interligados. Isso permite que o mecânico tenha
acesso a qualquer informação do veículo, em qualquer estação de
trabalho.
O Estacionamento Conectado e Autônomo
também é uma solução Bosch. Trata-se de uma rede que simplifica a busca
por uma vaga disponível seja na rua ou em locais fechados, reduzindo o
stress do usuário, já que ele não precisa ficar rodando até localizar o
espaço ideal para estacionar seu veículo. Isso contribui para uma maior
fluidez do tráfego, gera economia de combustível e diminui a emissão de
CO2.
Outra solução é a Interface Homem-Máquina (HMI).
Por meio de uma série de funções integradas e conectadas, o HMI permite
que o veículo se torne um “acompanhante” informando sobre as condições
do trânsito à frente e até mesmo ajudando a evitar sonolências e
definindo preferências pessoais.
AIoT na Mineração
A
Bosch vem pensando e desenvolvendo recursos inclusive para aquelas
áreas mais remotas e adversas, como as minas de extração. Nesses locais,
a coleta e o uso de informações aceleram a resolução de diversas
situações, ajudando na tomada de decisões mais assertivas, preservando
equipamentos e otimizando o uso de meios de transporte.
O Smart Conveyor
é um sistema de manutenção preditiva que auxilia no monitoramento da
temperatura dos rolos da correia transportadora, por meio de sensores.
Dessa forma, ele alerta sempre que ocorre um comportamento anormal,
evitando incêndios, rupturas da correia ou sobrecargas.
Já a solução Smart Lockout
é um inovador sistema de segurança desenvolvido pela Bosch para reduzir
o tempo de bloqueio de energia no processo de manutenção.
Por
meio desta tecnologia, é possível evitar o deslocamento da equipe entre
o ponto de bloqueio e o de trabalho, otimizando o tempo do processo e
agilizando a retomada das operações
A Bosch também desenvolveu o
Smart Feeder, que é uma válvula de isolamento automatizado de silos e
chutes minerais com atuação de um ou dois obturadores acionados por um
sistema hidráulico inteligente, que garante interromper o fluxo de
minério em qualquer situação de operação. Por meio de acionamento remoto
ou local, a tecnologia consegue controlar o fluxo de minerais e
eliminar qualquer necessidade de intervenção humana em locais de elevado
risco à segurança dos operadores.
AIoT no agronegócio
No agronegócio, são diversas soluções desenvolvidas pela Bosch a partir da Internet das Coisas, como:
• pecuária de precisão
— uma solução de IoT desenvolvida no Brasil, que visa analisar a
performance do gado de forma dinâmica e individual dentro do seu habitat
natural e sem a necessidade de transportá-lo para o curral;
•plantio inteligente—
combinação entre inteligência de software e componentes de produção
automotiva de larga escala que atribui mais inteligência ao maquinário
agrícola;
• pulverização inteligente
— algoritmos que diferenciam com precisão as ervas daninhas das
culturas plantadas, aplicando herbicidas somente onde é necessário. Mais
inteligência, economia e produtividade para o campo!
AIoT em Casa
A
Bosch também conta com um extenso portfólio de produtos IoT para as
casas. Entre as diversas funcionalidades estão o controle de iluminação,
entretenimento e equipamentos inteligentes de jardinagem. Para isso, já
foram estabelecidas dezenas de parcerias para levar cada vez mais
funcionalidades inteligentes para as residências.
A Internet das
Coisas é, sobretudo, um meio para que as pessoas, as empresas e as
instituições públicas, por exemplo, galguem novos passos em termos de
conectividade, eficiência, monitoramento e controle das suas atividades.
Esse é apenas mais um dos recursos disponíveis que estão ajudando a
construir um futuro mais inteligente, com menos desperdícios e mais
sustentabilidade.
Para
o climatologista Carlos Nobre, recém-eleito membro da Royal Society,
Brasil regrediu décadas em termos de política para Amazônia sob
Bolsonaro, e a floresta tem muito mais potencial econômico de pé do que
desmatada. Em
mais de quatro décadas de pesquisas guiadas por perguntas intrigantes, a
Amazônia quase sempre esteve no centro dos estudos feitos por Carlos
Nobre. Algumas das respostas que encontrou ajudaram a desvendar o papel
vital que a floresta desempenha para o clima local e global.
