O meu blog é HOLÍSTICO, ou seja, está aberto a todo tipo de publicação (desde que seja interessante, útil para os leitores). Além disso, trata de divulgar meu trabalho como economista, escritor e compositor. Assim, tem postagens sobre saúde, religião, psicologia, ecologia, astronomia, filosofia, política, sexualidade, economia, música (tanto minhas composições quanto um player que toca músicas de primeira qualidade), comportamento, educação, nutrição, esportes: bom p/ redação Enem
domingo, 31 de outubro de 2021
Maminha ao chamichurri com farofa de banana
Aprenda esta receita de maminha ao chimichurri com farofa de banana, que fica uma delícia para fazer no almoço ou no jantar para agradar toda a família!
Notícias relacionadas
Tempo: 1h30 (+2h de descanso)
Rendimento: 6 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes da maminha ao chimichurri com farofa de banana
- 1 peça de maminha (com aproximadamente 1,2kg)
- 2 dentes de alho picados
- 1 xícara (chá) de suco de laranja
- 2 colheres (sopa) de chimichurri
- Sal e cheiro-verde picado a gosto
- 3 colheres (sopa) de manteiga
- 150g de bacon picado
- 2 bananas-da-terra em rodelas
- 2 xícaras (chá) de farinha de milho
Modo de preparo
Coloque a maminha em uma tigela e tempere com o alho, o suco, o chimichurri e sal. Cubra e deixe descansar por 2 horas. Transfira tudo para uma fôrma, cubra com papel-alumínio e leve ao forno médio, preaquecido, por 1 hora. Retire o papel e volte ao forno por 10 minutos ou até dourar. Para a farofa, aqueça uma panela com a manteiga, em fogo médio, e frite o bacon até dourar. Junte a banana e refogue por 3 minutos. Adicione a farinha, sal, cheiro verde, misture e desligue. Transfira para uma travessa com a carne e sirva regado com o molho da fôrma.
COLABORAÇÃO: Adriana Rocha
sábado, 30 de outubro de 2021
sexta-feira, 29 de outubro de 2021
Coordenador do Prerrogativas diz que candidatura de Moro a presidente será "escárnio"
"Como juiz, ele interferiu no resultado das eleições de 2018 e trabalhou como ministro para o candidato que ajudou a ganhar", diz Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Prerrogativas
247 - O coordenador do grupo de advogados e juristas Prerrogativas, Marco Aurélio de Carvalho, afirma que a eventual candidatura de Sergio Moro à Presidência é "um escárnio e um tapa na cara".
"Como juiz, ele interferiu no resultado das eleições de 2018 e trabalhou como ministro para o candidato [Jair Bolsonaro] que ajudou a ganhar. Teve seu trabalho como magistrado desmoralizado. Mas jamais foi punido. E agora será candidato?", questiona.
Moro deve se filiar ao Podemos nos próximos dias e pode tanto concorrer à Presidência como ao Senado, pelo Paraná ou por São Paulo, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
quinta-feira, 28 de outubro de 2021
Pão de minuto de fubá e queijo parmesão
Prepare pães de minuto de fubá e queijo parmesão deliciosos
O pão de minuto de fubá e queijo parmesão é uma receita perfeita para servir em festas de aniversário. É também um excelente acompanhamento para as carnes em um churrasco. E ainda pode fazer parte de um café da manhã reforçado ou de um brunch. Enfim, essa é uma dessas receitas para se saber de cor e se usar sempre. Você também pode misturar na massa um punhado de frutas secas ou de amêndoas salgadas picadas. Surpreenda seus amigos com o pão de minuto de fubá e queijo parmesão bem salgadinho e muito temperado.
Notícias relacionadas
De onde vem o nome pão de minuto?
Os pães de minuto se tornaram muito populares a partir da segunda metade do século XX. A razão para tanto é muito simples - ele é preparado com o mesmo fermento em pó que é usado em massas de bolo. Assim o seu tempo de preparo é muito curto, ficam prontos em aproximadamente quinze minutos, e "pulam" a etapa de crescimento dos pães de fermentação natural. Essa etapa pode demorar até doze horas para atingirem o tamanho certo.
Receita
Porções: 10 unidades
Tempo de preparo: 15 minutos
Ingredientes:
- Para 10 unidades com 5 cm de diâmetro
- 2 / 3 de xícara |180 g de farinha de trigo
- 1 / 3 de xícara | 70 g de fubá
- 1 / 4 de xícara | 75 g de queijo parmesão ralado
- 3 colheres de chá | 15 g de fermento em pó
- 1 colher de chá | 5 g de açúcar mascavo
- 1 colher de chá | 1 g de pimenta do preta moída na hora
- 2 colheres de chá | 5 g de ervas secas - tomilho, manjericão, orégano, alecrim (opcional)
- 1 / 4 de colher de chá | 2 g de sal
- 2 ovos
- 1 xícara | 250 ml de leite semidesnatado ou integral
- 1 colher de sopa de mel | aproximadamente 20 g de mel
- 1 / 4 de xícara | 60 g de manteiga sem sal derretida
Instruções:
- Misture todos os ingredientes secos no recipiente onde for preparar a massa.
- Derreta a manteiga com o mel em uma panela pequena no fogo baixo ou no forno de micro-ondas. Não deixe a mistura ferver, ela deve permanecer morna, apenas um pouco mais quente que a temperatura do corpo.
