18 de setembro de 2018
Por Dra. Marisa Patriarca* , ginecologista e obstetra
A gravidez
indesejada na adolescência tem se tornado um problema de saúde pública
ao redor do mundo. Nos países em desenvolvimento cerca de 20 mil meninas
dão à luz por dia e o Brasil ocupa a 49° posição na lista de 231 países
que apresentam maior índice de gravidez nessa fase da vida.
De acordo com a
Organização Mundial de Saúde, as gestações não planejadas, sobretudo em
adolescentes, estão associadas à complicações no parto e no feto,
abortos realizados de forma clínicas clandestinas, mortalidade materna e
neonatal infantil, além do grande impacto socioeconômico.
As pílulas anticoncepcionais de uso diário são as mais populares e de fácil acesso, porém, o alto índice de esquecimento, eleva a taxa de gravidez em idade precoce. Para a ginecologista e professora da UNIFESP, Dra. Marisa Patriarca, uma forma de diminuir a gestação em idade tão precoce é o uso dos contraceptivos intra-uterinos conhecidos como “Diu”. Para a ginecologista tanto os que liberam hormônios, como aqueles que têm fio de cobre ou ainda os implantes hormonais e que, podem ser usados pelas mais jovens sem comprometer a saúde da menina.
Para
Dra. Marisa, esses métodos têm grande eficácia, segurança, satisfação e
sobretudo porque resolve uma questão primordial no aumento a gravidez
na adolescência, o esquecimento e a obrigatoriedade em tomar a pílula
todos os dias. A duração contraceptiva varia de 3 a 10 anos e não
impossibilitam a capacidade de engravidar das mulheres, assim que o
método é suspenso. O Diu é coberto pelo SUS.
Dra.
Marisa lembra que a questão da sexualidade dos adolescentes têm que ser
muito observada por pais, educadores e médicos com muito cuidado e
empenho. O uso desses métodos é um grande aliado na prevenção da
gravidez na adolescência, mas não no combate às doenças sexualmente
transmissíveis o que exige de todos, campanhas para o uso das
camisinhas.
Dra.
Marisa lembra que os métodos contraceptivos reversíveis de longa
duração em todas as faixas etárias do período reprodutivo, inclusive
para adolescentes com baixo risco de adquirirem doenças sexualmente
transmissíveis, tem o apoio do Colégio Americano de Obstetrícia e
Ginecologia da Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e da
Academia Americana de Pediatria.
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