É a esse conjunto de conhecimento que ajudou a produzir que Nobre atribui o reconhecimento da Royal Society,
a academia científica mais antiga do mundo, que acaba de elegê-lo como
membro internacional. Antes dele, o único brasileiro a figurar na Royal
Society havia sido o imperador Dom Pedro 2º, que integrou a lista não
como cientista, mas como membro da realeza.
Pesquisador aposentado do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
(Inpe), Nobre é copresidente do Painel Científico da Amazônia (SPA, na
sigla em inglês) e atualmente ligado ao Instituto de Estudos Avançados
(IEA) da Universidade de São Paulo (USP).
Em 1990, quando deu os primeiros alertas ao mundo sobre a possibilidade de a exuberante Floresta Amazônica
perder sua capacidade de se regenerar devido ao avanço do desmatamento,
Nobre jamais imaginou assistir à floresta se arpoximar desse ponto.
Em 2007, com base em modelos matemáticos rodados em computador, Nobre
apontou que, caso 40% da Floresta Amazônica desaparecessem, a densa
mata alcançaria um ponto crítico de desequilíbrio ou inflexão (tipping point),
e perderia a capacidade de se manter como vegetação densa. Em 2017,
essa projeção foi corrigida: em vez de 40%, 20% de destruição seriam
suficientes para a morte da floresta.
Um estudo publicado em março deste ano pelo jornal Nature Climate Change revelou
que, nas últimas duas décadas, a Floresta Amazônica vem demorando cada
vez mais para conseguir se recuperar de longos períodos de estiagem, o
que resulta em danos aos ecossistemas e deixa o bioma mais próximo de seu ponto de inflexão, após o qual a floresta não terá mais capacidade de se regenerar.
Em entrevista à DW Brasil, Nobre retoma as descobertas que ajudou a
fazer sobre a Amazônia e ressalta: "Se a gente quer se salvar do risco
de ecocídio climático do planeta, temos que manter o carbono na floresta."
"Nos últimos 3 anos e meio, com o atual governo federal do Brasil,
vimos um descontrole proposital, uma política de expandir a
agropecuária, de levar a mineração a tomar tudo ali – áreas indígenas,
protegidas, tudo. Nós voltamos, por incrível que pareça, para as décadas
de 1970 e 1980", lamenta.
DW Brasil: O que o reconhecimento da Royal Society representa para o senhor e para a ciência brasileira?
Carlos Nobre: Acho que é um reconhecimento da
preocupação não só da ciência, mas de toda a população mundial, a
brasileira inclusive, com o futuro da Amazônia.
A Amazônia está correndo um enorme risco de desaparecer, de perder a
maior biodiversidade do planeta. E como eu tenho me dedicado há mais de
quatro décadas à pesquisa da Amazônia e sou muito preocupado em
demonstrar cientificamente estes riscos que estão acontecendo – o
impacto das mudanças climáticas, da degradação e do fogo – acho que esse
foi um reconhecimento da contribuição da ciência para mostrar quão
perto estamos desse ponto de não retorno.
Sou um pesquisador que trabalhou muito, muito envolvido com
experimentos científicos na Amazônia ao longo da minha carreira. Esses
experimentos foram lá estudar como a floresta interage com o clima, como
a biodiversidade interage com a manutenção dessa belíssima floresta.
Eu julgo que esse foi um reconhecimento não só individual, foi muito
muito mais um reconhecimento da coleção de pesquisas de que participei
ao longo dos últimos 40 anos, pelo fato de eu sempre ter chamado muito a
atenção sobre a importância da Amazônia para a biodiversidade do
planeta, para a estabilidade climática, para combater as mudanças climáticas e o risco que ela corre.
O momento atual do Brasil é delicado, em especial devido ao aumento do desmatamento na Amazônia nos últimos quatro anos. Como o senhor avalia essas ameaças que a floresta e seus habitantes têm sofrido?
Avalio que estamos num momento muito crítico – e não só no Brasil. Se
pegarmos os índices de desmatamento de 2021, veremos que todos os
países que têm Floresta Amazônica mostraram aumento do nível de
desmatamento nos últimos anos.
Na Colômbia, houve uma pequena redução em 2019 e 2020, e depois
aumento em 2021. Os únicos países que têm parte dessa floresta tropical
que não tiveram aumento de desmatamento são países que ainda têm uma
grande área com a floresta protegida: Suriname, Guiana e Guiana Francesa
– mas é uma porção menor.
