O meu blog é HOLÍSTICO, ou seja, está aberto a todo tipo de publicação (desde que seja interessante, útil para os leitores). Além disso, trata de divulgar meu trabalho como economista, escritor e compositor. Assim, tem postagens sobre saúde, religião, psicologia, ecologia, astronomia, filosofia, política, sexualidade, economia, música (tanto minhas composições quanto um player que toca músicas de primeira qualidade), comportamento, educação, nutrição, esportes: bom p/ redação Enem
quarta-feira, 31 de março de 2021
terça-feira, 30 de março de 2021
Juros raciais nos EUA
Nos Estados Unidos, um gerente branco oferece um empréstimo imobiliário a um cliente também branco, e outro empréstimo imobiliário a um cliente negro (ou hispânico, asiático, ou de outra minoria racial). Ambos os clientes têm o mesmo perfil de crédito, ou seja, rendas e históricos de crédito parecidos. Um artigo que acabou de ser publicado na prestigiosa revista acadêmica The Review of Financial Studies mostra que o gerente branco cobra juros de 3% a 5% maiores do cliente pertencente a alguma minoria.
O banco de dados utilizado no artigo é inédito e traz informações sobre raça e etnia das duas partes envolvidas no empréstimo, o gerente e o tomador, em 300 mil negociações. Os autores, então, documentam a existência dessas diferenças nas taxas de juros, que têm toda a cara de discriminação.
Como dito no exemplo do primeiro parágrafo, eles mostram que quando o gerente é branco, ele cobra de negros, hispânicos e asiáticos juros mais altos do que os cobrados de clientes brancos. É importante salientar que os pares de clientes são sempre comparáveis em termos de um extenso conjunto de variáveis socioeconômicas. Ou seja, a diferença parece vir apenas de questões raciais.
Os autores também investigam se há diferenças nas taxas de juros cobradas por gerentes não brancos. Os resultados são heterogêneos. Gerentes hispânicos também cobram juros maiores de clientes hispânicos se comparados aos de clientes brancos. Gerentes negros, por sua vez, parecem não cobrar taxas de juros diferentes de clientes de grupos diferentes. Por último, gerentes asiáticos parecem favorecer clientes asiáticos.
Em todas essas comparações, os pesquisadores tomam o cuidado de utilizar um instrumental estatístico (chamado de "efeito fixo") que permite comparar os empréstimos originados pelo mesmo gerente. Isso ajuda a dar maior credibilidade aos resultados.
Os fatos documentados pelo artigo são intrigantes e devem servir de insumo para discussões de políticas públicas e leis. Obviamente, a discriminação está presente em muitos aspectos do nosso dia a dia e tem impacto real nas oportunidades das pessoas. Documentar com rigor científico situações discriminatórias é muito importante. Quando vemos evidências escancaradas assim, o mal-estar é grande, e a chance de tomarmos uma atitude é maior.
Desigualdade racial no trabalho pelas ruas de SP
Professor da Escola de Economia da FGV, possui Ph.D. pela Columbia University e mestrado pela USP.
Salada de maionese portuguesa com ovos, batata e queijo
O que seria de nós sem aquela tradicional maionese para deixar os churrascos e almoços de família ainda mais deliciosos? Ela serve como um acompanhamento leve, refrescante e combina muito com uma farofinha. Esta receita de salada de maionese portuguesa, por exemplo, é uma alternativa prática, fácil e irresistível! Para o almoço ou o jantar, ela fica ainda melhor acompanhada de assados e arroz. Está esperando o que para experimentá-la? Confira a receita e prove esta delícia hoje!
Tempo: 40min (+3h de geladeira)
Rendimento: 8 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes da salada de maionese portuguesa
- 3 batatas cozidas e picadas
- 1 xícara (chá) de presunto picado
- 1 xícara (chá) de queijo muçarela picado
- 3 tomates sem sementes picados
- 1/2 xícara (chá) de azeitona verde picada
- 2 colheres (chá) de orégano
- 1 colher (sopa) de sal
- 1 colher (chá) de pimenta-do-reino
- Ovos cozidos e salsa picados para decorar
Creme
- 3 ovos cozidos
- 1 cebola picada
- 1 xícara (chá) de azeite
Modo de preparo
Em uma tigela, misture a batata, o presunto, o queijo, os tomates, a azeitona, o orégano, o sal e a pimenta. Reserve. Para o creme, no liquidificador, bata os ovos cozidos, a cebola e vá despejando o azeite, aos poucos, sem parar de bater até formar a maionese. Despeje sobre a salada, misture, decore com ovos cozidos e salsa. Leve à geladeira por 3 horas e sirva.
Patê de atum com cebola pronto em 10 minutos
Quer um preparo simples e que traga ainda mais sabor para o brunch ou café da tarde? Aprenda esta receita de patê de atum com cebola! É muito fácil de fazer e você vai se surpreender com o sabor incrível dessa pastinha para comer com torrada. Experimente já!
