O meu blog é HOLÍSTICO, ou seja, está aberto a todo tipo de publicação (desde que seja interessante, útil para os leitores). Além disso, trata de divulgar meu trabalho como economista, escritor e compositor. Assim, tem postagens sobre saúde, religião, psicologia, ecologia, astronomia, filosofia, política, sexualidade, economia, música (tanto minhas composições quanto um player que toca músicas de primeira qualidade), comportamento, educação, nutrição, esportes: bom p/ redação Enem
Homem com suspeita de covid-19 é amparado por familiar em ambulância em São Jãao de Meriti, no Rio. Foto: Silvia Izquierdo/AP
O
desenrolar da tragédia brasileira mostra que nem o governo nem uma
grande quantidade de brasileiros aprendeu muito com o sacrifício de
nossos 400 mil compatriotas: o mundo nos avisa sobre uma terceira onda
da pandemia da covid-19, porém, a vida segue à espera de um milagre
capaz de evitá-la. “Não é uma questão de se haverá, mas quando haverá a
próxima onda”, disse à Coluna o governador Renato Casagrande (PSB-ES). Outra “lição” do “mundo exterior”: um governante instruído e informado pode fazer a diferença, nos ensina Joe Biden.
Mais lição. Para salvar vidas, também vale mudar de posição e virar as costas para o negacionismo, como nos ensina Boris Johnson.
Já era?
“Uma parcela grande da população parece não se importar. Continua
aglomerando, não usa máscaras. Considero essa uma batalha perdida. A
única coisa que pode impedir ou diminuir a potência (da onda) é a
vacina, que estamos com dificuldade neste semestre”, diz Casagrande.
Amém.
Para o segundo semestre, porém, o governador tem boas expectativas:
acredita na meta de 70% da população vacinada até o final do ano. E
deposita esperanças na Butanvac, a vacina brasileira.
A ciência salva.
O Núcleo Interinstitucional de Estudos Epidemiológicos do Espírito
Santo estima que entre 875 e 1.133 pessoas tiveram a vida poupada, desde
o final de março até a metade deste mês, graças às medidas restritivas
adotadas no Estado.
Oiê. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid-19, quer convocar Airton Cascavel para depor. Homem forte de Eduardo Pazuello na Saúde, ele vinha passando batido do radar da comissão.
Sem agenda?
Mesmo já tendo sido reconhecido como um erro sem precedentes na
articulação política do governo deixar a CPI correr solta, o Planalto
não mudou de postura. Até ontem, não havia ocorrido uma única reunião
com os (poucos) governistas do colegiado. Nem sequer com os assessores
da turma.
Calma. A leitura, entre parlamentares e palacianos, é de que a nova ministra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, ainda não acertou o passo da articulação política e do cargo.
Fatura. Por ora, o boleto da desarticulação ainda mantém o nome de Luiz Eduardo Ramos, hoje na Casa Civil, junto com o de sua sucessora, Flávia.
CLICK.Luciano Huck
fez vídeo sobre Gil do Vigor (foto), do reality BBB, para discutir
educação e mobilidade social. Resultado: 7,8 milhões de visualizações em
dois dias.
Condição. O grupo de Bruno Covas no PSDB só aceita apoiar o atual vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, para disputar o Bandeirantes em 2022 se puder indicar o vice.
SINAIS PARTICULARES. Fernanda Melchionna, deputada federal (PSOL-RS)
Kleber Sales
Aplausos.
A deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), bibliotecária de formação,
conseguiu as assinaturas necessárias (103, no mínimo) para fazer
tramitar uma emenda que proíbe um novo tributo, proposto pelo governo
federal, de incidir sobre livros.
Felipe Salto, diretor executivo da Instituição Fiscal Independente do Senado. Foto: Dida Sampaio/Estadão
Felipe Salto, diretor-executivo do IFI: “Além do absurdo e da insensibilidade, interdita o debate saudável e necessário”, sobre Paulo Guedes dizer que o Fies pagou universidade para “filho de porteiro”.
COM REPORTAGEM DE ALBERTO BOMBIG, MARIANNA HOLANDA. COLABOROU PEDRO VENCESLAU.
Se você está procurando dicas para dormir melhor, tome cuidado.
O problema é que existem muitos conceitos errados sobre o sono não apenas na população em geral, mas também entre alguns profissionais de saúde.