Grande parte da Amazônia, 85% dela, é motivo de grande preocupação
porque os desmatamentos cresceram nos últimos anos. Além disso, está
crescendo a degradação florestal. Quando se retira a madeira – e no
Brasil isso é quase que totalmente ilegal, é uma indústria criminosa –,
se começa a abrir a floresta. Para chegar à árvore valiosa, um pequeno
caminho é feito para a passagem do trator, que depois serve de entrada
para outras pessoas que vão lá cortar e colocar fogo nas
árvores – para eventualmente aquilo se tornar um área sem floresta e dar
lugar à pecuária ou agricultura.
Nos últimos 15 anos, a área degradada foi o dobro da desmatada.
Na Amazônia como um todo – 6,5 milhões de quilômetros quadrados
originalmente de floresta – já tivemos 18% desmatados e 17% degradados.
Quando a degradação aumenta muito, você expõe o solo. E temos o
aquecimento global aumentando a temperatura, que já subiu 1,5 ºC em toda
a Amazônia, e nas área desmatadas é ainda mais quente. Você começa a
fazer a floresta que levou milhões de anos para ser muito resiliente ao
fogo ficar mais inflamável.
Só 4% da radiação solar que atinge a copa das árvores chega
à superfície do solo. Quando você entra dentro da floresta, você vê que
tem pouca luz e é muito úmido. Se cai uma descarga elétrica ali, o fogo
não se propaga, porque toda a vegetação está muito úmida. Quando se
começa a desmatar, o sol entra mais e seca o solo. Então o fogo passa.
Cerca de 95% – ou mais – do fogo na Amazônia têm causa humana, não é
causado por descargas elétricas (raios). E hoje esse índice aumenta
exponencialmente. O incêndio em áreas degradadas se propaga às vezes até
por quilômetros.
Quando o fogo queima os troncos, aquelas árvores vão morrer nos
próximos dois anos. Ou seja, elas perdem toda a vegetação, o sol entra e
começa a secar mais ainda tudo.
Muito do fogo é criminoso. Ele é colocado nessa floresta degradada
para ir queimando, acabando com a floresta. Outra parte são incêndios
que partem do uso do fogo na agropecuária na Amazônia. Nas pastagens, é
comum o pecuarista usar o fogo, e o fogo pula da pastagem para a
floresta degradada que está ali do lado.
Nós temos que mudar, nos policiar, ter uma atitude muito diferente,
senão iremos de fato passar do ponto de não retorno, estamos na
iminência desse ponto.
Quando o senhor, há mais de 30 anos, publicou esse artigo científico que apresentou o chamado tipping point, o
ponto em que a Floresta Amazônia já está tão desmatada que perde a
capacidade de manter sua cobertura vegetal, usando modelagem
computacional e cálculos matemáticos, o senhor imaginava que veria isso
acontecer de fato na Amazônia?
Em 1990, 1991, quando publicamos os dois trabalhos iniciais desse
estudo de modelos matemáticos, os modelos eram muito mais simplificados
que os de hoje em dia. Os modelos hoje permitem projetar o que as
mudanças climáticas vão fazer, o impacto do desmatamento, mas, mesmo
assim, lá atrás já deu para ver que se a gente tirasse a floresta, ela
não voltaria em todo o sul da Amazônia.
Esse resultado lá da década de 1990 mostrou que o clima dessa região
indicava que, sem a floresta, a estação seca ficaria muito longa. E uma
estação seca de seis meses seria o clima do Cerrado. Por isso que eu
criei o termo risco de "savanização” da floresta.
Em 1990, a gente tinha saído da ditadura militar, que era quem
patrocinava a substituição da floresta por esse modelo de uso
extrativista dos recursos, de tirar, de queimar árvores para gerar
fertilizantes para pastagem, que foi muito forte. A Constituição de
1988 criou uma proteção para todos os biomas brasileiros, povos
indígenas, populações tradicionais.
A Constituição começou a sinalizar um caminho de redução, mas não
necessariamente isso aconteceu. Tivemos um super recorde de desmatamento
em 1994, o maior do registro histórico, com 29 mil quilômetros
quadrados, e depois 27 mil quilômetros quadrados desmatados em 2004.
