[Imagem: KyotoU/Global Comms]
Teste de empatia
As mulheres, em média, são melhores do que os homens em se colocar no lugar dos outros e imaginar o que a outra pessoa está pensando ou sentindo.
Colocar-se no lugar de outra pessoa, imaginar os pensamentos e sentimentos de outra pessoa, é uma parte fundamental da interação social humana. Isso é conhecido como "teoria da mente" ou "empatia cognitiva".
Há décadas, pesquisadores têm aplicado essa teoria da mente em voluntários, desde a infância até a velhice. Um dos testes mais amplamente usados é conhecido como "Lendo a mente nos olhos", ou "Teste dos Olhos", para abreviar. Nele, os participantes devem escolher qual palavra melhor descreve o que uma pessoa vista em uma foto estaria pensando ou sentindo - as fotos só mostram a região dos olhos.
Uma vez após outra, os estudos feitos por diferentes equipes têm mostrado que as mulheres, em média, pontuam mais alto que os homens nesses testes, mostrando maior empatia. No entanto, a maioria desses experimentos limitou-se a amostras relativamente pequenas, sem muita diversidade geográfica, cultural ou etária.
Para resolver essas deficiências, David Greenberg e colegas da Universidade de Cambridge (Reino Unido) fizeram o maior estudo da teoria da mente já realizado até hoje, analisando mais de 300.000 pessoas em 57 países.
[Imagem: Eleanor Ward et al. - 10.1016/j.cub.2019.01.046]
Mulheres têm mais empatia que os homens
As mulheres obtiveram, em média, pontuações significativamente mais altas do que os homens em 36 países, ou semelhantes aos homens em 21 países. É importante ressaltar que não houve nenhum país onde os homens obtiveram, em média, pontuações significativamente mais altas do que as mulheres no Teste dos Olhos.
A diferença média entre os sexos foi observada ao longo da vida, dos 16 aos 70 anos de idade. A equipe também confirmou essa diferença média entre os sexos em três conjuntos de dados independentes e em versões do Teste dos Olhos abrangendo oito idiomas.
Infelizmente o estudo não foi projetado para discernir a causa dessa diferença média entre os sexos, mas os cientistas sugerem que isso pode ser resultado tanto de fatores biológicos quanto de fatores sociais.
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