A grande dificuldade em lidar com a questão é que não há uma receita
única que valha para todos - e mesmo se você conseguir uma receita
personalizada, verá que ela irá variar com a sua idade.
"É importante compreender os processos naturais que afetam a todos
nós em algum momento de nossas vidas para que possamos distinguir entre
fatos comprovados e mitos," alerta o Dr. Malcolm von Schantz, professor
de cronobiologia da Universidade de Surrey (Reino Unido).
O Dr. Malcolm fez então uma lista dos mitos mais disseminados sobre o sono.
Mito 1: Adolescentes dormem muito porque são preguiçosos
Quando os adolescentes apresentam problemas para acordar cedo, isso
não é uma indicação de preguiça - isso reflete as mudanças biológicas
que estão ocorrendo com eles.
Uma mudança no horário do sono durante a adolescência é verificada em
todo o mundo e até mesmo em outras espécies, como no macaco sagüi.
Pode haver boas razões evolucionárias para essa mudança, como
encorajar os jovens a se afiliarem mais a seus pares e a se afastarem do
ninho familiar; ou para permitir que as sociedades prosperem (quando os
membros trabalham em horários ligeiramente diferentes, alguém está
sempre alerta para perigos potenciais).
O ideal é que a sociedade apoie essa mudança natural no horário do
sono, como o início da escola mais tarde para os adolescentes.
Mito 2: Padrões biológicos não podem ser alterados
Embora a mudança no horário do sono durante a adolescência seja
impulsionada pela biologia, isso não significa que nada possa ser feito.
Muitos fatores, como o horário em que comemos e nos exercitamos,
podem ajudar a ajustar nosso relógio biológico para acertar nosso tempo
com o mundo ao nosso redor.
A luz é um fator crítico para regular o sono: A exposição saudável à
luz pela manhã e evitar a luz à noite podem ajudar a sincronizar os
ritmos do sono. Aqueles de nós que já têm ritmos atrasados devem evitar
luzes fortes no fim da noite.
Você deve ter visto a nova tendência de óculos coloridos para
bloquear a luz azul. Levando em consideração os dados de estudos mais
recentes, é melhor usá-los lá pelo final do dia, quando você quer
relaxar para uma boa noite de sono, e evitá-los pela manhã, quando você
quer se levantar e ficar cheio de energia.
Uma porção de estudos científicos sugere que não devemos perder o sono se quisermos ficar o mais dispostos possível.
É importante nos darmos tempo suficiente para dormir, mas todos
diferimos na quantidade de sono necessária. A ideia de que todos nós
precisamos de exatamente 8 horas de sono por noite é um mito.
A Fundação Nacional do Sono (Reino Unido) recomenda que os
adolescentes normalmente tenham de 8 a 10 horas de sono por noite, mas
isso também é variável - uma minoria precisará de apenas 7 horas, e
outros de 11 horas.
A ideia de que devemos "fazer de tudo" para dormir também não é
verdadeira. O melhor sono deve ser um processo automático, natural e sem
esforço - "fazer de tudo" para dormir torna particularmente difícil
adormecer.
O que nós devemos nos esforçar ao máximo é para encontrar tempo para dormir quando sentirmos que precisamos.
Os especialistas em sono aconselham consistência quando se trata de
nossos horários de sono. Devemos adormecer e acordar na mesma hora todos
os dias.
Obviamente, isso vai muito bem se não tivermos compromissos para atrapalhar.
Na realidade, muitas vezes os jovens são obrigados a acordar muito
antes de estarem biologicamente prontos para fazê-lo, e podem ter
dificuldade em adormecer cedo, o que significa que a maioria ficará sem
sono. Portanto, dormir um pouco mais no fim de semana pode ajudar muitos
jovens a recuperar o atraso.
Mas cuidado, variações demais também podem resultar em uma mudança no
tempo de sono, conhecida como "jetlag social". Isso tem sido associado à
falta de concentração e sensação de desânimo. O descanso do fim de
semana não é necessariamente uma coisa ruim, desde que seja feito com
moderação.
"Guedes e Bolsonaro personificam a versão brasileira do centauro do
neoliberalismo, que é metade liberdade econômica para o andar de cima da
pirâmide social e metade repressão e violência para o andar de baixo",
explica o professor Sílvio Almeida.