De qualquer modo, lá trás, em 1990, aquilo parecia ser um risco muito
distante, que talvez, um dia, pudesse acontecer de desmatarmos muito.
Em 1990, não tínhamos tido a Rio-92 [ou Eco-92], não se falava tanto de
mudanças climáticas. Então, a minha expectativa era positiva,
principalmente quando o Brasil fez o seu plano de controle de
desmatamento e queimada, o chamado PPCDAm [Plano de Ação para Prevenção e
Controle do Desmatamento na Amazônia], em 2004, e depois tivemos um
enorme sucesso de redução. De 2004 a 2013, foi a maior redução de
desmatamento de florestas em todo o mundo.
Aquilo nos deu um grande otimismo, porque parecia que o Brasil iria
zerar suas emissões de CO2 rapidamente a partir de 2012. Mas,
infelizmente, o que vimos a partir da forte recessão em 2015: uma
diminuição muito grande na efetividade das políticas públicas do PPCDAm
porque diminuiu muito a eficácia dos órgãos de fiscalização, parou o
processo de demarcação de reservas indígenas.
Nos últimos 3 anos e meio, com o atual governo federal do Brasil,
vimos um descontrole proposital, uma política de expandir a
agropecuária, de levar a mineração a tomar tudo ali – áreas indígenas,
protegidas, tudo. Nós voltamos, por incrível que pareça, para as décadas
de 1970 e 1980. Quando havia mais de 20 mil garimpeiros na Terra Indígena Yanomami, por exemplo.
Quando publiquei o trabalho lá trás, jamais poderia imaginar que 30
anos depois teríamos voltado para aquele modelo de acabar a Floresta
Amazônica. Esse é o maior risco que temos que atacar, como talvez a mais
importante prioridade de política ambiental.
A ciência tem apontado caminhos possíveis para a conservação
da Floresta Amazônica. Como tem sido a participação efetiva da política e
da economia nesse sentido?
Ha inúmeros elementos que mostram que o potencial econômico da
floresta em pé é muito maior que o de derrubar floresta. Muito dessa
política expansionista agropecuária, da mineração,
tem muito mais a ver com um valor cultural do agronegócio, bastante
atrasado do Brasil, que valoriza mais o tamanho da propriedade agrícola
que o valor econômico da produção daquela área.
A produtividade da agropecuária na Amazônia é baixíssima. Um hectare
no estado do Pará, por exemplo, que é motivo de reclamação do governador
Helder Barbalho em público, gera cerca de 70 a 80 quilos de carne por
ano. Há algumas poucas fazendas no Pará que são muito mais produtivas
com o sistema integrado chamado lavoura-pecuária-floresta, que tem uma
rotação de pastagem, gerando até mais de 500 quilos de carne por ano por
hectare. Ou seja, sete vezes mais produtivas que a média da Amazônia.
A justificativa é uma cultura de posse de terra, que é histórica no
Brasil. Quando a gente olha para o total dos quase 3 milhões de
quilômetros quadrados já alterados dos biomas naturais brasileiros – 20%
na Amazônia, 50% no Cerrado, mais de 80% na Mata Atlântica
– nós vemos que ainda a maioria das propriedade agrícolas,
principalmente na Amazônia, têm baixíssima produtividade agrícola. Então
não se explica que essa expansão seja necessária para gerar mais
alimentos, mais produtos agropecuários. Na época em que houve a redução
dos desmatamentos, de 2004 a 2013, a produção de soja e carne na
Amazônia dobrou.
A pecuária ocupa 64% de toda a área desmatada, com pastagens; 14%
deram lugar a várias culturas agrícolas, e 20% foram abandonados e a
floresta está se regenerando.
E o potencial econômico da floresta? Inúmeros estudos hoje mostram o
potencial de sistemas agroflorestais, que são culturas agrícolas de
floresta. Há o exemplo de uma cooperativa em Tomé-Açu, no Pará, que
produz mais 120 produtos de 64 diferentes espécies da floresta. E o
bem-estar social dos cooperados melhorou, é uma cooperativa bem
estruturada.
Vários estudos mostram que um hectare de agropecuária, da mais
produtiva, rende 100 dólares por ano. Um hectare com sistema
agroflorestal como esse do Pará rende entre 500 e mil dólares por ano. A
soja mais produtiva na Amazônia rende 200 dólares.
