domingo, 27 de dezembro de 2020

Entenda o que a ciência sabe sobre a nova mutação do coronavírus

VÍRUS MUTANTE

Variação do Sars-Cov-2 anunciada pelo governo britânico no domingo passado já foi confirmada em quase 10 países


27/12/2020 04:00
 
Primeiro caso identificado na França da mutação britânica foi diagnosticado em um francês que vive em cidade do Reino Unido (foto: LOIC VENANCE/AFP)

Um ano depois do registro dos primeiros casos de COVID-19, a mutação do novo coronavírus elevou a preocupação mundial, principalmente na Europa, com a doença.

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Desde o último domingo, quando o Reino Unido confirmou uma nova cepa do Sars-CoV-2 que seria altamente transmissível, mais de 50 países iniciaram bloqueios de fronteiras e passaram a vetar a entrada de voos provenientes dos aeroportos britânicos.

Ontem foi a vez de Espanha, França e Suécia anunciarem casos relacionados a essa mutação dentro de seus territórios.

Essas mudanças no vírus inicial são como novas identidades genéticas que mostram que o micro-organismo não é exatamente o mesmo apresentado pela primeira vez em janeiro de 2020, quando os casos começaram a ser estudados pela ciência.

Essas variantes preocupam a Europa e são também pesquisadas no Brasil. Especialistas dizem que ainda não há motivo para pânico, mas defendem medidas restritivas para evitar maior transmissão.

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Como já era previsto, esses genomas sofrem mutações que, apesar de abrigar essas diferenças internas, continuam sendo o Sars-CoV-2, segundo explicaram pesquisadores entrevistados pela BBC News Brasil.

Uma dessas linhagens, identificada como B.1.1.7, fez com que mais de 50 países bloqueassem, na última semana, o trânsito de pessoas com o Reino Unido, já que pesquisadores e governantes britânicos alertaram que a variante se tornou predominante em boa parte do território, incluindo Londres, sofrendo mais de 10 mutações que podem ter facilitado sua transmissão.

Desde então, a cepa também foi encontrada na Austrália, Dinamarca, Itália, Islândia, Holanda e, agora, na Espanha, França e Suécia.

Apesar de os vírus sofrerem mutações o tempo todo, é vital entender se elas estão ou não mudando o comportamento do vírus e alterando a doença.

Essa variante específica encontrada na Europa está causando preocupação por três motivos principais:
  1. ela está substituindo rapidamente outras versões do vírus;
  2. tem mutações que afetam partes do vírus que são provavelmente importantes; e
  3. já se verificou em laboratório que algumas dessas mutações podem aumentar a capacidade do vírus de infectar células do corpo, segundo reportagem da BBC.

Tudo isso constrói um cenário preocupante, mas ainda não há certeza sobre seu comportamento.

 
Itália localizou mais seis casos da mutação, num total de quase 10 em apenas uma semana (foto: Vincenzo PINTO/AFP)
 
Fonte: Site uai.com.br 



 

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