247 – O professor Silvio Almeida publica importante artigo nesta sexta-feira, em que explica por que a declaração estúpida de Paulo Guedes
contrária à presença de filhos de porteiros nas universidades é
compatível com o projeto autoritário de Jair Bolsonaro. "Nenhum outro
ministro representa de forma tão essencial as forças políticas que
levaram Jair Bolsonaro à Presidência da República", diz ele. "O
presidente da República e o ministro da Economia são absolutamente
complementares e encarnam, ainda que em corpos distintos, um só
espírito. São, portanto, apenas aparentes as suas contradições."
Os dois, segundo o professor, representam o neoliberalismo
autoritário, que esvazia a democracia. "Guedes e Bolsonaro personificam a
versão brasileira do centauro do neoliberalismo, que é metade liberdade
econômica para o andar de cima da pirâmide social e metade repressão e
violência para o andar de baixo. De vez em quando somos forçados a
lembrar que é um único ser, com os mesmos projetos e o mesmo
negacionismo da realidade social. No fundo, quem quer a liberdade de
Guedes pede por autoritarismo; quem quer o autoritarismo de Bolsonaro é
porque demanda a liberdade de Guedes", afirma.
Nações com líderes que garantiram medidas preventivas e respeitaram a ciência já retomam sua rotina
ALÍVIO Tel Aviv no dia 19, após Israel liberar uso de máscaras: país liderou vacinação (Crédito: AMIR LEVY)
Marcos Strecker
O sucesso no combate à pandemia, como provam os países que
foram bem-sucedidos, tem mais a ver com liderança do que com estratégias
inovadoras. O exemplo mais claro vem dos EUA. Enquanto o ex-presidente
Donald Trump minimizava a gravidade da doença, o país liderou os óbitos e
novos casos. Assim que Biden assumiu, a vacinação acelerou (para 3,2
milhões doses diárias), máscaras e protocolos de distanciamento foram
reforçados e passou a existir uma coordenação central. Desde o último
dia 19, todos acima de 16 anos já conseguem se vacinar. Já receberam
pelo menos uma dose 42% dos americanos. Em meados de junho, 70% estarão
vacinados. Como resultado, no dia 27 a máscara foi abolida para os
imunizados em ambientes externos.
Roteiro semelhante foi seguido no Reino Unido. Depois de um começo
hesitante, Boris Johnson adotou restrições radicais, além da testagem em
massa. Também apostou na vacinação, sendo o primeiro país a iniciá-la.
Essas ações e a rápida imunização de metade da população adulta
garantiram a redução de mortes em 95%. No último dia 12, depois de 175
dias do terceiro lockdown, os pubs voltaram a abrir. Já Israel conseguiu
a maior taxa de vacinação no mundo. Além de ter antecipado a compra de
imunizantes, o país adotou um controle rígido de circulação. Resultado:
liberou o uso de máscaras no último dia 18, quando atingiu a marca de
81% dos cidadãos acima de 16 anos vacinados com as duas doses. Cinco
dias depois, pela primeira vez em dez meses, não registrou nenhuma
morte.
Outras abordagens também se mostraram eficazes. A Coreia do Sul teve
ótimos resultados, principalmente no início, com o uso de testagem em
massa. Numa estratégia mais barata, o Vietnã rastreou e isolou os casos
de contágio. Até a última semana, registrava apenas 35 óbitos. Na Nova
Zelândia, a primeira-ministra Jacinta Ardern conseguiu cativar a
população em um esforço de comunicação que fez o país atravessar
coletivamente o lockdown mais severo da sua história. Epicentro inicial
da crise, a China conseguiu conter a doença com medidas draconianas de
restrição de circulação. Foi criado um controle digital para a
mobilidade no país. O país, com 1,4 bilhão de habitantes, pretende
vacinar 40% da população até o meio do ano. No rol de contraexemplos,
líderes como Trump, Jair Bolsonaro e agora o indiano Narendra Modi
colecionaram resultados desastrosos ao ignorar o perigo da doença e
espalhar desinformação. O único efeito colateral benéfico da doença, até
o momento, é que o novo coronavírus tem se mostrado letal para esses
governantes populistas.
Que tal uma deliciosa opção de refeição prática para o jantar de hoje? Gostou da ideia? Então confira uma receita incrível de mini pizza de frigideira caseira e prepare em casa para toda sua família! Todos vão adorar, experimente!