O potencial econômico dos produtos florestais e sistemas
agroflorestais é muito superior ao da agricultura. E nem se compara com
madeira, até porque 80% da madeira é roubada, não entra no sistema
econômico. O mesmo vale para o garimpo, que é ilegal, com roubo de ouro,
que está na mão de poucas pessoas, na maior parte, associadas ao crime
organizado.
O grande desafio é transformamos a economia da Amazônia na chamada
bioeconomia de floresta em pé. Temos defendido que esse é o caminho para
salvarmos a Amazônia.
O relatório do Painel Científico da Amazônia (SPA, na sigla em
inglês), do qual sou copresidente, um documento de 1.300 páginas de
muito rigor científico, traz algumas conclusões muito fortes. Uma delas é
a moratória do desmatamento e da degradação do uso do fogo de imediato
pra salvar a Amazônia. No sul da Amazônia, estamos à beira do precipício
deste ponto de não retorno, a floresta já dá todas os sinais que ela
está se "savanizando".
Eu gosto de falar esse termo entre aspas para explicar que o Cerrado
brasileiro é uma savana tropical, se desenvolveu em 50 milhões de anos,
tem a maior biodiversidade do mundo entre as savanas, uma enorme
armazenamento de carbono. E o Cerrado evolui totalmente em sintonia com o
fogo, as árvores têm resistência ao fogo. Ele também tem uma enorme
quantidade de raízes que armazenam muito carbono.
Essa savanização da Amazônia não vai fazer a floresta virar um
Cerrado: ela vira um ecossistema com o clima do Cerrado, com estação
seca de seis meses, mais quente, com descargas elétricas gerando fogo,
mas com uma biodiversidade muito reduzida e quantidade de carbono muito
menor.
A outra conclusão do painel foi um amplo projeto de restauração, que
eu estou chamando de Arco do Reflorestamento, com um milhão de
quilômetros quadrados, para ser a contrapartida do Arco do Desmatamento,
essa enorme área que vai desde o Atlântico até quase os Andes.
O projeto ajudaria a floresta a talvez se salvar do ponto de não
retorno. A estação seca já cresceu em todo sul da Amazônia cinco semanas
em relação à década de 1980. Se aumentar mais cinco semanas, já será o
clima do Cerrado, e a estação seca muito longa não mantém a floresta.
O grande potencial socioambiental da Amazônia está na riqueza de sua
biodiversidade e também temos que aprender muito com o conhecimento dos
povos tradicionais, indígenas, quilombolas, ribeirinhos, que vivem ali
há milhares de anos e sempre viveram com a floresta em pé. Temos que
combinar ciência com inovação tecnológica e conhecimentos tradicionais
para essa bioeconomia de floresta em pé.
Por que a Floresta Amazônica é importante não apenas para o
Brasil, mas para o mundo, como este reconhecimento da Royal Society
demonstra?
Primeiro lugar, se a gente quer se salvar do risco de ecocídio
climático do planeta, temos que manter o carbono na floresta. Se for
para esse outro estado de "savanização", ela perde no mínimo 300 bilhões
de toneladas carbono. O máximo que nós podemos emitir para ficar no limite de aquecimento de 1,5 ºC
são 400 bilhões de toneladas – isso contando tudo, queima de
combustíveis fósseis, agricultura, etc. Então, só a Amazônia pega três
quartos desse limite.
Nós temos a maior biodiversidade do planeta. É um valor humano manter
a biodiversidade, mas tem benefícios ecológicos, de manter todos esses
microrganismos na Amazônia. Se a gente começar a desconfigurar essa
complexa relação entre as especies na Amazônia, corremos um risco também
de gerar inúmeras pandemias.
O dia 30 de maio é reservado para celebrar o Dia
Mundial da Batata Frita, o petisco favorito da galera! E, para não ficar
de fora dessa deliciosa comemoração, o Guia da Cozinha separou receitas
incríveis que você pode fazer em casa e se deliciar na companhia de
toda a família. Se prepara, porque você vai ficar com água na boca
depois que conferir as nossas 5 opções. Dá só uma olhadinha:
Dia Mundial da Batata Frita: aprenda 5 formas de prepará-la!
