Redação do Diário da Saúde
"Nossos resultados dão suporte à necessidade de programas de exercícios individualizados, não só do ponto de vista físico, mas também motivacional."
[Imagem: 10.1016/j.heliyon.2019.e01459]
Um exercício para cada personalidade
Personalidade, motivação e nível de autodeterminação influenciam o tipo de atividade física que escolhemos praticar e por quanto tempo permaneceremos fiéis a essa escolha.
Quem garante é a pesquisadora Allyson Box, da Universidade de Illinois (EUA), que verificou que as diferenças no que motiva os indivíduos e como eles autorregulam o próprio comportamento influenciam o modo como eles se mantêm em forma.
As características pessoais conseguiram predizer com bastante precisão a probabilidade de que as pessoas prefeririam atividades de exercícios individuais ou em grupo, um treinamento padronizado oferecido em academias, um treinamento de resistência ou esportes coletivos, além da frequência com que as pessoas se exercitam e se elas seriam capazes de manter sua rotina.
Os indivíduos que escolheram treinamento padronizado, esportes coletivos ou exercícios em grupo são mais altamente motivados pela conectividade social (afiliação) do que aqueles que escolheram principalmente exercícios aeróbicos (por exemplo, corridas de longa distância) ou de treinamento de resistência.
Embora todos os participantes estivessem altamente motivados a se envolver em atividades físicas para melhorar a saúde, aqueles que se engajaram no treinamento de resistência e no esporte foram mais motivados por um sentimento de desafio do que por evitar problemas de saúde ou o controle de peso.
Motivação intrínseca
Outra conclusão interessante é que as diferenças individuais na motivação para se exercitar e o autocontrole podem predizer a frequência de participação nas atividades. Indivíduos mais motivados por razões intrínsecas, como prazer, desafio e controle do estresse, exercitam-se com maior frequência. Os participantes do treinamento padronizado apresentaram a maior motivação intrínseca.
Pesquisas anteriores concluíram que as pessoas que se exercitam normalmente são mais extrovertidas e conscienciosas, em comparação com uma população média, mas este estudo não encontrou nenhuma variação significativa de traço de personalidade relacionada a diferentes formas de exercício.
"Muitos indivíduos que iniciam programas de exercícios podem na verdade selecionar atividades que conflitam com seus interesses, estilos, personalidades e/ou motivos para engajamento. Nossos resultados dão suporte à necessidade de programas de exercícios individualizados, não só do ponto de vista físico, mas também motivacional. Levar esses fatores em consideração pode afetar a quantidade de atividade física/exercício que os indivíduos realmente completam," disse Allyson Box.
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