Os Estados Unidos projetam que 45% de toda a energia consumida no país seja de fonte solar até 2050, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira (8) pelo governo de Joe Biden.
De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, para se atingir esse objetivo são necessárias a "redução significativa dos custos, o apoio de políticas públicas e a eletrificação em larga escala" da energia solar.
Em 2020, os painéis fotovoltaicos e as centrais solares térmicas geraram um pouco menos de 80 gigawatts (GW) nos Estados Unidos, o que equivale a 3% da demanda por energia elétrica no país.
No entanto, para se obter os índices apresentados no relatório, será necessário um aumento da geração de energia solar por ano, em média, de 15 GW em 2020 para 30 GW até 2025, e de 60 GW anuais entre 2025 e 2030.
O governo do presidente Joe Biden, cuja luta contra as mudanças climáticas é uma de suas principais bandeiras, aposta no investimento maciço em infraestrutura, o que ainda está sendo discutido no Congresso.
"O relatório destaca o fato de que a energia solar, nossa fonte de energia limpa mais barata e com crescimento mais rápido, poderia produzir energia suficiente para alimentar todas as residências dos Estados Unidos até 2035 e, ao mesmo tempo, gerar empregos para até 1,5 milhão de pessoas", afirmou a secretária de Energia, Jennifer Granholm, em comunicado.
De acordo com o cenário apresentado por sua pasta, a energia solar representaria 37% do total da eletricidade em 2035, e o restante seria produzido por energia eólica (36%), nuclear (11% -13%), hidrelétrica (5% -6% ), biomassa e geotérmica (1%).
Isso representaria uma mudança radical em relação à situação atual: em 2020, a energia renovável foi responsável por produzir 21% da eletricidade nos EUA, enquanto o restante foi gerado por fontes como o gás natural (40%), a energia nuclear (20%) e o carvão (19%).
Em uma carta dirigida aos responsáveis políticos, cerca de 750 empresas do setor de energia solar insistiram que é necessário ampliar as políticas de apoio em vigor e implementá-las no longo prazo.
Além disso, as empresas asseguraram no documento que quadruplicar o ritmo atual das instalações até 2030 representa "uma corrida contra o relógio" e que também é necessário um reforço nas vantagens fiscais para os investimentos em energia solar.
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