- Em outro recipiente, mexa os ovos como para omelete, junte a manteiga derretida com o mel e o leite.
- Vire de uma só vez o líquido na tigela com os ingredientes secos, e mexa bem com uma colher de pau para obter uma massa bem úmida. Atenção, a massa não precisa ficar cremosa e homogênea senão os pãezinhos ficarão duros depois de assados.
- Distribua a massa por forminhas individuais, untadas com pouca manteiga. Se preferir, utilize forminhas de papel. Asse no forno baixo, 180°C, por aproximadamente 25 minutos, até que comecem a dourar.
Notas
A maneira mais simples e rápida de distribuir porções do mesmo tamanho em forminhas individuais é com o auxílio de um boleador de sorvete.
quarta-feira, 27 de outubro de 2021
Leitura na infância promove a cidadania e a diversidade
O hábito da leitura forma cidadãos mais críticos e conscientes e isso precisa começar na infância
Claudia Calais*
O mês de outubro guarda uma daquelas coincidências carregadas de simbolismo. O Dia das Crianças e a data nacional dedicada à celebração da Leitura. A sobreposição dessas duas comemorações parece querer enfatizar a importância da alfabetização e do contato com a literatura para uma infância plena.
Estudiosos são unânimes em apontar as vantagens da leitura para o desenvolvimento das habilidades cognitivas das crianças. Pelas letras, os pequenos melhoram sua capacidade de se comunicar, fortalecem o raciocínio lógico e ampliam o vocabulário. A literatura, afinal, é um excelente veículo para que as crianças assimilem, de forma mais espontânea e cativante, sem grandes imposições, a gramática da norma padrão do idioma. Sem contar, é claro, que ela é o primeiro passo para o desenvolvimento da escrita, da habilidade de expressar com clareza nossos pensamentos e sentimentos.
A leitura estimula ainda a criatividade e apura o senso crítico, duas habilidades que, para além de tornarem nossa experiência do mundo mais rica, são cada vez mais valorizadas pelo mercado de trabalho. A capacidade de se posicionar e de encontrar soluções inovadoras para problemas complexos é justamente o que as empresas mais buscam. Dito de outro modo, o contato com as letras é imprescindível para formar profissionais à altura dos desafios que este século nos reserva.
Assista ao Papo de Mãe sobre literatura infantil com Ruth Rocha
Ler também é entretenimento. Individualmente, reduz a ansiedade e o estresse – em tempos de pandemia e isolamento social, a companhia diária dos livros fez enorme diferença para a saúde mental de tantos. Coletivamente, a leitura ajuda a fortalecer laços familiares e a desenvolver o afeto. Crianças que leem ou que ouvem estórias lidas por seus pais aprendem mais rápido a sentir compaixão, carinho, medo, tristeza e alegria – desenvolvem, no contato com personagens fictícios, o repertório emocional que as acompanhará por toda a vida adulta.
A leitura, portanto, ajuda a construir empatia e, consequentemente, prepara as crianças para o pleno exercício da cidadania. Alfabetizar não significa apenas introduzir o indivíduo ao mundo letrado – imprescindível, como sabemos, para o acesso a tantos outros direitos. A leitura, especialmente quando estimulada desde a infância, ajuda a construir os valores caros a uma sociedade livre, democrática e tolerante.
Livros também podem ser uma ferramenta de promoção da diversidade. Por muito tempo, a literatura infantil em circulação no Brasil falhou em refletir a riqueza étnica e cultural de nossa população. Eram raras, por exemplo, as histórias protagonizadas por personagens negras ou indígenas, narradas a partir do ponto de vista dessas populações.
Veja também
- Com Alinne Moraes e Thiago Abravanel, audiolivro repensa história que contamos para as nossas crianças
- Quando tudo isso passar: livro infantil mostra os dilemas da pandemia na ótica de uma criança
- Podcast: entrevista com as autoras do livro infantil "Superblack, O Poder da Representatividade"
Felizmente, esse cenário vem se transformando, e o mercado editorial infantil conta hoje com vozes bem mais diversas. A mudança contribui para a formação de uma sociedade mais igualitária e empática, como assinalamos, mas, muito especialmente, traz benefícios para a autoestima de crianças oriundas de grupos socialmente minoritários.
A infância, particularmente o período que vai até os seis anos, é decisivo para a conformação das identidades. É nessa fase que a criança tem contato com referenciais éticos e estéticos que, em alguma medida, irão moldar sua personalidade. É imprescindível, portanto, que essas meninas e meninos encontrem nas páginas dos livros, das revistas, dos materiais didáticos ou das histórias em quadrinhos personagens que se pareçam com eles e que reflitam suas vivências e experiências culturais. Uma literatura infantil plural tem o poder revelar para as crianças a riqueza de suas próprias raízes étnicas e culturais.
Essa é a constatação que inspira a edição deste ano do Programa Semear Leitores, da Fundação Bunge. No aniversário de dez anos do programa, selecionamos como tema a Presença Negra na Literatura Infantojuvenil, privilegiando títulos que revelam uma contribuição cultural que vai muito além do passado de escravidão e resistência. São obras que revelam mitos e contos fantásticos, cenários, sabores, cheiros, sons e afetos que caracterizam a presença negra na formação social e cultural de nosso país.