Tempo: 10min (+30min de geladeira)
Rendimento: 4 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes do Patê de atum com cebola
- 1 lata de atum sólido em conserva escorrido
- 1 xícara (chá) de ricota amassada
- 1 cebola ralada e espremida
- 1 colher (sopa) de coentro picado
- 1/2 xícara (chá) de creme de ricota
- Sal e pimenta-do-reino picada
- Coentro picado para polvilhar
Modo de preparo
Em uma tigela, coloque o atum e amasse com um garfo. Misture o restante dos ingredientes e leve à geladeira por 30 minutos. Retire, transfira para uma travessa, polvilhe com coentro e, se desejar, sirva acompanhado de pão de forma.
segunda-feira, 29 de março de 2021
Mutação original que causou câncer pode ter ocorrido décadas atrás
[Imagem: Debra Van Egeren et al. - 10.1016/j.stem.2021.02.001]
Mutação original do câncer
Não há fator de risco mais forte para o câncer do que a idade - no momento do diagnóstico, a idade média dos pacientes em todos os tipos de câncer é de 66 anos.
Aquele momento, entretanto, é o culminar de anos de crescimento clandestino do tumor, e a resposta a uma pergunta importante até agora permaneceu indefinida: Quando surge um câncer pela primeira vez?
Surpreendentemente, pelo menos em alguns casos, a mutação original causadora do câncer pode ter surgido 40 anos antes do diagnóstico.
Pesquisadores da Escola de Medicina de Harvard acabam de reconstruir pela primeira vez a história evolutiva das células cancerosas em dois pacientes, traçando a linha do tempo da mutação que causou a doença até uma célula de origem.
Em um paciente de 63 anos de idade, a mutação geradora do câncer ocorreu quando ele tinha 19 anos; em um paciente de 34 anos, ela ocorreu por volta dos 9 anos.
"Para esses dois pacientes, foi quase como se tivessem uma doença infantil que levou décadas e décadas para se manifestar, o que foi extremamente surpreendente," disse o professor Sahand Hormoz.
"Eu penso que nosso estudo nos obriga a perguntar: Quando o câncer começa e quando termina a saúde?" continuou Hormoz. "Cada vez mais parece que é um continuum sem limites claros, o que levanta outra questão: Quando devemos procurar pelo câncer?"
Falsos positivos pela vida toda
Em busca de caminhos de ação, em vista desta nova descoberta, os pesquisadores acreditam que o caminho a percorrer pode ser desenvolver tecnologias para identificar a presença de mutações raras causadoras de câncer atualmente difíceis de detectar.
E a equipe já está trabalhando no desenvolvimento de tecnologias de detecção precoce, reconstruindo as histórias de um grande número de células cancerosas e investigando por que as mutações de alguns pacientes nunca progridem para o câncer completo, mas outras sim.
"Mesmo se pudermos detectar mutações causadoras de câncer precocemente, o desafio é prever quais pacientes estão em risco de desenvolver a doença e quais não estão," reconhece Hormoz. "Olhar para o passado pode nos dizer algo sobre o futuro, e acho que análises históricas como as que conduzimos podem nos dar novos insights sobre como poderíamos diagnosticar e intervir."
Este é um assunto delicado e controverso, uma vez que um alarme preventivo significaria que a pessoa passaria a vida toda esperando por um câncer que poderá nunca se desenvolver. Além disso, o câncer não é causado apenas pela genética.
Além do DNA: Descoberto como estilo de vida dos pais passa para os filhos
[Imagem: Ariane Lismer et al. - 10.1016/j.devcel.2021.01.014]
Herança epigenética
Há muito tempo se sabe que o DNA dos pais é um forte determinante da saúde e da doença nos filhos.
No entanto, a herança genética, via DNA, é apenas parte da história de participação dos pais na saúde e na doença da prole: O estilo de vida do pai e da mãe, como sua dieta, excesso de peso e níveis de estresse - comportamentos esses tomados previamente à concepção - têm sido associados a consequências para a saúde de seus filhos.
Isso ocorre por meio do epigenoma, marcas bioquímicas hereditárias associadas com as proteínas que se ligam ao DNA - esse mecanismo é conhecido como herança epigenética.
Mas como essas informações são transmitidas na fertilização, juntamente com os mecanismos e moléculas exatos no esperma que estão envolvidos neste processo, é algo que só agora os médicos e cientistas estão começando a estudar.
E a equipe da professora Ariane Lismer, da Universidade McGill (Canadá), acaba de fazer um avanço significativo nessa área ao identificar como as informações ambientais são transmitidas por moléculas no esperma que não são de DNA.
É uma descoberta que avança a compreensão científica da hereditariedade das experiências de vida paterna e potencialmente abre novos caminhos para estudar a transmissão e prevenção de doenças.