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Rendimento: 4 porções
Dificuldade: médio
Ingredientes da mini pizza de frigideira
2 e 1/3 de xícara (chá) de farinha de trigo
1/2 colher (chá) de sal
1/2 colher (chá) de fermento em pó químico
1 ovo
1/2 xícara (chá) de leite (aproximadamente)
5 colheres (sopa) de azeite
Farinha de trigo para enfarinhar
Azeite para untar
Recheio
4 colheres (sopa) de molho de tomate
400g de queijo muçarela ralado
2 latas de atum sólido escorrido
1 cebola roxa em rodelas
1 pimentão verde em rodelas
1 xícara (chá) de cream cheese
1/2 xícara (chá) de azeitonas pretas
Orégano a gosto
Modo de preparo
Em uma tigela, misture a farinha, o sal, o fermento, o ovo, o leite e
o azeite. Amasse com as mãos até formar uma massa homogênea e macia, se
preciso adicione mais leite. Cubra e deixe descansar por 30 minutos.
Divida em 4 partes e abra com um rolo, sobre uma superfície enfarinhada
até formar 4 discos médios. Unte uma frigideira antiaderente e frite as
massas dos dois lados, em fogo baixo, sem deixar dourar. Cubra cada
massa com 1 colher do molho de tomate e espalhe sobre elas a muçarela, o
atum, a cebola, o pimentão, o cream cheese, a azeitona e o orégano.
Volte uma pizza por vez na frigideira e frite por 3 minutos, em fogo
baixo, ou até derreter o queijo. Repita com o restante das massas e
sirva.
Enquanto os maiores bilionários do planeta ficam cada vez mais bilionários, com crescimento de 31% nas fortunas somadas, no Brasil, a situação não está nada boa.
Estudo da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Social mostra que 16% dos brasileiros, ou 35 milhões de cidadãos, estão no nível de pobreza extrema. Eram 24 milhões em 2019.
Brasileiros mais ricos sofrem com o atraso da entrega de barcos
de luxo encomendados. A fila de espera chega a um ano. No outro extremo
da pirâmide social, os mais pobres tentam se manter à tona em águas bem
mais turbulentas.
A classe C, que no início deste século era a grande novidade no consumo nacional, está afundando na escala social. E sem perspectiva de boia à frente.
Segundo estudo da FGV Social com base nas Pesquisas Nacionais por Amostra de Domicílios Contínua e Covid-19:
Em 2019, o Brasil tinha cerca de 24 milhões de pessoas na pobreza extrema, 11% da população vivendo com menos de R$ 246 no mês. Em 2021, são 35 milhões de pessoas, ou 16% do total.
Quase 32 milhões de pessoas deixaram a classe C desde agosto passado
A classe E, com renda domiciliar de até R$ 1.205, foi a que mais inchou, recebendo 24,4 milhões de pessoas. A classe D (renda entre R$ 1.205 e R$ 1926) aumentou em 8,9 milhões.
O que um punhado de empresários muito
endinheirados fez durante a pandemia? A julgar pelos cifrõea, eles fizeram mais dinheiro. A revelação é do Indice de Bilionários da Bloomberg: a fortuna total dos 500 mais ricos do mundo cresceu 31% em 2020 ante 2019.
Os trocados a mais acumulados por esse grupo somaram US$ 1,8 trilhão (R$ 9,8 trilhões), maior crescimento desde que o índice foi criado, há oito anos. E eles continuam multiplicando o dinheiro:
Jeff Bezos, da Amazon. Homem mais rico do mundo,
viu sua fortuna subir de US$ 115,3 bilhões (R$ 631,6 bilhões) em 2019
para US$ 182 bilhões (R$ 997 bilhões) em 2020. Nos primeiros meses deste
ano, já acumula US$ 196,2 bilhões) R$ 1,07 trilhão.
Elon Musk, da Tesla. Segundo colocado entre os
bilionários da Bloomberg, tem uma fortuna de US$ 190,1 bilhões (R$ 1,04
trilhão). Do inicío do ano até agora, Musk está US$ 20,4 bilhões (R$
111,7 bilhões) mais rico.
Bernard Arnault, da LVMH, dona da Louis Vuitton. O terceiro da lista de ouro, tem fortuna estimada em US$ 147 bilhões, com ganho de US$ 32,6 bilhões (R$ 178,5 bilhões) de janeiro até agora.
