Ter um plano de saúde há muito tempo deixou de ser um luxo, hoje é uma necessidade de quem pretende ter um mínimo de qualidade de vida. Meio milhão de brasileiros ainda dependem do SUS que nem de longe consegue dar conta – e vai piorar: o ministro da Saúde, Ricardo Barros, já anunciou que o tamanho do SUS será revisto porque o país não conseguirá mais sustentar os direitos garantidos pela Constituição. Hoje as operadoras montam planos estratégicos para atender aos mais diferentes perfis, de forma a abranger a maior parte possível da população. Entre necessidades e orçamentos, conheça as recomendações da própriaAgência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para escolher seu plano de saúde.
1. Reflita sobre suas reais necessidades
Contratar os serviços de um plano de saúde é muito mais do que ter um monte de médicos, hospitais e laboratórios à sua disposição: de muito pouco isso servirá se não atender às suas necessidades. Há alguma especialidade que utilize com mais frequência? Há facilidade de locomoção para qualquer parte da cidade ou é melhor que a rede credenciada esteja próxima à sua casa ou trabalho? Você viaja com frequência para outros estados ou para o exterior? Precisa de algum tipo de serviço especial? Seu médico de confiança já faz marte de algum plano ou será necessário haver reembolso?
2. Conheça os tipos de cobertura
Agora que você já sabe do que você precisa, é preciso saber qual o melhor tipo de cobertura para atender a essas necessidades, ou seja, qual a segmentação assistencial do plano. Elas são várias, e para cada uma há uma lista de procedimentos de cobertura obrigatória definida pela ANS e que é revisada a cada dois anos. Os planos podem ser ambulatorial; hospitalar com ou sem obstetrícia; exclusivamente odontológico; referência; ambulatorial e odontológico; ambulatorial e hospitalar com ou sem obstetrícia; hospitalar com ou sem obstetrícia e odontológico; ambulatorial e hospitalar com ou sem obstetrícia e odontológico.
3. Qual o melhor tipo de plano
Da mesma forma que cada pessoa tem necessidades de coberturas específicas, também há tipos de planos mais indicados para determinadas situações. Se você é sozinho ou por algum motivo não se encaixa ou não quer ser vinculado a um plano familiar ou empresarial, o melhor nesse caso é um plano individual. Se, no entanto, a ideia é abranger companheiro e filhos, o plano familiar (no qual há um titular com dependentes) é a solução. No entanto, se você tem CNPJ, pode optar por fazer um plano empresarial, que em algumas operadoras tem abrangência a partir de duas vidas. Ou entrar para o plano empresarial da empresa para a qual trabalha. Outra opção é fazer um plano coletivo, desde que filiado a alguma entidade de classe. Escolha de acordo com o que for melhor para você.
4. Customização pode adequar o plano ao orçamento
Sim, planos de saúde também podem ser customizados para adequar a mensalidade ao seu orçamento. Você pode optar, por exemplo, por quarto coletivo em vez de particular, cobertura regional em vez de nacional, coparticipação em vez de mensalidade fixa – neste caso você paga mensalidades menores e um percentual pré-estipulado em contrato para cada procedimento realizado.
5. Cheque os prazos de carência
A ANS determina períodos máximos de carência para cada procedimento (emergência/urgência, consultas, exames, exames de alta complexidade, cirurgias e internações, parto), mas muitas operadoras oferecem prazos menores como forma de atrair os clientes. Veja o que estão oferecendo e qual é melhor para você, mas seja qual for, lembre-se que devem estar especificados em contrato de forma bastante clara.
6. Verifique a idoneidade do plano
Peça ao seu vendedor o número de registro da operadora e do plano na ANS e cheque as informações a respeito em Informações e avaliações de operadoras. Lá você encontra vários dados, como o desempenho dos planos e as principais reclamações dos consumidores.
7. Entenda como é feito o reajuste do plano
Planos individuais e familiares só podem ser reajustados anualmente, por índice definido pela ANS, e por mudança de faixa etária. Peça ao seu vendedor os valores de todas as faixas etárias para que você não tenha supresas. O primeiro reajuste acontece aos 19 anos e depois a cada 5 anos até o último, aos 59 anos.
8. Atenção à documentação
Quando você fechar o contrato de um plano, você deverá receber e guardar a seguinte documentação: cópia do contrato assinado contendo todas as informações e condições de utilização, como a cobertura a que você tem direito, a forma de reajuste e o preço da mensalidade; a relação de todos os profissionais de saúde, laboratórios credenciados ou referenciados, clínicas e hospitais aos quais você tem direito; guia de leitura contratual e um manual de orientação de contratação dos planos de saúde, estes dois últimos em formato digital (pdf).
Veja agora mesmo quais as operadoras que atuam na sua região e os planos que oferecem. Você pode fazer umasimulação de preços online e depois conversar com um vendedor especializado, que indicará as melhores soluções para o seu perfil à sua escolha.
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