Descasque
as batatas e corte-as em forma de palito. Despeja em uma assadeira e
polvilhe com a farinha até que todas as batatas fiquem cobertas. Regue
com o azeite e depois espalhe as batatas em uma única camada. Coloque
sal a gosto e leve ao forno médio por cerca de 1 hora ou até ficarem
douradas. Se desejar, depois de prontas, polvilhe com queijo parmesão
ralado.
Batata frita à provençal
Tempo: 30min
Rendimento: 4 porções
Dificuldade: fácil
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Ingredientes
600g de batata média
Sal a gosto
4 dentes de alho picados
2 dentes de alho com casca
Óleo para fritar
2 colheres (sopa) de salsa picada para polvilhar
Modo de preparo
Corte
as batatas em palitos grossos. Em uma panela, cozinhe a batata em água
fervente com sal por 3 minutos e escorra. Coloque em uma vasilha com
água e gelo e deixe por 5 minutos. Escorra e seque com um pano de prato.
Em uma frigideira, frite o dente de alho no óleo até dourar, com
cuidado para não queimar. Escorra em papel absorvente. No mesmo óleo
frite as batatas aos poucos com os dentes de alho inteiros com casca até
dourar. Escorra sobre papel absorvente e transfira para uma vasilha,
polvilhe com sal, o alho frito e a salsa e sirva.
Batata frita com cheddar, bacon e parmesão
Tempo: 35min (+4h de congelador)
Rendimento: 4 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes
500g de batata
Sal a gosto
1 xícara (chá) de queijo cheddar cremoso
1 xícara (chá) de bacon frito picado
Queijo parmesão ralado a gosto
Óleo para fritar
Modo de preparo
Descasque
e corte a batata em palitos. Cozinhe em água fervente por 3 minutos, em
fogo médio. Escorra, deixe esfriar e leve ao congelador por 4 horas.
Aqueça uma panela com óleo, em fogo médio, e frite as batatas, aos
poucos, até dourarem. Escorra sobre papel-toalha. Transfira para um
refratário, polvilhe com sal e distribua o cheddar, o bacon e parmesão
por cima. Leve ao forno alto, preaquecido, por 5 minutos ou até
gratinar. Sirva em seguida, se desejar, acompanhada de cerveja ou
refrigerante.
Batata frita na pressão
Tempo: 1h
Rendimento: 4 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes
1kg de batata sem casca cortada em palitos
Óleo suficiente para cobrir a batata
Sal a gosto
Modo de preparo
Em
uma panela de pressão, coloque a batata e cubra com óleo. Tampe a
panela, retire o pino e leve ao fogo baixo por 30 minutos. Desligue o
fogo, deixe o ar sair naturalmente e remova a tampa. Retire a batata,
escorra em papel-toalha e tempere com sal. Se desejar, sirva acompanhada
de ketchup e mostarda.
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Batata frita com bacon e alho
Tempo: 1h (+3min de descanso) (+4h de congelador)
Rendimento: 6 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes
1kg de batata
150g de bacon em cubos
2 colheres (sopa) de óleo
6 dentes de alho inteiros com casca
Sal a gosto
Óleo para fritar
Modo de preparo
Lave
a batata, descasque e corte em palitos usando um cortador ou uma faca.
Em uma panela grande, adicione água e sal. Quando levantar fervura,
coloque as batatas, cozinhe por 1 minuto e escorra. Transfira para uma
tigela com água e gelo e deixe descansar por 3 minutos. Escorra a água,
seque as batatas com um pano limpo, espalhe em uma fôrma e leve ao
congelador por 4 horas.
Em uma frigideira, em fogo
médio, frite o bacon na própria gordura e escorra sobre papel-toalha. Em
uma panela, em fogo médio, aqueça o óleo, doure os dentes de alho e
reserve. Retire as batatas do congelador e desgrude da fôrma com
cuidado. Frite em óleo quente até dourar e escorra sobre papel-toalha.
Transfira para uma travessa, tempere com sal e cubra com o bacon e o
alho. Sirva, se desejar, com ketchup e mostarda.
Entre as medidas para voltar a crescer, o Brasil precisa qualificar os trabalhadores e criar empregos melhores
Henrique Meirelles, O Estado de S.Paulo
30 de maio de 2022
Sou
leitor do Estadão há algumas décadas. É um jornal que mantém um alto
nível de seriedade e compromisso com as ideias que defende e com os
interesses do País. Portanto, aceitei com muita satisfação o convite
para escrever esta coluna, onde poderemos endereçar algumas questões
fundamentais para o Brasil.