LONDRES
(Reuters) - O Ocidente deve agir urgentemente para garantir que a China
não domine novas tecnologias importantes e ganhe o controle do "sistema
operacional global", disse a principal autoridade britânica em
inteligência digital nesta sexta-feira.
Em um discurso incomumente
franco, Jeremy Fleming, diretor da agência de espionagem GCHQ, disse
que o Ocidente enfrenta uma batalha pelo controle de tecnologias como
inteligência artificial, biologia sintética e genética.
"Uma
liderança significativa em tecnologia está se movendo para o Leste",
disse Fleming no Imperial College London. "A preocupação é que o tamanho
e o peso tecnológico da China signifique que ela tem potencial para
controlar o sistema operacional global."
"Estamos agora em um momento de ajuste de contas", disse ele.
As
potências mundiais competirão para moldar o futuro desenvolvendo a
melhor tecnologia, contratando as pessoas com os melhores cérebros e
dominando as normas globais que regerão as tecnologias, disse Fleming.
Ele
ainda afirmou que se a Grã-Bretanha deseja permanecer como uma potência
digital global, terá que desenvolver tecnologias quânticas "soberanas",
incluindo tecnologias criptográficas, para proteger informações e
habilidades sigilosas.
Segundo Fleming, a computação quântica, que
usa os fenômenos da mecânica quântica para dar um salto adiante na
computação, está se aproximando e apresenta grandes oportunidades, mas
também riscos.
O Ocidente deve seguir em frente com o
desenvolvimento de algoritmos à prova quântica, disse ele, "portanto,
também estamos preparados para aqueles adversários que podem usar um
computador quântico para olhar em coisas que atualmente pensamos que são
seguras".
Fleming ainda pediu um maior estímulo às condições de
mercado que permitam inovações, e criem uma diversidade de oferta em um
conjunto mais amplo de tecnologias.
Para ele, a China está
"trazendo todos os elementos do poder estatal para controlar,
influenciar o design e dominar os mercados", enquanto tenta controlar os
debates sobre os padrões globais.
Fleming acrescentou que as
moedas digitais carregam uma significativa promessa de revolucionar o
setor financeiro, mas representam uma ameaça potencial às liberdades se
forem abusadas por Estados não democratas, pois podem permitir
"violações significativas na vida de cidadãos e empresas".
A
Rússia continua sendo a maior ameaça imediata ao Ocidente, mas o domínio
de longo prazo da tecnologia por parte da China representa um problema
muito maior, disse ele.
"A Rússia está afetando o clima, enquanto a China está moldando o ambiente", afirmou.
Efeitos no pulmão, no coração e
no cérebro podem persistir de semanas a meses após a fase aguda da
doença. Quando procurar ajuda médica? Procuramos especialistas e
publicações científicas para responder.
Mariana Alvim - @marianaalvim - Da BBC News Brasil em São Paulo
"Covid longa", "covid persistente",
"covid-19 pós-aguda" ou a "síndrome pós-covid" são alguns nomes que vêm
batizando um conjunto de resquícios da doença causada pelo novo
coronavírus ou novos problemas de saúde que uma pessoa pode ter semanas
ou meses depois da fase aguda da covid-19 — quando a
replicação viral é mais ativa, resultando normalmente em testes
positivos e sintomas típicos dessa fase, como febre e tosse seca.
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos
Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês, uma agência de saúde pública)
definiu que prefere o termo "condições pós-covid", que consistem em
problemas de saúde manifestados a partir de quatro semanas após a
primeira infecção.
Está gostando da notícia? Fique por dentro das principais notícias
Além dos frequentes sintomas de fundo neurológico e psíquico, autoridades alertam também para consequências graves da covid-19 no pulmão e coração.
Então,
depois de lidar com a fase aguda, como uma pessoa pode monitorar as
consequências da doença? A BBC News consultou médicos, pesquisas
científicas e recomendações de autoridades para responder, a partir do
que se sabe sobre a doença hoje.
Exames quando houver sinais
Os
entrevistados afirmaram que, em linhas gerais, ter tido covid-19 por si
só não deve motivar uma corrida por exames e consultas médicas
posteriores, ainda mais considerando-se a necessidade do isolamento
social — a não ser que existam sintomas incômodos e persistentes.
