Estudo divulgado por ONG revela que o número de submetidos a
trabalhos forçados, escravidão sexual e outras formas de exploração é maior do
que se estimava. Maior concentração está na Ásia.
Um estudo divulgado nesta terça-feira (31/05) revelou que quase 46
milhões de pessoas em todo o mundo estão submetidas a alguma forma de
escravidão, seja em trabalhos forçados, escravidão sexual, dependências por
dividas e outras formas de exploração.
O Índice Global de Escravidão 2016, divulgado pela organização
australiana Walk Free Fountation, relata que o número de pessoas afetadas pela
"escravidão moderna" é muito superior ao reconhecido anteriormente, com quase
dois terços do total registrados na Ásia.
O termo escravidão moderna descreve de modo abrangente o tráfico de
pessoas e as práticas de trabalhos forçados, escravidão sexual ou resultante de
endividamentos, casamentos forçados e outras condições semelhantes.
As pessoas submetidas a essas práticas são alvos de ameaças,
coerções, abusos de poder ou embustes para impedir as tentativas de abandonar
esses trabalhos.
Segundo o relatório, o maior número de pessoas nessas condições foi
registrado na Índia, com 18,35 milhões, seguido de China (3,39 milhões),
Bangladesh (1,53 milhão) e Uzbequistão (1,23 milhão).
Levando em conta os índices de escravidão em relação à população, a
Coreia do Norte apresenta os números mais altos, com 4,37% de seus 25 milhões de
habitantes vivendo como escravos modernos. O relatório aponta ainda que o país
não tomou qualquer atitude para combater essas práticas, que seriam apoiadas
pelo Estado. Nessa análise, o Uzbequistão estaria em segundo lugar, com 3,97% de
sua população escravizada.
A Europa registra os índices mais baixos. Entretanto, a Walk Free
Foundation relata que o continente seria uma fonte de origem e destino de
trabalhadores forçados e escravos sexuais, e alerta que o aumento do número de
refugiados poderá aumentar tais ocorrências no continente.
A ONG afirma que, nas Américas, quase 2, 2 milhões de pessoas
(4,7%) vivem como escravos modernos. No Brasil, as explorações estão
concentradas nas áreas rurais, como a região do cerrado e a Amazônia. Segundo o
estudo, em 2015, 936 pessoas, na maioria migrantes internos, foram resgatadas de
trabalhos escravos.
O relatório ressalta, porém, que o Brasil foi um dos poucos países
no continente a estabelecer e financiar adequadamente órgãos independentes para
fiscalizar a implementação de acordos internacionais de combate a
escravidão.
Os dados da Walk Free Foundation contrastam com os da Organização
Internacional do Trabalho da ONU, segundo a qual, 21 milhões de pessoas em todo
o mundo seriam vítimas do trabalho escravo. Esses índices não levam em conta a
definição mais ampla de escravidão moderna, utilizada pela ONG australiana.
RC/afp/rtr
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O meu blog é HOLÍSTICO, ou seja, está aberto a todo tipo de publicação (desde que seja interessante, útil para os leitores). Além disso, trata de divulgar meu trabalho como economista, escritor e compositor. Assim, tem postagens sobre saúde, religião, psicologia, ecologia, astronomia, filosofia, política, sexualidade, economia, música (tanto minhas composições quanto um player que toca músicas de primeira qualidade), comportamento, educação, nutrição, esportes: bom p/ redação Enem
sábado, 24 de dezembro de 2016
Escravidão moderna atinge 46 milhões de pessoas no mundo
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