A temática deste ano consolida uma tendência de valorização da diversidade na literatura infantil. Os temas escolhidos para as duas últimas edições foram, respectivamente, a literatura indígena e o multiculturalismo.
O Programa Semear Leitores conta hoje com mais de 30 espaços de leitura espalhados por nove estados, além de um time de dezenas de mediadores que viabilizam a descoberta da leitura para milhares de crianças e jovens.
O Brasil ainda tem muito a melhorar. Somos um país que lê pouco, e nossa enorme desigualdade social torna o acesso à leitura ainda mais restrito para amplos setores da população. Para garantir que as novas gerações leiam mais e, com isso, exercitem plenamente sua cidadania, é preciso transformar a união entre criança e leitura, já implícita em nosso calendário de outubro, em realidade prática.
*Claudia Calais é Diretora-Executiva da Fundação Bunge.
terça-feira, 26 de outubro de 2021
Carne primavera
Por Redação
Ingredientes
- 500g de carne moída de primeira
- 3 colheres de azeite oliva
- 1 lata de milho verde
- 1/2 lata de ervilhas
- 10 azeitonas s/ caroços picadas
- 1 cebola grande picada
- 2 batatas cozidas cortada em pedaços
- 2 dentes de alho
- Cebolinha verde, sal e pimenta do reino (a gosto)
- 500g de batata frita palito
- 2 xicaras de óleo (p/ fritar as batatas)
Modo de Preparo
- Em uma panela funda coloque o azeite o alho amassado e refogue um pouco. acrescente a carne, o sal e a pimenta do reino, deixe fritar.
- Depois de frita, acrescente as ervilhas, milho verde, azeitonas, as batatas e a cebola picada, mexa bem.
- Apague o fogo.
- A parte frite as batatas e depois de fritas misture com a carne ainda quente na panela.
- Sirva quente.
A visão distorcida de Mourão como defensor da Amazônia
Brasil
Em conversa com jornalistas estrangeiros, vice-presidente culpa "visão de esquerda" internacional por má fama de política ambiental do governo Bolsonaro.
Em coletiva à imprensa internacional, vice-presidente Hamilton Mourão fez diversas afirmativas que não coincidem com os fatos conhecidos
A poucos dias da 26ª Conferência do Clima (COP26), a primeira a ser realizada após o início da pandemia e que reunirá líderes globais em Glasgow, na Escócia, o governo brasileiro tenta convencer a imprensa internacional de que o país está comprometido com uma agenda ambiental.
Embora os dados de monitoramento da Floresta Amazônica medidos pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe) mostrem que os dois primeiros anos do governo de Jair Bolsonaro foram marcados por taxas recordes de desmatamento dos últimos 12 anos, o vice-presidente Hamilton Mourão afirma o contrário.
"Nós tivemos uma redução pequena do desmatamento ao longo dos últimos dois anos. O pior foi em 2019. De lá para cá, tivemos uma redução que, dentro dos meus objetivos poderia ser melhor", declarou Mourão, que preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, numa coletiva de imprensa com correspondentes internacionais nesta segunda-feira (25/10).
Em 2019, a Amazônia sofreu 10,1 mil km2 de devastação; em 2020 foram 10,9 mil km2. E a estratégia de combate adotada, com empenho das Forças Armadas, não tem inibido a ilegalidade. A falta de expertise dos militares, os custos elevados das operações de Garantia de Lei e da Ordem (GLO) executadas por esses agentes e o quadro insuficiente de servidores qualificados nos órgãos ambientais são apontados como causas para o insucesso. A conclusão é de uma auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), como foi debatida recentemente numa sessão da Comissão de Meio Ambiente do Senado.
Ainda assim, Mourão alega que a fama internacional de antiambiental e negacionista que a atual gestão adquiriu "não condiz com a realidade". Ele diz creditar a oposição política ao governo Bolsonaro a "uma visão majoritária de esquerda em muitos países".
Outros motivos seriam uma contestação à "pujança" do agronegócio brasileiro e a pressão dos "bolsões sinceros porém radicais" formados por ambientalistas, movimentos sociais e indígenas, que levariam uma mensagem errada para fora das fronteiras.
Em jurisdição internacional, Bolsonaro foi acusado de crimes ambientais graves nos últimos anos relacionados. Existem pelo menos três denúncias contra o mandante brasileiro no Tribunal Penal Internacional em Haia, Holanda, por sua política de destruição da floresta. Numa delas, a Articulação dos Indígenas do Brasil (Apib) alega que o presidente cometeu crimes contra a humanidade e genocídio ao incentivar invasão de terras indígenas por garimpeiros e propagar a covid-19.
Yanomamis e garimpo
Na coletiva online, que apresentou alguns problemas técnicos, levando os jornalistas estrangeiros a reclamarem da qualidade do áudio durante as respostas de Mourão, o desrespeito aos direitos indígenas também foi um tema recorrente.
Questionado sobre o aumento das invasões desses territórios por garimpeiros, o vice-presidente disse se tratar de uma "questão antiga" e que os números divulgados pelas lideranças seriam exagerados.
Segundo o monitoramento feito pela Hutukara Associação Yanomami, atualmente pelo menos 20 mil garimpeiros estariam em busca de ouro no território, que sofre uma nova onda de invasões desde 2019. Outros indicativos do aumento da atividade ilegal estariam na abertura de estradas e no desmatamento no local, que os indígenas acompanham por imagens de satélites.