"A
maioria dos casos de covid-19 afeta apenas as vias aéreas (como no
nariz e na garganta), há muitos casos assintomáticos ou apenas
ambulatoriais (onde acontecem atendimentos menos graves). Não tem
necessidade de fazer exames em todas as pessoas que tiveram covid-19,
não tem necessidade de elas serem rotineiramente acompanhadas (por
médicos)", diz o infectologista Moacyr Silva Junior, do Hospital
Israelita Albert Einstein.
Silva Junior conta que a
prática no seu hospital é fazer exames de retorno presenciais, cerca de
sete a dez dias após a alta, apenas em pessoas que ficaram internadas.
"Os
casos que precisam de mais atenção são os internados. Dias depois,
fazemos exames de rotina, como de sangue", explica, detalhando que a
equipe busca nos exames de sangue indicadores sobre o rim, o fígado, a
coagulação e a normalização de células do sistema de defesa, entre
outros.
Em janeiro, em uma nova edição de suas
recomendações para a prática médica envolvendo a covid-19, a Organização
Mundial da Saúde (OMS) incluiu um capítulo dedicado apenas ao cuidado
de pacientes posterior à doença aguda, defendendo que "pesquisas sobre
sequelas de médio e longo prazo da covid-19 são prioritárias".
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Na
publicação, a OMS ratificou que "pacientes internados em UTIs têm maior
prevalência de sintomas em quase todos os domínios" da covid-19
persistente. Uma exceção para a relação entre gravidade na doença aguda e
efeitos posteriores são os sintomas neurológicos e psíquicos, como será
detalhado abaixo.
Mas a organização reconhece na publicação que,
independentemente da gravidade na doença aguda, qualquer pessoa que teve
covid-19 pode apresentar sintomas posteriores que necessitam de
acompanhamento — e alguns podem não ser tão aparentes, como alterações
cognitivas, o que exige atenção também de parentes e cuidadores.
Por
outro lado, há consequências de covid-19 que colocam a vida em risco e
exigem atendimento emergencial, como embolia pulmonar, infarto do
miocárdio, arritmias, miopericardite, insuficiência cardíaca, acidente
vascular cerebral (AVC), convulsões e encefalite, completa a OMS.
Consequências nos pulmões e no coração
Um
artigo que fez uma revisão de pesquisas científicas já feitas sobre o
tema, publicado em março na revista Nature, mostrou que, em várias
partes do mundo, a falta de ar foi relatada em média por 30% dos
pacientes acompanhados nos meses seguintes à fase aguda.
A
própria OMS tem uma cartilha (em inglês) com exercícios a serem
realizados pelas próprias pessoas que venham a sentir falta de ar em
casa.
Mas, quando essas técnicas não resolvem o
problema e há sinais como falta de ar insuportável e desmaios, é hora de
procurar ajuda médica.
"Quando a pessoa está se
recuperando em casa, mas sente desconforto durante atividades diárias,
sejam elas cotidianas ou práticas esportivas, quando percebe um cansaço
desproporcional, é importante ser avaliada", explica Gustavo Prado,
pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Prado
explica que o paciente com sintomas respiratórios prolongados costuma
passar por exames de imagem, como uma radiografia ou tomografia de
tórax, por provas da função pulmonar, como a espirometria, e por uma
avaliação do desempenho físico, como teste de esforço com caminhada.
Estes
exames podem ajudar também a detectar a fibrose pulmonar, uma das duas
complicações crônicas no órgão mais graves da covid-19, de acordo com o
pneumologista — a outra é a hipoxemia, a baixa oxigenação decorrente de
problemas nas trocas gasosas nos alvéolos pulmonares, em que o oxigênio
do ar é captado pelo sangue e o CO2 é liberado.
"Nos
pacientes que tiveram comprometimento pulmonar mais extenso, a troca
gasosa é diminuída, e a possibilidade de evolução para fibrose é maior. A
fibrose é aquela alteração crônica do pulmão que se preenche de
cicatrizes, onde antes tinha inflamação. Em qualquer lugar onde a
cicatriz se instala, a funcionalidade do tecido diminui. Ele fica mais
rígido e não executa normalmente suas funções", explica Prado.
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"É
incomum a gente observar fibrose em quem teve quadros leves. Ela vai
ser mais perceptível nos pacientes que apresentaram formas graves,
internações prolongadas, normalmente necessidade de uso de oxigênio e
até intubação e ventilação mecânica durante a internação. É improvável a
fibrose aparecer tardiamente como uma surpresa, ela normalmente é um
quadro progressivo que instala a partir dessa primeira agressão pulmonar
pela infecção."