Hereditariedade sem DNA
Os pesquisadores descobriram que as mudanças induzidas pela dieta em um determinado grupo de moléculas (grupos metil), associadas às proteínas histonas (que são críticas para empacotar o DNA nas células), levaram a alterações na expressão gênica em embriões e defeitos de nascença na coluna e no crânio.
O que foi notável foi que as mudanças nos grupos metil nas histonas nos espermatozoides foram transmitidas na fertilização e permaneceram no embrião em desenvolvimento - tudo sem qualquer sinal da tradicional herança via DNA.
"É notável, mostrando uma mudança significativa em relação ao que se sabe sobre hereditariedade e doença, passando de algo apenas baseado no DNA, para uma [visão] que agora inclui proteínas no esperma. Este estudo abre as portas para a possibilidade de que a chave para compreender e prevenir certas doenças pode envolver proteínas no esperma," disse da Dra. Sarah Kimmins.
O próximo passo será determinar se essas alterações prejudiciais induzidas nas proteínas do esperma (histonas) podem ser reparadas para evitar sua passagem para os filhos.
4 mulheres dão o exemplo de como liderar real transformação nos investimentos
Investimentos sustentáveis e de impacto têm se desenvolvido no Brasil sob a marca do protagonismo feminino, com mulheres como Fernanda Camargo, da Wright Capital, e Marina Cançado, da XP
Maure Pessanha
24 de março de 2021
Em uma conferência sobre investimentos inteligentes, realizada em 2020 e ligada aos Princípios para o Investimento Responsável (PRI) – iniciativa criada por um grupo internacional de investidores institucionais alinhados ao Programa da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente e ao Pacto Global da ONU –, o gênero dos palestrantes chamou a atenção para uma realidade cada vez mais presente dentro da temática. Eram todas mulheres!
São elas, inclusive, que estão trazendo maior relevância financeira aos temas ambientais, sociais e de governança, o chamado ESG (sigla, em inglês, para environmental, social and governance). A potência feminina tem liderado um modelo para que a comunidade global de investimento contribua com o desenvolvimento de um sistema financeiro mais estável e sustentável.
No Brasil, o tema dos investimentos sustentáveis e de impacto tem se desenvolvido sob a marca do protagonismo feminino. Fernanda Camargo, sócia-fundadora da gestora Wright Capital, é um desses exemplos. Como gestora de patrimônios, ela foi uma das primeiras no País a trabalhar apenas com pessoas que concordam em investir ao menos 1% de seu capital em empresas com impacto socioambiental.
Fernanda, que tem uma sólida trajetória no mercado financeiro e que sempre se dedicou a causas sociais paralelamente, é uma voz muito presente no ecossistema das finanças sustentáveis. Embora muitos julgassem a premissa de Fernanda como uma maluquice, hoje ela é uma grande referência.
Outra mulher que tem um histórico robusto em trabalhar com transformação social e que desde a universidade atua no tema é Marina Cançado. Reconhecida em 2018 como jovem talento na lista Under30, da revista Forbes Brasil, Marina já foi empreendedora – fundou a Tellus, organização que cria soluções inovadoras para governos e serviços entre outras iniciativas.
Fora da esfera pública, ela tem trabalhado com o recurso de herdeiros interessados em investir dentro de critérios sociais responsáveis para além da filantropia. Hoje, ela atua como líder de Sustainable Wealth, no grupo financeiro XP Inc.
Jéssica Silva Rios, sócia da Vox Capital – fundo de investimento de impacto pioneiro no Brasil –, também se enquadra nesse grupo de líderes femininas da temática dos investimentos de impacto. Premiada pelo Top Women Investing in Latin American Tech, reconhecimento criado para trazer visibilidade para as mulheres que atuam com venture capital na América Latina, ela atua com alocação de investimento para empresas que estão desenvolvendo soluções escaláveis para problemas que acometem a população em situação de vulnerabilidade social e econômica, buscando impacto social e retorno financeiro.
Jéssica tem contribuído muito diretamente com empreendedores e organizações de fomento, como a Artemisia, no melhor entendimento e na gestão das questões que envolvem a mensuração de impacto social. Dentro da Vox Capital, ela é a líder de mensuração e gestão de impacto do portfólio de investimentos do fundo.
Uma outra liderança no cenário das finanças sociais é Andrea Kestenbaum, sócia-fundadora e CEO da Positive Ventures. Andrea tem larga experiência em empreendedorismo e gestão, tendo participado de companhias no setor de serviços, varejo e comércio internacional na qualidade de investidora e executiva.
Na Positive Ventures, ela tem buscado negócios inovadores de base tecnológica com real potencial de escala e que trazem retorno financeiro para os acionistas; empresas que nascem com a intenção de resolver um desafio socioambiental atrelado aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU. Andrea os chama de investimentos decisivos, isto é, que são amparados por evidência e fazem a diferença para o alcance de um modelo econômico mais sustentável e inclusivo.