"São números inflados", tentou minimizar Mourão. "Nossa avaliação é menor, de 3 mil a 4 mil garimpeiros", completou sobre a situação na TI Yanomami que, onde, há poucos dias, duas crianças morreram depois de serem dragadas por uma balsa de garimpo ilegal.
Como parte da resolução do conflito, o vice-presidente considera a liberação da exploração de minérios nos territórios indígenas, citando como bom exemplo a ser seguido na região as atividades da Vale, em Carajás, no Pará. A mesma empresa está envolvida em dois grandes desastres ambientais e mortes ocorridos após o colapso de barragens de rejeitos, em Mariana, em 2015, e Brumadinho, em 2019, ambas em Minas Gerais.
Um relatório recente que investigou barragens em operação na Amazônia expôs o perigo que essas estruturas representam para comunidades próximas. O estudo, feito pela ONG Christian Aid, se concentrou em 26 barragens da Mineração Rio Norte (MRN), que detém a maior rede dessas construções na floresta. A conclusão é que comunidades ribeirinhas e quilombolas que vivem no entorno seriam drasticamente afetadas em caso de falhas.
Após o rompimento das barragens da Samarco e Vale, a MRN revisou o nível de risco de suas estruturas e, até o início de 2021, 11 delas foram reclassificadas de baixo para médio e alto riscos – sendo sete de alto risco, aponta o relatório.
"A falta de transparência com que o processo de reclassificação foi realizado aumentou muito a ansiedade e o medo das comunidades de um possível rompimento das barragens, que poderia ser fatal para suas famílias e danificar irreversivelmente o meio ambiente, habitat e meios de subsistência", diz o texto, alertando para os perigos de novos empreendimentos de mineração na Amazônia.
Apesar de alegações de Brasília, imagens da Amazônia em chamas correram mundo, comprometendo a reputação do país
Visão de futuro
Para a imprensa internacional, Mourão comemorou a queda das queimadas na Amazônia. Depois da alta registrada em 2020, os focos de calor registrados pelo Inpe tiveram uma queda de 40% neste ano.
Em sua visão sobre desenvolvimento sustentável da Amazônia, o vice-presidente inclui o asfaltamento da BR 319, que liga Porto Velho a Manaus. No caminho da rodovia, há diversas áreas protegidas e terras indígenas como a dos povos Mura, Mundukuru, Apurinã, Paumari e Parintintin.
"A estrada permitiria a melhora da logística e permite que as forças de segurança atinjam com rapidez áreas que estejam sendo atingidas pela ilegalidade", alegou, como justificativa para a obra.
Entre pesquisadores há um consenso baseado no acúmulo de evidências: estradas são propulsoras do desmatamento. Segundo estudos feitos pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), a BR-319 dá aos criminosos acesso a vastas áreas intocadas. "Até agora, o desmatamento da Amazônia brasileira esteve quase inteiramente confinado à faixa nas bordas sul e leste da floresta, conhecida como o 'arco do desmatamento'. O imenso bloco de floresta na parte ocidental do estado do Amazonas tem sido poupado devido à falta de acesso", comenta o Idesam, e alerta para o provável boom.
Em setembro último, uma série de sobrevoos feitos pela Aliança Amazônia em Chamas, parceria entre as organizações Amazon Watch, Greenpeace Brasil e Observatório do Clima, mostrou que essa região já está se tornando a nova fronteira do desmatamento. Segundo participantes da expedição, a floresta tem sido consumida nessa região pelo fogo, substituída por pistas de pouso clandestinas e por grandes áreas para o cultivo de grãos, como soja.
Carne moída refogada com legumes
Confira esta receita de carne moída refogada com legumes bem prática de fazer: fica pronta em apenas meia hora. Ou seja, é perfeita para quem quer uma refeição nutritiva e deliciosa, mas está sem tempo de cozinhar. Além disso, é recheada de ingredientes de dar água na boca! Com tomate, cebola, batatas e azeitona, a receita não é uma simples carne moída, mas um prato que irá agradar a todos e que pode ser servido durante o almoço ou jantar. Confira já esta receita rápida e deliciosa!
Notícias relacionadas
Tempo: 30min
Rendimento: 4 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes da carne moída refogada com legumes
- 1 dente de alho picado
- 2 colheres (sopa) de óleo
- 1 batata em cubos
- 500g de carne moída
- 1 cebola picada
- 2 colheres (sopa) de extrato de tomate
- 1 cenoura em cubos
- 1/2 xícara (chá) de azeitona preta picada
- 1 tomate sem sementes em cubos
- Sal a gosto
- 1 cubo de caldo de carne
- Pimenta-do-reino a gosto
- 1 xícara (chá) de água
- Cheiro-verde picado a gosto
Modo de preparo
Aqueça uma panela com o óleo, em fogo médio, e frite a carne por 5 minutos ou até secar a água. Adicione a cebola, o alho e frite até dourar. Acrescente o extrato e refogue por 2 minutos. Despeje a batata, a cenoura, o tomate, o caldo de carne, a azeitona, a água, tampe e cozinhe, mexendo de vez em quando, por 15 minutos ou até encorpar e os legumes amaciarem. Tempere com sal, pimenta e transfira para uma travessa. Polvilhe com cheiro-verde e sirva.
