sexta-feira, 9 de julho de 2021

O estresse crônico aumenta o risco de Alzheimer

Redação do Diário da Saúde
Como o estresse crônico aumenta o risco de Alzheimer
Esquema de interação estresse-Alzheimer com base em todos os estudos científicos publicados sobre o assunto até agora.
[Imagem: Armstrong et al. - 10.1111/brv.12750]

Estresse e Alzheimer

O estresse psicossocial crônico pode contribuir para o desenvolvimento da doença de Alzheimer.

A conclusão veio após uma nova revisão de todas as pesquisas científicas realizadas na área.

A meta-análise mostra como fatores ambientais e genéticos podem afetar uma área do cérebro conhecida como eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (eixo HPA), elevando o risco de desenvolvimento do Alzheimer.

A revisão também indica a existência de um mecanismo pelo qual fatores genéticos que influenciam o eixo HPA podem afetar a inflamação que, quando descontrolada, é um dos principais impulsionadores da neurodegeneração.

"O que sabemos é que o estresse crônico afeta muitas vias biológicas dentro do nosso corpo. Há uma interação íntima entre a exposição ao estresse crônico e as vias que influenciam a reação do corpo a tal estresse," explicou o professor David Groth, da Universidade Curtin (Austrália).

Os estudos indicam que a interferência nessas diversas vias pode levar as células imunes do cérebro, na microglia, a se tornarem pró-inflamatórias, criando um ambiente neurotóxico, que acaba resultando em neurodegeneração.

"Variações genéticas dentro dessas vias podem influenciar a maneira como o sistema imunológico do cérebro se comporta, levando a uma resposta disfuncional. No cérebro, isso leva a uma interrupção crônica dos processos cerebrais normais, aumentando o risco de neurodegeneração subsequente e, em última instância, de demência," explicou Groth.

 

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