Fernanda, Marina, Jéssica e Andrea são algumas das vozes atuantes no setor das finanças sustentáveis e de impacto que tenho o privilégio de acompanhar. Felizmente, temos muitas outras mulheres atuando nesse tema no Brasil como protagonistas. Em comum, todas elas estão, de forma prática, atuando na temática em suas organizações; e exercem um papel importante de colaboração e fomento da causa como um todo, protagonizando a mentoria de empreendedores, ajudando outros investidores, produzindo conhecimento e participando de redes que buscam avançar para um futuro no qual o fluxo do dinheiro possa nutrir soluções para as mudanças climáticas e para a desigualdade.
* Maure Pessanha é empreendedora e diretora-executiva da Artemisia, organização pioneira no fomento e na disseminação de negócios de impacto social no Brasil.
domingo, 28 de março de 2021
quinta-feira, 25 de março de 2021
30 dias de lockdown rígido são necessários para salvarmos o SUS
João Moraes Abreu, Marco Brancher, Carlos Lula e Marcia Castro
Não se trata mais apenas de evitar a Covid-19. Pela primeira vez em uma geração, os brasileiros já não sabem se, diante de um acidente – no trânsito, em casa, no trabalho -, hospitais, públicos e privados, conseguirão atendê-los.
Um lockdown de somente um mês, rígido e fiscalizado, nos termos sugeridos pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) em carta aberta em 1º de março, é fundamental para atravessarmos a pior fase da pandemia sem agravar o estado de calamidade em que estamos.
Por que 30 dias? É o tempo para que a vacinação em massa comece a fazer efeito significativo. Por três fatores:
- Toda vacina impede o óbito. Após 450 milhões de pessoas vacinadas (1ª dose, de diferentes vacinas) contra a Covid-19 no mundo, não há notícia de um único óbito por Covid-19 entre elas
- Mais de 70% dos óbitos registrados no Brasil até aqui foram de pessoas acima de 60 anos;
- Devemos ter duas doses para imunizar todos os brasileiros acima de 60 anos até o início de maio, no cenário mais provável, detalhado abaixo.
E como a vacinação impacta em óbitos por dia? Estudo da ONG Impulso Gov combinou 12 bases de dados públicas com dados fornecidos pelo Ministério da Saúde, por meio da Lei de Acesso à Informação, para projetar uma queda da atual média móvel de 2.300 óbitos por dia para menos de 1000 óbitos por dia, a partir de maio, graças à vacinação. A queda continuaria daí em diante.
Ainda são números inaceitáveis. Mas essa redução nos óbitos já aliviaria a pressão insustentável que o sistema de saúde vive hoje.
O estudo traçou três cenários de vacinação (pessimista, intermediário e otimista), e estamos hoje mais próximos do cenário intermediário, com produção nacional de 78 milhões de doses — suficiente para vacinarmos todas as pessoas acima de 60 anos — até o começo de maio. O estudo e a metodologia completa, disponível em CoronaCidades.org, sugere que o pior momento é o que vivemos agora e nas próximas semanas.
Então, se a vacinação deve melhorar a situação a partir de maio, por que precisamos de um lockdown de 30 dias? Não podemos só esperar?
Não. Primeiro, porque se o lockdown reduzir pela metade a atual média de óbitos, em um mês serão 45 mil vidas poupadas. Há outros três motivos menos óbvios:
- Sem lockdown, faltarão leitos para… tudo. Se o número de internações por Covid-19 não cair imediatamente (e não somente em maio, com os efeitos da vacinação), o sistema de saúde – público e privado – pode ficar sem leitos de UTI no país todo, como já ocorre em 16 dos 27 estados; e
- Quanto mais a curva sobe, mais difícil baixá-la. Já atingimos 3000 óbitos em um único dia. Se este número não cair já, não ficaremos abaixo de 1000 óbitos nem em maio, mesmo com a vacinação.
- Novas variantes podem surgir. Se permanecermos muito tempo com elevadíssima circulação do vírus, a chance de novas mutações surgirem aumenta, sendo possível até que o efeito da imunização seja menos potente e pessoas vacinadas venham a óbito. Neste caso, as projeções acima serão invalidadas. Estaríamos de volta a uma situação sem perspectiva de melhora.
Há luz no fim do túnel e ela está próxima; mas se não formos rápidos, ela pode se apagar.
Não podemos esperar mais nenhum dia. Após indesculpável atraso, o novo auxílio emergencial nacional, enfim, está a caminho, o que nos permite reduzir, agora, a circulação de pessoas, com medidas rígidas e de curto prazo, em todos os estados com mais de 85% de ocupação dos leitos de UTI ou internações por Covid-19 em ascensão.
Mesmo com um rígido lockdown agora, em 30 dias não estará “tudo bem”. Máscaras e distanciamento social permanecem necessários. Mas não sofreremos mais com falta generalizada de leitos e insumos médicos. Não necessitaremos de novos lockdowns nacionais. O pior terá passado.