COLABORAÇÃO: Mariana Maluf Boszczowski
Lasanha de palmito
Prepare essa saborosa lasanha de palmito nessa Segunda Sem Carne. Uma receita vegetariana fácil de fazer e perfeita para toda a família. Esta lasanha de palmito rende até oito porções e é recheada de sabor!
Notícias relacionadas
Este prato vai agradar em cheio em qualquer refeição com sua família, pode apostar. Confira!
Tempo: 1h (+10min de descanso)
Rendimento: 8 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes da lasanha de palmito
- 2 colheres (sopa) de manteiga
- 1 cebola picada
- 1 e 1/2 colher (sopa) de farinha de trigo
- 2 e 1/2 xícaras (chá) de leite
- 1 xícara (chá) de creme de leite
- 1/4 de xícara (chá) de molho de tomate
- Sal e pimenta-do-reino a gosto
- 1 xícara (chá) de ervilha
- 2 xícaras (chá) de palmito em rodelas
- 1 xícara (chá) de milho verde
- 500g ou 1 pacote de massa para lasanha pré-cozida
- 2 xícaras (chá) de queijo mussarela ralado
- 1/2 xícara (chá) de queijo parmesão ralado
Modo de preparo
Em uma panela, em fogo médio, derreta a manteiga e refogue a cebola por 3 minutos. Polvilhe a farinha, mexendo. Misture o leite, aos poucos, mexendo até engrossar. Misture o creme de leite, o molho e tempere com sal e pimenta-do-reino. Em uma tigela, misture o palmito, a ervilha e o milho. Em um refratário médio, espalhe 2 colheres (sopa) do molho e monte uma camada de massa, uma camada de mistura de palmito, uma de molho e uma de mussarela. Repita as camadas até terminarem os ingredientes, terminando em molho. Polvilhe com o queijo parmesão ralado e leve ao forno médio, preaquecido, por 20 minutos ou até borbulhar. Deixe descansar por 10 minutos e sirva.
Colaboração: Ângela Cardoso
segunda-feira, 25 de outubro de 2021
"Vacinação não é bala de prata", diz especialista da OMS
Coronavírus
À DW, cientista-chefe da OMS afirma que fim da pandemia só é possível se países ricos abandonarem a ganância e compartilharem vacinas e tratamentos. Outras medidas de prevenção ao vírus tampouco poderiam ser abolidas.
"Há realmente um forte argumento científico para continuar a usar outras medidas até que todos no mundo estejam protegidos", diz Soumya Swaminathan
Campanhas de vacinação isoladas não são suficientes para acabar com a pandemia de covid-19, alertou neste domingo (24/10) a médica Soumya Swaminathan, cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), em entrevista à DW.
A especialista fez um apelo por uma distribuição mundial mais igualitária de vacinas contra a covid-19, bem como pelo compartilhamento com países mais pobres de outras ferramentas capazes de conter a disseminação do coronavírus e sua contínua mutação.
"A vacinação é apenas uma ferramenta. Não é uma bala de prata", afirmou Swaminathan à DW. "As vacinas são muito eficazes em proteger contra [o desenvolvimento de uma] doença grave, mas não são 100% eficazes contra a infecção."
Embora infecções severas sejam raras entre os imunizados contra a covid-19, estar com o esquema vacinal completo não significa que o indivíduo não possa continuar transmitindo o vírus a outra pessoa com maior risco de contrair a doença.
"Você vê países hoje com altas taxas de vacinação e ainda apresentando taxas crescentes de infecção", diz a especialista da OMS. "E quanto mais altas as taxas de transmissão, o perigo é estar gerando novas variantes, que vão voltar e infectar essas pessoas, mesmo que estejam vacinadas."
Segundo Swaminathan, "há realmente um forte argumento científico a ser feito para continuar a usar outras medidas [de prevenção] até que todos ao redor do mundo estejam protegidos".
Pandemia não terá fim sem igualdade de vacinas
A cientista-chefe da OMS, que é também especialista em HIV e tuberculose, afirma que o coronavírus agravou ainda mais a desigualdade global e gerou o que ela chamou de "pandemia de duas vias".
"Há uma parte do mundo onde grandes proporções da população estão vacinadas. A vida parece estar voltando ao normal", diz. "Infelizmente, metade do mundo ainda não tem acesso às vacinas. Menos de 2% da população do continente africano está totalmente vacinada, e a vida está longe de ser normal para eles."
A única maneira de acabar de vez com a pandemia, afirma Swaminathan, é se os países ricos demonstrarem mais solidariedade.
"Vai durar mais tempo, a não ser que o mundo decida se unir em solidariedade e compartilhar as ferramentas, as vacinas, os diagnósticos, os tratamentos que temos hoje, para que possamos parar as mortes", defende. "Ainda há mais de 40.000-45.000 pessoas morrendo todas as semanas no mundo devido à covid-19, e isso precisa acabar."
Preparando-se para a próxima pandemia
Swaminathan ainda apelou à comunidade internacional para que invista em preparar o mundo para uma futura pandemia, a fim de evitar consequências devastadoras como as que o planeta testemunhou nos últimos 20 meses.
"O mundo mais uma vez precisa pensar sobre a preparação para uma pandemia", diz ela, e tentar responder a uma série de questões: "Como realmente nos preparamos para evitar a próxima pandemia? E se isso não for completamente possível, como podemos detectá-la com antecedência? Como respondemos a ela?"
