sexta-feira, 9 de julho de 2021

Alimentação: Hora de comer é tão importante quanto o que se come


  

07/07/2021

Redação do Diário da Saúde
Alimentação: Horário é tão importante quanto o que você come
Talvez isso possa lhe espantar, mas todas as refeições geram inflamação - e isso é bom.
[Imagem: NIAID/Wikimedia]

Bons horários para uma boa nutrição

Levar em consideração o horário das refeições pode alterar radicalmente nossa abordagem em relação ao consumo de alimentos e, sobretudo, ao nosso metabolismo e à nossa saúde.

É fácil ver que alguma coisa não está dando os resultados esperados quando se observa que a educação do público sobre a importância de uma alimentação saudável e alertas contínuos na mídia ao longo dos últimos 50 anos sobre tema tenham sido acompanhados pela alarmante triplicação das taxas de obesidade nas quatro décadas entre 1975 e 2016.

Assim, parece que a obesidade não é simplesmente uma questão de força de vontade para aderir a alguma dieta, mas uma doença complexa que envolve genética, meio ambiente e fatores sociais, como acesso a uma boa nutrição.

Além disso, um número crescente de estudos científicos vem indicando que o momento em que você come pode ser tão importante quanto o que você ingere, em termos de impacto no metabolismo.

De fato, o campo emergente da cronobiologia - que estuda o impacto do tempo em tudo, do sono à alimentação - está derrubando a velha suposição de que o segredo para perder peso é apenas mudar o equilíbrio entre a ingestão e o gasto de calorias, ainda que alguns cientistas defendam que o sistema de contagem de calorias está errado.


Por que comer menos calorias faz viver mais?

Os benefícios surpreendentes de um jantar leve

Assim como o intervalo entre as refeições é importante, o horário do consumo alimentar também pode influenciar as atividades metabólicas de quem segue um esquema regular de três refeições ao dia.

Para explorar essa ideia, Christiani Jeyakumar e seus colegas do Instituto de Inovações em Alimentos e Biotecnologia (Cingapura) investigaram os efeitos do horário das refeições e do índice glicêmico (IG) na resposta metabólica.

Os participantes, todos de etnia chinesa e com idades entre 50 e 70 anos, foram submetidos a quatro intervenções separadas de refeições de baixo ou alto IG (índice glicêmico) no jantar ou café da manhã, seguidas por refeições padronizadas.

Os pesquisadores descobriram que o jantar teve efeitos significativamente mais prejudiciais no metabolismo da glicose do que o café da manhã.

Além disso, as refeições com alto índice de IG levaram a uma resposta de glicose muito maior após o jantar, enquanto a diferença entre as refeições de alto e baixo IG não foi tão aparente no café da manhã.

Insulina

Além dos níveis mais elevados de glicose no sangue, a concentração de insulina também aumentou após o jantar em comparação com o café da manhã.

A insulina atua na redução da glicose no sangue, mas às vezes não funciona tão bem quanto o pretendido. Seja devido a mudanças normais no metabolismo ou por causa de uma doença, o corpo pode se tornar insensível ao hormônio, levando a dificuldades para regular o açúcar no sangue.

Como o metabolismo da glicose desempenha um papel central na progressão e no manejo dos distúrbios cardiometabólicos crônicos, esses resultados têm implicações importantes para o desenvolvimento de melhores intervenções nutricionais e de dietas para mitigar doenças e melhorar os resultados de saúde.

Diante destes resultados, a lição a se levar para a mesa, segundo os pesquisadores, é : "Jante o mais cedo possível e evite comer um jantar pesado e rico em carboidratos. Não pule o café da manhã, mas tente consumir uma refeição de baixo índice glicêmico.

 

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