É verdade que não será fácil: economicamente, psicologicamente. Mas março de 2021 não é março de 2020: sabemos o que fazer, e temos vacinas. Será o último esforço desta magnitude que precisaremos fazer como nação.
Desde sua criação, há 30 anos, o SUS já salvou milhões de vidas. Agora, somos nós que precisamos fazer nossa parte para, nos próximos 30 dias, salvarmos o SUS.
*Por um erro de divulgação da assessoria dos autores do artigo, o texto acima também foi publicado na seção Tendências/Debates
João Moraes Abreu, Diretor Executivo da Impulso Gov, realizadora do CoronaCidades.org
Marco Brancher, Coordenador de Dados da Impulso Gov
Carlos Lula, Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde
Marcia Castro, Professora da Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard
quarta-feira, 24 de março de 2021
Peixe empanado para se deliciar
Aprenda a fazer receitas de peixe empanado diferentes e cheias de crocância!
Um empanado bem feito é capaz de transformar qualquer refeição! Seja frango, carne, peixe, ou vegetais, os pratos ficam deliciosos e trazem um crocante característico que fica incrível se combinado com saladas, risotos, massas e molhos variados. Quer aproveitar que a Páscoa está chegando e aprender a fazer o peixe empanado perfeito? Então, confira a nossa lista especial e prepare para toda a família!
Receitas fáceis de peixe empanado para experimentar
Peixe empanado ao creme de espinafre
Tempo: 1h
Rendimento: 4 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes
- 4 filés de peixe branco (tilápia, saint peter, merluza)
- 1 dente de alho amassado
- Sal a gosto
- 2 ovos batidos
- 1 e 1/2 xícara (chá) de farinha de rosca
- Óleo para fritar
Creme
- 2 colheres (sopa) de manteiga
- 1 cebola ralada
- 2 colheres (sopa) de farinha de trigo
- Sal a gosto
- 1 colher (café) de noz-moscada
- 2 xícaras (chá) de leite
- 1 maço de espinafre cozido, espremido e picado
- 50g de queijo parmesão ralado
Modo de preparo
Tempere o peixe com o alho e sal. Passe pelos ovos, pela farinha de rosca e frite em óleo quente até dourar. Escorra em papel-toalha e reserve. Para o creme, em uma panela, derreta a manteiga, em fogo médio, refogue a cebola, polvilhe a farinha, o sal, a noz-moscada e misture. Acrescente o leite e mexa até engrossar. Desligue o fogo, adicione o espinafre, o parmesão, mexa e despeje sobre os filés de peixe. Se desejar, sirva com uma porção de arroz.
Arroz de forno com frango cremoso
Está sem ideias para o cardápio de hoje? Este arroz de forno com frango cremoso pode ser uma excelente opção! O preparo é bem simples e o sabor é divino. Com certeza a família inteira vai aprovar este prato, que também é ideal para aproveitar as sobras que estão na geladeira. Veja como fazer!
Tempo: 30min
Rendimento: 6 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes do arroz de forno com frango cremoso
- 2 latas de milho verde escorrido
- 1 caixa de creme de leite (200g)
- 4 xícaras (chá) de arroz branco cozido
- 2 xícaras (chá) de frango cozido e desfiado
- 1 xícara (chá) de azeitona preta picada
- 2 tomates sem sementes picados
- Sal e salsa picada a gosto
- 1 xícara (chá) de queijo provolone ralado
Modo de preparo
No liquidificador, bata 1 lata de milho e o creme de leite por 1 minuto. Despeje em uma tigela, adicione o milho restante, o arroz, o frango, a azeitona, o tomate, sal, salsa e misture até ficar homogêneo. Transfira para um refratário médio, polvilhe com o provolone e leve ao forno médio, preaquecido, por 10 minutos ou até gratinar. Retire do forno e sirva.
COLABORAÇÃO: Adriana Rocha
terça-feira, 23 de março de 2021
Após uso de kid covid, pacientes vão para fila de transplante de fígado; pelo menos 3 morrem
Medicamentos sem eficácia contra o vírus, como ivermectina e hidroxicloroquina, trazem riscos de efeitos colaterais; médicos relatam hepatite causada por remédios. Venda dessas drogas subiu até 557%
O uso do chamado kit covid, que reúne medicamentos sem eficácia contra a doença, mas que continua sendo prescrito por alguns médicos e propagandeado pelo presidente Jair Bolsonaro, levou cinco pacientes à fila do transplante de fígado em São Paulo e está sendo apontado como causa de ao menos três mortes por hepatite causada por remédios, segundo médicos ouvidos pelo Estadão.
Hemorragias, insuficiência renal e arritmias também estão sendo observadas por profissionais de saúde entre pessoas que fizeram uso desse grupo de drogas, que incluem hidroxicloroquina, azitromicina, ivermectina e anticoagulantes. O aumento relatado por médicos de pacientes que chegam ao pronto-socorro com algum efeito relacionado ao uso desses remédios coincide com o agravamento da pandemia.