Segundo a especialista, planos de prevenção exigiriam financiamento e precisariam ser pensados globalmente de forma a permitir que os dados sejam compartilhados mundo afora.
O atual estado da pandemia
As falas de Swaminathan vêm num momento em que algumas nações, como Canadá, China, Dinamarca e Portugal, têm 75% ou mais de sua população totalmente vacinada. Enquanto isso, países como Nigéria, Etiópia, Síria e Afeganistão não vacinaram nem 5%.
Segundo contagem realizada pelo site Our World in Data, 48,5% da população mundial recebeu ao menos uma dose da vacina contra a covid-19, enquanto 37,08% estão com o esquema vacinal completo. Entre os países de baixa renda, por outro lado, apenas 3% dos habitantes tomaram pelo menos uma dose.
Desde o surgimento da altamente contagiosa variante delta, a OMS não classificou nenhuma nova cepa como sendo de "preocupação especial". Contudo, a chamada variante delta plus vem preocupando médicos em Israel e no Japão.
Vários países ricos com taxas de vacinação relativamente altas já abandonaram a maioria das restrições relacionadas à pandemia – em alguns casos, apesar do aumento no número de infecções. É o caso do Reino Unido, que aboliu o uso obrigatório de máscaras em espaços públicos.
Receitas com tapioca para você se deliciar
Doce ou salgada, a iguaria é uma opção simples, rápida e que cai bem em todos os momentos do dia
A tapioca é uma receita que pode ser preparada de diferentes maneiras, pois é capaz de agradar a todos os gostos. Doce ou salgada, mas sempre saborosa, ela cai bem no café da manhã, no almoço, no jantar ou como lanchinho quando bate aquela fome. Para quem não faz ideia, a tapioca é feita a partir da farinha obtida do amido da mandioca.
Notícias relacionadas
Além disso, esse prato é uma herança indígena que ganhou espaço primeiro nas mesas das regiões nortistas e nordestinas e, logo após, se tornou conhecida por todos os cantos do Brasil. Ficou com vontade? Confira opções deliciosas e práticas com recheios clássicos, mas que deixam a receita com um gostinho especial. Confira:
Omelete de tapioca com queijo
Tempo: 30min (+5min de descanso)
Rendimento: 2 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes
- 2 colheres (sopa) de farinha para tapioca
- Sal e pimenta-do-reino a gosto
- 3/4 de xícara (chá) de leite
- 1 colher (sopa) de margarina
- 4 ovos (claras e gemas separadas)
- Margarina para untar
- 1/2 xícara (chá) de requeijão cremoso
- 1 xícara (chá) de queijo muçarela em cubos
Modo de preparo
Misture a tapioca, o sal, a pimenta e o leite em uma panela. Deixe repousar 5 minutos. Cozinhe em fogo médio até ferver, mexendo sempre. Junte a margarina e deixe derreter. Tire do fogo e deixe amornar. Bata as claras em neve e reserve.
Bata as gemas até espumar e junte aos poucos a mistura de tapioca. Junte as claras em neve e misture delicadamente. Unte um refratário redondo médio com margarina e despeje a mistura. Leve para assar em forno médio, preaquecido, por 15 minutos. Solte as laterais com uma espátula, vire sobre o prato, despeje o requeijão, arrume a muçarela e sirva em seguida.
Trio de tapiocas doces
Tempo: 1h
Rendimento: 15 unidades
Dificuldade: fácil
Ingredientes
- 700g de abóbora em cubos
- 1 xícara (chá) de açúcar
- 1/2 xícara (chá) de coco ralado
- 30 colheres (sopa) de goma de tapioca hidratada
- 1 xícara (chá) de doce de leite cremoso
- 2 bananas em rodelas finas
- 1 xícara (chá) de Nutella®
- 10 morangos fatiados
Modo de preparo
Leve uma panela ao fogo baixo com a abóbora e o açúcar, mexendo de vez em quando até dissolver e formar um doce cremoso. Desligue, misture o coco e deixe esfriar. Em uma frigideira antiaderente pequena, coloque 2 colheres (sopa) de tapioca e espalhe, cobrindo o fundo. Leve ao fogo médio por 3 minutos, vire com uma espátula e deixe mais 2 minutos do outro lado. Retire e repita o procedimento com a tapioca restante.
Divida o doce de leite entre 5 tapiocas, coloque a banana por cima e dobre ao meio. Divida o doce de abóbora entre 5 tapiocas e dobre ao meio. Divida a Nutella entre as tapiocas restantes, distribua o morango e dobre ao meio. Arrume em uma travessa e sirva.
Dadinhos de tapioca
Tempo: 1h20 (+6h de geladeira)
Rendimento: 6 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes
- 300g de tapioca granulada
- 300g de queijo coalho ralado
- 1 colher (café) de sal
- 2 xícaras (chá) de leite quente
- Óleo para fritar
Geleia de pimenta
- 1 xícara (chá) de açúcar
- 2 e 1/2 pimentas dedo-de-moça sem sementes picadas
- 1 xícara (chá) de suco de laranja
- 1 maçã sem casca ralada
Modo de preparo
Para a geleia, em uma panela, misture o açúcar, a pimenta, o suco de laranja e a maçã. Leve ao fogo médio, mexendo algumas vezes, por 10 minutos ou até encorpar e ficar no ponto de geleia. Transfira para uma molheira e deixe esfriar. Em uma tigela grande, misture a tapioca, o queijo e o sal.
