Se no Brasil o ensino superior é um requisito básico para conseguir um bom emprego, em outros países do mundo essa já não é a realidade. Na Suíça, por exemplo, apenas um terço dos estudantes fazem faculdade, e isso não é uma coisa ruim. Desempenhando funções de pedreiros e marceneiros, eles faturam um bom dinheiro.
No país, o salário mensal de pedreiros é de, em média, R$ 24 mil, muito mais do que os R$ 1,6 mil pagos no Brasil. Marceneiros, por sua vez, recebem $ 22,2 mil em média, enquanto por aqui o salário é de R$ 1.550. Já os mecânicos recebem cerca de R$ 24,9 mil, mais do que os R$ 1.530 pagos em território brasileiro. Mas, diferente daqui, o nível de estudo desses profissionais é grande.
Entenda
Apesar de a faculdade não ser uma realidade para todos os cidadãos suíços, isso não significa falta de formação. Um levantamento realizado pela Organização para o Desenvolvimento e Cooperação Econômica (OCDE) mostra que o país tem um dos maiores percentuais de adultos qualificados por meio de ensino profissionalizante.
O país oferece cursos profissionalizantes para mais de 250 profissões, com duração de dois a quatro anos e tem como um dos benefícios a rapidez com que os estudantes são inseridos no mercado de trabalho. As aulas incluem treinamentos em construtoras, mercados, lojas, hospitais, restaurantes e laboratórios. Ao concluir o curso, o estudante recebe uma oferta de emprego no local onde “estagiou”, além de um diploma que permite realizar outras especializações.
O resultado é promissor: atualmente, a Suíça tem uma taxa de desemprego entre a população jovem de apenas 4%, enquanto a taxa de evasão escolar é uma das menores do mundo.
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