MEIO AMBIENTE
Estudo britânico afirma que existem apenas 7,1 mil espécimes no meio selvagem e que impacto humano é principal responsável pelo declínio. Especialistas pedem que felino entre para a categoria de "ameaçado".
O guepardo, o animal terrestre mais rápido do mundo, também conhecido como chita, corre risco de extinção, alertou nesta terça-feira (27/12) a Sociedade Zoológica de Londres (ZSL). Segundo a instituição, o principal motivo para isso é o impacto causado pelo ser humano, o que provocou um declínio de 91% no habitat natural do predador.
O estudo da ZSL, feito em conjunto com as organizações Wildlife Conservation Society e Panthera e publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, concluiu que existem apenas 7,1 mil guepardos no meio selvagem. No início do século 20, o número estimado era de 100 mil. "A chita está correndo para a beira da extinção e poderá em breve sumir para sempre, a não ser que sejam adotadas medidas amplas e urgentes de conservação", afirmou a ZSL.
Só no Zimbábue, a população de guepardos sofreu uma queda de 85%, de 1.200 para no máximo 170 animais em 16 anos. Já no Irã acredita-se que existam menos de 50 espécimes.
O forte declínio fez com que os pesquisadores fizessem um apelo por uma reclassificação do felino na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), colocando-o na categoria de "ameaçado" no lugar da atual "vulnerável", uma mudança que propiciaria uma maior proteção ambiental do animal.
De acordo com os pesquisadores, as chitas sofrem ameaças de uma série de fatores, tais como redução de presas devido à caça humana, redução de habitat e tráfico ilegal. Além disso, mais de três quartos das chitas vivem fora das áreas protegidas, o que as torna ainda mais vulneráveis.
IP/afp/rtr
Nenhum comentário:
Postar um comentário