Junte o leite quente e misture até a tapioca absorver o leite. Forre uma fôrma pequena com papel-alumínio e despeje a mistura de tapioca. Alise com uma colher e cubra com papel-alumínio. Leve à geladeira por 6 horas ou até firmar. Retire e corte em quadrados. Frite, aos poucos, em óleo quente até dourar. Escorra em papel-toalha e sirva acompanhado da geleia.
Pão de queijo de tapioca recheado
Tempo: 50min
Rendimento: 30 porções
Dificuldade: fácil
Ingredientes
- 2 ovos
- 2 xícaras (chá) de queijo meia cura ralado
- 1/2 xícara (chá) de óleo
- 1 xícara (chá) de leite
- 100g de goma de tapioca
- 200g de polvilho doce
- 200g de polvilho azedo (aproximadamente)
- 1 xícara (chá) de queijo de minas frescal em cubos
- Óleo para untar
Modo de preparo
Em uma tigela, misture os ovos, o queijo, o óleo e o leite. Acrescente a goma de tapioca e os polvilhos, aos poucos, até formar uma massa homogênea, se preciso adicione mais polvilho. Faça bolinhas com a mão e coloque no meio de cada uma, um cubo de queijo minas frescal. Coloque os pãezinhos, um do lado do outro, em uma fôrma grande untada e leve ao forno médio, preaquecido, por 25 minutos ou até assar e dourar.
Fonte: Guia da Cozinha.
Receita de pãozinho de milho delicioso
Pão caseiro é uma delícia! O aroma invade a casa e deixa todos com água na boca! Confira abaixo esta receita de pãozinho de milho, que é muito prática e fácil de fazer e vai agradar toda a sua família!
Notícias relacionadas
Tempo: 1h (+1h de descanso)
Rendimento: 20 unidades
Dificuldade: fácil
Ingredientes do pãozinho de milho
- 1/2 xícara (chá) de óleo
- 1 lata de milho verde em conserva
- 2 tabletes de fermento biológico fresco (30g)
- 2 colheres (sopa) de açúcar
- 1/2 colher (sopa) de sal
- 1 xícara (chá) de água
- 2 ovos
- 1/2 xícara (chá) de fubá
- 2 e 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo (aproximadamente)
- Margarina para untar
- Fubá para polvilhar
Modo de preparo
Bata no liquidificador o óleo, o milho com a água da conserva, o fermento, o açúcar, o sal, a água e os ovos. Despeje em uma tigela e junte o fubá e a farinha, aos poucos, sovando até que desgrude das mãos. Se necessário, adicione mais farinha. Cubra e deixe descansar por 20 minutos. Divida a massa em porções pequenas e modele bolinhas. Coloque, uma do lado da outra, em uma fôrma grande untada e polvilhada com fubá. Cubra e deixe descansar por mais 40 minutos. Polvilhe com fubá e leve ao forno médio, preaquecido, por 30 minutos ou até assar e dourar levemente. Retire, deixe amornar e, se desejar, sirva com cream cheese.
COLABORAÇÃO: Ângela Cardoso/Fernando Santos
domingo, 24 de outubro de 2021
'Prosperidade comum': a doutrina 'igualitária' que avança na China e impacta o mundo
A defesa de uma sociedade menos desigual e com disparidades menores entre ricos e pobres não é uma ideia nova na China, mas tem ganhado força na retórica de autoridades chinesas - em uma busca por uma "prosperidade comum" que, embora foque na população local, tem o potencial de provocar enormes repercussões no resto do mundo.
A China diz que suas políticas para reduzir a desigualdade são exatamente aquilo de que o país precisa neste momento, e a "prosperidade comum" se tornou uma das principais bandeiras defendidas pelo presidente Xi Jinping nos últimos meses.
Seus críticos, porém, alertam para um outro aspecto. Segundo eles, as medidas levam a um controle ainda maior do Estado sobre como o setor privado e a sociedade serão governados.
O filme 'patriótico' chinês que virou a maior bilheteria do mundo em duas semanas
Uma das mais visíveis consequências da doutrina da prosperidade comum tem sido um novo foco do setor privado chinês, com suas prioridades sendo direcionadas para o mercado doméstico.
A gigante de tecnologia Alibaba, cujo mercado global tem crescido nos últimos, comprometeu-se com US$ 15,5 bilhões para a promoção de iniciativas de prosperidade comum na China - e estabeleceu uma equipe dedicada a isso, liderada pelo executivo-chefe da empresa, Daniel Zhang.
A empresa diz que se beneficiou do progresso econômico do país e que "se a sociedade está indo bem, e a economia está indo bem, então a Alibaba ficará bem". Sua concorrente Tencent, outra uma gigante da tecnologia, também está entrando nessa área. Prometeu US$ 7,75 bilhões para a causa.
O mundo corporativo chinês está disposto a mostrar que está contribuindo para o mandato do Partido Comunista nessa iniciativa - mas, quando começou o movimento para que mais empresas apoiassem publicamente a nova visão do líder Xi Jinping, isso causou um "certo choque", disse privadamente à BBC um alto executivo de uma empresa chinesa.