O País tem tido alguns avanços
fundamentais nas últimas décadas, mas que correm o risco de se perder na
discussão e na formulação de política econômica e no grande ruído que
existe hoje na sociedade devido ao alto nível de polarização.
Uma
questão crucial para países emergentes é a disponibilidade de moeda
externa, de reservas. O grande economista brasileiro Mario Henrique
Simonsen tratou dessa questão quando o problema era de acesso a moeda
forte e, portanto, dificuldade do País em cumprir suas obrigações
externas.
Em decorrência disso tínhamos episódios de
desvalorização cambial, que levaram a problemas graves de inflação.
Simonsen dizia que o Brasil tinha dois problemas: inflação e câmbio, que
na época significava falta de reservas. Nas palavras dele, “a inflação
aleija, mas o câmbio mata”.
Quando assumi o Banco Central, em
2003, tínhamos uma dívida de US$ 30 bilhões com o FMI e reservas ao
redor de US$ 20 bilhões, que chegaram a US$ 15 bilhões – ou seja, o País
estava quebrado. A inflação chegou a 17% de junho de 2002 a maio de
2003.
Enfrentamos isso com políticas monetária e fiscal
rigorosas, chegamos a colocar a taxa Selic a 26,5% ao ano e a meta
fiscal foi fixada como um superávit primário de 4,25% do PIB. Isso é
crucial para o registro histórico: foi com estabilidade econômica criada
pela inflação controlada, acúmulo de reservas e equilíbrio fiscal que
pudemos crescer.
Isso permitiu ao Brasil enfrentar crises como a
de 2008, quando foi considerado o país que superou a crise com maior
sucesso. Lembro de uma conversa com um presidente de BC de países ricos.
“Henrique, vocês estão acumulando reservas, e eu acho que é
impressionante. Mas nós não temos reservas. Por que você precisa
acumular reservas?” Eu respondi: Olha, o dia que vocês chamarem o Brasil
de uma economia avançada, eu não vou precisar mais de reservas”.
Meu
propósito nesta coluna será tratar de medidas que o Brasil precisa
tomar para voltar a crescer, como a necessidade de restabelecer a
estabilidade fiscal (com a restauração do teto de gastos), de uma
reforma administrativa, de uma reforma tributária ampla para simplificar
a economia e de ações para aumentar a produtividade.
É preciso qualificar o trabalhador e criar empregos melhores. A melhor e mais eficiente política social é o emprego.
Vai uma sobremesa diferentona por aí? Por ser italiana, a
panacota não é tão comum de ser encontrada em estabelecimentos, contudo
seu sabor é inconfundível. E olha, quem experimenta quer sempre repetir!
Por isso, que tal aproveitar o dia de hoje para produzir uma deliciosa panacota com calda de frutas vermelhas? Seu preparo é rápido e a receita rende cinco porções, ou seja, dá para toda a família.
Portanto, veja agora como preparar aqui no Guia da Cozinha:
Tempo: 50min (+2h de geladeira)
Rendimento: 5 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes da panacota com calda de frutas vermelhas:
2 xícaras (chá) de creme de leite fresco
2 xícaras (chá) de leite
1 lata de leite condensado
1 colher (sopa) de manteiga
3 gemas
1 colher (chá) de essência de baunilha
Morangos e amoras para decorar
Calda:
1 pacote de polpa congelada de frutas vermelhas
1/2 xícara (chá) de água
1 xícara (chá) de morango picado
1 xícara (chá) de amora picada
1 xícara (chá) de açúcar
Modo de preparo:
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Em
primeiro lugar, para a calda, leve ao fogo todos os ingredientes, até
formar uma calda não muito grossa. Desligue e deixe esfriar. Em seguida,
coloque o creme de leite fresco, o leite, o leite condensado, a
manteiga e as gemas em uma panela e leve ao fogo, mexendo até ficar
espesso. Então desligue, adicione a essência e misture. Para montagem,
em taças individuais, faça uma camada com metade do creme, uma com a
calda, reservando um pouco para decorar e outra com o creme restante.
Decore com a calda reservada e com morangos e amoras. Por fim, leve à
geladeira por 2 horas antes de servir.