Números do Conselho Federal de Farmácia (CFF) mostram que o total de unidades vendidas de ivermectina, por exemplo, subiu 557% em 2020 em comparação com 2019, sendo dezembro o mês recordista de vendas da droga. O remédio, indicado para tratar sarna e piolho, não teve sua eficácia contra a covid comprovada. Seu uso contra o coronavírus foi desaconselhado pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e pela própria fabricante do produto, a MSD.
O produto, porém, é um dos que foram utilizados pelos cinco pacientes que entraram na fila de transplante de fígado. Todos eles haviam tido, semanas antes, diagnóstico de covid e receberam a prescrição do chamado “tratamento precoce”.
Quatro deles foram atendidos no Hospital das Clínicas da USP e o outro no HC da Unicamp. Eles chegam com pele amarelada e com histórico de uso de ivermectina e antibióticos.
"Quando fazemos os exames no fígado, vemos lesões compatíveis com hepatite medicamentosa. Vemos que esses remédios destruíram os dutos biliares, que é por onde a bile passa para ser eliminada no intestino”, diz Luiz Carneiro D’Albuquerque, chefe de transplantes de órgãos abdominais do HC-USP e professor da universidade. Sem esses dutos, explica ele, substâncias que podem ser tóxicas ficam na circulação sanguínea, favorecendo quadros infecciosos graves. “O nível normal de bilirrubina é de 0,8 a 1. Um dos pacientes está com mais de 40”, conta ele.
D’Albuquerque conta que, dos quatro pacientes colocados na fila do transplante no HC, dois tiveram doença aguda e morreram antes da operação.
“É uma combinação de altas dosagens com a interação de vários medicamentos. A substância desencadeia um processo em que a célula ataca outros células, levando a fibroses, que causam a destruição dos dutos biliares”, diz Ilka Boin, professora da Unidade de Transplantes Hepáticos do Hospital das Clínicas da Unicamp, onde um paciente aguarda transplante.
Os dois especialistas explicam que as biópsias do fígado desses pacientes evidenciam que os casos são de origem medicamentosa e não complicações do próprio coronavírus. “A covid pode atacar o órgão, mas de uma forma diferente. Ela causa pequenos trombos (coágulos) nos vasos. Esse padrão que encontramos é de lesão por medicamentos”, diz Ilka.
Agora à espera de operação, paciente tinha saúde perfeita antes da covid
H., de 57 anos, é um dos pacientes na fila. Ele conta que tinha a saúde perfeita antes da covid e que nunca tomava remédios. “Nem aspirina.” Ele conta que decidiu tomar os remédios do kit covid por causa de estudos preliminares que mostravam algum benefício da droga. “Fiz com acompanhamento médico, mas acho que não imaginavam que isso poderia ocorrer comigo, alguém que não tinha nenhuma doença crônica.”
Além de duas mortes de pacientes do HC-USP, um óbito por doença hepática aguda foi registrado em uma unidade particular de Porto Alegre, relata a neurologista Verena Subtil Viuniski. “Era um paciente com quadro psiquiátrico que estava agitado e confuso e marcou um encaixe no ambulatório. As enzimas do fígado estavam 30 vezes mais altas do que o normal. Dez dias antes, ele tinha tido covid e tomado remédios do kit.”
O paciente foi levado para a emergência, onde começou a convulsionar. Exames revelaram que ele desenvolveu encefalopatia hepática, condição em que o cérebro é deteriorado por toxinas que o fígado não conseguiu filtrar. “É muito grave, difícil de reverter. Ele morreu no mesmo dia”, diz Verena, que disse já ter atendido outros seis casos de hepatite por medicamentos, ainda que menos graves. “Estão dando uma salada de remédios sem avaliar cada paciente individualmente, como se fosse receita de bolo.”
Uso do "kit COVID" aumenta risco de morte, dizem médicos
Chefes de UTIs brasileiras e médicos intensivistas voltaram a se posicionar contra a utilização do “kit COVID” no chamado tratamento precoce contra contaminações pelo novo coronavírus. De acordo com os profissionais, ouvidos em reportagem da BBC Brasil, os medicamentos que não possuem eficácia comprovada não apenas são incapazes de ajudar a prevenir casos graves da doença como chegam a dificultar o atendimento hospitalar, quando necessário.
Brasil assina contrato de compra de vacinas da Janssen e Pfizer
Aspirina pode reduzir risco de óbito e internação por COVID em UTIs, diz estudo
Bandidos roubam vacinas contra COVID-19 de posto de saúde do RN
O médico intensivista Ederlon Rezende, coordenador da UTI do Hospital do Servidor Público do Estado, em São Paulo (SP), cita números que explicam a ideia ventilada pelos apoiadores dos medicamentos, quanto a seu funcionamento, e que também exibem a maior dificuldade nos tratamentos quando o “kit COVID” não é eficaz. De acordo com ele, de 80% a 85% dos pacientes contaminados com o coronavírus não desenvolvem a forma mais grave da doença e, neles, o uso do chamado tratamento precoce não terá efeito algum, benéfico ou prejudicial, desde que doses excessivas não sejam administradas ou inexistam condições que possam ser agravadas pelo uso.