"Mas aí a gente se acostumou com a ideia. Não se trata de roubar os ricos. Trata-se de reestruturar a sociedade e construir a classe média. E, no fundo, nós somos um negócio de consumo, então isso é bom para nós."
Setor de luxo pode perder
A origem dessa disparidade de renda remete a reformas feitas há cerca de 40 anos, que abriram a economia de mercado chinesa e permitiram o acúmulo de vastas fortunas pessoais, informa a agência Reuters. Ao mesmo tempo em que surgiam centenas de bilionários no país, crescia a desigualdade entre a China rural e a urbana.
Se a prosperidade comum significa um foco maior na emergente classe média chinesa, isso pode significar um rápido avanço para empresas globais que sirvam esses consumidores. "Podemos ver que o foco em jovens obtendo empregos é bom", disse à BBC Joerg Wuttke, presidente da Câmara de Comércio da União Europeia na China.
"Se eles se sentirem que são parte da mobilidade social neste país, algo que tem enfraquecido, então é bom para nós. Porque, quando a classe média cresce, existe mais oportunidade."
Entretanto, negócios ligados ao setor de luxo podem não se sair tão bem, alerta Wuttke.
"Os gastos chineses representam cerca de 50% do consumo de luxo no mundo - e, se a China decide comprar menos relógios suíços, gravatas italianas e carros de luxo europeus, essa indústria sofrerá um baque."
No entanto, enquanto Wuttke reconhece que a economia da China precisa de reformas críticas para aumentar o salário médio chinês, ele diz que a prosperidade comum pode não ser a maneira mais eficiente de obter esse objetivo.
Steven Lynch, da Câmara Britânica de Comércio na China, também diz que a prosperidade comum não é garantia de que a classe média vai crescer da mesma forma que cresceu nos últimos 40 anos.
Ele gosta de contar uma história sobre o quão rapidamente a economia chinesa expandiu ao longo das últimas décadas.
"Trinta anos atrás, uma família chinesa conseguia comer um pote de bolinhos tipo dumplings uma vez por mês", diz. "Vinte anos atrás, talvez eles pudessem ter um pote uma vez por semana. Dez anos atrás, isso mudou para um pote por dia. Agora, eles podem comprar um carro."
Até agora, porém, Lynch diz que a ideia da prosperidade comum não resultou em nada concreto, além dos tipo de programas de responsabilidade social corporativa que a Alibaba e a Tencent adotaram.
"Também existem muitas regulações instantâneas surgindo em vários setores", disse ele sobre as recentes ações contra empresas de tecnologia. "Isso causa incerteza - e levanta questões. Se eles estão se voltando mais para dentro, então será que eles realmente precisam do resto do mundo?"
O 'novo socialismo'
Em sua essência, a prosperidade comum consiste em tornar a sociedade chinesa mais igualitária, pelo menos de acordo com o Partido Comunista. E isso tem o potencial de transformar o significado de socialismo no contexto global.
"O Partido está agora preocupado com os trabalhadores medianos - como motoristas de táxi, trabalhadores migrantes e rapazes que fazem serviços de entregas", diz Wan Huiyao, do Centro para China e Globalização, de Pequim.
"A China quer evitar a sociedade polarizada que alguns países ocidentais têm, o que temos visto levar à desglobalização e à nacionalização."
Mas observadores da China de longa data dizem que, se o que o Partido realmente quer é transformar o socialismo - com características chinesas - para que seja um modelo alternativo para o resto do mundo, então a prosperidade comum não é o caminho.
"Isso é parte da guinada para a esquerda e parte da guinada na direção de cada vez mais controle que tem sido indicativa do governo de Xi Jinping", diz George Magnus, acadêmico associado do Centro da China da Universidade de Oxford.
Magnus acrescenta que a prosperidade comum não significa a reprodução de um estilo europeu de bem-estar social.
"A pressão implícita é para cumprir com os objetivos do Partido", diz ele. "Haverá imposto sobre rendas altas e 'não razoáveis' e pressão sobre empresas privadas para que façam doações para os objetivos econômicos do Partido", afirma, "mas sem grandes passos na direção da taxação progressiva".
De fato, segundo a agência Reuters, autoridades chinesas têm dito que a "prosperidade comum" não tem como objetivo "eliminar os ricos" nem "sustentar preguiçosos": ideia é que "os que enriqueceram primeiro" ajudem os que estão mais atrás, disse em agosto Han Wenxiu, da comissão central de economia e finanças do país.
Na prática, também têm aumentado o controle estatal sobre setores monopolistas e contra a evasão fiscal.
Utopia chinesa, de cima para baixo
Está claro que a prosperidade comum é uma parte importante de como o Estado e a sociedade chineses serão governados sob Xi Jinping.
Com isso vem a promessa de uma sociedade mais igualitária - uma classe média maior e mais rica, além de empresas que devolvem à sociedade em vez de apenas tomar ganhos para si.
É uma espécie de China Utópica, imposta de cima para baixo, que o Partido espera que se mostre um modelo viável para o mundo, como alternativa ao que o Ocidente tem a oferecer.
Mas ele vem com um detalhe: ainda mais controle e poder nas mãos do Partido. A China sempre foi um ambiente difícil para negócios estrangeiros operarem, e a prosperidade comum significa que a segunda maior economia do mundo ficou ainda mais difícil de navegar.
*Com reportagem de Karishma Vaswani, da BBC News na Ásia