quarta-feira, 8 de abril de 2020

OMC: Pandemia poder provocar a recessão mais profunda da história

América do Norte e Ásia devem ser as regiões mais atingidas pela crise econômica


postado em 08/04/2020 
Trump deve enfrentar grande recessão nos EUA, segundo a OMC(foto: AFP / MANDEL NGAN)
Trump deve enfrentar grande recessão nos EUA, segundo a OMC (foto: AFP / MANDEL NGAN)
O comércio mundial se contrairá entre 13% e 32% em 2020, muito mais do que durante a crise financeira de 2008, devido ao impacto da pandemia de coronavírus - estimou a Organização Mundial do Comércio (OMC) nesta quarta-feira (8/4).

O desastre econômico causado pela Covid-19, que afeta praticamente todos os países do planeta e forçou mais da metade da Humanidade a permanecer confinada, poderá provocar "a recessão mais profunda da nossa existência", advertiu a organização com sede em Genebra.

Já abalado pelas tensões comerciais entre China e Estados Unidos, assim como pela incerteza em torno do Brexit, o comércio sofrerá uma queda de "dois dígitos" em "quase todas as regiões" do planeta, especialmente na América do Norte e na Ásia, de acordo com os economistas da iComércio.

América Latina e Europa também sofrerão quedas de mais de 30%. 

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"O objetivo imediato é controlar a pandemia e mitigar os danos econômicos causados a indivíduos, empresas e países", disse o diretor-geral da OMC, Roberto Azevêdo, citado no relatório, no qual convidou os formuladores de políticas a "começarem a planejar" o futuro pós-pandemia. 

A crise comercial "provavelmente será maior do que a contração do comércio causada pela crise financeira global de 2008-2009", frisou a OMC.

Embora ambos os episódios sejam "semelhantes em certos aspectos", particularmente em relação a uma intervenção em massa dos governos para apoiar empresas e famílias, a crise atual é mais ampla.

"Por causa das restrições, que afetam os deslocamentos e o distanciamento social, ambos impostos para impedir a propagação da doença, a oferta de trabalho, de transporte e de viagens é diretamente afetada", explica a OMC.

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