O problema, porém, está no restante, de 15% a 20% dos contaminados. Os efeitos colaterais de medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina podem envolver hepatite, problemas renais, infecções, gastrite e diarreias. De acordo com Rezende, tais condições podem ter impacto nos tratamentos intensivos contra o COVID-19, além de retardarem a busca dos pacientes por tratamento médico, com muitos chegando aos hospitais com os pulmões já amplamente comprometidos pela doença.
Um dos principais reflexos negativos do uso do “kit COVID” está relacionado ao coração — a hidroxicloroquina pode causar arritmia cardíaca como efeito colateral, enquanto o coronavírus pode gerar inflamações no coração e trombose. Combinados, tais efeitos dificultam o atendimento e a recuperação, com mais efeitos adversos, como delírios, também sendo relatados por pacientes que abusaram do medicamento de forma desnecessária.
A ideia geral é que, quanto mais cedo for identificado e tratado o quadro de comprometimento pulmonar por conta do novo coronavírus, maiores as chances de sobrevida a quadros graves da doença. Por outro lado, a divulgação de tratamentos sem comprovação ou eficácia comprovadas contribui para o aumento no número de mortes entre os brasileiros, na visão de Carlos Carvalho, professor da Faculdade de Medicina da USP e diretor da Divisão de Pneumologia do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, em São Paulo (SP).
Os médicos apontam, ainda, os riscos de combinação com outros remédios que as autoridades brasileiras desejam incluir no “kit COVID”. É o caso do Annita (nitazoxanida), um vermífugo que pode intoxicar o organismo se associado à ivermectina, e medicamentos com corticoides e antibióticos, que reduzem a imunidade e a resistência a infecções e bactérias, que também podem acontecer em um ambiente hospitalar durante o tratamento contra os efeitos do coronavírus.
A opinião dos especialistas ouvidos pela BBC é unânime: o uso de remédios sem necessidade piora as condições clínicas dos pacientes graves e pode dificultar a sobrevivência a casos de intubação ou formas mais graves da COVID-19. Os médicos criticam duramente os governos federais, estaduais e municipais que distribuem a cesta de remédios sem eficácia comprovada à população.
Transplantes e mais mortes
Uma segunda reportagem publicada nesta semana, desta vez pelo Estadão, associou o uso do “kit COVID” à morte de pelo menos três pacientes em São Paulo (SP). Todos estavam na fila de transplante de fígado e confirmaram terem usado a cesta de medicamentos como uma forma de prevenir a COVID-19, conforme prescrito por médicos, e chegaram ao Hospital das Clínicas com um quadro de hepatite medicamentosa associado ao abuso dos remédios.
A morte, afirmam os médicos, ocorreram devido à doença aguda do fígado, e não quadros associados à contaminação pelo novo coronavírus. Em alguns casos, as enzimas do fígado apresentaram alterações de 30 a 40 vezes maiores que o ideal, indicando diretamente um quadro de hepatite medicamentosa causada pelo uso indiscriminado de medicamentos.
A ivermectina é um vermífugo, usado no combate a carrapatos, piolhos e vermes — suas vendas, segundo o Conselho Federal de Farmácia, subiram 557% em 2020 e houve, inclusive, escassez do medicamento nas prateleiras, prejudicando o tratamento de quem efetivamente precisa dele. O mesmo também vale para a azitromicina, um antibiótico que só deveria ser utilizado em casos de infecção bacteriana, e a hidroxicloroquina, usada em pacientes com lúpus, malária, artrite reumatoide e doenças fotossensíveis.
Fonte: Canaltech
segunda-feira, 22 de março de 2021
Chanceler russo anuncia que o país deixará de usar o dólar e o sistema de pagamentos do Ocidente
Diante das sanções norte-americanas junto à Rússia e a China, o chanceler russo Sergei Lavrov instou os países a responderem aos "ataques".
"Você vê como os Estados Unidos declaram sua tarefa de limitar as possibilidades de desenvolvimento tecnológico tanto da Rússia quanto da China", disse o ministro.
O chanceler explicou que a vida obriga ambos Estados a construir uma linha de desenvolvimento econômico e social de forma a não depender dos "caprichos dos parceiros ocidentais".
Segundo ele, "precisamos reduzir os riscos de sanções fortalecendo nossa independência tecnológica, mudando para pagamentos em moedas nacionais e em moedas mundiais, alternativas ao dólar".
Em seguida, ele instou Rússia e China a adotarem medidas para reduzir a influência dos EUA. "Precisamos deixar de usar sistemas de pagamentos internacionais controlados pelo Ocidente", disse Lavrov.
