terça-feira, 6 de julho de 2021

Exame de sangue inédito detecta ALZHEIMER com 96% de precisão


  

05/07/2021
Redação do Diário da Saúde
Exame de sangue inédito detecta Assinatura do Alzheimer
A equipe identificou 19 proteínas centrais do plasma (indicadas como pontos amarelos na figura) em pacientes com Alzheimer, que são irregulares em comparação com pessoas saudáveis.
[Imagem: HKUST]

Assinatura do Alzheimer

Uma equipe internacional de pesquisadores desenvolveu um teste de sangue simples, mas com excelentes resultados, para detecção precoce e rastreamento da doença de Alzheimer.

Esse exame inédito alcançou um nível de precisão de mais de 96%.

Atualmente, os médicos contam basicamente com testes cognitivos para diagnosticar uma pessoa com Alzheimer. Além da avaliação clínica, imagens do cérebro e punção lombar são os dois procedimentos médicos mais comumente usados para detectar alterações no cérebro causadas pela doença. No entanto, esses métodos são caros, invasivos e não estão acessíveis em todos os lugares.

Foi Yuanbing Jiang, da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, quem analisou 429 proteínas plasmáticas potencialmente associadas ao Alzheimer. Ele identificou 19 biomarcadores, que foram então combinados para formar um painel representativo de uma "assinatura do Alzheimer" no sangue.

Com base neste painel, a equipe desenvolveu um sistema de pontuação que distingue os pacientes com Alzheimer das pessoas saudáveis - os resultados mostraram que o exame alcança mais de 96% de precisão.

O teste também consegue diferenciar entre os estágios inicial, intermediário e tardio do Alzheimer e pode ainda ser usado para monitorar a progressão da doença ao longo do tempo.

A equipe espera que o exame abra o caminho também para o desenvolvimento de novos tratamentos terapêuticos para a doença.

"Com o avanço da tecnologia de detecção ultrassensível de proteína baseada no sangue, desenvolvemos uma solução de diagnóstico simples, não invasiva e precisa para a doença de Alzheimer, que facilitará muito a triagem em escala populacional e o estadiamento da doença," disse a professora Nancy Ip, coordenadora da equipe.

 

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