O coração também é um dos alvos do
coronavírus, ainda mais em casos graves na fase aguda, e como
consequência persistente pode levar à falta de ar, assim como ocorre em
problemas envolvendo o pulmão — coincidências que mostram a importância
da consulta médica.
"É muito difícil para o próprio
paciente identificar se uma dificuldade de realizar um determinado
esforço, ou uma atividade que eles antes fazia sem nenhum
comprometimento, é por uma limitação respiratória, por uma fraqueza
muscular ou por um problema cardiovascular", exemplifica Prado.
Segundo
o artigo publicado na Nature, outros sintomas persistentes da covid-19
no coração são a palpitação e a dor no peito, que podem indicar sequelas
de longo prazo, como a fibrose miocárdica, arritmias, e miocardite,
problemas constatados, além da consulta médica, por exames como
ecocardiograma e eletrocardiograma.
Efeitos no cérebro
"Praticamente todo campo da neurologia parece ter
efeitos, a gama de sintomas é muito grande", diz Clarissa Yasuda, médica
e professora do Departamento de Neurologia da Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp).
Ela e uma equipe de pesquisadores
da universidade estão acompanhando as consequências no cérebro de
pessoas que tiveram covid-19 no levantamento Neuro-Covid. Há um
questionário online aberto para pessoas contribuirem com a pesquisa.
Em
outubro de 2020, a equipe publicou um estudo do tipo pré-print (sem a
chamada revisão dos pares, etapa padrão em que outros especialistas
analisam um estudo e decidem se ele será publicado ou não em uma revista
científica) com dados sobre 81 pessoas que tiveram covid-19 leve e se
recuperaram.
Elas passaram por exames de ressonância
magnética, questionários e testes cognitivos, que mostraram que, em
média 60 dias após o diagnóstico da covid-19, os pacientes ainda
apresentavam dor de cabeça (40%), fadiga (40%), alteração de memória
(30%), ansiedade (28%), depressão (20%), perda de olfato (28%) e paladar
(16%), entre outros.
"Existem muitas manifestações. A
pessoa deve ficar atenta se as coisas não estão iguais a antes da
infecção — no sono, nas lembranças, no desempenho de atividades diárias,
se há dor de cabeça, redução da sensibilidade, alteração dos sentidos…
Com a persistência dos sintomas, sugiro buscar um neurologista",
recomenda Yasuda.
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A
médica explica que exames como o de ressonância magnética, que estão
sendo aplicados em voluntários, podem ajudar no diagnóstico. Mas nem
sempre.
"A maioria das disfunções neurológicas mais
sutis, que afetam a vida diária — memória, alteração no sono… —, não
levam a alterações na ressonância. Colher sangue, fazer exame de
ressonância vai resolver? Muitas vezes não. Na suspeita de persistência
de problema neurológico, a pessoa tem que ser examinada e entrevistada
por um neurologista."
Em suas recomendações sobre
efeitos neurológicos e psíquicos de médio e longo prazo da covid-19, a
OMS sugere a aplicação de questionários referendados por cientistas,
como a Avaliação Cognitiva de Montreal e a Escala Hospitalar de
Ansiedade e Depressão.
Segundo Yasuda, alguns
questionários são por padrão aplicados pelo médico, enquanto outros
podem ser feitos pelo próprio paciente sozinho. De todo modo, ela lembra
que tais avaliações são mais um instrumento e não o diagnóstico final —
esse um papel do médico, que chega a tal resultado combinando
informações dos questionários, exames, consultas presenciais e histórico
do paciente.
Diferente dos efeitos persistentes no
coração e no pulmão, a professora da Unicamp diz que as consequências no
cérebro chamam a atenção por afetar muitas pessoas que tiveram uma
covid-19 leve.
"Desde janeiro, milhares de pessoas
responderam nosso formulário. E, agora, a cada dia aparece mais gente
com queixas neurológicas. É muito angustiante. A maior implicação disso
será a volta dessas pessoas ao trabalho. A consequência será imensa",
diz, referindo-se às dificuldades de concentração, bem-estar, memória,
entre outras, com que milhares de pessoas já estão vivendo, e muitas
mais viverão, no pós-covid.