O ministro disse que os EUA pretendem limitar o desenvolvimento tecnológico da Rússia e da China, por isso os dois países precisam fortalecer sua independência.
"Eles [EUA] estão promovendo sua agenda ideologizada com o objetivo de manter seu domínio, impedindo o desenvolvimento de outros países. Essa política vai contra a tendência objetiva e, como se costuma dizer, está do lado errado da história", concluiu o chanceler.
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sábado, 20 de março de 2021
"Precisamos de uma revolução: se o sistema ruir, não vai ficar pedra sobre pedra"
“O grande problema com que nos debatemos são as alterações climáticas. Milhões de pessoas vão sofrer se não fizermos alguma coisa.” Foi esta convicção que levou Manuel Reis a fundar uma nova associação de Ambiente, a Agir pelo Planeta – para dar o seu contributo na mudança que se exige.
Um dos objetivos da organização é lutar contra a desinformação, mesmo numa altura em que praticamente só se fala de pandemia. “Temos um vírus maior entre nós: negar as evidências [das alterações climáticas].” O panorama não é o melhor. “Todos os estudos apontam para um subida de três graus. E ficamos todos na mesma? Ficamos à espera de mais um acordo?”
Mesmo os países mais desenvolvidos, que deviam estar a fazer um esforço suplementar para reduzir as emissões, continuam quase como se nada se passasse, acusa. “Quando ouvimos a notícia de que os japoneses vão inaugurar 22 centrais a carvão… Isso polui mais do que Portugal inteiro.”
O problema, acrescenta, é ser o sistema financeiro a impor as regras. Mudar é caro? É mais caro não mudar. “Precisamos de uma revolução a todos os níveis: cultural, económico, mas também político. Se não houver essa revolução, as pessoas no futuro vão pagar muito mais. Manuel Reis recorda a crise de 1929 e as ditaduras e guerra mundial que se lhe seguiu, para sublinhar que as projeções apontam para perdas económicas duas vezes superiores às da Grande Depressão. “Se o sistema ruir, não vai ficar pedra sobre pedra”, alerta.
Justiça social
Um dos passos mais importantes para pôr o mundo no caminho certo é investir na educação, diz o presidente da Agir pelo Planeta. “Devia haver uma grande transformação dos programas curriculares para passar a ideia de que somos só mais um ser entre os outros, e que a natureza não precisa de nós.”
A luta das próximas décadas, no entanto, não é exclusivamente ambiental: a sustentabilidade faz-se de maior igualdade, conclui Manuel Reis. “Enquanto não houver justiça social, não vamos resolver o problema. Aquela pessoa que tem de lutar todos os dias para colocar comida na mesa, essa eu percebo que não pense nas alterações climáticas. O que não compreendo são os que ganham milhões.”
Bolsonaro veta projeto que daria internet grátis para a rede pública de ensino
Bolsonaro veta projeto que daria internet grátis para a rede pública
Justificativa do governo federal foi que a medida "dificulta o cumprimento da meta fiscal e da Regra de Ouro"
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Educação | Do R7
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Resumindo a Notícia
- Bolsonaro veta projeto que daria internet grátis para estudantes e professores
- Governo argumenta que medida dificultaria cumprimento da meta fiscal
- Estudantes com famílias no Cad-Único seriam os mais afetados
- 4,8 milhões de estudantes brasileiros não têm acesso à internet
Bolsonaro veta integralmente projeto que daria internet grátis para estudantes e professores
Marcos Corrêa/PR - 17.03.2021O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou integralmente o projeto aprovado pelo Senado que daria internet grátis para estudantes e professores da rede pública. O texto foi publicado nesta sexta-feira (19) no Diário Oficial da União.
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A justificativa do governo federal para o veto é que a "medida encontra óbice jurídico por não apresentar a estimativa do respectivo impacto orçamentário e financeiro, e aumenta a alta rigidez do orçamento, o que dificulta o cumprimento da meta fiscal e da Regra de Ouro".
A proposta havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados em dezembro de 2020 e em fevereiro pelo Senado. O texto previa um repassa de R$ 3,5 bilhões aos estados e ao Distrito Federal para a compra de planos de internet e tablets para professores e alunos da rede pública.
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De acordo com a proposta, a prioridade seria, na seguinte ordem: para os estudantes do ensino médio, do ensino fundamental, professores do ensino médio e professores do ensino fundamental.
Pelo texto, os recursos iriam beneficiar principalmente os alunos das redes públicas de estados e municípios que estejam inscritos no CadÚnico (Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. Os matriculados nas escolas das comunidades indígenas e quilombolas e os professores da educação básica das redes públicas de ensino dos estados e municípios.
No Brasil, 4,8 milhões de crianças e adolescentes, na faixa de 9 a 17 anos, não têm acesso à internet em casa. Eles correspondem a 17% de todos os brasileiros nessa faixa etária. Os dados, foram divulgados pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), fazem parte da pesquisa TIC Kids Online 2019.